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Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio
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Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio
E-book531 páginas2 horas

Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio

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Sobre este e-book

O Strôncio é um louco, um cara difícil de se compreender. Repentinamente é um amante sincero. Sempre é um brinquedo... é uma criança. Ele é uma parte de você que está lendo isso, e se nele não tiver uma parte de você, concluo que ou você não é um ser e não tem sentimento, ou tem medo de isso reconhecer; e, dessa forma, posso afirmar que grande parte de você é ele: O STRÔNCIO. Essa é uma autobiografia construída a partir de narrativas e poesias escritas entre os anos de 1969 a 1988 que descrevem os fatos que ocorriam na vida do autor naquela época. São 3 volumes que contabilizam um total de 1034 obras – divididas entre poesias, trovas e pensamentos, e que são recheadas por informações pessoais com cronologia dos fatos paralelos que podem auxiliar na compreensão da história dos 30 primeiros anos de vida do autor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de abr. de 2020
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    Pré-visualização do livro

    Lembranças De Um Cara Chamado Strôncio - José Antônio Salgado Filho

    Dedico os 3 livros, um a cada uma de minhas filhas,

    frutos como as poesias que escrevi.

    - Para a Ana Victoria dedico o Livro 1 Adolescente 1969 a 1976,

    filha mais nova nascida em 1998.

    - Para a Poliana dedico o Livro 2 Jovem 1977 a 1980,

    filha do meio nascida em 1996.

    - Para a Ana Carolina dedico o Livro 3 Adulto 1981 a 1988,

    filha mais velha nascida em 1991.

    O que nos faz amar as novas relações não é tanto o cansaço que sentimos das antigas, ou o prazer de mudar, mas o desgosto de não sermos bastante admirados pelos que nos conhecem bem e a esperança de o sermos pelos que não nos conhecem tanto.

    François La Rochefoucaul

    Agradecimentos

    Agradecer, em primeiro lugar, a minha família que suportou eu contando as histórias do passado e que permitiram revisitar meus erros e acertos, aprender com eles e buscar ser alguém sempre melhor.

    Às pessoas que são retratadas aqui, gostaria de pedir desculpas por descrever a minha visão dos fatos e agradecer por terem feito parte e/ou motivarem os escritos a seguir.

    Gostaria de agradecer em especial a você e todos, por permitirem que aos 61 anos de idade, tornasse público este conteúdo gerado a partir da adolescência e alertar que erros de concordância foram mantidos para manter a originalidade e erros ortográficos foram corrigidos nas revisões.

    Gratidão

    São Paulo 2020

    M.:M.: J. A. Salgado Filho

    O Livro diário poetado da criação do criador do Strôncio até ele criar seu criador.

    de A à J

    em

    20-10-1980

    A - Como começar

    Um dia de mil e novecentos e oitenta em São Paulo...

    ... É leitor, é melhor eu lhe dizer a verdade, não sei realmente como começar este Livro, pois são muitas coisas e ideias que tenho guardadas dentro de mim e eu não sei como começar. Por isso, você irá me perdoar pelo começo louco e talvez confuso, pois é assim que agora estou.

    Pensando bem...

    Eu poderia começar como Machado de Assis, dizendo que morri e agora estou dizendo tudo, desde que nasci até a morte, cruelmente como aconteceu, sem nada esconder..., mas não, eu estou vivo ainda e serei verdadeiro. Estamos em mil novecentos e oitenta, alguns dias antes do meu aniversário e na linha da vida de minha mão esquerda, ainda diz que tenho tempo, não sei quanto, mas devo terminar este:

    Diário?

    Conto?

    Livro?

    Poema?

    Romance?

    Ou o que você, caro leitor, achar melhor denominar.

    Bem, tentarei voltar ao primeiro instante quando eu saí correndo de dentro do ventre de minha mãe, pois creio que dele que tudo começou e não antes, talvez depois.

    Ah! Antes de acabar este capítulo e o leitor respirar fundo para alienar-se ao entrar em meu ser, devo dizer algumas coisas:

    - O leitor verá que também tem poesias colocadas no meio deste livro, mas não se apavore, eu não sou poeta, pois se fosse, este livro só teria poesias perfeitas, é claro. Mas foram algumas que escrevi na época que aconteceu o fato Poetado ou a dor chorada e me ficará mais fácil seguir a ordem cronológica delas.

    - Espero que goste desta história, não imaginada, não fictícia, não impossível de acontecer, pois comigo ainda acontece.

    - Procuro o início para poder entender o que faço aqui e para que estou aqui.

    Bem, agora convido o leitor a iniciar comigo o segundo capítulo e talvez inicial capítulo.

    B - Passados pouco conhecidos

    Estamos em mil novecentos e cinquenta e oito em São Jose do Rio Preto, interior de São Paulo, quando de repente...

    Nasci!!!

    Não me recordo se era dia ou noite, só sei que devo ter chorado muito, como toda criança que sai de um lugar tão seguro e gostoso como nos é o ventre da mãe.

    Porém o importante que ao nascer minha mãe diz ter visto, e nela eu acredito realmente, a imagem de Nossa Senhora Aparecida brilhando e flutuando no ar. Acho que neste instante tudo iniciou-se e não sei até hoje o que foi que começou, mas sei que foi alguma coisa...

    Cresci como toda criança cresce, que nasce no meio da classe média daquela época, porém depois de completar uns seis anos, mudamos para São Paulo, a cidade grande e talvez aí tenha começado ou melhor; recomeçado.

    Mas chega por hoje; o leitor pode não estar com sono, mas eu estou e não sou mais aquela criança que tem folego de gato quando está fugindo de um cachorro e eu não estou fugindo de ninguém.

    Então ne desculpe, mas continuarei no terceiro capítulo; se o leitor quiser poderá continuar lendo, mas não me culpe se não gostar, pois eu não sei como continuarei o próximo capítulo que escreverei amanhã à noite.

    De minha parte

    Boa noite!

    C - Na grande cidade

    Para o leitor que não parou terá de esperar um pouco com algumas palavras que deverei colocar para quem parou comigo.

    -Então, estamos no capítulo terceiro, eu já estou na praia, agora muito mais calmo e sem sono.

    Gostaria que o leitor se alegrasse, pois podes não estar na praia, com este calor gostoso, este ventinho de brisa que corta a noite, mas eu estou e realmente, isto me alegra.

    Neste ambiente calmo e com o mar a bramir feito sussurro em meu peito, vem-me forte saudade e o que preciso para continuar escrevendo.

    O amigo leitor que não parou no segundo capítulo e leu este trecho é muito curioso, mas tudo bem...

    Bem; agora que integrados, tanto o leitor que parou comigo e o que de teimoso continuou, vamos prosseguir.

    Na cidade grande poucas novidades a princípio, só que como tenho irmãos todos mais velhos, vivi em meio de adultos e me comportava como um. Meus primeiros desenhos foram feitos e o gosto por qualquer arte e a vontade de aprender tudo, ia me fazendo crescer.

    Bonito, de olhos verdes, moreno e com cabelos castanhos ondulados, era eu um menino como todos, diferente me poucos aspectos.

    Tinha realmente um só e grande amigo, que tinha a minha idade. Os outros amigos eram:

    -O borracheiro que muito me ensinou da vida, de sua profissão e que jogávamos dama;

    -Um mecânico que fez o mesmo que o anterior e que tinha a cachorra Tula, que eu adorava;

    -O estranho japonês tintureiro com atitudes estranhamente ocultas;

    -O barbeiro que cheguei a ganhar dinheiro como engraxate;

    -O sapateiro que me ensinou a profissão;

    -O dono da tabacaria que sempre me mandava embora;

    -O dono do posto de gasolina vizinho, que sempre me dava brindes;

    -O galo dono de uma oficina de acessórios e

    -A fábrica de pregos e baldes.

    Todos da minha rua, todos melhores amigos, simples, honestos e adultos.

    Tendo de mais precioso: minha mãe, meu pai, meus irmãos, meus parentes e a minha vida.

    Bom já falei demais deste lugar e acho que tudo. Não esquecendo dos gatos e das plantas e então...

    Vamos mudar de capítulo.

    D - A mudança e os primeiros namoros

    Retomando...

    ...E então novamente mudamos e eu contava com uns onze anos de idade. Mudamos para um bairro de São Paulo na Zona Oeste, longe do anterior na Zona Norte, deixando amigos e um ambiente feliz que tinha.

    Neste novo bairro tínhamos em toda vizinhança, pessoas de alto poder monetário e creio aí realmente tenha tudo reiniciado.

    Estudei no melhor colégio do bairro e amigos fiz, ou melhor, tive muitos colegas.

    Contando já com doze anos tinha tantas namoradas que ficava difícil ter tempo para parar e pensar. Logo ganhei a minha bicicleta (Caloi dobrável), símbolo de status, que na época era como moto nos nossos anos de 1980 e nunca fui tão desejado por tantas meninas, a final eu tinha uma bicicleta, olhos claros, pele morena, cabelos castanhos claros e boa conversa.

    Mas...

    Mas o restante é assunto para o outro capítulo que irei Filosofar.

    E - Filosofando ou tentando

    Filosofar... Sim irei pensar e estou pensando muito para dizer tudo de forma que o amigo leitor entenda e que eu me compreenda.

    Dois grupos, foi assim que dividi as meninas com quem namorava em perfeito revezamento.

    Os dois grupos não tinham amizade e nem igualdade de posição socioeconômica. As conversas eram diferentes e eu mudava completamente perante um e o outro grupo. Podem dizer que eu tinha, se é que tinha, dupla personalidade. Mas errei, pois pensei que a minha beleza duraria toda a vida.

    Fui pouco a pouco transformando as amigas em inimigas e perdi uma a uma, mas antes de ficar sozinho...

    Estava passando por uma rua perto de minha casa e entre os dois grupos, quando vi uma menina morena sentada na mureta da casa com belas pernas, olhos castanhos e quase que caí da bicicleta, mas passei e talvez aí tenha tudo iniciado ou reiniciado.

    Umas duas semanas depois já a conhecia e Anarosa, era o anagrama de seu nome, logo depois a pedi em namoro e....

    Espere, preciso falar também de mim e o farei no próximo capítulo, calma leitor amigo, pois logo voltarei ao E...

    F - Começaram as derrotas

    O leitor amigo (acredito que ainda amigo ok), deve estar achando estranho eu não o pedir para parar comigo e não descrever o meu estado físico e mental do instante, mas é que esta parte tanto me comove e dói, que... Voltemos ao assunto.

    Neste mesmo meio tempo a bicicleta começa a sair da moda, no meu rosto inicia a explosão simultânea e concentrada de espinhas, parecendo vulcões e penso.... Preciso ter mais papo.

    Já estou com quase quinze anos e já tinha escrito algumas poesias, mas a primeira poesia eu queimei. Quando meu irmão mais velho 14 anos descobriu que queimei a poesia me deu bronca e conselho de guardar todos os escritos que foram fundamentais para o que segue.

    Assim a segunda poesia foi escrita em 1969.

    Ganhava as meninas, agora, no papo, nas pinturas e nas habilidades e loucuras com a bicicleta.

    Bom! E... pedi Anarosa em namoro e pela primeira vez ouvi um sonoro NÃO que bateu lá no fundo e puxa, como doeu. Teimoso, não desisti e insisti e consegui, mas pela primeira vez quem acabou um namoro, não fui eu, foi ela.

    Assim iniciou-se uma série de problemas, desde inferioridade até e inclusive todos os outros problemas da adolescência.

    Perdi todas as amigas e fiquei com Anarosa, a querendo não sei se por amor ou vingança.

    Daqui em diante chegamos nas poesias que melhor explicarão os fatos.

    Leitor, agora irá começar o livro que eu queria escrever. Acredite.

    G - Adendo para o início

    Adendo... Strôncio vem do símbolo químico Estrôncio (Sr) que eram as iniciais minha (S=Salgado) e dela (R= vou continuar chamando de Anarosa ok), porem ao deixá-la muito tempo depois, tirei o E pois seria Salgado para um lado e ela para o outro. Descobri um lado do meu EU chamado Strôncio que as mulheres adoravam e odiavam ao mesmo tempo, era alguém que queriam, mas não conseguiam ter.

    Escrevi um primeiro livro com 100 poesias escolhidas. Depois selecionei e fiz a primeira parte que chamei de Primeiros Momentos, na continuidade Segundo Momentos com recortes em negrito e Instantes Presentes que estavam em ordem cronológica e completas. Todas estas poesias estão contidas neste atual.

    No Primeiro Livro defini no final o Strôncio mais ou menos assim:

    -Um ser imaginário quando bom, real quando errava. Um louco, repentinamente, um amante sincero, sempre, um brinquedo, uma criança, ele É pois não morreu, uma parte de você que estará lendo tudo isso e se nele não tiver uma parte de você, então você não é um ser humano, não tem sentimentos ou se tem medo de isso reconhecer, então mais estará mostrando que grande parte de você é ele, o Strôncio.

    -Ele, um cara difícil de se compreender.

    -Ele que com um jeitinho arruma tudo para todos, menos para ele.

    -Ele que chorar e amar são seus maiores desejos, pois sofrer o faz crescer.

    -Correr, sorrir, brincar, seu pequeno grande mundo de criança, sua vida de fugas eternas do mundo, ele só ele o Strôncio é assim.

    -Ele é um pouco de cada um e cada um tem um pouco dele, dentro de si.

    Strôncio sou eu!!!

    E

    É você também!!!

    (pense nele)

    Um amigo em um acrostico assim definiu:

    STRÔNCIO de S.E. Zulzke Barbosa

    Simples é possuir algo...

    Todos procuram um ideal.

    Roncando e pedindo mais um trago

    Onde sempre está um casal.

    Nunca vi ninguém igual

    Como você, e poder lutar tanto,

    Imaginando sempre num dia ideal,

    Onde todos possam ouvir seu canto.

    H - O início que o Adendo não deixou entrar

    Começo o livro com uma recomendação que escrevi em 1975:

    - Ao leres estas folhas que de dentro foram arrancadas;

    Ponha-te em meu lugar

    E verás o quanto sofri pelo amor

    Mesmo sem até hoje não saber:

    O que é o amor!

    E não saber se realmente amei

    E se realmente a deixei

    Para tudo recomeçar

    Com alguém que se pode amar

    Com alguém que me pode amar

    Sinceramente...

    I - Eu menti

    Sim leitor, eu menti no início, pois disse que não escrevia poesias e é na realidade, justamente o inverso. Eu sempre só escrevi poesias.

    Destes livros que falei nos capítulos anteriores, existem alguns volumes que pretendo neste incluir todos em um só.

    Estive testando... Alo! Alo!... E notei que até o presente momento, este livro está diferente e gostoso de ser lido.

    Alguns testes:

    - Uma amiga que a tempos não via, ouviu até aqui e quer um exemplar. Disse que adorou, que é diferente, de fácil leitura e que prendeu a atenção ficando curiosa para ver como acabará.

    - Um cachorro muito amigo, que já dediquei algumas palavras, ouviu inteirinho e chegou a me lamber nas horas mais emocionantes e me ajudou na correção de algumas partes ao rosnar. Por fim latiu querendo mais.

    - Eu também gostei e acho o escritor um dos melhores.

    Creio que este livro será para todos, dos racionais até os irracionais.

    Como sua opinião me é importante, não se acanhe em deixar a sua crítica, não esquecendo que a censura não permite palavras de baixo calão.

    J - O empuxo que tirou o impulso

    Não sei o que está acontecendo, caro leitor, pois não consigo mais escrever. Será câimbra! Não! talvez aquela força do início, de tirar tudo de dentro, tenha acabado e na parte mais fácil que agora chegamos, no mais simples de descrever, parou tudo e nada sai. Acho que vou acabar o livro aqui, mas...

    Eis que agora escrevo!!!

    Talvez por ter reencontrado o desejo que tinha, a tempos

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