Atena
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Atena - Deise Zandoná Flores
BOOK TITLE
ATENA
a égide, a lança e a coruja
DEISE ZANDONÁ FLORES
ii
Copyright © 2020 Deise Zandoná Flores
Todos os direitos reservados.
ISBN: 978-65-00-02713-6
A natureza é aristocrática; uma pessoa de valor vale por dez pessoas medíocres.
(Carl Jung)
Ora, a poesia é uma coisa muito alta, profundamente ligada ao destino transcendente do homem, é uma chave do conhecimento do universo, como a religião e a ciência, e não pode, portanto, ser relegada à condição de um passatempo frívolo.
(Murilo Mendes)
INTRODUÇÃO
Quando Atena nasce em nós?
No mito, a Deusa salta, já adulta, da cabeça de Zeus, o Logos Universal e Divino, a Razão Suprema, a Verdade.
Atena é estrategista, guerreira, professora das faculdades intelectuais, educadora moral, guardiã da virtude, mantenedora da ordem, patrona das artes e da filosofia. É a própria Luz da Sabedoria.
É no indivíduo adulto, livre, autônomo e virtuoso que Ela se manifesta plenamente, através do controle dos instintos e dos vícios, do exercício das virtudes, da conduta prudente e, principalmente, do uso das faculdades intelectuais postas a serviço da Verdade, da Beleza, da Ordem e da Justiça.
A resposta à pergunta Quando Atena nasce em nós?
pressupõe outras duas questões:
Quando nasce a Inteligência? Quando entra em cena a Sabedoria?
Neste livro, estão reunidos alguns poemas de escudo, lança e coruja.
LISTA DE POEMAS
O GUERREIRO E O JASMIN
A BANCARROTA DA RIMA
HINO A ATENA
EXCELSA VITÓRIA
VIRTUDE
NASCIDA DA CABEÇA
DEFENSA METÁLICA
SOLDADOS DE CHUMBO
CIDADES DORMENTES
SOPRO
O CÁLICE DA MÃO ESQUERDA
NO VENTRE DA BESTA
ECO COROADO E SOBERANO
CASA DE JUDAS
DOPAMINA
FAROL APAGADO
ARTEFATO EXÓTICO ANTIGO
TIGRES E SOLDADOS
REINO DAS FADAS
NÃO É E NUNCA SERÁ
FALSO ÁGON
MAR TEMPESTUOSO
ORAÇÃO AO INTELECTUAL RESSENTIDO
PALAVRAS EM DESUSO
ESPELHOS
NOS DOMÍNIOS DE ATE
ARREMEDO
FRUTOS DAS FUGAS E DAS DESCULPAS
DICIONÁRIO AFORÍSTICO
SOB O TAPETE VERMELHO
BUNKER
LIVROS EMUDECIDOS
VALSA
ESPIRROS DE ENGRENAGEM
SOB OS CABELOS
AONDE VAIS COM TANTA PRESSA?
OLHAR CÉTICO E SENSÍVEL
O FIEL DA BALANÇA
SOL PURIFICANTE
CONSELHOS
AO PEIXE
ESMERO
TATO
MISTÉRIOS POÉTICOS
POETAS AMIGOS, AMIGOS POETAS
POEMA SINTOMA
SENÃO POESIA
POEMAS ALEGRES
ALGUNS DIAS
FEITIÇOS
VONTADES CAROLINAS
FLOR DE IMPOSSÍVEL
POEMAS
O GUERREIRO E O JASMIM
Sem defesas, não há flores
Quando, ao nome do guerreiro, falta o guerreiro,
o círculo sagrado é violado e quebrado,
e o calafrio não é curado pelo caduceu do mensageiro.
O mundo é hostil, se falta o punhal.
O mundo é poeirento, se falta a doçura.
Na cura, não há um mar de rosas, apenas uma!
Há folhas secas, no outono, de cor carmim;
o alívio do aroma doce do Jasmim;
o conforto suave e morno de um edredom.
Não é preciso muito, só é preciso um tom,
e os passos desritmados dançam o dom
do desejado, sempre esperado, maiúsculo e exagerado Sim.
O refratário é só um casco:
menos protege do que priva e isola.
O Sim está à espera, em uma caverna escura,
morna e úmida, depois da aventura
de driblar o limo contido nas pedras.
Antes o limo do que o limbo!
Há de ser guerreiro para lutar em carne viva!
Há de ser ligeiro para livrar-se das hienas!
Mesmo os leões estão sujeitos à duras penas!
Há de se estar unido para sobreviver ao gelo!
Há de se estar fértil para produzir a gema!
Mesmo o ourives precisa descansar da jóia!
Todo o amor, em perpétuo crescente, conhece o trágico: antevisto, antecipado e, por isso, prevenido,
no pequeno, no detalhe, no superlativo ínfimo,
quando prosperam os risos a desdenhar das fugas.
Fuja, vítima, fuja!
Encarcera-te no teu drama!
Apaga a chama!...
... e perde a mão que segura o escudo!
... e perde o ouvido com o qual não escutas
as frases caladas sob os olhares tristes!
Diante do medo, reside a coragem.
Diante do calor, descobre-se a aragem.
Diante da dor, florescem as cicatrizes.
E, na guerra do Amor contra a Duplicidade,
o guerreiro, sem punhal, lança ou escudo,
entrega o eterno aliado ao inverno eterno e mudo.
A BANCARROTA DA RIMA
Nada rima com nada.
Eu arremedo flores na próxima parada.
Eu arremesso dias durante a madrugada.
De pés descalços, na beira da estrada,
símbolos abandonados em cima da calçada...