O Suave E O Brusco

De Lino Porto

Décimo livro do autor, os poemas aqui reunidos compreendem os anos de 1993 a 1999, época de aparente estabilidade econômica e emocional do poeta, tendo como pano de fundo o Brasil, do fim da era Collor ao apogeu da era FHC, com o Plano Real estabilizando a economia, permitindo algum planejamento familiar. Também o mundo, com o fim da URSS e o processo de liberalização global, além da popularização lenta e gradual da Internet, compõe o cenário por trás dos versos. Seus poemas falam sobre tudo isso, mas sub-repticiamente e sempre sob enfoque lírico, usando outros artifícios e palavras, ora suaves, ora bruscos.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 2 de out. de 2023

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O SUAVE E O BRUSCO

- Poemas dissonantes e incômodos; alguns acomodados -

Lino Porto

Curitiba, 1993-1999

Copyright © 2023 by Lino Porto

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Apoio: Clube de Autores

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

1. Poesia : Literatura brasileira  B869.1

Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129

Quem nunca se contradiz deve estar mentindo.

(Mário Quintana)

SUMÁRIO

JOIAS

PARAÍSO PARTIDO

A PÉROLA E O PARAFUSO

O RIO

FILHOS DA PÁTRIA

RUMOS A SEGUIR

SONHO DE CRISTAL

OS OUTROS TODOS

ECLETISMO PURO E PREVISÍVEL

CAETANO (ou não)

A FÚRIA

OS ABALOS NA PSEUDO SEGURANÇA DE QUEM PRATICA ARTE MARCIAL

POEMINHA À MINHA ANJINHA

TÂNIA

YARA

PÁSSARA

TOLOS SUBSTANTIVOS, ADJETIVOS VEROS

O MUNDO QUANDO VISTO PELOS OLHOS...

SALVA DE VAIA

A PAZ HIPÓCRITA

COMO ESCREVER POEMAS

O OVO NOVO

O RELEVANTE RELEVO

MAL ININTELIGÍVEL

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DA FLORA

OBRAS IRMÃS

GENTE PRIMA

CORPOESIA

O LEDO ENGANO E A LEDA ENGANA

POST MORTEM

JOIAS

Estou a desafiar esses conceitos

E também todos os preconceitos

Preconcebidos de qualquer jeito

E sendo naturalmente aceitos

Só causando efeitos

Só trazendo defeitos

Levados, assim, pelo tempo,

E o que não me falta é exemplo:

crescer na vida é se dar bem.

Para mim, crescer é diminuir,

Até voltar a ser menino,

Enrodilhado em seu caracol.

Na