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Os muitos nomes da vagina
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E-book153 páginas1 hora

Os muitos nomes da vagina

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Sobre este e-book

Uma parcela das mulheres destina-se a viver sua afetividade de maneira secreta; umas parcelas das mulheres dominam seus anseios e sua sexualidade, por causa dos preconceitos e da discriminação que persistem atuantes no bojo sociocultural, embora assumindo formas de expressão que não entram em confronto direto com a vigência das atuais normas de tolerância. Esta série de dez contos é passo inicial de uma sequência de outros mais, de natureza igual, com perspectiva de focar, igualmente ou de maneira mais profunda, a intimidade das relações homoafetivas feminina, com histórias mais autênticas, quiçá com nomes não fictícios?!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de set. de 2022
ISBN9781526068088
Os muitos nomes da vagina

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    Os muitos nomes da vagina - HELIO BACELAR

    Notas

    Uma série de contos eróticos tangenciados para o homo afetivo feminino.

    Não tem, esses contos, pretensão de defender posicionamentos ou o que quer que seja que possa semelhar, com relação a homossexualidade feminina, nem tampouco ser bandeira de luta, muito menos estimular coisa qualquer ou o que possa parecer estimulação ao homossexualismo feminino.

    São contos que focam histórias de vidas – retratadas com personagens fictícios – que enveredam pelo erótico e se esvai no lascivo, no libidinoso, no sensual, no lúbrico, no impudico, no devasso, no carnal, no licencioso..., e em todos os muitos sinônimos que cerceiam o sexual: contos que se semelham a vida real; vidas que se guardam por não ser aceitável, a homo afetividade, em nossos podres pudores.

    Os nomes fictícios dos contos se deve a necessidade de preservação das fontes de referências. É, ainda, um tanto desconfortável para algumas mulheres assumirem sua opção sexual. Assim sendo, foi combinado que nomes de personagens sejam fictícios que nada mais são que relatos transcritos de conversas, com enfeitação literária, evidentemente.

    Uma parcela das mulheres destina-se a viver sua afetividade de maneira secreta; umas parcelas das mulheres dominam seus anseios e sua sexualidade, por causa dos preconceitos e da discriminação que persistem atuantes no bojo sociocultural, embora assumindo formas de expressão que não entram em confronto direto com a vigência das atuais normas de tolerância.

    Esta série de dez contos é passo inicial de uma sequência de outros mais, de natureza igual, com perspectiva de focar, igualmente ou de maneira mais profunda, a intimidade das relações homo afetivas feminina, com histórias mais autenticas, quiçá com nomes não fictícios?!

    O texto que abre, e que dá nome ao livro, é uma ampla explanação sobre um tabu: a vagina.

    O tema incomoda muitos, acredito, mas não é essa a intenção do autor, muito menos das colaboradas e das apoiadoras desse empreendimento.

    É uma avassaladora contextualização de um proibido vislumbre da sexualidade feminina representada pelo seu ícone: a VAGINA!

    Os muitos nomes da VAGINA

    Pense em um tablete do chocolate Prestígio! ...

    ..., esse é o tamanho médio da vagina. Mais ou menos oito centíme-tros, da vulva ao colo do útero, que quando excitada aumenta para dez a quinze centímetros.

    Elástica, pela sábia artimanha da natureza, abocanha pênis de desiguais tamanhos; permite a saída do bebê, no parto; volta ao seu estado normal depois de toda e qualquer peripécia!

    Aquela cujo nome não se fala!, a vagina, tem mais de cinco mil apelidos!

    Os muitos vulgos – dos mais distintos –, vão dos pejorativamente machistas aos cognomes carinhosos e outros muitos, tão somente para compor cena, pois, em verdade, quase sempre serve para acobertar o embaraço de falar, o mínimo que seja, sobre a vagina.

    Mas a vagina tem identidade! Sim..., identidade! Identidade quando mediada pelas suas características próprias e exclusivas e peculiares.

    São diferentes e distintas, entre si, cada vagina: tanto em tamanho, quanto no formato: nunca o formato da vagina de uma mulher é igual ao de outra. Quanto aos odores, a vagina tem odor natural, típico e singular; quanto às cores, também, pois a vagina varia o tom conforme o tom da pele de cada mulher – indo do amarronzado ao rosado –, e isso é natural.

    Cada vagina tem características pertinentes, tal como são pertinentes as digitais dos nossos dedos, e são impressionantemente individuais, tal como as listras das zebras ou mesmo como são diferentes entre si, pessoas, animais, plantas e objetos inanimados.

    O lábio vaginal esquerdo é diferente do direito, em todas as vaginas, e não se assuste. Isso é normal! É inerente, própria e específica, essa anomalia!

    Nos incontáveis tipos de vaginas, umas tem os lábios internos maiores que os externos; umas tem o clitóris maior e mais exposto; umas são mais volumosas no monte de vênus..., entretanto, independente de todas e quaisquer diferenças, existem pontos em comum entre as vaginas. Tem coisa mais interessante, mais instigante, mais deliciosamente sensual que a vagina? ... Acredito que não.

    Os tipos de vulva são particulares e se dá pela combinação de formato, volume e firmeza de vários tecidos e regiões, em especial, do púbis e as sub-regiões externas da vulva – clitóris, grandes lábios e pequenos lábios.

    Em ligeira classificação da vulva temos o tipo beijo ou coração: os grandes lábios, rechonchudos, encobrem os pequenos lábios e o clitóris; o tipo borboleta: quando os pequenos lábios ficam aparentes e aí é que ocorrem mais distinções de tamanhos – as asas da borboleta são de distintos tamanhos; o tipo tocha olímpica: mais avantajado, o clitóris fica mais exposto – é mais comprido e mais volumoso; o tipo capô de fusca: semelha ao tipo coração, mas com o púbis bastante volumoso.

    Tem arremates e mistérios e peculiaridades, na vagina, que a faz excepcional!

    Um destes arremates, é o clitóris! O afamado clitóris, também chamado de pinguelo, também chamado de grelo! ..., a região mais sensível da vagina! É a zona erógena de maior sensibilidade da mulher e, geralmente, a principal fonte anatômica do prazer sexual feminino.

    Fica do lado de fora. É um botãozinho, do tamanho de uma ervilha, logo no início da vulva, onde os lábios internos formam um V invertido. Tem como função principal, propiciar deleites à mulher e possibilitar que ela chegue ao orgasmo – imaginemos que a vagina é um bolo e que o clitóris seja a cereja deste bolo. Quando a mulher está excitada o clitóris apresenta uma ereção semelhante ao falo masculino.

    É prática, em alguns países, a extração do clitóris no intento de privar a mulher do gozo na cópula. Arrancam o clitóris na tora! Justificam essa prática, com as injustificáveis questões religiosas e ritualísticas, mas o intento é reduzir o desejo sexual feminino e garantir que a virgindade – pré-requisito para o casamento –, seja mantida.

    A liberação de dopamina, quando na estimulação da vagina, em parte, explica o por que de algumas culturas persistirem na mutilação genital feminina. Uma prática que altera não apenas o corpo e a atividade sexual, mas também influencia no próprio cérebro da mulher.

    A vagina, por capricho da natureza, tem terminações nervosas – não juízo. Talvez por isso digam por aí que a mulher pensa com a buceta! Quem sabe não são parte de um mesmo sistema: vagina; cérebro?! Só o clitóris tem oito mil terminações nervosas sensoriais em ligação direta com o cérebro.

    Calcule uma coisa única!

    Imagine uma coisa tão laboriosamente criada, pela natureza, e assentada entre as pernas da mulher!

    Imagine o milagre da reprodução humana! ..., sem a vagina não existiria a perpetuação das espécies mamíferas!

    Estranho mesmo é saber que a maioria das mulheres não conhece a própria vagina!, mesmo sendo o principal símbolo de feminilidade.

    E muito estranha é a maneira como nossa estrutura sociocultural se abstém de falar sobre a vagina; mais ainda, ter a vagina como algo nojento, obsceno, indecoroso...

    Esses aforismos, bizarros, difundidos na nossa cultura, são vindos de muito e muito tempo pregresso. Inegável que estão sendo persistidos, tal como outros muitos conceitos pré ilustrados, licenciosos e amorais.

    Desde a mais terna infância, ouvem-se as mais distintas referências sobre a vagina:

    – Coisa feia, ficar mexendo aí, menina!

    – Pega nisso não!, que nojeira!

    – É feio, ficar olhando a cocota!

    – Lave a xereca direitinho, mas não esfregue muito não!

    – Nossa! ..., que nojeira ficar mexendo na xoxota! ...

    ..., e tem a pior de todas: – TIRA A MÃO DAÍ, É FEIO! ...

    ..., e isso prova como é complicado ser mulher!

    Se conserva como tabu, ainda, tocar na própria vagina, a não ser para lavar, e sem muito esfregar.

    O cheiro da vagina é proibitivo!, e a vagina é vista como um grande reservatório de sujidade do corpo humano – é o que dizem. Até a chamam de fedida, fedidinha, fedorenta, fedorenta do caralho, feféia, feiosa, encardida..., mas o corpo humano, por si só, é um imenso invólucro de imundice. Não só a vagina.

    E é, certamente, a cocota, a parte menos suja do corpo.

    Está provado que a boca é uma coisa muito nojenta. Talvez a parte com maior sujidade no corpo humano!

    Alguns enxergam a cavidade bucal como sendo a coisa mais malacafenta que nós temos.

    Em um beijo de língua as pessoas trocam mais de um oitenta milhões de bactérias em trinta segundos – pense no estrago que faz um beijo de língua numa xoxota?! E fizeram dela vilã – pobrezinha.

    Sim!, a boca é uma das partes mais suja do seu corpo e a explicação é simples: a boca tem contato direto com distintos tipos de bactérias. Conclui-se mais de seiscentos espécies que, somando todas elas, podem chegar a trilhões de organismos em uma só boca.

    Ninguém morre por conta disso, obviamente!, – mas cuidado onde vai colocar a boca

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