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LInda Luz-Flor: Poemas e Microcontos e crônicas
LInda Luz-Flor: Poemas e Microcontos e crônicas
LInda Luz-Flor: Poemas e Microcontos e crônicas
E-book167 páginas1 hora

LInda Luz-Flor: Poemas e Microcontos e crônicas

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Sobre este e-book

Uma série de poemas e microcontos e crônicas.Versa sobre os mais distintos temas e foram escritos nos últimos três anos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de jan. de 2023
ISBN9781526072573
LInda Luz-Flor: Poemas e Microcontos e crônicas

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    Pré-visualização do livro

    LInda Luz-Flor - HELIO BACELAR

    Linda luz-flor!

    Te vejo luz,

    te vejo flor,

    te vejo linda! ...,

    mais que tudo mais.

    Mesmo o céu,

    exalando manhã,

    espargindo luz e frescor,

    não tem beleza igual!

    Mesmo o sol,

    desvairado em lumes,

    não tem maior fulgor:

    é pífio perto do seu brilhar!

    Vou persistir em me arrebatar

    com seu cheiro,

    com seu sabor,

    com seus braços,

    com seus abraços,

    com seus assuntos,

    com seus achegos,

    com seus carinhos...

    Até posso acordar sozinho,

    sem o seu jeito dengoso

    que encastoado em sono e preguiça,

    me faz um tanto aninhado...

    Posso ficar sem você em mim,

    seja lá o tempo que for,

    mas na memória do meu corpo

    você está grafada em quatro letras:

    A M O R!

    Voz-essência

    Minha voz interior,

    me cochichando no quengo,

    me sussurra segredos!

    Um tanto confuso,

    esse faniquito

    da minha voz-essência.

    Vem da profundeza do coração...,

    isso eu sei.

    Indica os passos apropriados

    para minhas decisões...,

    isso eu sei, também.

    É conciliadora e busca me guiar...,

    isso eu sei, de cor e salteado.

    Mas essa minha confluência

    com a consciência universal,

    não está muito católica!

    Rasgou a sutileza

    e desvestiu a fantasia,

    essa voz que me vem do íntimo,

    e mostra-se fuxiqueira,

    tal como esse anjinho alcoviteiro

    que carrega arco e flecha...,

    e lhe deram o apelido de Cupido.

    Barbaridade, Tchê!!!

    À flor da pele

    Seu néctar é doce tal qual o mel!

    Me inebria e me atiça a lascívia

    e me deixa entontecido de luxúria.

    É tal como sendo quimera,

    mas de intensa veracidade.

    É de concretude tal,

    que me incita o desregramento

    e o descomedimento

    e o descompassado...

    Abusa da minha apetência

    e atiça esse meu vício em você,

    esse seu imoderado néctar;

    esse seu jeito manso de bulir;

    essa sua bem medida carnalidade;

    essa sua gentil maneira de ser...,

    e de me envolver em palpos.

    Seu corpo, cálice carnal,

    sobeja o tinto do vinho

    que tem sabor frutal.

    Mais delicioso quando se derrama em você

    e se mistura ao seus cheiros

    e aos seus sabores mel-fruta

    que em mim provoca arrepios:

    lânguidos arrepios de puro prazer!

    Posso eu querer mais?

    Estas pronta para ser sorvida?

    O que virá depois? ...,

    se é que haverá depois?

    Como será esse depois?,

    se é para mim uma incógnita?

    Mas que deliciosa esfinge!

    Galfarro

    O sol aparece..., um dia tranquilinho

    como outro dia qualquer!

    É o sossegado de mais um dia!

    Nos girassóis as abelhas fazem a festa:

    se lambuzam de néctares e gozos!

    Sem alvoroço as formigas cortadeiras,

    no fuça-fuça, buscam o que cortar.

    Será que a seiva das folhas tem sabor igual?!

    O sol aparece...,

    e o estardalhaço da luz que o sol derrama,

    é de tal alumiado que parece tudo acender!,

    e arromba as retinas das janelas todas;

    e invade as frestas das tramas das cortinas

    e desvirgina o escurecido herdado do noturno.

    Mais um volteio, em suas muitas voltas

    e voltas e voltas..., em torno do eixo da vida.

    O sol aparece...,

    emoldurado por uma brisa cigana,

    que não tem pouso e não tem alento;

    menos ainda significância para ser ventania.

    E o tempo, hemorrágico e sem contenção,

    empoleirado nos ponteiros dos relógios,

    conluiado com a rotina do enche e seca

    das âmbulas das ampulhetas,

    perambula solene com ida sem volta!

    E o sol aparece e o sol some...,

    e é sempre tudo quase igual..., igual..., igual...,

    em dessemelhante e desenxabido existir.

    Tudo se acrisola nesse sempre passar:

    o tempo é cego e silente aos lamentos todos,

    de todos que com o tempo se esvai e de todo se finda,

    em voltas e mais voltas do girar da vida!

    Me sinto cega-rega, nesse laborar matinal:

    preguiçoso e cantadeiro tal qual cigarra!,

    enquanto nos girassóis as abelhas fazem festa

    e se lambuzam de néctares e gozos!,

    e as formigas cortadeiras, sem aforçuramento,

    no fuça-fuça persistente do corta-corta das folhas.

    Será que a vida, para todos, tem sabor igual?!

    Se há de ser flor

    ...

    Se há de ser flor,

    carece de ter mimoseio.

    Que não seja de muito,

    tampouco  de menos,

    mas que seja cariciosa.

    Mimosidade mais que a flor,

    está para existir.

    Seja ela uma flor brejeira,

    rústica nas aparências

    e de pouco cheiro

    e de muito espinhosa,

    vai mostrar seu aroma

    quando num cafungar profuso.

    Se não tem pétalas,

    nem aparente graça...

    É uma flor, ainda assim,

    e será sempre uma flor,

    no mais inteiro do feminino.

    Queira ou não os incultos;

    os estúpidos;

    os achavascados;

    os inepto e tacanhos e nulos.

    Flor é flor, se tem ou não cheiro,

    se é ou não fina e delicada;

    se mostra-se ou não em pétalas;

    se é ou não apreciada...

    É flor,

    no contradito do inevidente!

    Pra você não se esquecer...

    Obrigado!

    Vou amar, mais ainda, o que pode vir adiante.

    Espero ser algo mais-mais-mais maravilhoso,

    pois que parece impossível ou inconcebível,

    ser mais esplendoroso e mágico,

    que esse nosso abreviado momento.

    Pois que tudo foi encanto;

    tudo foi como sendo ilusionismo frívolo;

    tudo foi como sendo único;

    uma tremenda bagunça no meu insípido viver.

    O que era antes, revirou-se,

    deixou de ser avesso e,

    retorcendo-se em sestras viradas,

    em um simples revirar dos

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