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Manual Rápido de Pesquisa de Opinião e Eleitoral
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Manual Rápido de Pesquisa de Opinião e Eleitoral
E-book164 páginas2 horas

Manual Rápido de Pesquisa de Opinião e Eleitoral

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Sobre este e-book

Este estudo é direcionado para aqueles que trabalham, direta ou indiretamente, com pesquisas de opinião e eleitorais, tais como pesquisadores, jornalistas, marqueteiros, políticos, assessores, membros do judiciário, estudantes, além de todos aqueles que se interessam em saber como se processam as pesquisas de opinião. Esta obra não tem a pretensão de apresentar um manual fechado e acabado sobre como fazer levantamento de dados. A ideia é oferecer uma análise compacta sobre os principais pontos de confecção e manuseio estratégico das pesquisas voltadas para uma abordagem quantitativa.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de set. de 2022
ISBN9786525032214
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    Manual Rápido de Pesquisa de Opinião e Eleitoral - Daniel Gonçalves de Menezes

    1

    O PAPEL DAS SONDAGENS

    NA CONTEMPORANEIDADE

    1.1 Os primeiros levantamentos e seu aprimoramento

    A origem da pesquisa de opinião é bastante controversa. A tese mais comum e mais conhecida é a de que foram os americanos que criaram esse recurso metodológico. No entanto, há relatos que apontam para o seu surgimento durante o século XVIII, na Europa.

    De acordo com Poyares (1998), as sondagens utilizavam métodos que penosamente foram se desenvolvendo desde fins do século XVIII, com vacilações características, enfrentando oposições constantes. É significativo que estivesse completamente quebrada e quase esquecida a tradição de levantamentos alemães, efetuados no século XIX e início do século XX, quando reapareceram na América, depois de 1945. As sondagens foram, então, consideradas uma descoberta americana.

    É fato que os americanos receberam toda uma contribuição, que cruzou o oceano com os europeus. No entanto, foram os primeiros que sistematizaram e expandiram a utilização das pesquisas de opinião. Dessa maneira, a eleição de Andrew Jackson, sétimo presidente dos EUA, foi relevante para o melhoramento e propagação das sondagens pelo mundo, já que é um dos primeiros exemplos significativos de que se tem notícia.

    O jornal Harrisburg Pennsylvanian, em 1824, em uma pesquisa liderada por Delaware Watchan, aplicou inquéritos com seus leitores, naquilo que ficou conhecido como o voto de palha – straw vote (votação fictícia). A enquete apresentou a vitória de Andrew com 335 votos, contra os 169 votos de John Quincy Adams, seu opositor. Apesar de tendenciosa e sem nenhuma validade científica, a vitória de Jackson se confirmou, atribuindo maior popularidade às pesquisas.

    As técnicas de composição de uma amostra ainda engatinhavam. A prova disso é que, em 1916, o jornal Literary Digest, expressando o estado embrionário em que se processavam as técnicas de sondagem, iniciou uma pesquisa nacional, com o intuito de predizer o vencedor das eleições presidenciais.

    A ideia metodológica foi bem simples: postar milhões de questionários e levar em consideração os que retornavam. Foram enviados 20 milhões de questionários e retornaram três milhões. Desse modo, acreditavam os membros do Digest que era possível prever os vencedores das eleições presidenciais.

    Com esse movimento oneroso de investigação da opinião pública, ainda que as vendas do jornal tenham sido alavancadas, o Digest conseguiu prever a vitória de Woodrow Wilson e de mais quatro presidentes americanos.

    O método de predição do vencedor das eleições presidenciais continuou intocável até o momento em que, em 1936, o jornal cometeu o erro histórico de noticiar a vitória, segundo a pesquisa, do candidato Alfred M. Landon, com 56%, tendo, no entanto, acabado por triunfar F. D. Roosevelt, com cerca de 61% dos votos do

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