Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Ottsburg - A Trajetória De Um Espírito
Ottsburg - A Trajetória De Um Espírito
Ottsburg - A Trajetória De Um Espírito
E-book487 páginas2 horas

Ottsburg - A Trajetória De Um Espírito

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

O espírito do lord francês reencarna na Alemanha, no período conturbado da guerra, reencontrando algumas das almas que integraram a sua vida pregressa. Essas mesmas almas influenciarão no cumprimento da sua missão, no almejo de que lhe seja concedido o perdão divino.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de dez. de 2018
Ottsburg - A Trajetória De Um Espírito

Leia mais títulos de Viviane Regina Catapano

Relacionado a Ottsburg - A Trajetória De Um Espírito

Ebooks relacionados

Religião e Espiritualidade para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Ottsburg - A Trajetória De Um Espírito

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Ottsburg - A Trajetória De Um Espírito - Viviane Regina Catapano

    pdfconverter

    Ottsburg

    A trajetória de um

    espírito

    Reencontro de Almas

    Volume 3

    pdfconverterpdfconverter

    Ottsburg

    A trajetória de um

    espírito

    Reencontro de Almas

    Volume 3

    Viviane Regina Catapano

    Pelo espírito de

    Lord Henry Ottsburg

    pdfconverter

    Ottsburg - vol.3

    Editorial / Revisão / Diagramação:

    Viviane Regina Catapano

    Capa / Figura:

    site pixabay

    2014 - 1º Edição

    Direitos autorais reservados.

    É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer

    forma ou por qualquer meio, salvo com autorização

    do Autor.

    (Lei 9.610/08)

    Traduções somente com autorização por escrito

    do Autor.

    pdfconverter

    A dádiva da vida possui um enigmático caminho a ser

    desvendado, direcionando-nos aos desígnios de Deus

    Porquanto, devemos recear as consequências que as

    nossas irrefletidas ações acarretarão na vida dos nossos

    semelhantes ao mudarmos mesmo que inconscientemente o

    percurso da história.

    Em primordial, daqueles que outrora partilharam uma

    existência em comum ao terem como meta a quitação dos

    seus débitos com o Criador.

    pdfconverterpdfconverter

    Sumário

    Capítulo 1 ............................................................... 09

    Capítulo 2 ............................................................... 19

    Capítulo 3 ............................................................... 35

    Capítulo 4 ................................................................43

    Capítulo 5 ............................................................... 55

    Capítulo 6 ............................................................... 69

    Capítulo 7 ............................................................... 81

    Capítulo 8 ............................................................... 89

    Capítulo 9 ............................................................... 97

    Capítulo 10 ........................................................... 103

    Capítulo 11 ........................................................... 117

    Capítulo12 ............................................................ 127

    Capítulo 13 ........................................................... 137

    Capítulo 14 ........................................................... 147

    pdfconverter

    Revelação ............................................................. 157

    pdfconverterpdfconverterpdfconverter

    Ottsburg - vol.3

    Capítulo 1

    O dia resplandeceu encoberto por nuvens acinzentadas, as ruas

    desertas e o cenário melancólico desolou o encanto de um nobre país

    que faria muito por seus compatriotas.

    As grandes tragédias abalaram o Mundo e as constantes guerras

    geraram um efeito estarrecedor sobre a humanidade que sentia o

    amargor da miséria, da dor e da perda.

    A cidade de Trier detém uma construção arquitetônica deixada

    pelos romanos há mais de dois mil anos, situada na gloriosa

    Alemanha, onde séculos atrás havia pertencido ao território francês,

    voltando a ser alemã e assim, permanecendo até os dias atuais,

    porém, no decorrer dos anos, muitas desavenças surgiram entre os

    dois países.

    9

    pdfconverter

    Ottsburg - vol.3

    Muitas das casas localizadas em perímetros de guerra estavam em

    ruínas em virtude das bombas lançadas durante o conflito, havendo

    uma exorbitância de corpos estendidos ao chão, cidadãos inocentes

    que eram retirados do local pelos poucos voluntários da "Cruz

    Vermelha" existentes no país, do qual denotavam excedente coragem

    ao resgatá-los.

    Entre eles se encontrava um audacioso oficial do exército alemão,

    recém-formado em medicina, atribuindo assistência nas horas em

    que era permitida a sua ausência no quartel, com destreza, prestava

    os primeiros socorros para o alívio das vítimas.

    Ao término do curativo de um andarilho que foi atingido por um

    tiro, escutou o choro compulsivo de uma criança advindo de uma

    casa parcialmente destruída, ao suspeitar da gravidade dos seus

    ferimentos, correu em auxílio.

    Não se importando por onde se embrenhava e se fosse uma

    armadilha do seu oponente, entrou destemidamente, e ao ver uma

    menininha de aproximadamente sete anos de idade, sentada num

    cantinho do que imaginava ser uma sala de estar, cabisbaixa, tentou

    socorrê-la, mas ao notar que ela se encolhia a qualquer sinal de

    aproximação, falou à distância.

    - Não tenha medo, eu quero ajudar! Qual o seu nome?

    A menina que antes chorava parou de imediato ao ouvi-lo.

    - Annemarie! Mamãe não quer que eu mencione este nome, agora

    ela me chama de Kristen.

    O oficial se emocionou defronte a sua ingenuidade, embora

    estivesse suja, constatou que se tratasse de uma linda menina de pele

    alva, cabelos dourados como os raios de sol e olhos castanhos,

    usando um vestido de tonalidade rosa na altura dos joelhos, os seus

    10

    pdfconverter

    Ottsburg - vol.3

    cabelos se repartiam ao meio, suspenso por um rabo de cavalo de

    cada lado e uma modesta franjinha caindo-lhe sobre a testa, descalça

    e com os pés feridos, abraçava uma bonequinha de pano esfarrapada

    que lhe fazia companhia.

    - Kristen é um lindo nome! Onde estão os seus pais? - indagou-

    lhe apreensivo.

    - Mamãe e papai partiram quando a casa foi bombardeada, alguns

    homens os levaram daqui, eu fiquei com muito medo e me escondi.

    Agora eu não tenho mais ninguém! - voltando a chorar, apontou o

    dedo indicador para a janela mostrando-lhe os soldados alemães que

    por ali passavam - Eu sei que eles virão me buscar!

    Ao testemunhar a confusão mental da menina por via da tragédia

    presenciada, entendeu por si só que os seus pais estariam mortos,

    desse modo, elaborou mais uma pergunta.

    - Onde está o restante da sua família? Você não têm irmãos, tios

    ou avós?

    - Não senhor! Era só eu, papai e mamãe.

    Diante da possibilidade da menina ser capturada e morta,

    apavorou-se, posto que o nome anteriormente citado lhe outorgasse o

    entendimento de que tanto ela como os seus pais fossem de origem

    francesa, sendo eles, refugiados de guerra, escondendo-se por detrás

    de nomes alemães, fingindo e agindo como eles para a própria

    sobrevivência e proteção da filha.

    O oficial realizou uma nova aproximação, sem alarmá-la do que

    de fato teria acontecido com os seus pais, no fito de tirá-la daquele

    local antes que um soldado a visse e a denunciasse.

    - O que acha de sairmos daqui? Esse lugar está prestes a

    desmoronar.

    11

    pdfconverter

    Ottsburg - vol.3

    - Eu não posso! Mamãe virá me buscar! - replicou a menina.

    - Façamos o seguinte! Deixarei um recado para a sua mãe,

    asseguro-me de que ela não se importará, pois estarei cuidando com

    muito carinho da sua menina - coagindo-a na intenção de que o

    acompanhasse, sentiu-se aliviado ao vê-la sorrir.

    - Eu irei com o senhor! Tenho medo de ficar aqui sozinha, está

    escurecendo e ficando frio - retrucou acanhada, ainda com receio do

    jovem desconhecido.

    - De agora em diante me chame de tio Max! Não tenha medo de

    mim, não lhe farei mal algum.

    A menina se levantou do chão, não conseguindo se sustentar em

    pé, atestando o seu esforço, o jovem correu em sua direção, a fim de

    carregá-la nos braços, os seus pés sangravam, sendo assim, faria os

    curativos assim que chegasse em casa, visto que ele não pudesse

    demorar, pois tão logo seria dado o toque de recolher.

    Entre os novos bombardeios, o jovem oficial se desvencilhava

    com astúcia dos estilhaços que eram lançados contra eles,

    protegendo-a com o seu próprio corpo, curvando-se para que nada a

    atingisse.

    Maxwell Kuttner Schnayder, ou simplesmente, Max como

    gostava de ser chamado, era um homem robusto, de tez clara,

    estatura alta, olhos azuis e cabelos aparados ao estilo militar no tom

    de loiro escuro, possuía trinta e dois anos de idade, trajava com

    assiduidade um uniforme verde musgo do exército alemão e uma

    faixa vermelha no braço esquerdo o distinguindo como membro

    voluntário da Cruz Vermelha, foi criado por sua mãe que se dedicava

    ao máximo em suas costuras para que nada lhe faltasse, o seu pai

    havia falecido quando ele ainda era um bebê, em meio ao combate,

    12

    pdfconverter

    Ottsburg - vol.3

    não o conhecendo, em decorrência disso, passou a infância ao ouvir

    os corajosos relatos da mãe, tendo sido ele, um bravo soldado, do

    qual seguia os seus passos com admiração e orgulho.

    Max fazia de tudo para ajudar a mãe não deixando de enaltecer a

    sua gratidão por ela ter custeado a sua faculdade, empenho este, que

    lhe renderam noites sem dormir, costurando a luz de uma vela,

    prejudicando gravemente a sua visão.

    Adentrando uma rua estreita, chegaram a uma pequenina casa de

    parede cinza, Max bateu incessantemente na porta de madeira para

    ser atendido.

    - Sou eu mãe! Abra depressa, por favor!

    A senhora Eveline Schnayder distraída, espantou-se ao escutar as

    batidas na porta, o seu coração comprimiu-se em dor ao supor que o

    filho estivesse ferido.

    Ao dificultosamente caminhar, derrubando tudo o que estivesse

    pelo caminho, abriu a porta os deixando entrar, em seguida,

    aproximou-se do filho como forma de enxergá-lo, sendo que de

    longe surgissem diante de si, imagens embaçadas e distorcidas.

    Convencida da sua boa disposição física pasmou-se na presença

    da criança.

    - Quem é essa garotinha?

    Ao tocá-la, sentiu as suas mãos se umedecerem.

    - Meu Deus, ela está ensanguentada! Leve-a para o meu quarto,

    eu esquentarei um pouco de água a fim de limpar os seus ferimentos.

    Max acatou a sua determinação, a menina dormia de exaustão,

    sem delongas, colocou-a em cima de uma colcha de retalhos feita por

    ela mesma.

    O interior da casa era modesto, sem luxo aparente, conservada

    13

    pdfconverter

    Ottsburg - vol.3

    devido ao zelo da senhora Eveline em deixar tudo limpinho e

    organizado.

    Ao dispor de uma bacia de água e um pano limpo, a senhora

    Eveline sentou-se na beirada da cama, depositando-a ao seu lado,

    iniciando-se assim, a assepsia dos ferimentos.

    Temerosa ao dar guarita para uma estranha, ainda que fosse uma

    criança, a senhora Eveline atribuiu novas indagações ao filho.

    - Por que a trouxe para cá? Sabe que estamos em guerra, assim

    que eu terminar leve-a para o abrigo, nesta casa os seus pais não a

    encontrão.

    - Os seus pais estão mortos e segundo a menina, a sua família não

    reside pelas proximidades - respondeu contrariado.

    - Com certeza alguém a reconhecerá e a acolherá, há uma lista em

    que possa colocar o seu nome - insistiu a mãe.

    - Eu não posso fazer isso, a menina é francesa! - de olhar baixo,

    contou-lhe a verdade - Se eu entregá-la, a pobrezinha receberá o

    tratamento de um prisioneiro de guerra, se antes não a torturarem.

    - Francesa! Trouxe o inimigo para dentro de casa? - a senhora

    Eveline tremia em aflição.

    - Mãe, nada de ruim nos acontecerá, a educaremos como uma

    cidadã alemã e ninguém desconfiará. Os seus pais faziam isso, tanto

    que a chamavam de Kristen - argumentou Max.

    - Se fosse seguro estariam vivos! - de expressão carrancuda,

    exibiu a sua desaprovação.

    - Por favor, eu lhe imploro! - Max ajoelhou-se perante a mãe,

    suplicando a sua ajuda e foi nesse instante que algo tocou o seu

    coração fazendo-a se comover.

    - Você mentiu para mim, papai e mamãe estão mortos! - a menina

    14

    pdfconverter

    Ottsburg - vol.3

    que a tudo ouvia fingindo dormir, iniciou um novo pranto, sentando-

    se na cama, olhou para a senhora Eveline ao rogar-lhe - Não me

    entregue! Tenho medo de morrer! Eu prometo que farei tudo o que a

    senhora desejar, mas não me entregue, por favor!

    - Não a entregarei! Abrande o seu coração! Ficará aqui mesmo

    sob os meus cuidados, não deixarei que ninguém lhe faça mal - a

    menina conferiu um salto, abraçando-a em gratidão, Max

    emocionado com a cena, acrescentou.

    - Perdoe-me por não ter revelado a verdade! Eu só pensei na sua

    segurança - arrependido por sua decisão, foi surpreendido pelo

    abraço da menina ao sussurrar em seu ouvido.

    - Amo-te por ter salvado a minha vida, tio Max! Obrigado!

    Num abraço mútuo, acertaram os detalhes de como integrariam a

    menina na família, se porventura a vizinhança a visse, necessitando

    de um bom argumento para persuadi-los no anseio de evitar pósteros

    aborrecimentos.

    E assim foi decidido, Kristen seria a neta da senhora Eveline que

    morava com eles em virtude do seu filho mais velho ter sido morto

    em combate, é claro, um filho fictício, portanto, Max seria o seu tio.

    Evidentemente não haveria desconfianças, com a guerra, muitas

    famílias agiam

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1