Nas Veredas Do Trabalho:

De José R. N. De Azevedo & Tulio Barbosa

O presente livro é resultado de uma dupla preocupação: com os trabalhadores e sua organização a partir da classe. Soma-se ainda a necessidade de evidenciarmos o trabalho desenvolvido por uma entidade legítima e lutadora pelos direitos dos trabalhadores: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível da região de Presidente Prudente (Sindetanol).

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 28 de set. de 2020

Pré-visualização do livro

José Roberto Nunes de Azevedo

Tulio Barbosa

NAS VEREDAS DO TRABALHO

O PAPEL DO SINDETANOL

2ª Edição (Revista)

Edição do autor

Iepê-SP

2021

NAS VEREDAS DO TRABALHO

          O PAPEL DO SINDETANOL

NAS VEREDAS DO TRABALHO

          O PAPEL DO SINDETANOL

DO SINDETANOL

ISBN: 978-85-8097-256-6

COORDENAÇAO DO PROJETO

José Roberto Nunes de Azevedo

Tulio Barbosa

REVISÃO DOS ORIGINAIS

Angélica Staffuzza V. Barbosa

Ligia Mendes de Oliveira Azevedo

COMISSÃO CIENTÍFICA

Edson Rosa de Almeida (SEE/SP)

Elias Coimbra da Silva (UFU/MG)

Evandro Correia Pedro (SEE/SP)

DEDICATÓRIA

Ao meu filho Pedro de Oliveira Azevedo e Miguel Olavo Oliveira de Azevedo aos quais evidencio todo amor e carinho.

(José Roberto Nunes de Azevedo)

À Samhádi quem a cada sorriso faz-me sentir realizado, feliz com minha amada e acreditar em um mundo melhor e mais fraterno (Tulio Barbosa)

Leia também outras obras dos autores

Agradecimentos

LISTA DE COLABORADORES:

Antonio Mendes Neto

Natural de Aiuabá/Ce, proveniente do ramo dos químicos, vinculou-se ao movimento sindical em maio de 1989, inicialmente enquanto diretor de base e, posteriormente, na condição de presidente e vice-presidente do Sindicato.

JOSÉ APARECIDO DOS SANTOS

Atual diretor do Sindetanol, nasceu em Santo Anastácio/SP, aonde ainda enquanto trabalhador do setor sucroalcooleiro viu no movimento sindical uma forma de lutar por melhores condições de trabalho, estando, desde então, diretamente ligado ao Sindicato.

Danilo Pereira da Silva

Nascido em Presidente Venceslau/SP e com passagem no ramo da construção civil e transporte, o sindicalista encontrou no setor metalúrgico as bases da sua formação política, culminando nos idos da década de 1980 com seu retorno para o Pontal do Paranapanema na fundação do Sindicato.

Luiz Carlos TECIANELLI Ezarqui

Formado em direito e advogado do Sindetanol desde 1992 envolveu-se com o movimento sindical na condição de militante ainda quando estudante.  Atualmente advoga em diversos sindicatos.

JOSE ROBERTO DA SILVA

Nascido em Santo Anastácio/SP, ex-funcionário do setor sucroalcooleiro, o sindicalista é um dos fundadores do Sindetanol, participando ativamente desde a formação da associação em 1985.

MILTON RIBEIRO SOBRAL

Natural de Adamantina/SP, atual Presidente do Sindetanol (2012-2016), trabalhador do setor sucroalcooleiro desde 1982, passou a atuar no movimento sindical a partir de 1989, momento este em que preiteou as eleições como diretor do Sindicato.

SÉRGIO HENRIQUE BORGES

Natural de Penápolis/SP, jornalista profissional diplomado desde 2000, MTB nº. 31172 com passagens pelas redações dos jornais de Presidente Prudente, assessoria de comunicação da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) e no cenário nacional da cobertura esportiva. Atualmente tem atuado junto ao Jornalismo Sindical, prestando serviços de Assessoria de Comunicação ao Sindetanol.

PREFÁCIO

O livro que ora apresentamos advém do trabalho de dois pesquisadores, José Roberto Nunes de Azevedo e Tulio Barbosa, que se propuseram a registrar caminhos e lutas empreendidas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível da região de Presidente Prudente (Sindetanol).

Através do apontamento de diferentes evidências (fotos, entrevistas, charges, jornais, atas entre outros), os autores dialogaram com os marcos consagrados da historiografia sobre o sindicalismo brasileiro e lançam olhares sobre as atuações dos trabalhadores, e as formas de organização dos mesmos, na região sudoeste do Estado de São Paulo.

Assim o trabalho de levantamento, sistematização, produção e publicação de fontes históricas com esse caráter possibilitam-nos pensar em que medida os trabalhadores dessa região trazem em suas memórias as marcas dos processos de exploração e resistência na lida com a cana, na produção de álcool, etc. e de que modo traduzem-nas quando se referem as mudanças percebidas nas condições de seus próprios viveres.

Recuperar essas questões e as marcas dessas mudanças, indicadas por vezes como reestruturação do trabalho, nos modos de vida dos trabalhadores e dos sindicatos que viveram tais processos, estimula-nos a pensar em outras investigações a partir desta que agora publicam.

Possibilitam-nos também a pensar sobre as mudanças e as alterações enquanto significados de tensões vividas no passado/presente pelos trabalhadores, recuperando assim os sentidos/referencias/ valores perdidos e/ou atribuídos, e daqueles que foram forjados por eles no processo de viver, participar e construir novos modos de trabalho, vida e luta.

A leitura deste texto nos leva a refletir sobre a necessidade de ampliar os debates sobre o papel dos sindicatos neste momento de globalização, e, da mesma forma, sobre modos como hegemonias se constroem e se transformam, sob contestações e resistências nos processos sociais; sobre o interesse que identidades e memórias têm despertado nesta mesma sociedade globalizada.

Aos leitores abrem-se noções e perspectivas sobre o direito à palavra e a necessidade do diálogo como questão e prática política; debater as implicações metodológicas desse olhar político articulado à discussão sobre a própria da natureza da fala e do trabalho com aqueles que foram escolhidos para falar, torna-se evidente para melhor entender as diversas vertentes que compõem um mesmo sindicato.

O tema trabalho e trabalhadores tem sido recorrente em diversas obras recentemente produzidas, dando-nos a oportunidade de formular, a partir delas, diversas ponderações e de fazer indagações além das que constam no próprio corpo dos textos. Neste sentido o livro de Tulio Barbosa e José Roberto Nunes de Azevedo colabora para a organização de memórias sindicais e para outras pesquisas que possam se desdobrar a partir do acompanhamento das pesquisas aqui organizadas.

Realçamos que um dos aspectos mais relevantes da obra é o do registro de diversas atuações sindicais em embates contra Usineiros e outros.

Em uma perspectiva de prospecção, as greves, as assembléias, as paralisações, as memórias difusas e fragmentadas destas lutas, vitoriosas ou não, poderão inspirar outras ocasiões futuras.

Assim como outras versões e novas histórias.

Prof. Dr. Paulo Roberto de Almeida

Prof. Dr. Sérgio Paulo Morais

Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia

INTRODUÇÃO

O presente trabalho é resultado de uma dupla preocupação: com os trabalhadores e sua organização a partir da classe. Soma-se ainda a necessidade de evidenciarmos o trabalho desenvolvido por uma entidade legítima e lutadora pelos direitos dos trabalhadores: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível da região de Presidente Prudente (Sindetanol).

Frisamos ainda que o presente livro nasceu de nossa inserção no âmbito sindical através da realização de investigações acerca da exploração do trabalho no Pontal do Paranapanema.

Na medida em que entramos em contato com as diversas ações e preocupações do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível da região