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Dois poemas e o continho, por amor!
Dois poemas e o continho, por amor!
Dois poemas e o continho, por amor!
E-book191 páginas1 hora

Dois poemas e o continho, por amor!

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Sobre este e-book

Uma seleção de quatorze contos entremeados num poemário assinados pelo romancista Carlos Hiran Goes de Souza em sua primeira investida nesse gênero literário. Nesse livro, o autor presta várias homenagens implícita e explicitamente no percurso da leitura, a começar pela menção da coletânea Ebulição da Escrivatura - Treze poetas impossíveis publicada nos anos 70 por treze jovens que lutavam para ter suas artes reconhecidas num período marcado pela ditadura militar no Brasil. Ler as citações a Salgado Maranhão e Gil Sevalho dentre outros, logo no primeiro conto dialogado entre dois poetas e um garçom erudito que ele denomina de Casimiro (de Abreu) é uma demonstração sublime do quanto o autor invadiu o universo lírico e nos relembra dessa obra magnífica. Carlos Hiran segue como instigador da memória em páginas seguintes quando volta ao tema da ditadura, dessa vez abordando em sua ficção fatos reais ocorridos no Portugal salazarista, e demonstra um humor peculiar em outros contos em que evidencia a verve cômica em suas narrativas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de out. de 2022
ISBN9786599485923
Dois poemas e o continho, por amor!

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    Dois poemas e o continho, por amor! - Carlos Hiran Goes de Souza

    Copyright © 2022 by Carlos Hiran Goes de Souza

    CAPA E PROJETO GRÁFICO DE MIOLO

    Sérgio Campante

    FOTO DO AUTOR

    Natasha Bretas

    DIAGRAMAÇÃO

    FA Studio

    E-BOOK

    Marcelo Morais

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Contos : Literatura brasileira B869.3

    2. Poesia : Literatura brasileira B869.1

    Vera Lucia de Jesus Ribeiro - Bibliotecária - CRB 9861/8

    Todos os livros da Editora Eldorado estão em conformidade com

    o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

    Todos os direitos desta edição reservados à

    EDITORA ELDORADO LTDA.

    Rua Santa Clara 50/1111 – Copacabana

    Rio de Janeiro – 22041-012

    Tel/Fax: (21) 3208-8777

    Dedicatória

    À

    Marília Janott (Lila)

    e

    Lúcia Leite Pinto

    Clones das minhas irmãs Maria de Lourdes e Maria Augusta, que amo tal e qual.

    Sumário

    Prefácio

    A saideira da tertúlia

    Nascentes

    Na dúvida, dou-te um pássaro

    Vaza, Tempo

    Axé

    Ensaio sobre os sem noção

    Na sacada de um torto olhar

    Ato de contrição

    Chorei bagarai

    O feio e o belo na vitrina da vida

    Aconteceu

    A verdade na mentira

    Entrega a Deus

    Vida boa de Barra de São João

    O cavaquinho falante do Wandinho

    Beijar é humano

    O balé

    Pode ser

    A obra e o autor

    O beijo da mulher estranha

    Magia em noite de lua

    Pouco pavio

    Perdidos e achados

    Cândida poesia

    Brota à vista d'olhos

    O Sol de Lara

    O som de Yuri

    Santo e santuário

    As cuecas cheirosas da Lila

    Aprendiz a cada dia

    Mar de óleo

    Eu não tu

    Rosa do meu riso

    Cambono bom

    O mágico no Castelo Branco

    Não sei o que não é um bom dia

    O que está acontecendo?

    Infarto agudo

    Cabelos brancos

    Viaggio a bordo do Curió

    Vivo, num casco de tartaruga

    O festival gueledé

    Andando nas nuvens

    Está bom assim

    Nuvem cheia é quase o Sol

    O meu lugar

          Parte um – O Dragão do Mar

    Esquece isso

    Sinal de pedestre

    Devo não nego

    Na utopia sem bússola

    O meu lugar

          Parte dois – O Super-Homem

    Viver de você

    Cinco gestos de admiração

    Mais união

    O arco-íris

    Onde Judas perdeu as botas

    O dia em que eu fiquei surdo

    Próxima estação: Felicidade

    Apelido

    Vidas importam além do achar

    O Grimorium Obscurus

    Quem tem não pede mais

    Não entendo

    O sol da meia-noite

    Isolamento literal

    Só os fracos lamentam

    Privilégio dos felizes

    Rabisco

    Não vingou

    Com limites

    Quando o mal parece o bem

    Calabouço

    Vida donzela

    Visão dupla

    Linda

    A velha africana

    Cegueira transitória

    Gran finale

    Nota: Os contos estão assinalados em negrito.

    Prefácio

    Dois poemas e o continho, por amor! é mais uma ousadia literária de Carlos Hiran Goes de Souza.

    Esse caboclo amazonense, que sempre nos tirou da rede com seus romances, se embrenhou pela composição poética e desenhou essa adorável paisagem onde a poesia flerta entre narrativas de viés cômico e os mais sérios temas, embutidos em 14 contos. E o que nos chama a atenção são as homenagens que o autor, implícita e explicitamente, presta no percurso da leitura, a começar pela coletânea Ebulição da escrivatura – treze poetas impossíveis, publicada, no fim dos anos 70, por treze jovens que brigavam para ter sua arte reconhecida num período marcado pela ditadura militar. Ler as citações a Salgado Maranhão, Gil Sevalho, dentre outros, logo no primeiro conto dialogado entre dois poetas e um garçom erudito, chamado Casimiro (de Abreu), é uma demonstração sublime do quanto esse manauara invadiu o universo lírico que nos rodeia a vida e a nossa própria história vivida com esses personagens.

    Carlos Hiran tem também a característica de instigador da memória na sua forma de escrita. Em páginas mais à frente, o autor volta ao tema ditadura com outra roupagem pautada em fatos reais acontecidos no Portugal salazarista. No conto O balé, ele inverte a abordagem inicial subliminar e nos remete à reflexão de uma passagem chocante e triste que abalou a História portuguesa, mostrando sua vivacidade em surpreender o leitor.

    Por outras páginas da sua prosa, ele nos faz rir, dissertando sobre a teoria dos mundulunáticos e a explicação genética do povo sem noção e suas mentes criativas durante o congresso da Academia Nacional de Ciências do Absurdo. E repete a dose de sua verve cômica em, pelo menos, três outros contos – O meu lugar (1 e 2) e As cuecas cheirosas da Lila –, onde passeia solenemente nas nuvens e brinca com personagens engraçadíssimos, colocados num campo mágico, bem na fronteira do realismo fantástico.

    Por outro lado, cabe destacar os poemas escolhidos para essa coletânea. Grande parte deles tem, na assinatura do autor, uma dedicatória entre os versos, como é o caso de O cava­quinho falante do Wandinho, em que o músico, maestro e arranjador, Wanderson Martins, é o grande homenageado. E por aí vai esse livro, mesclando prosa e verso e alternando momentos de leitura marcantes.

    No final, na mesma linha do autor, louvei Bragi, o deus mitológico da era viking, patrono dos poetas, dos menestréis e dos músicos, e mordi a isca do carinho para escrever esse prefácio. Dessa forma, tornei-me cúmplice dessa ousadia admirável do meu irmão de sangue e letras. Por isso, começo aqui a pedir a saideira com esse caboclo bom, vencedor de demandas, cambono dos seus personagens, crente do santo forte, que, nas horas vagas, doa pássaros, certo de que o sonho infindo precisa de asas.

    Mais um, e o continho, por amor!

    Lão Goes

    Poeta, compositor e irmão

    A saideira da

    tertúlia

    O garçom nascido e criado em Barra de São João, no Rio de Janeiro, diante da irmandade a entrar em ebulição, pediu discretamente uma licença poética e seguiu com seu trabalho. Voltou a circular pelo salão, onde, no centro, um palco redondo de trinta centímetros de altura e dois metros de diâmetro, circundado pelas mesas, servia para o brilho dos recitais daquela quase noite.

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