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Sonetos em prosa & poemicos
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Sonetos em prosa & poemicos
E-book110 páginas22 minutos

Sonetos em prosa & poemicos

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Sobre este e-book

Sonetos em prosa, que abre o volume, reage por assim dizer à impressão visual que tivemos, jovem ainda, ao deparar os sonetos shakespearianos. E quando digo impressão visual, não faço figura, é isto mesmo, impressão retida em retina, os catorze versos de negro no deserto da página luzindo, com seu dístico final entrado - e saindo da combalida caravana, à moda de beduínos se desgarrando sabe Alá por obra de qual miragem. Que diabos tem que ver com essa alegoria desengonçada o bardo inglês, não me perguntem. Que diabos também tinha eu de soletrá-lo com meu inglês vigário?!O que se pode perguntar, é o que sempre me pergunto, por que publicar "poesias" quem não é poeta? Quem nunca cuidou da arte de versificar, por que destratar sonetos, e elisabetanos, (ingleses, que seja) alheios à tradição mais fecunda das nossas letras? Ensaio uma resposta, sincera e sem certeza. Nesta altura da vida, da história, do mundo, da baixa idade moderna, enfim, a literatura, que não existe mais, ou que imaginávamos existisse, se converteu em questão pessoal. Mas pessoal, se nos é lícito forçar o paradoxo, no sentido menos pessoal possível: não porque queira ver o que me tornei, isso já sei há séculos, senão no que pudemos nos transtornar. São os passos dessa paixão pobre, incertos, que os livrinhos inventariam, ecoam e cobrem.
IdiomaPortuguês
Editorae-galáxia
Data de lançamento11 de nov. de 2021
ISBN9786587639703
Sonetos em prosa & poemicos

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    Sonetos em prosa & poemicos - Airton Paschoa

    Airton Paschoa

    SONETOS EM PROSA

    &

    POEMICOS

    2a edição

    (revista e aumentada)

    À guisa de orelha

    Decidi não perder mais amigos, puxando-lhes outra orelha, e enfileirar eu mesmo algumas orações acerca destes dois livrinhos que ora apresentamos ao indistinto público, Sonetos em prosa & Poemicos.

    Quem na mocidade não se entregou ao prazer solitário de disseminar mitos, nomeando-os ou não, de procriar toda uma prole, esfarrapada embora, na esperança de merecer, uma vez destinada, o belo batismo de mitologia pessoal? Até estampá-la mais tarde, descaradamente, tem gente que arrisca, que tudo parece perdoar o verdor da idade, como fez o autor com seus Poemitos (juvenília), publicado pela Dobra Editorial em 2013 [e republicado em 2020 por esta editora, em segunda edição, digital e revista].

    Corridos os anos, entretanto, pejado de cãs e cãibras, enterrados os mitos de ontem, em suma, não há fugir à autópsia literária: morremos com micos nas mãos... Micos então os mitos de antanho? Pode ser, não sei. O pouco que sei é que, se se trata de alguma coisa o que exibe com despejo o segundo livrinho, não passa de micologia pessoal. Senília?

    Sonetos em prosa, que abre o volume, reage por assim dizer à impressão visual que tivemos, jovem ainda, ao deparar os sonetos shakespearianos. E quando digo impressão visual, não faço figura, é isto mesmo, impressão retida em retina, os catorze versos de negro no deserto da página luzindo, com seu dístico final entrado — e saindo da combalida caravana, à moda de beduínos se desgarrando sabe Alá por obra de qual miragem.

    Que diabos tem que ver com essa alegoria desengonçada o bardo inglês, não me perguntem. Que diabos também tinha eu de soletrá-lo com meu inglês vigário?!

    O que se pode perguntar, é o que sempre me pergunto, por que publicar poesias quem não é poeta?

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