Moeda, Teoria da Regulação e sua Inserção na Formação da Política Monetária no Brasil
()
Sobre este e-book
Relacionado a Moeda, Teoria da Regulação e sua Inserção na Formação da Política Monetária no Brasil
Ebooks relacionados
A Crise do Modelo de Cortes Supremas como Teoria dos Precedentes Judiciais no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPraticabilidade Tributária: Eficiência, segurança jurídica e igualdade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCriptomoedas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTeoria da Decisão Tributária Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDa utilização da inteligência artificial nas execuções fiscais no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarcos Teóricos Para A Pré-compreensão Do Estado Moderno: Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação Jurídica e a Formação de Profissionais do Futuro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Gestão do Ensino Religioso no Brasil: Uma Análise do Gênero Opinativo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMoeda e Direito: Elementos para uma Teoria Constitucional Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCentrais de Cartório e Proteção de Dados Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSistema do Direito e o Código de Defesa do Consumidor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasColeção Comunicação & Políticas Públicas, Vol. 11 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Limites ao Poder Intervencionista da CVM Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDireito Econômico Processual Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA figura dos Gatekeepers Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnfrentamento à corrupção no Mercosul: normas, índices e iniciativas em meados da Agenda 2030 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPrecedentes Judiciais: Técnicas de Dinâmica, Teoria e Prática Nota: 4 de 5 estrelas4/5Trabalho, Tecnologia e Desemprego; 2ª edição Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDiálogos e Legislação: Educação Especial em Boa Vista, Roraima Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInteligência Artificial: Aspectos Ético-Jurídicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDireitos fundamentais em perspectiva: tensão entre efetividade e justiça Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDemocratização do Ensino Superior no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTeoria dos Gastos Fundamentais: Orçamento público impositivo – da elaboração à execução Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ensino de Ciências Sociais para você
Ciências sociais, complexidade e meio ambiente: Interfaces e desafios Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA escravidão no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasIntrodução à Leitura e ao Estudo do Órganon de Aristóteles Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Linguagem do afeto: Como ensinar virtudes e transmitir valores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Desenvolvimento Humano: Intervenções neuromotoras e educacionais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGestão de projetos sociais: Compartilhando experiências Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Princípio da Cooperação e o Jus Postulandi Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistórias e culturas indígenas na Educação Básica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Educação em busca de sentido: Pedagogia inspirada em Viktor Frankl Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGeografia, escola e construção de conhecimentos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFilosofia no Ensino Médio Nota: 5 de 5 estrelas5/5Valongo: O Mercado de Almas da Praça Carioca Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarketing Digital: o Efeito do Conteúdo de Mídia Social e a Popularidade das Marcas no Facebook Nota: 0 de 5 estrelas0 notasConectando as Ciências Humanas: Novos Olhares sobre a Transdisciplinaridade Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Geografia escolar e a cidade: Ensaios sobre o ensino de geografia para a vida urbana cotidiana Nota: 5 de 5 estrelas5/5Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Tempos de Pandemia: Desejamos um Mundo Melhor para 2030 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasColonialidade Normativa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Ensino de geografia no século XXI Nota: 4 de 5 estrelas4/5Eugenia & Higienismo: Educação como Suporte – Remédio do Estado – Efeitos Colaterais para a Infância Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPolícia, Justiça e Prisões: Estudos Históricos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsaios Globais – Da Primavera Árabe ao Brexit (2011 – 2020) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPolícia e Sociologia: Estudos sobre Poder e Normalização Nota: 0 de 5 estrelas0 notasConhecimento Sociológico nos Domínios Escolares: Poder e Controle na Circulação de Ideias Sociológicas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Economia das Paixões: Literatura, Erotismo e Gratuidade em Georges Bataille Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO ensino de geografia na escola Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesperte para o poder da vida: Uma visão racional da vida com infinitas possibilidades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasArmadilha da identidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFronteiras do Desenvolvimento na Amazônia: Agroculturas, Histórias Contestadas, Novas Alteridades Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Moeda, Teoria da Regulação e sua Inserção na Formação da Política Monetária no Brasil
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Moeda, Teoria da Regulação e sua Inserção na Formação da Política Monetária no Brasil - Marcelo Cavalcante Faria de Oliveira
Moeda, teoria da regulação e sua
inserção na formação da política
monetária no Brasil
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2022 do autor
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Marcelo Cavalcante Faria de Oliveira
Moeda, teoria da regulação e sua
inserção na formação da política
monetária no Brasil
Aos filhos Eduardo e Cecília, por todo o amor demonstrado nessa jornada de vida, pelo indispensável apoio para a realização e conclusão deste ciclo, e que representam a minha razão de existir. Aos novos membros que chegaram e que enchem de alegria e amor a vida. Maria Paula, Patrícia e João Vicente, Deus abençoe vocês.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por todas as bênçãos que derramou sobre a minha vida, dando-me condições, sob todos os aspectos, para que esta etapa pudesse ser realizada da forma como Ele programou.
De igual forma, meu sempiterno agradecimento ao amigo Cid Pereira Caldas (representando os demais amigos), com quem Deus me permitiu um convívio fraterno e de amizade e a quem, nesta época madura da vida, devoto minha irrestrita lealdade.
Minha gratidão à família, por meio dos professores Suely e Nilson e, ainda, aos novos membros com os quais Deus nos uniu.
Ao professor doutor Silvio Luiz de Almeida, por sua inigualável maneira de conduzir o processo de aprendizado, com paciência, distinção, inteligência, pelo rigor e pela adoção e formação serena de um epigonal mais platinado de vida, e de solo carioca.
Aos professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, com os quais tive a honra de conviver e aprender, principalmente, fazendo crer que Cora Coralina teve razão ao afirmar que é [...] feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina
.
Minha gratidão à Secretaria (nas pessoas de Cristiane Alves e Daniela Miranda) e à coordenação da pós-graduação stricto sensu em Direito Político e Econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que foram fundamentais, com seu conhecimento, zelo e carinho no trato dos procedimentos necessários à realização do curso.
PREFÁCIO
O presente livro, intitulado Moeda, teoria da regulação e sua inserção na formação da política monetária no Brasil, é fruto de pesquisa desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Direito Político e Econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Diante dos desafios e cenários de mudanças na economia nacional e mundial, Marcelo Cavalcante se dedica ao estudo sobre como a aplicação da Teoria da Regulação pode contribuir para erguer objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, mormente (i) construir uma sociedade livre, justa e solidária e (ii) garantir o desenvolvimento nacional.
O livro destaca a evolução/percepção da moeda, bem como seus atributos até a problemática da denominada moeda virtual
ou criptomoeda e a inexistência de amparo legal em diversos países sobre o assunto. Destaca ainda os princípios constitucionais Da Ordem Econômica e Financeira
e outras normas monetárias importantes para o leitor que pretende se aprofundar neste assunto ainda tão novo da sociedade contemporânea.
Diante desse ponto de partida, o autor faz uma imersão na Teoria da Regulação, ao apresentar desde as origens, passa pelo histórico de ações e comportamentos sociais a arranjos institucionais primevos. E, ao falar acerca do Fordismo/produção com base no Taylorismo conclui em conjunto com Robert Boyer, que um modo de desenvolvimento ocorre quando existe
[...] a combinação de um regime de acumulação e de um modo de regulação". Culmina, por fim, a realizar uma abordagem dos aspectos que levaram a crises no sistema capitalista.
Após, analisar-se o Sistema Monetário Nacional é que se alcança o outro ponto culminante desta obra, qual seja, o alcance das novas tecnologias nos mais diversos setores, no exercício da atividade econômica, aumentando inclusive a expectativa de vida da população, ocasionando um rearranjo na forma institucional para a problemática da cobertura social.
Dentre outras premissas, o autor se posiciona a partir da matriz teórica da validade da Teoria da Regulação na construção, manutenção e correções que se vinculam à política monetária.
Dessa construção, Marcelo Cavalcante pesquisou, detalhadamente, o tema. Com clareza lapidar, mergulhou em aspectos sensíveis, notadamente ao discorrer acerca do estudo da moeda e da Teoria da Regulação.
Como o leitor pode perceber, o livro que se tem em mãos é um importante instrumento para os que pretendem conhecer aspectos da Teoria da Regulação, tal qual uma alternativa a modelos tradicionais econômico-jurídicos, ou para aprofundarem seus estudos sobre o assunto, através de uma leitura sóbria e clara.
Logo, é certo que o livro que ora se apresenta, certamente, ocupará merecido espaço de destaque pela qualidade e atualidade da temática abordada, que auxiliará a todos – autoridades públicas e operadores do Direito – numa reflexão sobre o assunto.
São Paulo, 18 de outubro de 2022
Marco Aurélio Florêncio Filho
Advogado e Professor do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Direito Político e Econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
LISTA DE SIGLAS
Sumário
INTRODUÇÃO
1
A MOEDA
1.1 PERCEPÇÕES DA MOEDA NA HISTÓRIA
1.1.1 A moeda cartal – o dinheiro
1.2 ATRIBUTOS DA MOEDA
1.2.1 A moeda escritural
1.2.2 Histórico da moeda
1.2.2.1 Moedas e crimes
1.2.3 A moeda virtual – inexistência de amparo legal
1.3 A MOEDA E A SUA VIOLÊNCIA EM MICHEL AGLIETTA
1.4 A Constituição Federal e Outras Normas Monetárias
1.4.1 O Trabalho – justiça especializada no Brasil – forma institucional
1.4.2 A moeda – inserção no regime jurídico
1.4.3 O padrão ouro – Bretton Woods
2
A TEORIA DA REGULAÇÃO
2.1 SUAS ORIGENS
2.2 HISTÓRICO DE AÇÕES E COMPORTAMENTOS SOCIAIS
2.2.1 Arranjos institucionais ditos primitivos – construção social
2.3 O FORDISMO – PRODUÇÃO COM BASE NO TAYLORISMO
2.4 BASES DA TEORIA – QUAIS SÃO OS MODOS DE DESENVOLVIMENTO?
2.5 CLASSIFICAÇÕES DAS CRISES SEGUNDO ROBERT BOYER
2.6 OUTRAS PONDERAÇÕES SOBRE A TEORIA – MÉTODO E METODOLOGIA
2.7 CRISES NO SISTEMA CAPITALISTA
3
O SISTEMA MONETÁRIO NACIONAL – Política monetária
3.1 A base legal do Sistema Monetário Nacional
3.1.1 A Superintendência da Moeda e do Crédito – Banco do Brasil
3.1.2 O Conselho Monetário Nacional
3.1.3 O Banco Central do Brasil
3.1.3.1 Moeda criada e moeda destruída
3.1.3.2 Funcionamento do Bacen
3.2 A POLÍTICA MONETÁRIA
3.2.1 O crédito
3.2.2 A taxa de juros
3.3 A REPRESENTAÇÃO INTERNACIONAL DO BRASIL – APRESENTAÇÃO INTERNA
3.3.1 Lentes sobre a atuação da autoridade monetária
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Ao adotar o marco teórico a partir da teoria da regulação, a análise terá como objeto avaliar de que forma essa teoria poderia auxiliar as instituições brasileiras responsáveis pela economia na formulação e produção da política macroeconômica, que é implementada pelo braço executivo da autoridade monetária brasileira, o Banco Central do Brasil, notadamente no que diz respeito à política monetária e à forma como o direito apresenta-se indissociável ao tema em foco.
Robert Boyer, um dos formuladores da teoria, apresenta-a como aquela que vai observar as formas institucionais de uma economia capitalista, papel e influência sobre o regime monetário, o que ensejará buscar, no transcurso das informações: dados e elementos coletados na pesquisa; o entendimento de como os novos arranjos institucionais, na seara do sistema monetário, na relação estado/economia, influenciariam a sociedade capitalista, quanto aos reflexos que decorrem das inovações surgidas no plano da moeda e seus consectários (formas institucionais, como o trabalho e o assalariamento, também integrantes desse quadro); o modo como as crises peculiares ao sistema capitalista produzem seus efeitos; o modo como a autoridade monetária reage, no plano nacional e internacional, a partir dos desdobramentos dela e se (e como) a teoria da regulação poderia ser um ferramental para esse processo. Ou seja, como, inserida na formação da política monetária, serviria a um modo de desenvolvimento que objetiva atender comandos constitucionais como justiça social e desenvolvimento nacional.
A época do pós Segunda Guerra Mundial, conhecida como fordismo, o pós-fordismo e suas estruturas e diferenciações, como a moeda, são objeto do capítulo 1, A moeda
, elemento de soberania do Estado, além da forma como a política macroeconômica se relaciona com o modo de produção vigente ou em vias de surgimento. Os regimes de acumulação, o tratamento pós-choque e as crises numa economia capitalista (causas e efeitos), os modos de regulação anteriores (teoria clássica, por exemplo), o surgimento da teoria da regulação são abordados no capítulo 2, A teoria da regulação
, assim como as respectivas comparações, os conceitos e métodos da regulação na concepção de Boyer.
A vida em sociedade, no dia a dia, não traz a percepção ao cidadão comum de como, por exemplo, a alteração de um parâmetro na condução de uma política monetária, o aumento ou decréscimo no percentual aplicado pelo Banco Central do Brasil às instituições financeiras no país, por meio do chamado depósito compulsório, ferramenta legal disponível para a autoridade monetária regular o mercado monetário, poderiam alterar seu comportamento enquanto agentes econômicos.
A percepção pelo senso comum atribuiria uma dimensão de que tais atos não alcançariam o cotidiano das pessoas, físicas e jurídicas, em seus afazeres e modo de conduzirem seus atos, enquanto agentes econômicos que interagem socialmente, manifestando seus desejos, suas aspirações, e que, nessa conduta, as alterações tomadas a efeito pela autoridade monetária não lhes alcançariam direta e imediatamente. Porém é também objeto desta pesquisa buscar demonstrar que a realidade não confirma a percepção do senso comum, ou seja, que afeta a sociedade como um todo.
O senso comum faz conformar um conhecimento do objeto na [...] sua ordem aparente
¹.
É um conhecimento subjetivo, qualitativo não homogêneo (fazendo com que cada objeto seja percebido de forma singular), mas, ao mesmo tempo, generalizador, pois a formação do conhecimento não científico [...] tende a inspirar relações de causa ou efeito entre fatos ou coisas, de forma simplista
².
Essa forma simplista não corresponde à realidade complexa das relações sociais, permeada por antagonismos e conflitos, dos quais se extraem comportamentos que, por meio das ações sociais afirmadas por Weber, como sendo aquelas que visam ao outro, redundam num desacerto que requer a presença de uma instituição para mediar e regular os comportamentos e as ações dos agentes econômicos na sociedade como um todo.
Desta forma, a política monetária, na sua operacionalização pelo Banco Central do Brasil (instituição que serve ao discurso do capítulo 3, O sistema monetário nacional
), pode alterar o componente liquidez da moeda, do crédito, pode facilitar ou dificultar o acesso dos agentes econômicos a esse, pode adotar medidas que visem ao crescimento econômico, que proponham medidas eficazes contra o fenômeno