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IRMA: A vivência dentro do furacão mais poderoso do Oceano Atlântico
IRMA: A vivência dentro do furacão mais poderoso do Oceano Atlântico
IRMA: A vivência dentro do furacão mais poderoso do Oceano Atlântico
E-book103 páginas1 hora

IRMA: A vivência dentro do furacão mais poderoso do Oceano Atlântico

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Sobre este e-book

Cinco de setembro de 2017, exatos 31 anos depois dessa chegada ao universo, ali estava eu entre quatro paredes de um banheiro, suplicando para que o cara lá de cima desse uma trégua, e que me permitisse viver pelo menos o dobro disso, que já seria o suficiente se continuassem sendo intensos como eu gosto.
As minhas mãos suavam, as costas doíam de segurar a porta de madeira contra o vento, e entre um trovão e outro no meio da tempestade, eu sentia o meu coração apertando e tentava ignorar os pensamentos negativos.
Esse era o dia do furacão Irma, o dia em que eu estava na mira do momento mais trágico da minha vida, mas que em contrapartida, me deu o presente mais extraordinário: o nascer de novo.
"Uma obra com tensão, ansiedade e adrenalina, cheia de detalhes incríveis sobre a experiência dentro do furacão. É impossível não se sentir dentro de Sint Maarten vendo e participando de cada momento narrado pelo autor."
Ana Baldo
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento13 de mar. de 2023
ISBN9786525444253
IRMA: A vivência dentro do furacão mais poderoso do Oceano Atlântico

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    IRMA - Helton Laufer

    cover.jpg

    Conteúdo © Helton Laufer

    Edição © Viseu

    Todos os direitos reservados.

    Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por meio de processos xerográficos, incluindo ainda o uso da internet, sem a permissão expressa da Editora Viseu, na pessoa de seu editor (Lei nº 9.610, de 19.2.98).

    Editor: Thiago Domingues Regina

    Projeto gráfico: BookPro

    e-ISBN 978-65-254-4425-3

    Todos os direitos reservados por

    Editora Viseu Ltda.

    www.editoraviseu.com

    A minha querida esposa, Karen Cecchin Laufer, que segura fortemente a minha mão desde que nos conhecemos.

    A minha mãe, Iara Maria Stella Laufer, e irmã, Lausiane Laufer Baran, que sempre compreenderam os momentos de ausência.

    A José Carlos Laufer, meu pai (in memoriam).

    Agradecimentos

    Em especial, à família e aos amigos.

    Obrigado a você que ficou ao meu lado quando o resto do mundo saiu voando.

    Obrigado pelas palavras confortadoras e por encher a minha vida de momentos especiais e felizes.

    "Se a vida não ficar mais fácil,

    trate de ficar mais forte."

    Renato Maia

    Introdução

    Cinco de setembro de 1985,

    para quase todos um dia qualquer; para os brasileiros, o dia que antecipa o início de um dos feriados mais importantes do Brasil, o nosso sete de setembro.

    Para mim, um dia especial em vários aspectos, principalmente por ser a data em que a Dona Iara Maria Stella Laufer me mostrou a primeira luz do dia e me deu a liberdade do primeiro respiro autônomo.

    Assim como o Brasil celebraria 48 horas depois, eu estava ali, celebrando a minha independência e tendo o direito de ter o meu dia, o meu nascimento, o meu aniversário.

    Cinco de setembro de 2017, exatos 31 anos depois dessa chegada ao universo, estava eu entre as quatro paredes de um banheiro de 2 metros quadrados, dentro de um condomínio antigo em uma das menores ilhas do Caribe, suplicando para que o cara lá de cima desse uma trégua, para que desse uma relaxada nos nervos e que me permitisse viver pelo menos o dobro disso, o que já seria o suficiente se continuassem sendo intensos como eu gosto.

    As minhas mãos suavam, as costas doíam de segurar a porta de madeira contra o vento e, entre um trovão e outro, no meio da tempestade, eu sentia o meu coração apertando e tentava ignorar os pensamentos negativos.

    Apesar do ceticismo que circula o meu eu religioso há muitos anos, lembro, naquele momento, de ter pedido algo simples, do tipo: Pô, dá uma relaxada aí, tá ficando muito forte!

    Esse era o dia do furacão Irma, o dia em que eu estava na mira do momento mais trágico da minha vida, mas que, em contrapartida, me deu o presente mais extraordinário: o nascer de novo.

    Coincidência? Ou somente a vida revelando uma segunda chance?

    Mas vamos por partes.

    Antes de explicar essa incrível experiência, eu preciso que você entenda como fui parar dentro do olho do maior furacão do Atlântico. Ninguém em sã consciência viaja para uma ilha do Caribe para ver furacões, então calma.

    Acredito que, se você entender o que é um furacão, a história fará mais sentido. Desse modo, é necessário te mostrar por que tomei algumas decisões ao longo do caminho.

    Boa leitura!

    Mar doce lar

    Sint Maarten ou Saint Martin,

    Caribe, conhecida carinhosamente como: The Friendly Island, a ilha amigável, slogan inclusive usado nas placas dos carros para que as pessoas não se esqueçam de sorrir e devolver a simpatia que a ilha lhes oferece.

    Situada no norte do mar do Caribe, tem uma área de 87 quilômetros quadrados, o que torna a locomoção entre suas 37 lindas praias relativamente fácil. É dividida entre França e Holanda, em uma proporção de 60:40, respectivamente. É possível dar uma volta de carro na ilha inteira em cerca de 2h30min.

    Um lugar que, por quase um ano, pude chamar de casa e carinhosamente apelidar de paraíso. Se é que esse existe de verdade, acredito que se pareçam em alguns aspectos.

    Muitos nunca ouviram falar dessa pérola no meio do oceano, mas provavelmente já escutaram sobre a existência de alguns dos menores e mais perigosos aeroportos do mundo. Um deles fica nessa ilha e sempre está entre os top dez dos vídeos criados para fazer ranking das coisas estranhas pelo mundo.

    O aeroporto atraía turistas o tempo todo, o pouso e a decolagem na ilha eram emocionantes, a pista não era muito grande.

    Quando estávamos pela região, valia a pena a parada para esperar algum boeing apontar no horizonte e vir em direção à praia mais turística da região, a Maho Beach. No bar mais famoso da praia, o Sunset Grill, tem uma prancha de surf presa na areia com os horários de todos os voos do dia, facilitando esses encontros.

    As pessoas gostavam de se posicionar dentro da água e esperar por aquela foto especial, com um monstruoso 747 passando a quinze metros da cabeça, alinhado para o pouso. Quando ele decolava, a diversão era segurar nas grades de proteção do aeroporto, esperando ele ligar a turbina e se preparar para te lançar capotando pela areia com ventos insuportáveis, criando um arrependimento enorme de estar ali, cheio de areia nos olhos; mas, confesso, isso era mais divertido do que qualquer montanha-russa.

    Apesar de ser uma atividade proibida, com alertas de perigo por todos os lados, isso era muito normal de se ver quando se passava pela Beacon Hill Road, uma das principais ruas que dá acesso à região mais turística e famosa do local. Pois bem, esse é o famoso Aeroporto Internacional Princesa Juliana ou SXM, como é popularmente conhecido.

    Essa ilha se tornou o meu jardim botânico por 10 meses, e esses poucos meses foram

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