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Jove Da Mata: Identidade E Memória Na Literatura Popular Sanfranciscana
Jove Da Mata: Identidade E Memória Na Literatura Popular Sanfranciscana
Jove Da Mata: Identidade E Memória Na Literatura Popular Sanfranciscana
E-book109 páginas1 hora

Jove Da Mata: Identidade E Memória Na Literatura Popular Sanfranciscana

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Sobre este e-book

A importância deste estudo é a busca de identidade do poeta sertanejo Joviniano dos Santos, conhecido pelo cognome de Jove da Mata, brasileiro, mineiro, norte-mineiro, nascido na região do alto médio São Francisco, na cidade de Januária-MG. Jove da Mata, entre tantos poetas que cantaram sobre o rio São Francisco, destaca-se devido a sua simplicidade e o modo autêntico de como criou a sua forma de versejar, ora através de poemas e de trovas, demonstrando singularmente com destreza a realidade do sertão norte-mineiro. Hoje este poeta é marcado pela inquietação dos estudantes de Literatura Brasileira, no curso de Letras da Universidade Estadual de Montes Claros, quais buscam estudar a sua criação poética tanto à forma, quanto ao conteúdo. Portanto, visando contribuir com aqueles que interessam em estudá-lo, dediquei sob a égide dos pontos de vistas da memória, identidade e cultura, investigá-lo, dando início, portanto, a sua biografia, recorrendo aos seus poemas autobiográficos a que ele se instigou ao trazer à tona o poema principal denominado “Quem fui!!! Quem sou!!!”.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de ago. de 2012
Jove Da Mata: Identidade E Memória Na Literatura Popular Sanfranciscana

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    Jove Da Mata - Francisco Rodrigues Júnior

    PROPÓSITO DESTE ESTUDO

    A importância deste estudo é a busca de identidade do poeta sertanejo Joviniano dos Santos, conhecido pelo cognome de Jove da Mata, brasileiro, mineiro, norte-mineiro, nascido na região do alto médio São Francisco, na cidade de Januária-MG.

    Jove da Mata, entre tantos poetas que cantaram sobre o rio São Francisco, destaca-se devido a sua simplicidade e o modo autêntico de como criou a sua forma de versejar, ora através de poemas e de trovas, demonstrando singularmente com destreza a realidade do sertão norte-mineiro. Hoje este poeta é marcado pela inquietação dos estudantes de Literatura Brasileira, no curso de Letras da Universidade Estadual de Montes Claros, quais buscam estudar a sua criação poética tanto à forma, quanto ao conteúdo. Portanto, visando contribuir com aqueles que interessam em estudá-lo, dediquei sob a égide dos pontos de vistas da memória, identidade e cultura, investigá-lo, dando início, portanto, a sua biografia, recorrendo aos seus poemas autobiográficos a que ele se instigou ao trazer à tona o poema principal denominado Quem fui!!! Quem sou!!!. Como se isso apenas não bastasse, recorri a um vasto campo bibliográfico para se fazer compreender toda a sua produção literária, e, possivelmente, dá início à construção de sua identidade. Como este estudo trata-se de uma avaliação ao processo de iniciação de identidade do poeta, recorri, pois, a um formato explicitamente fácil, composto em oito capítulos capazes de satisfazer aos estudantes não somente dos cursos de Letras, como também dos ensinos Médio e Fundamental.

    INTRODUÇÃO

    Este estudo postula apresentar Jove da Mata, um januarense, cuja literatura, conforme observa Ariano Suassuna, traz para o debate os vários ciclos da poesia popular imbricados nos conceitos de heróico, maravilhoso, religioso, moral, satírico e histórico. A verve poética de Jove da Mata serve vassala denunciando as injustiças sociais, propagando sempre a consciência e a perseverança do povo da ribeirinha que sobrevive e dá sinais de bravura ao resistir às condições climáticas e políticas desfavoráveis.

    É através da literatura que adquirimos um vasto conjunto de experiências acumuladas pelo ser humano ao longo de sua trajetória e, nesse sentido, ao apreciarmos a arte, significa que estamos lidando com sentimentos e dúvidas, emoções e perplexidades. Rogel Samuel (2002) nos diz isto.

    É pelo estudo das diferentes formas de arte que entramos em contato com as características da época em que as obras foram produzidas. Essa experiência nos permite compreender melhor como ao longo de sua existência o ser humano tem visto o mundo em que vive. Afinal, se podemos dizer que somos fruto da sociedade em que vivemos, temos também de aceitar que nossas crenças são reveladas ao nos expressarmos e, principalmente, pelo modo como o fazemos, pois a obra de arte é um sistema complexo, não é o resultado da experiência individual, mas social. Em (2002, p.3), o autor também afirma que

    Todas as ciências da pessoa e da sociedade se mobilizam diante do poema, da narrativa, de uma peça de teatro. A ciência da literatura se constituiu, assim, em ciência moderna e cheia de variados saberes. (…) A literatura faz parte do produto geral do trabalho humano, da cultura. A cultura de um povo se realiza, em diversos sentidos, nas ciências e nas artes. É conjunto de fatos e hábitos socialmente herdados, que determina a vida dos indivíduos. (…) Tem-se a literatura de cordel, que faz parte da cultura popular. Não devemos separar a cultura popular da erudita (Rogel, 2002, p.3).

    Neste sentido, tendo a memória como a capacidade de reter, armazenar e evocar informações disponíveis sobre algo que pretendemos investigar presente/passado, propomos, sobre a égide da Literatura Brasileira, fazer um estudo que estabeleça uma ligação entre literatura e história, sob a ótica da linha de pesquisa Literatura de Minas Gerais, tendo como Jove da Mata: identidade e memória na literatura popular sanfranciscana, buscando investigar a produção literária do poeta, focalizando a sua identidade e discurso de alteridade na literatura popular são franciscana.

    Recorrendo ao discurso da análise de texto ficcional, para a busca de construção de identidade do poeta Jove da Mata, esbarramos com uma afirmação severa do professor Antonio Candido (1985), que adverte ao historiador a ter cautela quanto aos estudos sob esse ângulo. Subentende-se que ao estudar autor/obra/ideologia, o historiador tenha que se experimentar de uma árdua tarefa, pois, segundo o professor, a obra é apenas um instrumento para a compreensão de uma época ou de um reflexo da realidade vivenciada pelo autor. Dessa forma, exige-se, para a compreensão da obra, o estabelecimento de relações entre o texto e o contexto e o reconhecimento das relações sociais como parte integrante do estudo. Se a literatura tem como paradigma as representações humanas à compreensão da realidade, consultamos também o Breviário de Estética, do filósofo italiano Benedetto Croce (1997). Este filósofo afirma que para chegarmos à realidade é preciso que seja através da intuição, que faz a superação das contradições da realidade. Segundo ele, a estética estuda em seu teor filosófico a natureza do belo, fundando na vontade de expressão a afirmação da subjetividade. O sujeito ou, mais concretamente, o homem, supera as contradições da realidade através da intuição e da sua expressão, impregnando uma consciência do individual e do universal. A estética é a expressão do sujeito, a consciência do individual. Ao elaborar uma síntese pensamento/vida, que se assemelha ao caráter inseparável de significado/significante, Croce afirma que o pensamento só obtém sentido através da vida, e a vida só tem sentido através do pensamento. A sua obra, Breviário de Estética foi publicada depois de 1913, marcando influência na crítica literária das novas gerações. Nela, ele nos lembra que para ler e estudar a poesia é, antes de tudo, dizer o que a poesia não é. Para ele a poesia não é fato físico, uso utilitário, ato moral, caráter simplesmente conceitual, academicismo, apenas forma, apenas conteúdo, apenas adorno. A poesia para ele é intuição, relação conteúdo-forma, relação significado-significante, extrato fônico, visualização, extrato ideal, fecundação, estado de vigília, realidade e abstração, vida, essência

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