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Doze dias: A historia do maior assassino em série do Brasil
Doze dias: A historia do maior assassino em série do Brasil
Doze dias: A historia do maior assassino em série do Brasil
E-book210 páginas3 horas

Doze dias: A historia do maior assassino em série do Brasil

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Sobre este e-book

Ouvi pela primeira vez a história de Pedrinho Matador quando tinha 17 anos, através de uma matéria de jornal, e seu relato muito me fascinou. Como a maioria dos adolescentes, eu gostava de filmes de terror e o comparava a um Jason Voorhees, de Sexta Feira 13 ou a um Freddy Krueger, da Hora do Pesadelo, só que um ser real. Passei a acompanhá-lo através das matérias de televisão e da internet. Tinha imensa curiosidade de conhecer essa criatura tão temida, enigmática. Como seria ficar cara a cara com um homem que já tirou tantas vidas, o que se passa pela sua cabeça, como uma pessoa que ficou tanto tempo preso e conseguiu sobreviver? 42 anos – dentre esses, 19 anos nas mãos da psiquiatria – em um dos piores sistemas carcerários do mundo, com tantos inimigos e hoje vive uma vida normal. Como pode haver "normalidade" em alguém que alega ter matado "umas cem pessoas"? Poderia um homem em tais circunstâncias, taxado de um ser irrecuperável, agora viver entre a sociedade? O que aconteceu, o que causou essa mudança tão radical? Todas essas perguntas inundavam minha mente quando pensava no Pedrinho Matador. Quando tive o conhecimento que ele estava em uma clínica em São Paulo entrei em contato com o proprietário e me dispus a escrever sua história na íntegra. Ele aceitou de imediato e logo viajei de Minas Gerais, onde moro, para São Paulo e estive com o maior serial killer do país durante doze dias, este livro conta essa experiência ímpar.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento28 de mar. de 2022
ISBN9786525411316
Doze dias: A historia do maior assassino em série do Brasil

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    Doze dias - Danísio Feitosa

    Primeiro dia

    (Os primeiros homicídios)

    Não foi eu quem abri as portas do inferno, elas já estão abertas há muito tempo, apenas sou encarregado de mandar muitos pra lá.

    Pedrinho Matador.

    Já estava há dezoito horas na autoestrada, quando me deparei com uma placa Seja bem-vindo a Juquitiba. Entrei pelas ruas da pequena cidade (pouco mais de 30 mil habitantes) e logo estava me enveredando por uma estrada de chão acidentada, que revelava uma paisagem deslumbrante de serras, vales e florestas. Eu apreciava o cenário com indiferença, enquanto o carro avançava impetuosamente pela vereda fragosa – estava passando por crises existenciais, com minha fé abalada, não tinha ânimo para contemplações, e, até mesmo, para viver. – Percorri cerca de vinte quilômetros por esse caminho antes de chegar ao meu destino. Conforme ia me aproximando, o temor aumentava, suscitado pela fama do indivíduo que me aguardava.

    Parei nos portões de uma chácara, localizada em um vale envolto por colinas verdejantes; um belo gramado estendia-se entre duas pequenas casas no sopé da serra; uma nascente formava um lago, desse brotava um regato, que movimentava um pequeno moinho e alimentava dois charcos. O resplendor do sol do meio-dia intensificava as cores deixando o cenário com aspecto de uma pintura de Claude Monet. No canil, dois cães da raça pitbull, ladraram ferozmente assim que me viram, mas logo em seguida saltitaram e rodopiaram sobre as patas traseiras, chacoalhando freneticamente a cauda em expressão de alegria, ao verem sair de uma das casas um velho jovial, de altura mediana, poucos cabelos grisalhos, um andar rijo e olhos ariscos. Se dirigiu em minha direção e assim que me identifiquei, ele falou:

    — Que bom que você veio. Estava lhe esperando.

    Admito que andava receoso com aquele encontro, mas me senti tranquilizado com a saudação acolhedora, não me deparei com uma fera, como descrita, mas com um gentil idoso. Almoçamos e logo em seguida, não considerando o cansaço, falei:

    — E então, podemos começar?

    — Não quer descansar um pouco? – perguntou gentilmente aquele senhor, demonstrando zelo com seu visitante.

    Meu corpo anelava pelo descanso, todavia, minha mente ansiava para o ouvir, e fazendo um grande esforço, falei:

    — Estou bem, se não tiver problema para você, podemos começar.

    Ele deu um sorriso discreto e disse:

    — Então, por mim tá tudo bem, tenho muito a contar – e me pediu para o seguir.

    Sob a sombra de uma Caviúna, sentamos em um campesino banco de madeira diante do lago, um casal de patos ondulava o espelho d’água, tingida pela vegetação abrangente. O vento soprava, obstinadamente, descendo o grotão, ricocheteando nas águas e balançando a folhagem do outro lado da encosta. Depois de um instante de contemplação, como que vasculhando a memória, aquele homem, cuspiu o fumo que mascava e aproveitando o vento como uma deixa, falou:

    — Em meados de outubro, no fim da década de 1960, o sol chispava no céu sem nuvens, os galhos das árvores vibravam com a aragem vinda das serras, enquanto a velha moenda industrial, roncava ferozmente, reduzindo a bagaços a cana-de-açúcar, no engenho do sítio Capataz, zona rural de uma pequena cidade no Estado de Minas Gerais. O funcionário, conhecido como Raimundão, que na época tinha entre 25 a 30 anos, não me lembro bem, passava a cana na moenda e se gabava da surra que havia dado no seu primo, (no caso eu, que na época tinha 14 anos), no dia anterior. Ouvi quando ele falou, para um guri que estava lhe auxiliando: deixei ele de olho roxo e beiço inchado, por montar minha égua sem permissão. Moleque safado, recebeu o que merecia por mexer no que não é dele – eu que ouvia tudo nas surdinhas, saí devagar por detrás dele e lhe dei um empurrão pelas costas, ele desequilibrou, seus braços se prenderam na moenda e começaram a ser sugados; o menino que estava ao lado, gritou:

    "Tá doido?! e sartou de banda.

    Enquanto o Raimundão gritava com os braços sendo triturado, eu arranquei do terçado da sua cintura e comecei a retalhar o sujeito para facilitar o mastigar da máquina. A cada golpe caía um pedaço dele na moenda. Na minha cabeça ‘inocente’ de menino, imaginava que a máquina iria triturar ele por completo, mas que nada, passou quase tudo, mas não passou a cabeça que rolava entre os rolos, indigeríveis pela forja.

    O que parecia um relato de filme de terror, era, na verdade, o primeiro homicídio do senhor de aparência trivial, sentado ao meu lado, que dava gargalhadas frias com seus feitos. Mesmo com um certo mal-estar, mantive-me atento a sua narrativa. Pedro Rodrigues Filho, mas conhecido como Pedrinho Matador, continuou:

    — Minha avó, Sebastiana Candida de Jesus, me contava que na primeira hora do dia 30 de outubro do ano de 1954, um grito estridente, ecoou na madrugada, uma criança de treze anos, estava em trabalho de parto, em meio a miséria de um pequeno casebre de taipa, na zona rural. Era minha mãe dando à luz a mim, isso se deu em algum lugar do sudoeste de Minas Gerais, tendo como parteira minha própria avó: eu segurava você dizia ela nos meus braços, não passava de uma criancinha mirrada, olhão de butuca pra mim, pelejando para sobreviver, tua mãe apanhava do marido feito uma condenada, isso prenha, pensei até que você não iria vingar.

    "Sou filho do casal, Pedro Rodrigues e Manoela Candida Rodrigues. Nasci em Minas, mas só fui registrado em cartório dois anos depois, quando meus pais, tentando uma vida melhor, se mudaram para Mogi das Cruzes no estado de São Paulo – o desemprego forçou o retorno da família, pouco tempo depois, para Minas Gerais.

    "Em Minas, meu pai passou a trabalhar como funcionário da prefeitura, exercia a função de zelador e vigia de escolas da rede pública. Minha mãe, era uma mulata forte, filha de pais rígidos e severos, casou-se ainda criança, aos 12 anos. Forçada a amadurecer cedo na vida, se tornou mulher forte, aprendeu a revidar com unhas e dentes, tapas e chutes, as agressões do meu pai, que não eram poucas, principalmente quando bebia. Ela trabalhava desde criança como doméstica e lavava roupas para fora; mãe amorosa, sempre defendendo os filhos, já que meu pai que, além do ciúme possessivo, era inflexível e não tolerava erros, punia frequentemente quem desacatasse suas ordens, um homem cruel e muito vingativo, sempre se envolvendo em brigas nos bares e pelas ruas. Eu fui sua maior vítima, constantemente recebia punições rigorosas, ele me colocava de joelhos em cima de caroços de milho durante horas e me batia com chicotes e varas. Com frequência eu fugia dele, indo para a casa do meu avô materno, Joaquim Francisco de Andrade, que morava próximo. Meu avô começou a me levar para lhe ajudar no seu ofício, ele trabalhava no matadouro da fazenda. Foi lá que, aos seis anos, tive meu primeiro contato com a morte. Eu ficava encarregado de limpar o chão do matadouro, presenciava constantemente o abate do gado e o desmembramento, me acostumei com o cheiro do sangue, vísceras e entranhas. Ele quem me ensinou a nadar, caçar, pescar e sobreviver na mata – táticas muito úteis para mim anos depois –; aprendi, muito cedo, a manusear as armas de fogo que ele tinha no rancho, um revólver Colt Police Positive Cal.32S&W, e uma espingarda cartucheira Rossi Cal. 36, assim também como as armas brancas, facões e facas de caça. Meu maior divertimento, não era brincar de bola ou soltar pipas, como as demais crianças da minha idade, mas sim sair para caçar. Não matava animais por prazer, matava por necessidade. Considero os animais uma espécie inocente que não merece morrer – diferente dos seres humanos que matei –, mas tinha que matar para poder alimentar meus irmãos e minha mãe. Sempre fui apaixonado por animais, não tolerava vê-los sendo maltratados. Na época de infância tive vários cachorros, que sempre me acompanhavam nas caças. Era recebido com muita alegria pelos meus irmãos, ao retornar de uma caçada, carregando pacas ou macacos, nessa época a pele dos macacos era facilmente comercializada, tinha carne nas refeições e ainda me gerava uma pequena fonte de renda. Também aprendi com meu avô as técnicas de pesca e era rotina retornar do rio Sapucaí com o alforje repleto de peixes.

    "Quando não estava caçando ou pescando, ficava vadiando pelas ruas, ou em rodas de capoeiras. Pai, sempre que me encontrava à-toa, era sova sem compaixão. Isso, na verdade só estava me deixando mais resistente, passei a suportar dores, sem derramar uma lágrima, aceitava minha punição. Um dia decidi não mais baixar a cabeça para ninguém, enquanto ele me batia, eu o encarava com desprezo.

    "A violência dele começou a refletir na minha personalidade, passei a usar da brutalidade como solução de problemas – assim como meu pai – não aceitava ser contrariado, e criei meu próprio código de ética: não tolerava injustiça aos mais fracos, não aceitava traição, nem derrotas, dente por dente, olho por olho, era meu lema. Frequentei a escola apenas os dois anos primários, até ser expulso por agredir os colegas, ameaçar professores e matar aulas.

    "Certo dia, cansado de presenciar as brigas em casa, resolvi enfrentar meu pai, não suportava mais ver os hematomas nos braços da mãe, ‘já era hora de dar um basta nisso’, pensei. E aos 12 anos, usando o revólver de vô, entrei pela primeira vez no meio da briga do casal, encostei a arma no rosto do pai, e com sangue nos olhos o intimei:

    "Se bater mais uma vez na minha mãe eu mato você – ele viu nos meus olhos que eu não estava brincando, não era blefe.

    "Daquele dia em diante ele passou a me ter como um inimigo. Meu pai era um homem vingativo, que também não aceitava ser afrontado, passou a andar armado, me expulsou de casa, foi então que passei a morar de vez com meus avós. Ele ainda me advertiu a não mais cruzar seu caminho. Mesmo eu morando com meus avós, constantemente recebia informações, trazidas pelos meus irmãos, que comprovavam que o que fiz surtiu efeito, ele parou de bater em minha mãe. Descobri que a violência é o único idioma que os brutos compreendem.

    "Eu e meu pai, mesmo em meio a tantos conflitos, tivemos alguns momentos bons, lembro quando às vezes me levava, ainda bem pequeno, para seu trabalho na escola, ele fazia pra mim leite com achocolatado, nas madrugadas. Mesmo ele sendo tão violento comigo e minha mãe, eu gostava dele, o admirava, era um homem honesto, corajoso, trabalhador.

    Quando eu não estava ajudando meu avô, ficava maior parte do tempo na mata, nadando nos rios, caçando ou realizando traquinagens. Foi em uma dessas aventuras que acabei levando a pior com meu primo Raimundão, que me espancou pra valer, por ter pegado sua égua sem autorização. Nesse dia, quando cheguei em casa meu avô perguntou:

    O que aconteceu Pedrinho? Quem bateu em você?

    O senhor vai saber foi a única resposta que dei.

    "Dias depois a tragédia da morte do Raimundão abalou a comunidade:

    O filho do Pedro, o neto do Joaquim, empurrou o primo na moedeira e o esquartejou, era só o que se ouvia.

    "Por ser menor de idade, e não haver quem aceitasse testemunhar o crime, já que o único que viu foi o moleque, mas esse ficou com medo e não testemunhou, então foi dado como acidente a morte do Raimundo e eu nem se quer cheguei a passar uma noite na cadeia. Isso gerou em mim um sentimento de confiança, podia matar, e sabia que não seria punido. A única punição que tive foi limpar a máquina, retirando o sangue e os restos de carne, serviço esse, que realizei com satisfação e prazer. Considerei aquele homicídio um trabalho bem realizado, uma verdadeira obra de arte no quesito matar. Já estava acostumado a limpar sangue no matadouro, para mim não se diferenciava em nada aqueles restos mortais a não ser o fato que os animais eram inocentes, e aquele, fez por merecer – não existia remorso ou culpa – fiz o que tinha que fazer e assim me justificava.

    "Passei a ser respeitado e temido pelos mais velhos. Descobri que matar, além de ser algo ‘fácil’, ainda dava poder e autoridade. Três vícios me seguiram desde muito jovem: fumar maconha, mascar fumo, e matar pessoas. (Cheguei a um ponto onde me sentia mal quando passava um tempo sem matar ninguém, porém, isso é história para mais adiante).

    "Nessa época comecei a acreditar que tinha vindo ao mundo para sofrer e causar sofrimentos, sentir e causar dores –; não sentia medo da morte, ela havia se tornado apenas uma inimiga que nunca iria me pegar fácil, mas também uma aliada, que recolheria meus desafetos. Dia após dia estava sendo forjado, como um guerreiro bárbaro, um espartano, dos dias atuais, era assim que me considerava.

    "A família Rodrigues só aumentava, a cada ano era uma nova criança que nascia e assim se repetiu por treze anos consecutivos. Conforme se multiplicavam as bocas, se tornava ainda mais escasso o alimento. E em meio a esse caos, meu pai foi demitido da prefeitura, por justa causa, acusado de estar roubando merendas das escolas, e depois de doze anos de trabalho, foi obrigado a sair sem direito a um centavo. A tristeza invadiu o coração de minha mãe. Eu via meus irmãos chorando com fome, o pai procurando refúgio na bebida, mãe pelos cantos, deprimida, e isso me inquietava. Mesmo saindo para caçar, todos os dias, eu não estava dando conta de alimentar à família. O ódio começou a se apoderar de mim, sabia que ‘meu pai não era ladrão ele nunca roubou nada de ninguém, foi vítima de uma armação’, eu dizia isso a minha mãe: ‘sei quem está roubando, o próprio filho do ladrão, que é meu amigo, me confessou; o gatuno é o vigia que trabalha no turno da manhã, e por ser muito amigo do vice-prefeito é acobertado por ele, e acabaram jogando a culpa no meu pai’.

    "Aquele ato de injustiça causava em mim uma indignação, um rancor me consumia. Não podia deixar isso assim, precisava tomar uma atitude, cada lágrima da minha mãe, alimentava ainda mais o ódio que eu estava sentindo por esses homens que foram injustos com meu pai. Passei a culpá-los, por toda desgraça que nossa família estava passando. Não suportando mais tamanha agonia, arrombei o armário de meu avô, onde guardava as armas, peguei de lá o revólver, a espingarda, o facão, uma lona encerada e embrenhei na mata. Com a lona, montei uma barraca e durante quinze dias passei na floresta, arquitetando meu plano de justiça. ‘Irei se vingar, a qualquer custo, daqueles miseráveis que estão fazendo minha família sofrer’, era meu único pensamento. A mata se tornou meu lar.

    "Quando criança, eu ouvia meu tio, membro da umbanda, contar sobre os caboclos de Ogum, os espíritos de índios que viviam nas florestas e tinha que ser reverenciados ao adentrarem em seu habitar:

    Pedrinho, dizia meu tio, nunca deixe de oferecer as oferendas aos orixás, o caboclo-da-mata irá te proteger.

    "Acreditei que viver na floresta, sem realizar esse ritual, era correr o grande risco de nunca mais voltar; os caboclos me livrariam dos animais peçonhentos, das grandes feras e das armadilhas dos inimigos. Todos os dias seguia esse ritual, deixando em algum lugar as oferendas: cachaça e fumo.

    "A solidão passou a ser minha maior companheira, durante dias não ouvia uma única voz, a não ser o som da floresta e os meus pensamentos. Tudo em prol de uma ideia fixa, gravada na minha mente, ‘que só teria paz quando realizasse minha vingança’.

    "À noite, sob a tenda e os sons dos animais noturnos, sonhava com sangue, carne em decomposição, grades, grilhões, gritos, gemidos e dores; não sabia se eram revelações do inferno ou profecias. Despertava pelas madrugadas segurando o revólver e com o corpo banhado em suor, rezava aos caboclos pedindo proteção, força e coragem, novamente voltava a dormir, para outra cessão de pesadelos – e eram assim todas as noites.

    "Completado os quinze dias, e já tendo elaborado todo o plano, senti que havia chegado a hora da vingança. Saí da mata e fiquei na tocaia do

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