História Do Vampirismo

De Adeilson Nogueira

Um Vampiro é um morto que emerge da tumba, um fantasma que se materializa e aparece, que atormenta, que anuncia a morte, quem a dá e contra quem é necessário proceder... No Império Romano, o Jus Pontificum - a lei que regulamenta o culto e a religião - prescrevia que os corpos não deveriam ser deixados sem sepultura. As tumbas deveriam ser protegidas contra ladrões, profanadores e inimigos, naturais ou sobrenaturais. As violações eram consideradas sacrílegas e punidas com a morte. Lamia, uma carniçal necrófaga, rainha dos fetos devoradores de súcubos e assustadora de crianças à noite, às vezes é apresentada como o equivalente ao vampiro romano. Quando a bruxa de En-dor fez Samuel aparecer diante de Saul, disse ao rei: Amanhã tu e teus filhos estareis comigo (1 Samuel 28). É certo que naquela época a fé nas aparições era muito difundida entre os judeus, pois Saul pede uma mulher que saiba evocar espíritos ou sonhos. Anquises mostra seu filho na Eneida, Rômulo aparece após sua morte; há aparições na obra de Homero em todos os monumentos; e indubitavelmente entre os espectros de então “já havia vampiros, desde que se lhes oferecesse sangue”. Quando Ulisses “evoca o espectro” de sua mãe, ele a faz beber o sangue do corcel negro; e todas as outras sombras estão tão ansiosas por esta guloseima que ele é obrigado a afastá-las com violência para deixar Anticlea com todos os prazeres da festa.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 9 de set. de 2020

Pré-visualização do livro

HISTÓRIA DO

VAMPIRISMO

Adeilson Nogueira

1

Todos os direitos reservados.

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico, e mecânico, fotográfico e gravação ou qualquer outro, sem a permissão expressa do autor. Sob pena da lei.

2

ÍNDICE

INTRODUÇÃO......................................................................................04

ORIGEM DA CRENÇA...........................................................................06

CRONOLOGIA VAMPÍRICA..................................................................08

LEMURES E LAMIAS.............................................................................17

OS VAMPIROS DE MEDREIGA..............................................................20

O SAPATEIRO DE BRESLAU..................................................................24

A HISTÓRIA DE POLÍCRITO...................................................................27

NADILLA, A VAMPIRA..........................................................................29

OS RELATOS DE EVODIUS....................................................................34

CARTA JUDAICA Nº 137.......................................................................37

VAMPIRISMO NA HISTÓRIA................................................................39

O ARTIGO DE VOLTAIRE......................................................................47

3

INTRODUÇÃO

Um Vampiro é um morto que emerge da tumba, um fantasma que se materializa e aparece, que atormenta, que anuncia a morte, quem a dá e contra quem é necessário proceder...

No Império Romano, o Jus Pontificum - a lei que regulamenta o culto e a religião - prescrevia que os corpos não deveriam ser deixados sem sepultura. As tumbas deveriam ser protegidas contra ladrões, profanadores e inimigos, naturais ou sobrenaturais. As violações eram consideradas sacrílegas e punidas com a morte. Lamia, uma carniçal necrófaga, rainha dos fetos devoradores de súcubos e assustadora de crianças à noite, às vezes é apresentada como o equivalente ao vampiro romano.

4

Quando a bruxa de En-dor fez Samuel aparecer diante de Saul, disse ao rei: Amanhã tu e teus filhos estareis comigo (1 Samuel 28). É certo que naquela época a fé nas aparições era muito difundida entre os judeus, pois Saul pede uma mulher que saiba evocar espíritos ou sonhos.

Anquises mostra seu filho na Eneida, Rômulo aparece após sua morte; há aparições na obra de Homero em todos os monumentos; e indubitavelmente entre os espectros de então já havia vampiros, desde que se lhes oferecesse sangue.

Quando Ulisses evoca o espectro de sua mãe, ele a faz beber o sangue do corcel negro; e todas as outras sombras estão tão ansiosas por esta guloseima que ele é obrigado a afastá-las com violência para deixar Anticlea com todos os prazeres da festa.

5

ORIGEM DA CRENÇA

Há uma forte razão para supor que a crença na origem dos vampiros nasceu no Oriente. Na Pérsia tinha sido bastante comum, mas não chegou aos gregos até depois do estabelecimento da cristandade.

Na divisão das igrejas latinas e gregas, a superstição assumiu sua prevalência, onde um corpo latino não poderia ser corrompido se enterrado no ritual dos gregos. Gradualmente a crença aumentou e tornou-se o assunto de muitas histórias maravilhosas ainda existentes, de mortos ressuscitando de seus túmulos, e alimentando-se do sangue dos jovens e bonitos.

6

A superstição, com muito pouca variação, estendeu-se por toda a Áustria, Hungria, Lorraine e Polônia, e até mesmo na Islândia, tornando-se bastante prevalente.

A Saga Eyrbyggia