Os Olhos De Oliver Crow
De João Santos
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Os Olhos De Oliver Crow - João Santos
Os Olhos de Oliver Crow
Uma Tragédia Mundana
João Santos
Índice
Capítulo 1 - Oliver .................................................................................. 1
Capítulo 2 - Escuro ................................................................................. 9
Capítulo 3 - Assuntos Inacabados ......................................................... 20
Capítulo 4 - Fria recepção ..................................................................... 29
Capítulo 6 - A Viagem .......................................................................... 37
Capítulo 1 - Oliver
1
Oliver Crow trabalhava no fórum da cidade, guardando e manuseando pilhas e pilhas de arquivos, documentos e papeladas gerais da instituição.
Todo dia ele acordava às 5:30 da manhã. Ele fazia seu café e comia torradas enquanto via o jornal em sua pequena TV de tubo.
Ele morava sozinho em um apartamento nos subúrbios da cidade, já que era o único lugar que conseguia pagar junto com suas despesas. O
apartamento era escuro, com a melhor luz sendo a do céu da cidade, o que não seria um problema tão grande se a cidade não tivesse um clima horrível.
Oliver sempre foi muito dedicado a seu trabalho, passando a maior parte dos seus dias nele ao invés de sua casa, isso fez com que ele se tornasse impopular entre seus vizinhos, não tendo visto a maioria deles, incluindo aquele que morava diretamente a sua frente, o único contato
que já teve, era ouvir alguns passos, a TV e até mesmo a tosse de alguém vindo de lá enquanto descia as escadas do apartamento para ir trabalhar.
Para chegar ao fórum, Oliver pegava o ônibus todo dia, saindo do prédio às 6:30 e chegando no ponto às 6:40, onde lá ele esperava. O lugar era abandonado pela prefeitura, havia alguns bancos de pedra que algumas das pessoas que pegavam o ônibus fizeram. As folhas e galhos das árvores atrás do ponto invadiam o espaço de quem esperava em pé, o que forçava todos a ficar esperando na rua pela chegada do transporte, que podia chegar em qualquer horário entre 6:40 até 7 horas.
Durante a viagem, Oliver ia geralmente sentado do lado da janela. Ele gostava de ver as ruas em que passava, as pessoas andando de um lado para o outro, as lojas que uma por uma iam se abrindo, cada uma vendendo algo diferente. A cidade ganhava uma vida limitada nessas horas, limitada porque o céu cinza junto ao frio tanto do clima quanto das pessoas impedia qualquer expressão mais calorosa de vida, mesmo assim, ainda era considerado vida nos olhos de Oliver.
2
O ônibus nunca tinha ninguém de muito interessante dentro, a maioria das pessoas, seja pelo horário ou por quem são mesmo, estavam de cara fechada, apenas presentes em corpo, mas com certeza não em alma.
Aquela era a parte mais inconsistente da rotina, o trânsito, assim como as várias paradas para pessoas entrarem e saírem fazia com que a viagem pudesse durar de 30 a 50 minutos, esse tipo de variedade animava um pouco Oliver, a possibilidade talvez ter que correr para o trabalho ao invés de andar o deixava ansioso.
Ele descia no terminal, junto com a maioria das pessoas. De lá, ele andava pelo centro da cidade até chegar no fórum, as calçadas do centro eram ornamentadas, Oliver sabia disso porque sua ocupação enquanto andava era prestar atenção nos padrões e nas inconsistências desses padrões na calçada, seus olhos sempre eram atraídos a essas quebras dos padrões.
O fórum era grande, o exterior era feito do que parecia ser mármore, com detalhes em dourado e marrom. As