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Um Dedo De Prosa Pra Quem Tem Mão Cheia
Um Dedo De Prosa Pra Quem Tem Mão Cheia
Um Dedo De Prosa Pra Quem Tem Mão Cheia
E-book152 páginas2 horas

Um Dedo De Prosa Pra Quem Tem Mão Cheia

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Sobre este e-book

Em Dedo de Prosa pra quem tem Mão cheia, você vai prosear de uma forma bem espontânea e livre, alem de encontrar alguns poemas que resolveram se lançar entre as prosas, segundo a autora. Sim, segundo ela, os poemas, assim como os livros, possuem vida, identidade e portanto, personalidade. E ela deixa isso muito claro em um dos textos que se chama Livro tem Vida própria - um enredo que mais parece um conto e você se delicia com o contexto onde um livro chega ao seu final, mas não se conforma que acabou e então, coloca o leitor para compor o final. Há ainda em meio a tudo isso uma linda homenagem às mulheres. A autora, não só por ser mulher, como se isso fosse pouco, mas por ter compreendido em sua jornada a importância do feminino, nos tempos atuais, inclusive, traz textos que se refere ao feminino, além de um final onde, a mesma chama todos e, principalmente, as mulheres para trazer seu potencial criativo ao mundo. É um livro que tem a intenção de trazer a leveza da poesia, mas também a profundidade que a alma, muitas vezes, solicita. Um desafio, sem dúvida, no que diz respeito ao campo poético, mas que somente o coração do leitor poderá dizer se foi um desafio que atingiu sua meta. Vale ler e se entregar a cada página.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de nov. de 2022
Um Dedo De Prosa Pra Quem Tem Mão Cheia

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    Um Dedo De Prosa Pra Quem Tem Mão Cheia - Kátia De Souza

    UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA – Kátia de Souza

    0

    UMDEDO DE PROSA

    pra quem tem MÃO CHEIA

    por Kátia de Souza

    1

    UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA – Kátia de Souza

    Agradeço a todos que me acompanham nesse mundo da escrita, não só pelas redes sociais, mas desde a época em que os cadernos eram a minha única forma de escrever. Um agradecimento especial para o amigo artista, Carlos Medeiros ; sou grata pelo incentivo e dicas na arte da escrita e em especial por receber tão respeitosamente, o poema A IMPERFEITA PRECISÃO DE SER MULHER, muito obrigada meu amigo. Quem me aguentou até agora, aguente mais essa , então (risos). Com carinho aos amigos e familiares!

    Kátia de Souza (2022)

    2

    UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA – Kátia de Souza

    ÍNDICE

    COMEÇO pág. 0 4

    MEIO a partir da pág. 05

    FIM a partir da pág. 141

    3

    UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA – Kátia de Souza

    C OMEÇO

    Como você está vendo, vamos começar pelo começo. Despretensiosamente , soltaremos as mãos daquilo que nos move a obedecer e entraremos pelas ruas do criar. Não sei se você sabe, mas por estas ruas, encontra-se de tudo, até mesmo o que se espera. Sim sim, o que se espera porque o que não se espera é que é o comum por ali. Então, não espere por convenções apenas, elas estarão lá também, mas espere por tudo, inclusive você, estará lá. Sem mais demora, vamos lá. Te convido a entrar pela porta da frente de UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA. Porém, para entrar nesta porta, antes, é preciso recitar uns versos, tal qual uma oração. É senha sabe, daquelas que guardam segredos e somente quem lê ou declama sabe dizer quais são. E mais, somente assim, tudo lá dentro poderá ser visto, sem isto, não, não se saberá nem o caminho de ida que dirá o de volta. Te convido então, a silenciar. Leia em voz alta:

    Silenciar, é calar para ouvir, é ouvir sem precisar falar, e é tocar sentindo.

    Silenciar, é sentir com a casa aberta para as estrelas

    e com fluidez presenciando o solo

    onde pousam nossos pés.

    Silenciar, é jamais negligenciar a força daqueles que calam junto conosco; nossos fantasmas que nos impelem à quietude.

    E isto seja noite ou dia, em solo firme ou não. Silenciar é reverência, é respeito. Afinal, por traz do véu só nossos olhos veem .

    Silenciar não é tolher os sentidos,

    é amplia-los a ponto

    de nos alcançar por dentro e ali,

    tocar o outro.

    Silenciar, é quieto e por dentro,

    contemplar o Universo

    e deixa-lo ser voz ou a única magia

    que nos orienta!

    4

    UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA – Kátia de Souza

    Silenciar, é calar para ouvir, é ouvir sem precisar falar, e é tocar sentindo.

    5

    UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA – Kátia de Souza

    NO REINO DA ESCRITA

    O reino das letras não é desse mundo. E me desculpem o parafrasear com a fala, dita ser, de Jesus, mas é o que me veio agora para dizer e iniciar o texto. Assim como não é desse mundo, o reino das letras também não é do mundo das redes sociais, ou seja, não é nestes mundos que a escrita possui sua fonte de inspiração, apesar de usar das formas desses mundos, para expressar-se. Estes mundos podem até exercer sua influência como gatilho, acordando a inspiração que dorme em seu reino, mas não são, mesmo assim, o reino criativo da escrita.

    O reino das letras e toda criação que parte de nós, vem das profundezas da alma e nem quem cria, quem escreve no caso, sabe direito como é esse reino, plenamente. Só se pode viver, ou seja, só sabe quem se atreve, por mais arrogante que isso possa parecer, assim é.

    É preciso atrevimento para adentrar a esse mundo e se entregar; trazer certas crenças, ideias e muito mais que um texto condensa. Escrever, é expor-se, é mostrar-se ao mundo e num mundo onde a perfeição é, muitas vezes, exigida e os parâmetros sempre são externos na sua grande maioria, isso não é fácil. Não se considera a unicidade, infelizmente, entre outras coisas.

    Quando é a natureza que cria ou quando se responde ao que é natural em nós, buscando o esvaziar-se ou mesmo o limpar-se, expressando-se para ir cada vez mais fundo, não é perfeição que se deseja ou busca. Aliás, há muita imp erfeição saindo por todos os poros ou todas as linhas e entrelinhas de um texto, quando junto à escrita, busca-se consciente ou inconscientemente, se ver, se saber ou viver. E ver essa imperfeição aqui e ali em minha escrita, para mim, neste momento, possui um sabor inigualável. Sinto que as cobranças por uma perfeição, intimamente, cederam um pouco mais de energia, para a expressão escrita.

    E mesmo que digam que esse não é o objetivo ou o fim da escrita, eu discordo. Isto, pois, quem escreve, mesmo que para outros fins, em seu fim último acaba por saber-se através da experiência do escrever, como em qualquer experiência na vida. Ou pelo menos assim deveria ser em toda e qualquer experiência. Então, a experiência de escrever, também guarda em si a possibi lidade de se saber ou de se sentir vivendo. Isto, claro, caso estejamos presentes, enquanto executamos a nossa arte de escrever. Assim sinto e assim, percebo o que vivo enquanto escrevo.

    Observo em mim que há fases, momentos diferentes na arte de escrever e nisto, a escrita também se modifica. Estas fases, ou mudanças na escrita, sinto que é diferente para cada um e para alguns, é mais rápido e para outros mais lentas as modificações ou movimentações - cada um possui seu ritmo, além de também

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    UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA – Kátia de Souza

    depender de outras experiências - nossa história de vida, a que nos possibilitamos viver, nossas escolhas, cultura familiar, entre outros - fatores conscientes e inconscientes. Somos únicos lembram? Então, esta unicidade espelha-se em nossa escrita, também. Tudo reflete em tudo - nossas experiências externas e íntimas, refletem em nossa escrita, assim como, nossa escrita também reflete seus efeitos, em nossas vidas. Mas jamais nos definem ou nos concluem.

    E isto tudo para dizer sobre o reino da escrita que eu em particular posso afirmar que não sei dizer o que o mesmo é, verdadeira e/ou plenamente, descrevendo-o, por exemplo. Mas posso afirmar que não pertence a esse mundo material, racional apenas e nem ao mundo das redes sociais, pelo menos o que vivo aqui, não, não pertence. Posso dizer que diz respeito ao mundo da alma, como mencionei aí em cima, mas sinto que ainda assim o restringe, já que a palavra alma possui inúmeras interpretações e nem sempre o que entendo por alma é o que você, por exemplo, entende. Este reino é para além e aquém disso, se posso dizer assim; sinto que é um reino abundante, sua fonte é inesgotável, mas vive também seus esgotamentos e aridezes necessários à fonte, à sua nascente. Diz do mundo da criação, da criatividade se alguns preferirem e nisto, para mim, é partilhar de algo que não se alcança racionalmente e a vivência, torna- se insubstituível.

    Percebo atualmente que venho me cobrando menos e me permitindo mais, errar e me corrigir e isto, na escrita, na compreensão do que escrevo, no entendimento ou mesmo aprofundamento do tema, venho me permitindo e deixando que a inspiração me vista e me traga aquilo que é possível trazer. Sei hoje, que posso me reeditar, ampliando, aprofundando ou mesmo discordando de mim mesma, num texto .

    E isto é um pouco, pouquíssimo mesmo, do reino da escrita e onde o mesmo me toca e por onde tento ir passeando comigo, enquanto escrevo. Contudo, a cada passo nesse reino, saibam, é uma nova descoberta e certamente, tudo isso que escrevi aqui, pode tornar-se o oposto em outro momento, caso este reino assim o deseje que seja. Sei que apenas posso dar-lhe forma aqui e ali em alguns aspectos, mas jamais poderei defini-lo ou mesmo descreve-lo, plenamente.

    Sim, é preciso viver, para saber. E ciente de que em você, será completamente diferente do que eu trouxe aqui e talvez com alguns pontos semelhantes. Como é em você o seu processo criativo?

    Seja lá como for, aqui você terá acesso ao pouco que consigo trazer desse reino, através de um prosear que não obedece a regras porque é espontâneo, porque veio de momentos ímpares, portanto inigualáveis; meus momentos, meus sentires, minhas vivências, a alma que sou e que neste momento, convida você a

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    UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA – Kátia de Souza

    trocar um dedinho de prosa. E por falar em obediência, acho bom dizer que esse prosear é tão, mas tão desobediente que alguns poemas ficaram enciumados e quiseram pular livro adentro e eu, bem, submissa à letra que me toma, deixei. Então, não é apenas um dedo de prosa, caríssimo, é também pra quem tem mão cheia e se entrega à poesia. E aí, você está disponível a este prosear aonde os poemas vem também, se confessar? Claro que sim, você está aqui. Então, vem!

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    UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA – Kátia de Souza

    É, EU VOU POR AÍ ...

    É, eu vou por aí me acolhendo, sentindo ou pensando sentir. Às vezes, me proporcionando experiências nem sempre aceitáveis ou compreensíveis por todos, mas tudo bem. Também me vejo em não-aceitação e incompreensão a algumas experiências que vejo por aí, na caminhada de alguns. Contudo, hoje, sei que nada é em vão e nem sempre é por querer. Há muito nesta vida que é para que compreendamos a amplitude da mesma e a partir disso, nos reconheçamos autores e intermediários dela e então, nos renovemos através da ampliação que toda experiência nos concede.

    É assim que me manifesto, é assim que me expresso e também por onde passeiam meus pés e tudo o que sou e nem sempre sei e acolho com consciência. Contudo, confio no desvelar que a vida nos oferece e busco estar presente a todo cair de véus.

    Reconheço espaços que nomeio puros por não saber outra palavra e neles, pouso meus dedos e por eles vibram o que acredito ser poesia que nas letras , verga-se em revelação. E já não há dúvida quanto ao partilhar destes espaços por e em toda criação. Por isso, toda letra é também convite:

    Venha, sinta-se e reconheça-se... Poesie-se, és ela também, em essência. Vem?!

    Permitir-se ao que ainda não se sabe é também redescobrir em nós, nossas possibilidades e todos temos, em algum lugar, frestas de portas abertas a nos esperar. Resta-nos arriscar atravessa-las, ousar o diferente no único que somos, deixarmos de ser cópias e nos reencontrar, verdadeiramente.

    Certo ou não ouso ser e recriar a mim, em todas as frestas que reencontro por aqui. E sei que a vida não oportuniza somente aqui, mas é em todos e em todo lugar. Façamos valer nossos passos, nos recriando, trazendo o novo que em nós é, nos reinventando sendo e nos surpreendendo conosco, com nossas possibilidades. Recrie- se.

    É... eu vou por aí...em mim?! E você por onde anda?

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    UM DEDO DE PROSA pra quem tem MÃO CHEIA – Kátia de Souza

    SÓ MAIS UMDEDO DE PROSA

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