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Banquete De Amor Volume 1
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E-book170 páginas1 hora

Banquete De Amor Volume 1

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Sobre este e-book

Poesias e Poemas escritos ao longo de 30 anos. Ficção e pensamentos que se fundem e formam um Banquete de Amor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de abr. de 2021
Banquete De Amor Volume 1

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    Banquete De Amor Volume 1 - Francis Bezerra

    AOS MEUS LEITORES

    Algumas vezes me perguntaram o que é a POESIA, não sei responder, a não ser fazendo-a. Escrever poemas é produzir a vida. Escrevo porque é inevitável, SOU EU, UMA VICIADA DO AMOR! O primeiro poema foi inscrito num dia comum e desse dia, eu tirei o mistério, a magia, a verdade que meus olhos filtravam. Fiquei animada, fascinada com o texto e naquele dia minha cabeça, em dúvida começava a mudar. Dilacerava-se num parto violento e estranho. Tomando conta do meu ser, fazendo-me escravizada que nem eu mesmo sei por quê. E toda essa confusão significava um ato concreto, intenso, espontâneo e vivo, dentro, escrevendo sem nenhum compromisso com o mundo lá fora. Ato simples que desde pequena tomou-me todo o tempo, o amor e a vida.

    A poesia é tudo o que o poeta ama, e dizem que é, e eu digo que é muito mais. Fazendo-me irreverente de mim mesma. Ela será pra mim o que o meu poema disser! Em cada verso, cada palavra, a poesia estará feita, existindo como as demais emoções dos seres e das coisas do mundo.

    Francis Bezerra

    São Paulo, 01/01/1988.

    Poemas de Francis bezerra

    A CANANÉIA

    Cananéia nos seus 450 anos,

    Tem uma beleza constante,

    A todos os seus visitantes.

    As ruas estreitas,

    As calçadas largas,

    Marcando assim uma data.

    Martins Afonso,

    Que por ali também passou.

    Plantou a sua árvore,

    Na sombra deste arvoredo,

    Onde os marinheiros se encontram,

    Fazendo uma prece.

    Nossa Senhora dos navegantes,

    Abençoando a todos,

    Que por aqui vão passando.

    O mar bem mais claro,

    Talvez sinta saudades,

    Ai que saudades tristes,

    Dos negros na senzala,

    É uma tristeza tão triste que deixa calada.

    Mais uma volta ao mar,

    A brisa assoviando,

    Me deixa ficar sonhando.

    Cananéia-SP, 27 de fevereiro de 1981.

    Poemas de Francis Bezerra

    A MÃE PRETA

    Naquela tarde de inverno

    No salão da casa grande

    Lá estava de mãos dadas

    E você era o pintor que

    Tentava na tua tela

    Tua imagem descrever

    Tela que eu não conhecia

    Ou fingia não conhecer

    Quem sabes ignoravas

    Sei lá por que

    Era um desconhecido

    Eu tinha meu marido

    E você era apenas um pintor

    Que por ali passava

    E da paisagem

    Se enamorava

    Passa despercebida

    De saia longa e de renda

    A mãe preta da fazenda.

    Um dia, muitos anos depois

    Por acaso te encontrei

    O pintor lá da fazenda

    Hoje ele mora comigo

    Num edifico de concreto

    Bem perto do céu

    E longe da saia de renda

    Da mãe preta da fazenda.

    São Paulo, 23 de fevereiro de 1976.

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    Poemas de Francis Bezerra

    A TERRA

    Você já perguntou a Deus porque a terra é redonda?...

    Por que sujou suas mãos de terra

    Para fazer seu primeiro filho? Sua obra-prima?...

    E porque é redondo o

    divino,

    Onde existe a oferenda da eterna comunidade

    de tudo que pelo Pai foi criado?

    Sem ser vigiado e sem a segurança dos quartéis,

    sem cercas de arame e sem fronteiras?

    Sem nada para que o detenha por toda a eternidade?

    Porque redondo é o ventre da mulher que gera os filhos,

    que às vezes maltrata a terra

    e blasfema contra ele e, sem saber pergunta por Deus,

    sem sequer ter lido uma linha de sua misericórdia.

    Sem sequer fazer uma oração e não ter amor à própria terra

    que viu gerar criando-o.

    De Deus, você não sabe nada, pois nunca se olhou na sua

    própria sombra, e, se olhar, ali está Deus...

    Daí então verá como é boa a vida, o viver.

    As águas dos rios e o mar correm sempre buscando

    o mesmo diálogo,

    você já conversou com Deus? Lhe fez alguma pergunta?

    Então lhe faça todos os pedidos, mas não esqueça de lhe

    agradecer, já que tudo por Deus foi criado e nos foi dado

    e nem sempre damos o devido valor à terra que pisamos...

    Ame e será amado, perdoe e será perdoado, e assim sendo,

    a terra se sentirá saudosa, em harmonia entre tudo que criou,

    para o bem e para o mal,

    pois os dois têm a mesma morada, e mesmo assim,

    a Terra não lhes cobra nada...

    São Paulo, 16 de maio de 1980.

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    Poemas de Francis Bezerra

    A VOCÊ MAMÃE

    À minha mãe, D. Cícera.

    Sabe mamãe,

    Queria fazer um poema,

    Para agradecer.

    Para te dizer

    O quanto és para mim,

    Pedi a Deus,

    Para te dizer.

    Muito obrigado,

    Dando a você mãezinha,

    Um mundo de paz

    Saúde e amor.

    E na distância,

    Mãe querida,

    Os filhos não esquecem,

    Com carinho.

    Lembra aquela,

    Que nos braços embalou,

    Fazendo-lhe a canção,

    Em prece de ninar.

    Que escondia

    Do papai,

    As minhas

    Traquinagens.

    Sabe mãezinha,

    Queria dizer-te

    Tantas coisas,

    Mais só sei dizer-te, te amo demais!

    São Paulo, 10/05/1981

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    Poemas de Francis Bezerra

    A VOCÊ

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