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Edward
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E-book173 páginas2 horas

Edward

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Sobre este e-book

Um livro feito a quatro mãos, a saga a vida de um ator e suas confusões em meio aos personagens dos espetáculos, a luta por uma melhor qualidade de vida e a busca incessante por métodos não convencionais de tratamentos com o intuito de amenizar os efeitos de uma doença, uma herança paterna, que ele não tem nenhuma possibilidade de rejeitar. Mykes Oliver e Anastásia Gomes nesta trama pretende te fazer sorrir, chorar, te emocionar e viajar em seus sentimentos e emoções com essa história! Boa leitura!Esta é a versão completa do livro Edward, conheça o livro impresso!Um livro capaz de despertar no leitor a vontade de continuar a fácil leitura que é aprazível aos olhos.Mykes Oliver.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de ago. de 2017
ISBN9781370203826
Edward
Autor

Mykes Oliver

Formado em Tecnologia em Gravação e Produção Fonográfica (produtor musical) com Pós-Graduação em gestão cultural, Mykes Oliver desponta como Autor desta obra literária maravilhosa!

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    Pré-visualização do livro

    Edward - Mykes Oliver

    cover.jpg

    Capítulo 1

    LEMBRANÇAS

    O cheiro daquele arroz recém cozido, comum feijão bem temperado e seja lá qual for a mistura, nos faz sentir o sabor da infância na ponta da língua, vez por outra chega a nos fazer ver aquela nevoazinha feita pela fumaça do arroz, que delícia! - Sentia ele.

    - Edward, vem almoçar! - A doce inconfundível e suave voz de Anastásia, sua mãe. - Vai lavar a mão meu filho!

    Ele, um menino sonhador de apenas oito anos de idade, que corria de um lado para o outro com sua espada de madeira forjada por um velho senhor, seu vizinho, morador da casa ao lado distante a mais ou menos um quilômetro dali. Passava horas e horas sonhando acordado e destruindo verdadeiros inimigos em sua mente brilhante, naquele mundo onde ele era o rei e senhor com a sua armadura esculpida e talhada em ouro e diamantes encravados pelas maiores artesãs daquela era.

    E Jhósua, era assim que se escrevia, um escritor de renome e fracassado por causa da sua vida destruída pelos deleites e seus prazeres desregrados, o observava a todo o tempo transformando vida em letras saltitantes através de linhas no papel, um registro de toda uma vida através do olhar de um terceiro que não se importa em mudar com grande influência o rumo ou a direção da vida que lhe estava exposta, Senhor Destino poderia ser o nome deste terceiro.

    Até certo ponto, o que era realidade ou ficção?

    Quando ele nasceu, Anastásia tomou-o dos braços da parteira e disse, este é o primeiro rosto no qual ele verá e se lembrará eternamente, um gesto que com certeza os manteria ligados para sempre, filho e mãe - mãe e filho, mesmo após o corte do cordão umbilical, um abraço gostoso e aquele aperto carinhoso envolto da expressão de grande amor por ele, o fruto de uma boa gestação a qual o Senhor Destino fez com que Edward viesse ao mundo de forma prematura interrompendo um maravilhoso período gestacional de sua mãe.

    Ele sempre recebeu de sua mãe todo amor e compreensão como sustentáculo de vida, nada nunca lhe faltou por parte de Anastásia, ele era rico em amor, compaixão e esperança, as três coisas que aprendera como essencial para a vida e um bem viver. Vizinhos e encantados um pelo o outro, Anastásia e Clebert se conheceram em uma pacata cidade, e naquele momento foram arrebatados por um amor casto e tão grande, que ambos não se esqueciam do momento em que se conheceram, aquele breve momento que marcaria para sempre as suas vidas, até se tornar uma paixão avassaladora.

    Clebert, pouco falador, porém alguém que de forma simples e amorosa arrebatou o coração de Anastásia, desvendou o caminho para o âmago dos sentimentos daquela menina, enraizou o desejo naquele ser maravilhoso de forma perenal.

    A manhã já havia passado quando Anastásia, uma menina linda de cabelos pretos, seus grandes olhos negros, lábios medianos, pele morena dourada, naturalmente bronzeada de sobrancelhas com traços marcantes e um Make Up natural que Deus lhe dera, estava a passear pelas estradas de pedras contornadas por flores e vegetação rasteira em todo o bairro, um sonho de lugar, pássaros cantando floreavam o som da infância ao redor, ambiente gostoso onde os cachorros latiam como que participando da brincadeira da criançada, vez por outra dava uma pequena corrida como se estivesse dançando enamorada com a natureza. Vivia em um estado de espirito de beleza e alegria, hora brincava sozinha e hora brincava com as vizinhas sendo observadas de longe pelos minis rapazes da redondeza que sempre faziam algo para chamar a atenção das meninas, mas como o ser humano é por natureza seletivo, Anastásia ainda não havia fitado nenhum menino que a encantara, ela queria mesmo era aproveitar os momentos em que o sol os brindava com a sua luz e energia, tornando as horas mais maravilhosas a cada dia da estação típica de primavera, onde na sombra era um friozinho gostoso e no sol, a medida certa da temperatura para brincar e brindar à vida com sorrisos.

    Um mundo inocente com todo um futuro pela frente, acompanhado por Senhor Destino, tempos inimagináveis aguardavam a sua existência na terra e ela vivia os seus dias na melhor maneira que podia, com brincadeiras usando tocos de madeira, pedrinhas, plantas e animais, amarelinha, cantigas de roda, passa anel, dentre várias outras e assim, se divertiram por anos e anos, até que chegou o tempo em que a vida começou a priorizar os fatos e acontecimentos, onde então surgiu um novo menino na redondeza que era de pouco falar, porém com uma presença marcante, envolvia as menininhas do bairro só pelo seu jeitão de novato da vizinhança, era uma criança muito apegada à família, no qual perdeu seus pais ainda moço e vivia com seus tios que há pouco o conhecia, sua tia na época tinha a tal chamada doença do esquecimento, que logo correu a notícia por toda a vizinhança, da tal doença da tia de Clebert, um menino amoroso cheio de sardas no rosto, de cabelos castanhos, sobrancelhas juntas e grossas com lábios finos, pelo qual Anastásia se encantou.

    Até então Anastásia não tinha muito contato com Clebert, quando um belo dia, estavam todos da comunidade celebrando a festa de passagem do ano, Clebert quase que por ordem de seu tio, também estava naquele finalzinho de tarde, a alegria era contagiante, tempos em que não existia violência exacerbada como em nosso atual cotidiano, todos se falavam, se abraçavam comemorando e se alegrando por mais um período que foi vencido e a vida continua, porém o pequeno menino sofria em seu interior devido ao seu dia a dia, onde presenciava o definhar das memórias de sua tia, que já não o reconhecia, muito menos como parente, mas se afeiçoava a ele pelo belo menino que ele era. Isso corroía o menino, que a cada dia se entristecia e transformava-o em uma figura complexa onde a amorosidade e as tristezas viviam em total oposição com a alegria do menino, uma mistura de sentimentos e estado de espírito numa constante batalha interior, a qual chamou mais a atenção de Anastásia que o viu sentado a um tronco de árvore caído que ainda tinha vida e de si brotavam raízes em direção a terra, provando que ainda não estava morta e nutria os pequenos caules dos brotos ao redor de sua casca grossa, ela meio que sem jeito e graciosa chegou bem próxima e falou com ele:

    - Oi, meu nome é Anastásia!

    Clebert olhou para ela e meio que diz prazer, através de um olhar profundo e meio tristonho, mais com alegria em perceber que foi notado, mesmo ali naquele cantinho.

    - Meu nome é Clebert, tudo bem! Eu já sabia o seu nome antes mesmo de você me dizer, estava esperando este momento. Ele já havia inundado o seu coração de esperança, fazendo com que dentro dele uma força o preparasse para não perder a oportunidade de declarar o quanto se apaixonou por ela desde o primeiro dia que à viu, sendo observada pelos minis rapazes em um daqueles dias em que brincava com as flores nas ruas de pedras pelas manhãs de primavera.

    - Oi!

    Exclamou Anastásia, mas o Senhor Destino já havia selado este encontro, antes mesmo da chegada de Clebert ao bairro. E ela sem jeito, em seu subconsciente buscava um refúgio para sair desta trama maravilhosa, porém não encontrava solução, até que o terceiro, mais uma vez tomou o rumo e faz surgir às vozes da criançada chamando, vamos brincar pessoal. O interessante é que ambos ouviram as mesmas vozes. Pensou então Clebert, Ufa! Por pouco! Não sabia mais o que falar. No mesmo instante Anastásia pensou em esquivar-se e gritou:

    - Estou indo!

    E correram ambos um para cada lado, fugindo da peça que pregara o Senhor Destino ou os seus corações?

    Momento desesperador seguido de um grande alívio, a sensação de vitória por terem rompido as barreiras que os afastava, agora como será o próximo encontro?

    O tempo foi passando e eles contavam o tempo em que ficavam sem cruzarem os olhares, viviam em um mundo que girava ao seu favor, tudo continuava a importar, mas na realidade nada era tão mais importante quanto o próximo entreolhar.

    Os anos passaram e Clebert vivia com seu tio, sua tia já não existia mais. Então o seu tio resolveu mudar-se para outro local e reconstruir a vida, forçando as suas mentes a fazer aquilo que pelo qual eles abominaram, durante os últimos anos da família, esquecer as lembranças recentes e os últimos acontecimentos de suas vidas.

    Uma tragédia criada por Senhor Destino, foi a amargura de se fazer esquecer aquele dia, aquele festejar que só teve um momento bom, o minuto exato em que se apresentaram um ao outro.

    Capítulo 2

    A INFÂNCIA DE ANASTÁSIA

    Sol e chuva, casamento de viúva...

    Dizia a criançada nos dias em que um solzinho fraco tentava dominar o clima do dia em competição com uma chuva rápida em meio ao canto dos pássaros, ficavam todas as crianças na torcida através do vidro da janela para ver quem será o mais forte no domínio do clima do dia. Na maioria das vezes o sol sempre ganhava e Anastásia e seus amigos independente de qual residência vivessem, abandonavam suas pantufas ou sandálias e corriam pelas ruas à comemorar com o bravo vencedor, quando era o sol, que alegria, era divertido ou quando era a chuva também era divertido para as crianças, porém as mães sempre gritavam, já pra dentro... sai da chuva! Alguns até saiam, já outros tinham a preferência de pagar o preço e depois ficar de castigo.

    Tudo era diversão, até rimar por simplesmente rimar Tá com fome, mata um homem e come, beleza não põe mesa!, Tá com frio toma banho de rio., Tá com calor toma banho de regador.", brincar de casinha, de médico e etc, mas alguns ditados ou brincadeiras eram comparativos entre situações e outros eram portas de entrada para situações e aproximações entre os meninos e meninas mais crescidinhos, porém isto nunca deu certo para Anastásia e Clebert, passaram quatro longos anos como vizinhos e quase não conseguiram se falar exceto naquele dia em que ela tomou as rédeas, porém quando estava perdendo o controle da direção, o Senhor Destino deu uma mãozinha.

    No dia em que Clebert chegou à vizinhança, a criançada como de costume, corriam agitados alegremente em volta das carroças que traziam as bagagens e utensílios que pertenciam à casa dos novos moradores, como uma prática e um sinal de boas-vindas aos novos vizinhos. E naturalmente os pais preparavam quitutes e entregavam na porta dos novos moradores como um sinal de uma calorosa e amável recepção. As crianças ficavam na expectativa de quando o novato ou novata do bairro, iria sair para brincar e quem seria o seu primeiro ou seu melhor e mais novo amiguinho ou amiguinha, Anastásia estava empolgadíssima com a chegada do novo vizinho o qual ela viu o rostinho pela fresta da cortina da charrete, os seus passeios frequentes e matinais passaram a ter mais sentidos para a menina nutrindo a esperança de um dia se encontrarem ou se esbarrarem, e a cada dia que passava a sua alegria interior transbordava mais e mais, ela não conseguia se conter em seu interior.

    Ela estava enamorada e foi atraída de forma irresistível por aquele menino que constantemente brincava sozinho enfrentando feras imaginárias e salvando donzelas indefesas do seu mundo de faz de conta, a recíproca era a mesma em relação à Anastásia, algo de igual valor entre os dois seres, porém não cor- respondida, não se tratava de um amor platônico, mas amor de primeira infância, real com promessas de durabilidades, que só dependia do primeiro encontro verdadeiro entre os dois, e não os entreolhares pelas frestas de cortinas, janelas ou à distância. Era necessária uma aproximação real entre eles, isso demorou a acontecer, era trágica a situação do pequeno casal enamorado.

    Tão perto e tão distante, assim viviam Anastásia e Clebert, mesmo quando a brincadeira era passar o anel...

    No campinho gramado do bairro em uma manhã ensolarada, o forte som das águas do rio que margeava a estradinha de pedra ao lado, estavam as crianças a brincar.

    - Eh!

    - Não me pega, não me pega!

    - Tá contigo! Disse Marianna:

    - Vamos brincar de passar o anel!

    Todos pararam a brincadeira da qual estava brincando e Elisandra gostou da ideia

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