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Textos estranhos e pós-apocalípticos
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Textos estranhos e pós-apocalípticos
E-book58 páginas25 minutos

Textos estranhos e pós-apocalípticos

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Sobre este e-book

Textos estranhos e pós-apocalípticos é uma coletânea de narrativas teatrais curtas, com nuances de fantasia e violência sobrenatural. Os tons surreais que permeiam os textos fazem referência a dilemas urgentes da sociedade contemporânea. As lutas por terra, os conflitos armados e suas ideologias genocidas, o fanatismo religioso e sua implicações são algumas das temáticas presentes nos enredos. São quatro textos teatrais curtos, diversos em seus procedimentos criativos e implicações ficcionais, mas consonantes em suas abordagens metafóricas da realidade. Obras da juventude do autor, prenunciam algumas das temáticas que se tornaram constantes em sua produção atual. Embora encenados há mais de vinte anos, as quatro dramaturgias de Textos estranhos e pós-apocalípticos continuam, como na época de suas escrituras, a evocar os perigos de um futuro ainda por construir, com suas ameaças e esperanças.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de ago. de 2022
ISBN9786599760419
Textos estranhos e pós-apocalípticos

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    Textos estranhos e pós-apocalípticos - Afonso Nilson

    Prefácio

    Percursos criativos e transformações

    Os textos desta coletânea certamente não constituem um conjunto de obras maduras da minha trajetória como autor, entretanto, as encenações decorrentes dessa escrita são basilares como impulso criativo que desencadeou a sequência de estudos e produção dos textos teatrais que se concretizaram nas décadas seguintes. Vejo como necessário contextualizar a produção destes escritos e sua importância como peças de formação e pesquisa temática que, mesmo após mais de vinte anos, ainda considero importantes focos de interesse de minha escrita teatral.

    No já longínquo ano de 1998 participei de um evento bastante tradicional do movimento artístico da cidade de Blumenau, em Santa Catarina: o JoteTitac - Jogos de Teatro, Texto, Interpretação e Técnica nas Artes Cênicas. Os jogos, que já estavam em sua 12ª edição, consistiam num festival local de teatro, com duração de um dia, onde competiam profissionais e estudantes de teatro em diversas categorias como montagem, atuação, cenografia, sonoplastia, iluminação, direção e texto. Um detalhe característico era que todos os textos teatrais utilizados nas montagens eram inéditos, escritos por artistas locais, e competiam como uma categoria à parte.

    De modo resumido, o funcionamento dos jogos era o seguinte: três dias antes das apresentações, esse era o tempo de concepção e montagem, os grupos recebiam os textos escritos sob pseudônimo e com extensão de uma página frente e verso. No dia de apresentação, após sorteio de espaços e horários, todos os grupos participantes apresentavam seus trabalhos ao público, onde jurados e analistas realizavam um breve debate sobre a montagem, contabilizando as notas em cada categoria. O dia das apresentações era uma maratona, uma gincana teatral que durava, às vezes, mais de 12 horas entre apresentações, debates e cerimônia de premiação.

    Acontece que fiquei sabendo da existência dos Jogos apenas um dia antes do encerramento das inscrições. Eu tinha o maior interesse em participar, em me integrar àquele grupo de artistas que movimentavam a cidade. Na época, ainda não consegui entender como conseguíamos viver sem celulares e com internet precária, computadores não eram a coisa mais comum do mundo. Estavam

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