Macário
()
Sobre este e-book
Leia mais títulos de álvares De Azevedo
Os Melhores Contos Brasileiros - I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNoite na taverna Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLira dos 20 anos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLira dos vinte anos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPequenos textos de grandes autores brasileiros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOS MELHORES CONTOS BRASILEIROS II Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Bela Adormecida Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Macário
Ebooks relacionados
Macário Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSonetos em prosa & poemicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGóticos II: Lúgubres mistérios – Contos clássicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Primeiros Amores de Bocage: Comedia em Cinco Actos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnnos de Prosa; A Gratido; O Arrependimento Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Bruxo Do Cosme Velho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstrellas Propícias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGóticos: Contos clássicos – Vampiros, múmias, fantasmas e outros astros da literatura de terror Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm esqueleto Nota: 5 de 5 estrelas5/5Gabinete de Curiosidades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUrupês Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGrãos Em Vão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSílvia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Scena do Odio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstrellas Propícias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Príncipe Dos Poetas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA queda da casa de Usher Nota: 5 de 5 estrelas5/5Obras de Camillo Castello Branco 21 Livros Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Alameda Dos Moinhos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLevante Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNoite Na Taverna Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDon Juan Don Giovanni: Peça em dez jornadas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO hóspede de Drácula Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFebre de publicação: duas crônicas de José de Alencar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFausto Nota: 4 de 5 estrelas4/5Urupês Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Annel Mysterioso, Scenas da Guerra Peninsular Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNem A Poesia Salva Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPostais do Exílio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNoites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº1 (de 12) Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Artes Cênicas para você
Contos Sexuais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Acordo Nota: 3 de 5 estrelas3/5A Proposta Nota: 3 de 5 estrelas3/5Qual é o corpo que dança?: Dança e educação somática para adultos e crianças Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Procura Nota: 5 de 5 estrelas5/5Adolescer em Cristo: Dinâmicas para animar encontros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMissa: celebração do mistério pascal de Jesus Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGlossário de Acordes e Escalas Para Teclado: Vários acordes e escalas para teclado ou piano Nota: 5 de 5 estrelas5/5Danças de matriz africana: Antropologia do movimento Nota: 3 de 5 estrelas3/5Ordem Das Virtudes (em Português), Ordo Virtutum (latine) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo falar no rádio: Prática de locução AM e FM Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA arte da técnica vocal: caderno 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBelo casamento - Belo desastre - vol. 2.5 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWilliam Shakespeare - Teatro Completo - Volume I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCinema e Psicanálise: Filmes que curam Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA linguagem do movimento corporal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO que é o cinema? Nota: 5 de 5 estrelas5/5Histórias Sobrenatural Relatadas Por Caminhoneiros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDa criação ao roteiro: Teoria e prática Nota: 5 de 5 estrelas5/5Direção, atuação e preparação de elenco: os processos de criação de atores e atrizes no cinema brasileiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória do cinema mundial Nota: 1 de 5 estrelas1/55 Lições de Storyelling: O Best-seller Nota: 5 de 5 estrelas5/5Que dança é essa?: Uma proposta para a educação infantil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSexo Com Lúcifer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Como fazer documentários: Conceito, linguagem e prática de produção Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Cossacos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO cinema pensa: Uma introdução à filosofia através dos filmes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAntígona Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCriação de curta-metragem em vídeo digital: Uma proposta para produções de baixo custo Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Macário
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Macário - Álvares de Azevedo
Esta é uma publicação Principis, selo exclusivo da Ciranda Cultural
© 2023 Ciranda Cultural Editora e Distribuidora Ltda.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
Elaborado por Lucio Feitosa - CRB-8/8803
Índice para catálogo sistemático:
1. Teatro 869.2
2. Teatro 869.0(81)-31
Versão digital publicada em 2023
www.cirandacultural.com.br
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada em sistema de busca ou transmitida por qualquer meio, seja ele eletrônico, fotocópia, gravação ou outros, sem prévia autorização do detentor dos direitos, e não pode circular encadernada ou encapada de maneira distinta daquela em que foi publicada, ou sem que as mesmas condições sejam impostas aos compradores subsequentes.
Esta obra reproduz costumes e comportamentos da época em que foi escrita.
… e o gênio traz sempre um sinal que se reconhece em toda a parte (e em qualquer tempo) – uma auréola na fronte que brilha sob todos os firmamentos, uma senha e um ataque Iramita que se traduz em todas as línguas.
Álvares de Azevedo
No ceticismo do Candide voltaireano, depois do último soluço há o abafamento bochorral do nada, a treva do não ser.
Álvares de Azevedo
Sumário
Puff
Primeiro episódio
Segundo episódio
Páginas de Penseroso
Puff
Criei para mim algumas ideias teóricas sobre o drama. Algum dia, se houver tempo e vagar, talvez as escreva e dê a lume.
O meu protótipo seria alguma coisa entre o teatro inglês, o teatro espanhol e o teatro grego – a força das paixões ardentes de Shakespeare, de Marlowe e Otway, a imaginação de Calderón de la Barca e Lope de Vega, e a simplicidade de Ésquilo e Eurípedes – alguma coisa como Goethe sonhou, e cujos elementos eu iria estudar numa parte dos dramas dele – em Götz de Berlichingen, Clavigo, Egmont, no episódio da Margarida de Fausto – e a outra na simplicidade ática de sua Ifigênia. Estudá-lo-ia talvez em Schiller, nos dois dramas do Wallenstein, nos Salteadores, no D. Carlos: estudá-lo-ia ainda na Noiva de Messina com seus coros, com sua tendência à regularidade.
É um tipo talvez novo, que não se parece com o misticismo do teatro de Werner, ou as tragédias teogônicas de Oehlenschläger e ainda menos com o de Kotzebue ou o de Victor Hugo e Dumas.
Não se pareceria com o de Ducis, nem com aquela tradução bastarda, verdadeira castração do Otelo de Shakespeare, feita pelo poeta sublime do Chatterton, o conde Vigny. Quando não se tem alma adejante para emparelhar com o gênio vagabundo do autor de Hamlet, haja ao menos modéstia bastante para não querer emendá-la. Por isso o Otelo de Vigny é morto. É uma obra de talento, mas devia ser um rasgo de gênio.
Emendá-lo? pobres pigmeus que querem limar as monstruosidades do Colosso! Raça de Liliput que queria aperfeiçoar os membros do gigante – disforme para eles – de Gulliver!
E digam-me: que é o disforme? Há aí um anão ou um gigante? Não é assim que eu o entendo. Haveria enredo, mas não a complicação exagerada da comédia espanhola. Haveria paixões, porque o peito da tragédia deve bater, deve sentir-se ardente – mas não requintaria o horrível, e não faria um drama daqueles que parecem feitos para reanimar corações-cadáveres, como a pilha galvânica as fibras nervosas do morto!
Não: o que eu penso é diverso. É uma grande ideia que talvez nunca realize. É difícil encerrar a torrente de fogo dos anjos decaídos de Milton ou o pântano de sangue e lágrimas do Alighieri dentro do pentâmetro de mármore da tragédia antiga. Contam que a primeira ideia de Milton foi fazer do Paraíso perdido uma tragédia – um mistério – não sei o quê: não o pôde; o assunto transbordava, crescia; a torrente se tornava num oceano. É difícil marcar o