Corvos cobras chacais
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Corvos cobras chacais - António Carlos Cortez
Sumário
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXi
XXIi
XXIIi
XXIv
XXV
XVi
xXVIi
xXVIIi
XXix
XXx
XXXi
XXXIi
xxxiii
xxxiv
xxxv
xxxvi
xxxvii
xxxviii
xxxix
I
tinha começado a reabrir feridas. O que espantava não era o foco de luz que elas emitiam, mas sim o pulsar de cada cratera que vibrava, mostrando mais vincados os sons da gangrena interior. A dor era-lhe familiar. Mas por esses dias o gosto do sangue era-lhe estranho, metalizado, de ferrugem. Talvez fosse do cianeto ingerido anos antes ou da sensação de ter falhado a um qualquer encontro dentro de si – com quem, não sabe.
II
no sonho, a afasia era o que melhor ouvia. O homem tinha escavado um buraco para lá meter o seu rosto após uma lenta operação de desparafusar o tronco da cabeça e vice-versa. Agora que só pescoço e rosto estavam unidos, pensava: que parte irá sozinha para o fundo da terra? O rosto, para que os olhos vejam os círculos do inferno ou a garganta, em cujas cordas poderão vibrar os sons que vêm das gargantas emudecidas dos desesperados de que eu serei a voz? Partiu em pedaços tudo – apenas as retinas podiam ser a metonímia do rosto