Musicista Etéreo
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Sobre este e-book
Alayna vive em reclusão na gigantesca Floresta Redwood longe de olhares curiosos. Quando intrusos invadem sua casa com intenção de roubar e usá-la, um homem de vívidos olhos verdes torna-se um improvável salvador.
No instante em que seus olhares se cruzam o destino deles está selado. Ben e Alayna tem o tipo de atração que transborda um mandato celestial. Alayna percebe o que Ben realmente é, mas ele é jovem demais para saber seu eu verdadeiro. Ela o manda embora para que ele descubra seu destino, esperando seu retorno.
A atração deles, no entanto, é tão visceral e esmagadora que Ben retorna de novo e de novo, cada reencontro sendo mais e mais difícil de deixar a única mulher que acendeu sua alma. Alayna sente isso também, porque Ben possui um beijo capaz de destruir mundos.
Seus olhos verdes são um esplendor etéreo em meio à floresta, iluminando o caminho para o amor, música, sonhos e destino que marcam seus caminhos, mas tal conexão tem um preço.
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Musicista Etéreo - Elaina J. Davidson
Sou do solo e das estrelas, do aluvião e do redemoinho, e sou da cacofonia e do trovão. Eu sou da criação.
EU SOU UM ETÉREO.
Capítulo Um
O ASFALTO BRILHAVA após a chuva, uma serpente negra se desenrolando pela Floresta Redwood. Tachões tipo tartaruga reluziam como se pequenas criaturas ocupassem as linhas amarelas.
O cheiro pungente de terra fértil competia com o aroma distinto de brita molhada, e gotas de água fresca pingavam pela folhagem. Ali perto, uma coruja-malhada cantava sua vocalização distinta.
Apesar de ainda ser o início da tarde, a penumbra no céu fazia parecer o início da noite de aproximando.
Localizada mais afastada da estrada em zigue-zague, havia uma pequena cabana enxuta, quase sufocada pelos cipós que se amontoavam debaixo dos gigantes que ocupam o norte da Califórnia, feixes de fumaça serpenteando da chaminé de pedra. Azaleias e Rododendros competiam por espaço com samambaias abundantes no pequeno jardim.
Na varanda um banco antigo assistia o passar dos dias, fosse meles secos ou molhados. Um esquilo vermelho empoleirava-se no mourão do portão, imóvel até que uma mulher saiu pela porta da frente, e então ele se apressou para o tronco mais próximo.
Sorrindo, Alayna assoviou e deixou uma oferenda de castanhas e frutas na placa de pedra sobre a parede baixa. Tão logo se virou, o esquilo já deslizou tronco abaixo. Logo, ela sabia, sua família felpuda se juntaria a ele.
––––––––
NADA DEMAIS ACONTECIA na pequena cidade de Legget, além dos turista que chegavam para tirar fotos dos seus carros passando pela Árvore Lustre, ou deles mesmos posando dentro do arco no tronco massivo.
Eles param para comer, talvez abastecer, e depois a maioria continuava em direção à área de camping mais próxima. Em certas épocas do ano ficava agitado, mas em outras não acontecia muita coisa.
Jack e Shaun discutiam com Ben do lado de fora do restaurante local. O lugar estava fechado e um sinal de 'À venda' fora colocado na janela.
Precisamos de grana, cara, ou nunca chegaremos à São Francisco,
Jack apontou, irritado por ter que repetir. Essa corrutela de cidade não tem nada pra gente, a estação dos turistas acabou cara. Eu digo pra gente pegar uns dólares do posto e segue para o sul.
Seu corpo franzino tremia, resoluto.
É, ficar por aqui só vai nos deixar parados e entediados,
disse Shaun. E também não tem nada para comer.
Eles eram bem opostos, Jack e Shaun, já que Shaun era gordo. Ele era burro, também.
Cala a boca,
Jack rosnou de volta. O que você sabe?
Ele voltou a atenção para o terceiro membro daquele trio. Ben, por favor. Shaun e eu, a gente vai pegar a massa, apenas mantenha o motor ligado, cara, tipo o tempo todo. Cara, não é difícil.
Ben o encarou. E quão longe alguns dólares vai nos levar? Já te aviso, é um esforço desperdiçado.
Você é só um covarde de merda. A gente vai encontrar outros lugares no caminho, conseguir mais. Pelo amor de deus, cara, você quer ficar nessa corrutela vazia?
Ben ergueu os olhos verdes para a floresta que os rodeava por todos os lados. Uma leve brisa prometia chuva mais tarde enquanto desalinhava seu cabelo claro. Sim, ele poderia ficar. Ele ansiava por paz e silêncio. Jack, no entanto, colocaria uma faca contra ele se ousasse sugerir isso. Esse fuinha tinha traços vis, e nenhuma consciência. Ele gostava um pouco demais daquela faca.
Eu espero aqui fora,
disse Ben eventualmente.
Jack deu um tapão em suas costas e Shaun riu. Fica no volante. Vamos entrar.
Jack agarrou o braço molenga de Shaun e eles atravessaram a estrada.
Suas risadas vazias perturbavam a quietude do ar.
Idiotas. Folk lembraria deles.
Franzindo as sobrancelhas, Ben sentou no lugar do motorista e ligou a ignição. O velho Chevette azul engasgou duas vezes e então pegou. Olhando o progresso dos outros dois, odiando-se por ceder a eles de novo, ele calculou o tempo da curva e parou em um guinchar de freios diante das portas de vidro conforme elas desapareciam na loja.
Ele não ficou olhando. Ele não queria ver outra criança inocente na caixa registradora sendo abordada pela insanidade de Jack e pela estupidez do imbecil que era o Shaun.
Era hora de deixar aqueles dois para trás, mas não nesse lugar pacífico. Eles causariam estrago demais aqui. Ele os abandonaria em um lugar mais populoso ou apenas vazar em um momento que Jack não estivesse olhando.
As portas traseiras bateram quando os dois entraram com tudo dentro do carro.
Dirige logo!
Jack gritou.
O Chevette acelerou, rumando para o norte.
––––––––
ALAYNA TERMINOU DE COMER a sopa de legumes que havia preparado para o jatar e guardou o restante na geladeira, junto com a manteiga. A refeição de amanhã à noite. Ela embrulhou o que sobrou do pão recém assado e o colocou na velha caixa de madeira onde guardava os pães.
Enquanto lavava a pouca louça que tinha, ela encarou a floresta escurecendo lá fora. Agora era outono e a sempre presente névoa do verão começou a se transformar nas tempestades que anunciavam a chegada do inverno. Naquela região sempre era mais frio, mas ela preferia assim. O calor nunca a atraiu, não tinha charme nenhum. Calor não lhe fazia bem, ponto final. Ela se sentia confortável em meio as névoas, no ar aconchegante da floresta fértil.
A névoa adensou. Logo estaria tão silencioso lá fora, que qualquer um acreditaria estar sozinho no universo. A Estrada permaneceria vazia, isolada, e sem movimento for a o alce eventual cruzando-a em uma jornada noturna pela mata escura. E isso era a perfeição. Silêncio e isolamento.
Depois da vida que teve, era só isso que ela desejava.
Este era um lugar e um momento para se recuperar. As pessoas drenam a energia uma das outras.
Terminando de lavar a louça, ela acendeu duas lamparinas e levou uma consigo para colocar na escrivaninha na sala, deixando a outra na janela da cozinha. Colocando-a em um canto, ela aproximou o laptop, abriu a tela, e procurou seu trabalho ainda não terminado. Ela gostava do seu estilo de vida rústico, mas o laptop era o seu um pilar de tecnologia.
Este livro estava lhe tomando um pouco mais de tempo que os outros. Ela descobriu que a vida selvagem oferecia uma ótima distração esses dias do que sua mente normalmente oferecia.
Ainda assim, ela precisava comer.
Ela estava a algumas alterações de terminar. Ela começou a digitar.
––––––––
PARA!
GRITOU SHAUN, e Ben freou de supetão, quase deslocando a cabeça do pescoço.
Que porra é essa, cara?
exigiu Jack, contorcendo-se na direção do banco de trás. Ele havia se esgueirado para o assento da frente há algum tempo, quase causando uma merda de calamidade quando seu cotovelo ‘acidentalmente’ atingiu Ben no queixo.
Eu vi uma luz
, Shaun murmurou acanhadamente.
Ben inspirou profundamente. Isso de novo não. Alguma casa incauta estava prestes a ser roubada. Ninguém mora por aqui,
ele disse. Isso é uma perda de tempo.
Jack o olhou de rabo de olho. Cara, você tá ficando molenga. Talvez vamos precisar te dar uma lição, pra dar uma endurecida nesse seu coraçãozinho.
Então ele olhou para Shaun. Onde você viu essa tal luz?
Por uma estrada ali atrás.
Shaun apontou com um dedão gordo por sobre o ombro.
Dá ré aí, Ben,
Jack mandou. Isolado assim, talvez tenha uns galões de gasolina, por precaução.
É, esses idiotas não pensaram o plano direito. Não que fizessem isso com frequência. Eles arrombaram a caixa registradora, roubaram alguns dólares e tal, mas papel não criava combustível, certo? Eles deviam ter completado o tanque antes de saírem de Legget e agora eles corriam pela rodovia com o tanque tão vazio que estava para chegar no zero.
Esses dois idiotas ainda não haviam percebido que deliberadamente os levou para os planaltos do norte, sabendo que não haveria nada no caminho. Ele pretendia calcular minuciosamente sua fuga. Ele já não os aguentava mais e não queria terminar atrás das barras por furto ou coisa pior. Todos os três a pé? Ele os deixaria para trás em questão de minutos.
Ben deu marcha ré, e lá estava ela, a luz.
Uma lamparina através da Janela de uma cabana.
Piscando, ele encarou a luz. Ela o chamava, como o notório farol no meio de uma tempestade.
Seu coração batia rapidamente.
Ele não gostava daquilo.
Isso parecia errado. Alguma coisa aqui não era o que parecia.
Desenvolveu uma consciência é, cara?
Jack de um murro, bem dolorido, no braço dele.
Vai te catar,
Ben disse, parando o carro.
––––––––
ALAYNA ERGUEU A cabeça, retirando o cabelo louro escuro do rosto. Aquilo lá for a era um carro parado?
Levantando-se, ela levou a lamparina da escrivaninha consigo. Talvez era um viajante com algum tipo de problema.
A lamparina escorregou de sua mão quando três homens jovens arrombaram a porta da frente, a qual se despedaçou com o impacto e chamas