Antonio José, o Judeu
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Antonio José, o Judeu - Capistrano de Abreu
Singular história a dos judeus, depois de vencidos pelos romanos e expulsos da Palestina. Sua religião negava todos os cultos do Império, sua teocracia anatematizava o cesarismo, o sangue semítico a circular-lhes nas veias insurgia-se contra toda afinidade indo-europeia; para eles não havia nem podia haver lugar na sociedade constituída como estava.
Com o cristianismo triunfante a situação podia melhorar. Seus livros santos veneravam igualmente os cristãos; entre as paisagens da Galileia crescera o fundador da nova crença toda impregnada da inspiração dos profetas; no deicídio macularam-se tanto como seus vencedores, e só para o deicídio ocorrera a encarnação, só o deicídio podia remir o pecado original; a comum critério obedeciam cristãos e judeus, condenando as obras e pompas pagãs em todas as suas manifestações.
Se qualquer esperança de melhor sorte alimentavam os filhos de Israel, seu desengano foi completo. Os anais da Europa inscrevem os fastos de seu martirológio milenar. Ainda hoje, secularizada já a sociedade, despidas as considerações religiosas de sua antiga preponderância, assanham-se e alastram-se os rancores antissemíticos, sem podermos prever com segurança se se trata de tendência destinada a desaparecer como tantas outras, ou se o mundo assistirá ainda a outra inquisição, desta vez ateada por agnósticos e ateus.
A tudo os judeus têm oposto a vida interior, a crença inabalável de ser sempre o povo de Deus, a certeza da vitória final. Na vida exterior sabem descobrir compensações, inacessíveis aos desalentos, refratários ao pessimismo, afirmando com valentia incomparável que a vida é um bem e vale a pena ser vivida.
Em Portugal sua existência correu por longo tempo folgada e farta. Repugnância por