Permissão ao Desgaste: O Rebento do Tempo Enquanto Processo Criativo
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Sobre este e-book
quando se está dentro do furacão, a perspectiva do ruído é nada mais que natural; se o contexto é furacão, entenderemos furacão como ordinário. uma vez que passa o momento crítico, a poeira abaixa, faz-se uma faxina, recolhendo o pó e entendendo dele o tempo caótico que passou. é como estar afixado, na impossibilidade de realizar, na impossibilidade de andar para frente. muitas vezes, quando andando em círculos até chegar o momento de mais uma faxina, recolher o pó é entender o que se passou.
é possível viver uma vida inteira sem perder a poesia? por que a perdemos? o ato de escrever, o ato de desenhar, o ato de criar pensamento, as faxinas periódicas na calma que desestrutura. existem os hiatos, inegáveis e íntegros, mas há de existir o retorno. é uma lei que não é humana, mas não necessariamente é divina. a paciência que é aguardar o pó novamente cobrir as superfícies. e então limpar de novo. este é um convite para se apartar e se remendar.
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Pré-visualização do livro
Permissão ao Desgaste - Victória Sofia
Sumário
CAPA
minúsculo
desvio comum
umidade [1]
sobre semente
espinafração
eclosão
se nascer
escavação
causo do tempo
umidade [2]
campânula cinge amorfo
resplendor
o monstro
metamorfo
tessitura
magnífico magnético
esperança
possível ordem
índice de imagens
bibliografia
SOBRE A AUTORA
CONTRACAPA
permissão ao desgaste
o rebento do tempo enquanto processo criativo
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores
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Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
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Printed in Brazil
Impresso no Brasil
victória sofia
permissão ao desgaste
o rebento do tempo enquanto processo criativo
agradecimentos
este livro surgiu no verão, entre 2021 e 2022, como trabalho de conclusão de curso em artes visuais. agradeço ao professor orientador rodrigo borges pelos traçados sutis e libertadores. à banca de defesa, professoras liliza mendes, pelo acolhimento sincero desde meu primeiro ano de ingresso; elisa campos, pelo pragmatismo sonoro único; e isabela prado, pelo afeto transmitido e pela escrita do prefácio desta edição.
o agradecimento mais profundo guardo à minha família, mãe, pai e irmão, por tornarem possível experienciar tanta amorosidade.
em memória de carlos lúcio
(1947-2021)
depois do relâmpago vem a raiz, depois o trovão, o som do rio, estrondo ao longe, depois ainda a luz, as folhas, os galhos molhados e o gosto de ferro na boca. dizem que depois de tudo ainda vem o céu, mácula de energia, e a barriga cheia, o feto, o cordão umbilical para voltar de novo às raízes, ao relâmpago, ao rio.