A Temporal

De R. M. Percequillo

A Temporal é uma compilação de poemas que captura a visão singular da autora sobre diversos aspectos da vida e reflexões sobre o que pode ocorrer além dela. Com sutileza e intensidade, a autora expressa seus pensamentos e emoções de maneira profunda e tocante. Nas páginas deste livro, os leitores encontrarão uma descrição íntima de eventos e experiências que podem ocorrer na alma de cada pessoa pelo menos uma vez na vida. A autora aborda temas universais, mas muitas vezes negligenciados ou subestimados, oferecendo uma perspectiva única e cativante.
Por meio de sua poesia, a autora convida os leitores a explorarem os cantos mais profundos de si mesmos, mergulhando em questionamentos sobre a existência, os sentimentos e a busca por significado. Cada poema é uma janela para a complexidade da alma humana, apresentando uma jornada emocional que ressoará com os leitores.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 22 de set. de 2023
• ISBN: 9786525459271

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Post Mortem

O dia seguinte

O amor morreu,

O que era rico empobreceu.

Se a paz existiu, há muito que fugiu.

Nessas ruas da paixão

Queimamos em vão

Uma casa sem anfitrião.

Mas renasce das cinzas uma vontade de cantar,

Espernear e rasgar;

Ser livre na minha existência,

Servir de resistência,

Lutar com a consciência

Que tudo irá passar.

A liberdade se esvaeceu,

A risada se perdeu.

Num mundo de brilho

Alguém puxou o gatilho;

Com toda contradição,

Formou-se agora uma união.

Bem-vinda, Nova Era!

Rodada da solidão,

Plantaremos grão por grão,

Flor em coração.

Até que renasça o ardor

Nos faça sentir o calor

E esplendor do seu fervor.

Vida não será tomada,

Lágrima não será derramada.

A bandeira agora está suja

Os corações gritam fuja…

Mas não nos moveremos

Esse erro não cometeremos,

Para frente marcharemos

Bradando e gritando

Nosso Brasil amando!

Então ressurge do fogo o desejo de dançar,

De pular e voar;

Ser fiel na minha existência,

Servir com paciência,

Que tudo irá andar.

Poesia nº 78

Contei poemas ao mar,

que ao vento se quebraram.

Na areia da praia,