Agora tudo é comunismo?: Coleção Quebrando o Tabu
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Sobre este e-book
O BRASIL ESTÁ EM "RISCO" DE SE TORNAR COMUNISTA? É PARANOIA OU UMA POSSIBILIDADE REAL? OU AINDA: O QUÃO PERTO O PAÍS JÁ ESTEVE DE TER UMA "BANDEIRA VERMELHA"?
Hoje é comum vermos o termo comunismo esvaziado de seu contexto político e atrelado a qualquer defesa de pautas ligadas a direitos humanos, direitos da população LGBTQIAPN+, racismo, laicidade do Estado ou distribuição de renda. Mas será que essas são premissas comunistas? Agora tudo é Comunismo? explica essas e outras questões que circundam o tema. Afinal, encarar o assunto de forma objetiva e entender o que ele realmente representa significa acessar uma perspectiva crítica em relação ao modelo econômico capitalista sob o qual vivemos, o que pode nos ajudar a responder a outra pergunta: o capitalismo deu certo?
A Coleção Quebrando o Tabu tem como principal objetivo aprofundar pautas que costumam ser debatidas com superficialidade nas redes sociais, apresentando ao leitor fatos, estatísticas e contexto histórico aos mais diversos temas. A ideia é que você possa desconstruir preconceitos enraizados e ter mais pensamento crítico para quebrar tabus que permeiam a sociedade atual."
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Agora tudo é comunismo? - Quebrando o Tabu
Copyright © 2023 QoT
Este livro foi elaborado pela Astral Cultural em parceria com o QoT. Todos os direitos reservados à Astral Cultural e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.
Editora Natália Ortega Editora de arte Tâmizi Ribeiro
Edição de texto Letícia Nakamura
Produção editorial Ana Laura Padovan, Andressa Ciniciato Brendha Rodrigues e Esther Ferreira
Revisão Carlos César da Silva, Fernanda Costa e Rodrigo Lima
Revisão técnica Leon Denis Moreira Filho, doutor em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Capa e projeto gráfico Nine editorial
Livro digital Lucas Camargo e Gabriela Fazoli
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Angélica Ilacqua CRB-8/7057
Índice para catálogo sistemático:
1. Comunismo
BAURU
Rua Joaquim Anacleto Bueno, 1-20
Jardim Contorno
CEP: 17047-281
Telefone: (14) 3879-3877
SÃO PAULO
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Consolação
CEP: 01305-000
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E-mail: contato@astralcultural.com.br
Agora tudo é comunismo?
Não, muito pelo contrário. Mas essa palavra acabou virando sinônimo de qualquer mudança incômoda nas estruturas de poder.
Prefácio
Diz o ditado popular que conversando a gente se entende
. No Brasil dos últimos anos, não faltam falsas polêmicas, mentiras (agora chamadas de fake news
), negacionismo e confusão em relação a categorias clássicas da política. Uma das maiores vítimas das confusões, mentiras e distorções na conjuntura brasileira é a ideia de comunismo. No Brasil de hoje, basta tomar vacinas e considerar que a Terra é redonda para ser chamado de comunista. Precisamos conversar e debater muito sobre o que é comunismo para colocar racionalidade nesse debate.
Nos últimos anos, especialmente entre a juventude do país, temos uma renovação do interesse pelo o que é comunismo — e um relativo crescimento do marxismo, antes restrito às universidades públicas e em posição minoritária. Esse interesse se reflete no mercado editorial. Tivemos recentemente novas publicações de autores que se propõem a fazer um balanço renovado sobre as experiências socialistas do século xx, o marxismo e a história do movimento comunista — autores como Domenico Losurdo [1], Michael Parenti[2], Wendy Goldman[3], Roger Keeran e Thomas Kenny[4]. Vale destacar também uma nova safra de publicações de autores clássicos, como V. I. Lênin[5].
As pesquisas e publicações sobre o comunismo no Brasil atual também oferecem maior destaque para temas antes sem tanta visibilidade, como a luta antirracista e anticolonial[6] e experiências como as do Partido Político dos Panteras Negras nos Estados Unidos [7]. Todo esse movimento, até certo ponto, é uma resposta à extrema-direita, que usa o anticomunismo como uma arma de pânico moral e legitimação de suas pautas conservadoras e antipopulares. Contudo, parece evidente que essa resposta, até esse momento, não teve capacidade de vencer a guerra cultural da extrema direita.
Precisamos de mais debates, publicações, racionalidade, diálogo e compreensão histórica. Por esse motivo, louvo a publicação do livro Agora tudo é comunismo?. Creio que, na situação brasileira, a questão está para além de concordar ou discordar da obra que você, leitor, tem em mãos. O ponto central é destacar como este livro didático, acessível e de fácil leitura, busca fazer um debate racional, com argumentos, sentido lógico e reconstrução histórica, sobre o que é comunismo. A partir deste prisma, podemos concordar, discordar, debater, falar de temas que ficaram de fora da obra (como a história do movimento comunista na África e a luta contra o colonialismo) ou criticar as opções teóricas e metodológicas.
A extrema-direita navega confortável no campo do irracionalismo e dos falsos debates. É preciso escolher o nosso campo de jogo. Tirar a batalha das ideias e a política brasileira da esfera do surreal e do bizarro, e devolvê-las para o debate racional, com ideias, argumentos e rigor científico. O livro que você tem em mãos faz essa opção: decide jogar no campo da racionalidade. O Brasil precisa de razão como um corpo precisa de oxigênio. Sem isso — e outros fatores que não cabe debater neste prefácio — seremos mortos pela besta fascista (tanto em sentido metafórico, quanto literal).
Um poeta disse que na luta de classes, todas as armas são boas — pedras, noites e poemas. Acrescento: pedras, noites, poemas, razão e outras coisas mais.
Boa leitura!
Jones Manoel,
educador e comunicador popular, professor, negro, comunista e um lutador pela Revolução Brasileira.
Sumário
Agora tudo que é vermelho é comunista?
Por dentro das revoluções
O Brasil e o comunismo
O capitalismo venceu?
Capítulo 1
Agora tudo que é vermelho é comunista?
Você provavelmente já escutou muitas vezes alguém proclamando a frase: Nossa bandeira nunca será vermelha
, e também já deve ter percebido que essa frase não tem nada a ver com a preferência pelas cores verde e amarelo da nossa bandeira. Até porque, se fosse só uma questão estética, provavelmente não existiria tamanha antipatia, medo ou até mesmo ódio dessa cor.
Esses sentimentos apaixonados são direcionados a um grupo e dão pista de qual é o objeto do temor: a frase é uma metáfora que declara o desejo de que o Brasil jamais seja um país comunista. Um aviso nítido de que essas tais ideias vermelhas
não vão entrar e se propagar aqui. Mas a verdade é que ninguém pode sair satisfeito de uma discussão a respeito de uma suposta ameaça comunista quando ela se dá de maneira tão superficial. Isso sem contar as situações em que a intimidação vem acompanhada de todo um imaginário paranoico.
Se alguém diz que comunistas comem criancinhas e querem destruir a família
, isso faz