Reações teciduais frente à movimentação dentária ortodóntica e suas implicações clínicas
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Sobre este e-book
Embora estudada por muitas décadas, a biologia da MDO continua sendo foco de intensas investigações e, apesar de diariamente os ortodontistas promoverem a MDO, os mecanismos biológicos envolvidos nesse processo ainda não são totalmente compreendidos. Portanto, o aprofundamento do conhecimento a respeito da biologia da MDO e de suas implicações clínicas é relevante para o adequado planejamento e execução do tratamento ortodôntico, bem como para a prevenção de possíveis danos indesejáveis aos tecidos dentários e de suporte.
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Reações teciduais frente à movimentação dentária ortodóntica e suas implicações clínicas - Editora PUC Minas
Reações teciduais frente à movimentação dentária ortodôntica e suas implicações clínicas
Yasmim Caroline Furtado de Lima
Dauro Douglas Oliveira
Izabella Lucas de Abreu Lima
Rodrigo Villamarim Soares
Paulo Eduardo Alencar de Souza
Organizadores
Belo Horizonte
Editora PUC Minas
2023
© 2023 – Os organizadores
Todos os direitos reservados pela Editora PUC Minas. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem a autorização prévia da Editora.
Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Grão-Chanceler: Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Reitor: Prof. Dr. Pe. Luís Henrique Eloy e Silva
Pró-reitor de Pesquisa e de Pós-graduação: Sérgio de Morais Hanriot
Editora PUC Minas
Direção e coordenação editorial: Mariana Teixeira de Carvalho Moura
Comercial: Daniela Figueiredo Andrade Albergaria
Revisão: Patrícia Falcão, Thúllio Salgado
Diagramação de e-book: Luiza Seidel
Capa: Eduardo Ferreira
Ilustração da capa e figuras: Maria Paula Andrade Tolentino, Natália Couto Figueiredo
Conselho editorial: Alberico Alves da Silva Filho, Conrado Moreira Mendes, Édil Carvalho Guedes Filho, Eliane Scheid Gazire, Ester Eliane Jeunon, Flávio de Jesus Resende, Javier Alberto Vadell, Leonardo César Souza Ramos, Lucas de Alvarenga Gontijo, Márcia Stengel, Pedro Paiva Brito, Rodrigo Coppe Caldeira, Rodrigo Villamarim Soares, Sérgio de Morais Hanriot.
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Ficha catalográfica elaborada por Fabiana Marques de Souza e Silva - CRB 6/2086
Editora PUC Minas
Rua Dom José Gaspar, 500 – Prédio 6/Subsolo/ Sala 3 - Coração Eucarístico
Belo Horizonte/Minas Gerais
editora@pucminas.br
editora.pucminas.br
(31) 3319-4792
AGRADECIMENTOS
Esta obra foi realizada com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES), Código de Financiamento 001, e da Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, por meio da concessão de bolsas aos alunos do Programa de Pós-graduação em Odontologia, coautores deste livro.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 - Componentes celulares e matriz do tecido ósseo.
Figura 1.2 - Estrutura do osso lamelar.
Figura 1.3 - Tecido ósseo compacto e esponjoso.
Figura 1.4 - Processo de remodelação óssea.
Figura 1.5 - Componentes do periodonto.
Figura 1.6 - Componentes celulares do ligamento periodontal.
Figura 1.7 - Grupos de fibras do ligamento periodontal.
Figura 1.8 - Inserção das fibras de Sharpey do ligamento periodontal no osso alveolar e no cemento.
Figura 1.9 - Componentes da gengiva.
Figura 1.10 - Grupo de fibras do tecido conjuntivo da gengiva.
Figura 2.1 - Processo de extravasamento leucocitário.
Figura 2.2 - Processo de fagocitose e destruição das partículas fagocitadas por meio da explosão respiratória.
Figura 3.1 - Reações celulares e teciduais às forças ortodônticas ideais.
Figura 3.2 - Reações celulares e teciduais às forças ortodônticas excessivas.
Figura 3.3 - Interação celular osteoblasto-osteoclasto.
Figura 3.4 - Sequência de eventos biológicos no ligamento periodontal, desde a aplicação do estímulo mecânico até a concretização da movimentação dentária ortodôntica.
Figura 3.5 - Representação gráfica das fases da movimentação dentária ortodôntica.
Figura 3.6 - Representação gráfica do movimento dentário na reabsorção frontal e solapante.
Figura 3.7 - Movimento de inclinação dentária.
Figura 3.8 - Movimento de corpo (translação dentária).
Figura 3.9 - Movimento de rotação dentária.
Figura 3.10 - Movimentos de extrusão e intrusão dentária.
Figura 5.1 - Métodos para aceleração do movimento dentário ortodôntico.
Figura 5.2 - Corticotomia alveolar.
Figura 5.3 - Piezoincisões.
Figura 5.4 - Dispositivo Propel®.
Figura 5.5 - Microperfurações ósseas.
Figura 5.6 - Terapia de fotobiomodulação durante tratamento ortodôntico.
Figura 5.7 - Aparelho desenvolvido pela empresa norte americana AcceleDent.
Figura 6.1 - Imagem ilustrativa dos graus de reabsorção radicular externa.
Figura 6.2 - Radiografia periapical mostrando reabsorção radicular externa.
Figura 6.3 - Radiografia periapical mostrando reabsorção radicular leve nos incisivos superiores após tratamento ortodôntico.
Figura 6.4 - Imagens de tomografia computadorizada mostrando reabsorção radicular externa.
Figura 6.5 - Lesão perirradicular associada a dente em MDO.
Figura 6.6 - Dente tratado endodonticamente submetido à MDO após 15 dias.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AINEs – anti-inflamatórios não esteroides
AMPK – proteína quinase ativada por monofosfato de adenosina
ASIC3 – canal iônico sensível a ácido 3
ATP - trifosfato de adenosina
Ca+2 – íon cálcio
CD31 – cluster of differentiation 31
c-fms – receptor do fator estimulador de colônias de macrófagos
CGRP – peptídeo relacionado ao gene da calcitonina
Cl – cloro
COX – ciclo-oxigenase
DM – diabetes mellitus
DNA – ácido desoxirribonucleico
FAR – fenômeno aceleratório regional
H – hidrogênio
IFNγ - interferon gama
IL – interleucina
K+ - íon potássio
LP- ligamento periodontal
LTB4 – leucotrieno B4
M-CSF - fator estimulador de colônias de macrófagos
MDO - movimentação dentária ortodôntica
MMP – metaloproteinase de matriz
NF-κB – fator nuclear kappa B
NLR - receptores do tipo NOD
NO – óxido nítrico
OH – hidroxila
OPG – osteoprotegerina
PG – prostaglandina
PGI2 – prostaciclina
PTH – paratormônio
RANK – receptor ativador do fator nuclear kappa B
RANKL – ligante do receptor ativador do fator nuclear kappa B
RRE – reabsorção radicular externa
SP – substância P
TCFC – tomografia computadorizada de feixe cônico
TGF-b1 – fator de crescimento transformador beta 1
TLR – receptor do tipo Toll
TNF – fator de necrose tumoral
TxA2 – tromboxano A2
VEGF – fator de crescimento endotelial vascular
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Características dos principais bisfosfonatos disponíveis no mercado
Tabela 2 - Fatores sistêmicos e medicamentos que interferem na movimentação dentária ortodôntica
SUMÁRIO
Capítulo 1
TECIDOS DE SUPORTE DENTÁRIO
- Anatomia e histofisiologia do tecido ósseo
- Anatomia e histofisiologia do periodonto
Capítulo 2
BASES DO PROCESSO INFLAMATÓRIO
- Inflamação
- Mediadores químicos da inflamação
- Reparo tecidual
Capítulo 3
MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA ORTODÔNTICA E REAÇÕES TECIDUAIS
- Teorias das movimentações dentoalveolares
- Reabsorção frontal versus reabsorção solapante
- Reações celulares e moleculares
- Fases da movimentação dentária ortodôntica
- Características da força ortodôntica
- Tipos de movimentações dentoalveolares
Capítulo 4
IMPACTO DE ALTERAÇÕES SISTÊMICAS E MEDICAMENTOS NA MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA ORTODÔNTICA
- Bisfosfonatos
- Denosumabe
- Corticosteroides sistêmicos
- Anti-inflamatórios não esteroides
- Vitamina D
- Alterações hormonais
- Diabetes
Capítulo 5
MÉTODOS DE ACELERAÇÃO DA MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA ORTODÔNTICA
- Procedimentos cirúrgicos
- Estímulos físicos
Capítulo 6
EFEITOS INDESEJADOS DA MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA ORTODÔNTICA
- Dor
- Reabsorção radicular externa
- Alterações pulpares
SOBRE OS AUTORES
PREFÁCIO
A ortodontia é uma área da Odontologia que aborda o estudo do crescimento do complexo craniofacial, do desenvolvimento da oclusão e do tratamento de anomalias dento-faciais. As intervenções ortodônticas ocorrem em um ambiente biológico, onde forças aplicadas aos dentes têm a capacidade de gerar alterações nos tecidos circundantes, como osso alveolar, ligamento periodontal e gengiva e, por meio da indução da remodelação óssea, movimentar os dentes, processo denominado movimentação dentária ortodôntica (MDO).
Embora estudada por muitas décadas, a biologia da MDO continua sendo foco de intensas investigações e, apesar de diariamente os ortodontistas promoverem a MDO, os mecanismos biológicos envolvidos nesse processo ainda não são totalmente compreendidos. Portanto, o aprofundamento do conhecimento a respeito da biologia da MDO e de suas implicações clínicas é relevante para o adequado planejamento e execução do tratamento ortodôntico, bem como para a prevenção de possíveis danos indesejáveis aos tecidos dentários e de suporte.
Agradecemos aos autores, colaboradores, ao Programa de Pós-graduação em Odontologia da PUC Minas e à Editora PUC Minas, que possibilitaram a elaboração deste livro.
Os organizadores.
CAPÍTULO 1
TECIDOS DE SUPORTE DENTÁRIO
Yasmim Caroline Furtado de Lima
Izabella Lucas de Abreu Lima
Este capítulo discorre sobre as características estruturais e histológicas dos componentes biológicos envolvidos na movimentação dentária ortodôntica (MDO), um conteúdo essencial para a compreensão deste processo. Desta forma, serão abordados o tecido ósseo; o periodonto de sustentação, composto pelo osso alveolar, ligamento periodontal e cemento; e o periodonto de proteção, representado pelo tecido gengival.
Anatomia e histofisiologia do tecido ósseo
O tecido ósseo é um tecido conjuntivo especializado e mineralizado, principal componente do esqueleto, e que desempenha diversas funções, como: suporte aos tecidos moles; apoio para contrações dos músculos esqueléticos, permitindo a locomoção; proteção para órgãos vitais e reservatório de minerais, como cálcio e fosfato (TEN CATE, 2001; KATCHBURIAN, 2012), liberando-os de forma controlada para manter a calcemia (concentração de cálcio no sangue), essencial à homeostase (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018; KATCHBURIAN, 2012).
O processo de formação do tecido ósseo é denominado ossificação ou osteogênese e pode ocorrer por meio de dois processos: ossificação endocondral, quando o tecido ósseo é formado, substituindo uma cartilagem pré-existente; ossificação intramembranosa, quando se origina dentro de uma membrana mesenquimal (TEN CATE, 2001; KATCHBURIAN, 2012). Em relação aos ossos gnáticos, a maxila se forma por ossificação intramembranosa, enquanto na mandíbula acontece a ossificação mista: seu corpo e ramo se originam por ossificação intramembranosa e seus côndilos, por ossificação endocondral (ABRÃO et al., 2014; KATCHBURIAN, 2012).
O tecido ósseo é composto por células e uma matriz orgânica mineralizada (Fig. 1.1). A porção orgânica da matriz é sintetizada pelos osteoblastos e contém diferentes tipos de colágeno, principalmente do tipo I, além de proteínas não colágenas, como proteínas morfogenéticas ósseas, osteopontina, osteocalcina, dentre outras. Ao ser sintetizada, a matriz orgânica passa por um processo de mineralização por meio da deposição de componentes minerais, principalmente cálcio e fosfato, formando os cristais de hidroxiapatita. Além da hidroxiapatita, outros componentes como bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato também compõem a porção inorgânica da matriz, a qual representa 65% do tecido ósseo (TEN CATE, 2001; ANDIA; CERRI; SPOLIDORIO, 2006; KATCHBURIAN, 2012; JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
As células do tecido ósseo participam de sua formação, reabsorção, manutenção e remodelação e são classificadas em três tipos: osteoblastos, osteoclastos e osteócitos (TEN CATE, 2001; JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018). Essas células possuem origens distintas: os osteoblastos e os osteócitos são originados de células mesenquimais indiferenciadas, enquanto os osteoclastos originam-se de células da linhagem hematopoiética (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
Os osteoblastos são as células responsáveis pela produção, secreção e mineralização da matriz orgânica do tecido ósseo, além de participarem da remodelação óssea (TEN CATE, 2001). Dispõem-se nas superfícies da matriz mineralizada e apresentam morfologia cuboide, quando estão em intensa atividade de síntese. Cessado o período de grande atividade de síntese, essas células tornam-se achatadas, passando a ser denominadas células de revestimento ósseo, as quais podem se ativar e voltar à produção de matriz óssea quando estimuladas. Entre os osteoblastos