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Poesia Reconcilia: Antologia Prêmio Absurtos 2023
Poesia Reconcilia: Antologia Prêmio Absurtos 2023
Poesia Reconcilia: Antologia Prêmio Absurtos 2023
E-book120 páginas38 minutos

Poesia Reconcilia: Antologia Prêmio Absurtos 2023

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Sobre este e-book

Poesia Reconcilia, antologia com 105 poetas selecionados, é resultado do Prêmio Absurtos de Poesia 2023, que recebeu 731 inscrições, vindas de todas as regiões do Brasil. O tema deste novo projeto coletivo e independente surgiu a partir do desejo de intensificar o fazer poético como território de acolhimento dos próprios sentimentos e oportunidade para harmonizar realidades divergentes. Os versos contidos nesta coletânea evocam a força do diálogo, da empatia, do perdão, da alteridade e do autoconhecimento. A mão que escreve é a mesma que ampara e acaricia. Escrever poesia é entender a dinâmica de reconciliar-se consigo mesmo para depois reconciliar-se com o mundo.
 
SOBRE A ORGANIZADORA
Rose Almeida é paulistana, nasceu no ano de 1976 e é formada em Letras pela USP. Escreve poesia desde a pré-adolescência e foi professora de português na rede pública por mais de uma década. Em 2013, venceu o concurso cultural Memórias inconsoláveis, realizado pela produtora do filme Elena, de Petra Costa, com o poema Pitangas debulhadas. Três anos mais tarde, começou a publicar seus poemas em redes sociais. Participou da Antologia Inaugural Patuscada (2016) e da Antologia Ruínas (2020), ambas pela Editora Patuá. Desde 2019 é editora-executiva na Absurtos Editora, onde já editou e lançou diversos livros, de poetas contemporâneos de todo o Brasil. Véu de vidro, seu primeiro livro individual de poemas, foi publicado em 2022.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de jan. de 2024
ISBN9786586410488
Poesia Reconcilia: Antologia Prêmio Absurtos 2023

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    Poesia Reconcilia - Rose Almeida

    Re+conciliare

    - Valéria Aveiro (Ribeirão Pires/SP)

    Verbo, onze letras

    Transitivo direto, bitransitivo, jamais intransitivo

    Pronominal pulsando, mim.

    Tem origem no latim:

    Juntar novamente

    Aquilo que esteve unido?

    Para escrever um folhetim:

    Amor desengonçado, ciúme, traição?

    Qual nada! Desacabou.

    Acertando tintim por tintim:

    Laço de sangue, nó de marinheiro

    Laço diplomático, mão de cavalheiro

    Laço de afeto, cópula com companheiro

    O eu e o cerne – o tudo – re-estará-conciliado.

    Abaixo à prosa, ao cotidiano que separa!

    Dialogue-se a vida, lida em ritmo e verso

    Da gênese ao fim, pela força do verbo-palavra.

    Presença

    - Jillian K. S. Antunes (Rio de Janeiro/RJ)

    Parada na sala

    Olho o rodo

    Pego o pano

    Acaricio o chão

    Limpo de mim

    Contrariada, rodo a casa

    Movo móveis

    Busco mofo

    Mofo em esperas

    Preencho o som de espirros

    Conto gotas

    Soletro bulas

    Burlo o ócio

    Rasgo lençóis

    Desalinho a cama

    Amasso (,) encosto

    Lacrimejo as fronhas

    Suo o ar fresco que entra

    Descabelo-me na penteadeira

    Destranço fios de mim

    E com meus passos úmidos

    Triunfantes

    Volto à sala

    Olho o rodo

    Pego o pano

    Acaricio o chão

    Enfim, repleto de mim

    Lampejo poético

    - Ananda Falcão (Niterói/RJ)

    Diante do caos sombrio dou à luz rebento poético

    Para o que de minh’alma exige cuidado

    Solfeja futuro em reconciliação

    Pois que sob os destroços da guerra ao amor

    Invenção incalculável de disfarces

    Profere duro golpe sobre si mesmo

    Declara do humano o desatino que lhe constitui

    Bom não se estender sobre seu tempo

    Seu tema obsoleto, insensato, indissoluto

    Melhor seria brincar de poesia

    Que de um certo irremediável destino

    Ousa o fazer criativo

    Esculpindo brumas de infinitos possíveis

    Ante o intraduzível do mundo

    Que como tal, mal se substancia diante do corpo-apelo

    Nos reconcilia a tal poesia

    Transbordo de ancoragem êxtima

    Laço-concurso de amor

    Sob leito de inconformidade bem dita

    Sopro de Eros aos que se dispõem à invenção

    Em lampejo, sem arranjo, de coração

    A voz

    - Adriana de Lima Santos (Governador Eugênio Barros/MA)

    Quando se empresta às palavras,

    confere-lhes vida e emoção,

    traz à luz os sentimentos

    de que fala o coração.

    Quando canta, fala à alma,

    num timbre ímpar, enlevo exala.

    Se faz vibratos, é sem par e escala.

    Se faz melismas, ao ser acalma.

    Reúne todos os atributos

    do que de mais belo há no seu canto.

    E cada nota que modula

    aos ouvidos, regala em espanto

    de quão doce e suavemente

    de si em música, se faz encanto.

    Devidas desculpas

    - Alessandra Fróes Vega (Bragança Paulista/SP)

    Foi quando virava a esquina 

    Que me pararam e perguntaram 

    Se eu já tinha te contado 

    Sobre esse tanto que eu sinto 

    Será mesmo possível? 

    Está mesmo tão visível?

    Eu que sempre fui tão incrível 

    Em toda arte do disfarce 

    Pareço ter seu nome escrito 

    Tatuado em mim por toda parte 

    E lá se foram meus planos 

    Minha carreira de atriz acabou 

    Muito antes mesmo 

    De ter de fato começado

    Talvez você me deva desculpas

    E possa ser logo meu namorado

    Já que a rua toda já sabe 

    Que é você o grande culpado

    Sempre… ele ressurge

    - Alice Gurgel do Amaral (São Paulo/SP)

    Do calor da lembrança

    da herança esperança

    eis que ele ressurge.

    Eu, inconformada

    de nada ter vivido

    tendo tudo

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