Coisas que vi, ouvi, aprendi...
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Coisas que vi, ouvi, aprendi... - Giorgio Agamben
Coisas que vi, ouvi, aprendi ...
Em San Giacomo da l’Orio, ouvi os sinos. Das duas maneiras que os religiosos escolheram para convocar seu povo, a voz e os sinos, a última me é tão familiar que não consigo escutar e não sentir ternura. A voz é demasiado direta, e, quando me convoca, quase indiscreta. Já os sinos não proferem palavras que devem ser compreendidas, não convocam — muito menos a mim. Acompanham-me, enredam-me com aquela sua batida impetuosa que logo tão suavemente — sem motivo, como quando começou — extingue-se. Que é possível dizer algo sem a necessidade de falar — é isso que para mim são os sinos, foi o que ouvi em San Giacomo da l’Orio.
Em Roma ouvi alguém dizer que a terra é o inferno de um outro planeta desconhecido e a nossa vida é o castigo que os condenados de lá padecem por seus pecados. Mas então para que o céu e as estrelas e o canto dos grilos? A não ser que se acredite que, para a pena ser ainda mais atroz e sutil, o inferno tenha sido posto justamente no paraíso.
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Com Giovanni, aprendi que é possível se apaixonar pelos próprios erros ao ponto de torná-los uma razão de viver — mas que, no fim, isso significa que a verdade só poderá