Maria Cora

De Machado de Assis

Clássico de Machado de Assis, o conto "Maria Cora" é daqueles cuja tensão impede a interrupção da leitura. Movidas a paixão, a protagonista Maria Cora e as personagens Dolores e Prazeres ilustram a crítica do autor ao falso moralismo burguês. O enredo gira em torno do assassinato de João da Fonseca, com um narrador presente e participante, que contribui para colocar o leitor bem próximo das cenas.

• Idioma: Português
• Editora: Axolote Editorial
• Data de lançamento: 7 de mar. de 2023
• ISBN: 9786585266048

Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores o maior nome da literatura brasileira.

Pré-visualização do livro

Maria Cora

de Machado de Assis

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AXOLOTE

SÃO PAULO – 2023

Maria Cora

de Machado de Assis

Copyright © Axolote Editorial

Coordenação Editorial

Longarina

Projeto Gráfico

Guilherme Henrique Martins Salvador

Diagramação

Neto Bach

Capa

Luiz H M Soares

Edição

Fernando Alves

Preparação de Texto

Silvana Maria Mattos Navarro

Revisão

Marieta Pagliuso Koehler

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por qualquer meio, sem autorização prévia e por escrito da editora. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei Federal n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Angélica Ilacqua CRB-8/7057

Assis, Machado, 1839-1908

Maria Cora [livro eletrônico] / Machado de Assis. – São Paulo : Axolote, 2023.

ePUB3

ISBN 978-65-85266-19-2 (e-book)

1. Contos brasileiros I. Título

23-0611

CDD B869.3

Índices para catálogo sistemático:

1. Contos brasileiros

axolote editorial.

axolote.digital

[e-mail]

Sumário

Ficha catalográfica

Maria Cora

I

II

III

IV

V

VI

Colofão

Landmarks

Capa

Folha de rosto

Ficha catalográfica

Sumário

Maria Cora

Colofão

Arabesco cinza utilizado para dar respiro à página

Maria Cora

I

Uma noite, voltando para casa, trazia tanto sono que não dei corda ao relógio. Pode ser também que a vista de uma senhora que encontrei em casa do comendador T... contribuísse para aquele esquecimento; mas estas duas razões destroem-se. Cogitação tira o sono e o sono impede a cogitação; só uma das causas devia ser verdadeira. Ponhamos que nenhuma, e fiquemos no principal, que é o relógio parado, de manhã, quando me levantei, ouvindo dez horas no relógio da casa.

Morava então (1893) em uma casa de pensão no Catete. Já por esse tempo este gênero de residência florescia no Rio de Janeiro.

Aquela era pequena e tranquila. Os quatrocentos contos de réis permitiam-me casa exclusiva e própria; mas, em primeiro lugar, já eu ali residia quando os adquiri, por jogo de praça; em segundo lugar,