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A influência Marxista-Leninista na Arte Moderna
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E-book338 páginas3 horas

A influência Marxista-Leninista na Arte Moderna

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Sobre este e-book

O livro tem como objetivo geral refletir sobre a influência do marxismo-leninismo na arte moderna; e, como objetivos específicos reconhecer que a doutrina artística pela primeira vez se modifica ao ressaltar a nova classe social – o proletariado, bem como analisar a importância da Revolução Russa sobre os artistas que passaram a se inspirar no proletariado e no campesinato registrando, tanto suas vidas, quanto suas dificuldades.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de mar. de 2024
ISBN9788546226887
A influência Marxista-Leninista na Arte Moderna

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    A influência Marxista-Leninista na Arte Moderna - Samuel Antonio Merbach De Oliveira

    APRESENTAÇÃO

    Prefaciar o livro do amigo e Prof. Samuel Antonio Merbach de Oliveira é muito gratificante. Atuando no curso de Direito, é um professor respeitável e dedicado na academia.

    A partir do título A Influência Marxista-Leninista na Arte Moderna salientamos que a ideia marxista na história da arte se enseja em fornecer uma crítica ao sistema econômico e social no sentido de mostrar os mecanismos através dos quais o modo de produção interfere no artista.

    A infraestrutura, ou seja, o modo de produção e o sistema econômico tem forte influência na superestrutura ao qual a arte é parte. A arte sob a ótica capitalista é uma mercadoria. Nesse contexto, o artista é um produtor cultural inserido dentro do mercado, sendo parte integrante da compra e da venda.

    A arte ao tornar-se mercadoria se adéqua ao conceito de oferta/ procura, tornando-se um bem ao qual são projetados sentimentos e desejos humanos. A arte acaba se traduzindo em um fetiche.

    No conceito de mercado, ao qual se expressa a oferta / procura, este acaba se tornando uma experiência viva para o artista. No conceito marxista cultura e artista se complementam, a arte está atrelada a sociedade, tornando-a sempre dependente.

    As relações sociais, como as pessoas se interagem trazem em seu escopo uma conotação cultural que tem um caráter natural. A arte não pode se furtar do ambiente, o momento histórico ao qual está inserida, ou seja, não pode ser atemporal.

    O intelectual do ramo da arte sob a ótica marxista está longe de ser livre, tornou-se um servo do sistema. O artista assim como outros bens, artigos, tornaram-se uma mercadoria, inserida nas relações de mercado, das suas adversidades, abandonando relações que por ora tinham um caráter familiar para convergirem em relações monetárias, capitalistas.

    Assim, diante de obra tão reluzente e tema tão fascinante, se abrem estudos para novas discussões no campo da arte, conduzindo o leitor a reflexões e a uma viagem a fim de entender a efetiva transformação do mundo.

    Campinas, fevereiro de 2022.

    Prof. Dr. Mario Armando Gomide Guerreiro¹


    Nota

    1. Economista pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), professor universitário de Graduação e Pós-Graduação da Universidade Paulista (Unip), Ph.D em Administração pela Florida Christian University - USA. Mestre em Administração / Educação / Comunicação pela Universidade São Marcos, Especialista em Perícia Econômica pelo Corecon - SP, Extensão pela Global Alliance University - USA, Extensão em Geopolítica pelo Cetris (Centro de Tecnologia, Relações Internacionais e Segurança) Universidade de Defesa - USA. Membro Fundador e conselheiro do Imec (Instituto Marion de Excelência Contábil), diretor financeiro do Jockey Club Campineiro, diretor administrativo e financeiro da IMA (Informática de Municípios Associados - Empresa de Tecnologia da Prefeitura de Campinas), coordenador de cursos (Administração, Ciências Econômicas e Ciências Contábeis), imortal pela Academia de Letras do Brasil Cadeira 48/ABL/Jundiaí , comentarista econômico da EPTV- Globo / Campinas e da Rádio CBN / Globo – Campinas , consultor econômico / financeiro.

    PREFÁCIO

    É uma honra prefaciar um livro, e sendo de um autor que é admirável se torna um privilégio. Professor Samuel Merbach, trazendo a sua contribuição para o entendimento sobre a importância da arte na formação da consciência da sociedade.

    E o tema A Influência Marxista-Leninista na Arte Moderna, é de fundamental importância para entender a influência da arte no comportamento das massas e como a burguesia se utiliza desse instrumento para manipular e manter o processo de dominação.

    A obra evidencia a visão de Karl Marx, de que a arte é parte da superestrutura e é determinada pelo modo de produção e pelo sistema econômico. O capitalismo produz mercadorias, cada uma delas é um fetiche, ou um objeto com valor abstrato, não levando ao real conhecimento e sim ao status.

    Os princípios de Marx e Lenin é a base para a formação de um proletariado consciente de suas realidades, abordado com clareza pelo autor na explanação sobre o realismo socialista nas Américas.

    O autor é brilhante ao demonstrar com base na teoria marxista/leninista que a aceitação da proposição na qual a arte é transformada em mercadoria, uma lógica do sistema capitalista, logo, certas consequências decorrem de tal afirmação. Todo o tipo de arte feito dentro desse sistema é uma mercadoria para ser comprada e vendida como um objeto de desejo, sobre os quais os sentimentos humanos são projetados.

    O escritor extrai a essência do pensamento dos teóricos comunistas apontando que a classe trabalhadora será livre consumindo arte como conhecimento e não como mercadorias.

    Everton Ubirajara Araújo da Silva

    Economista, mestre em administração de empresas. Professor e colunista de economia. Atua no mercado de capitais e assessoria econômica para empresas e governos.

    INTRODUÇÃO

    O Marxismo-Leninismo trouxe uma revolução científica. Por meio do método materialista histórico e dialético, se teve uma nova compreensão tanto dos fenômenos da ciência e das artes quanto da vida social.

    Nesse contexto, os conceitos estéticos de Marx, Engels e Lenin são sempre associados às suas convicções filosóficas, políticas e sociais. Enquanto fundadores da ciência revolucionária do proletariado mundial, estes pensadores trouxeram uma enorme contribuição para a História da Arte, conforme Zimenko e Sitnik (1961, p. 65) explicam:

    A Estética marxista explicou pela primeira vez a arte como forma peculiar da consciência social, como meio específico para o conhecimento da realidade, como arma para a luta de classes. Vinculou de maneira indissolúvel o belo à realidade objetiva, ao fazer um plano histórico e social como processo durante o qual se formou a própria natureza do homem e já indo adquirindo esta capacidade de criar segundo as leis do belo. (Marx)

    Com efeito, o tema: A Influência Marxista-Leninista na Arte Moderna, é muito relevante para a História da Arte, visto que a Teoria Marxista-Leninista é muito estudada em diversas áreas do conhecimento, tais como: sociologia, economia, história, filosofia, dentre outras.

    A doutrina artística, que aparece depois da morte de Marx, permanecerá em aberto para os estudiosos marxistas nos séculos XX e XXI, visto que, se deve observar:

    (...) que a coleção das cartas trocadas entre Marx e Engels só veio a ser publicada, igualmente, no século XX, em trabalho supervisionado por Franz Mehring. A Introdução à Contribuição à crítica da Economia Política – de todas as páginas que Marx dedicou à abordagem dos problemas estéticos, aquela que talvez seja a exegese mais delicada – permaneceu inédita até 1903, ocasião em que Kautsky a publicou. E os Manuscritos econômico-filosóficos de 1844, texto que contém significativas ideias do jovem Marx sobre a arte como educadora dos sentidos humanos, só foram divulgados em 1931. O próprio Lenin, portanto, não chegou a lê-los. (Konder, 2013, p. 18)

    Nos dias atuais o estudo do Marxismo-Leninismo é de fundamental importância em razão da ignorância sobre a política, a cultura e a ciência, que reina de modo alarmante na sociedade. Com efeito, é comum se ouvir frases como: nazismo é de esquerda, a terra é plana, a covid-19 é apenas uma gripezinha. Aliado a essas boçalidades, se nota o ressurgimento dos movimentos nazistas e fascistas em todo o mundo, que têm como objetivos acabar com os direitos trabalhistas e previdenciários, os partidos de oposição e os sindicatos, sujeitando a sociedade a uma única pseudo-ideologia mediante a censura ao pensamento crítico e reflexivo, conforme Henrique Carneiro (2018, p. 13-14) explica na introdução do livro Como Esmagar o Fascismo de Leon Trotsky:

    Hoje em dia, vivemos em escala mundial os efeitos da última crise econômica e financeira de 2008, que aumentaram a desigualdade mundial e se agravaram pelas guerras do Iraque e da Síria, que causaram uma crise social de imigração. O fracasso dos partidos socialdemocratas na Europa, que executaram os mesmos planos de austeridade da direita e a fraqueza das propostas socialistas mais radicais de solidariedade internacionalista, ajudam a compreender o crescimento de uma onda neofascista europeia que reabilita parte do legado da época da segunda guerra. É reciclado o programa de racismo, xenofobia, militarismo e repressão aos movimentos sociais (...).

    Na concepção marxista, a arte é componente da superestrutura, por conseguinte, se busca entender como os princípios marxista-leninistas são retomados contemporaneamente para o estudo da arte, conforme Jean Fréville (1945, p. 20) observa:

    No terreno da cultura, da literatura e da arte, como nos outros terrenos, Lenine e Stalin são os continuadores do pensamento de Marx e Engels. Quando Lenine declara que a literatura deve tornar-se uma parte da causa geral do proletariado, de ser realmente livre, de denunciar a hipocrisia geral, de jogar fora os falsos ensinamentos, quando proclama que a arte pertence ao povo; quando Stalin lança seu apelo ao realismo socialista e saúda nos escritores os engenheiros das almas, - precisam, desenvolvem e exaltam as tarefas que os mestres do socialismo atribuíam à literatura e aos escritores.

    Assim é que Plekanov, antes da revolução, entendia a necessidade de vincular a arte à perspectiva de classe do artista e considerava que a arte de seu tempo era decadente por não conter uma perspectiva emancipatória. Nesse contexto, o realismo socialista não se preocupa com as vulgaridades e com as coisas fúteis da burguesia capitalista, dado que valoriza a beleza e a força criadora do trabalho em prol da sociedade:

    Não o ‘trabalho’ dos banqueiros e negociantes, prisioneiros da sua parva e mesquinha sede de riquezas. Não o trabalho dos fautores de guerra ou daqueles que queimam o trigo ainda por colher, que lançam o café ao mar para elevar os preços no mercado, que fabricam a arma biológica contra a vida terrestre. (Koudine, 1975, p. 191)

    O livro tem como objetivo geral refletir sobre a influência do marxismo na arte moderna; e, como objetivos específicos reconhecer que a doutrina artística pela primeira vez se modifica ao ressaltar a nova classe social - o proletariado, bem como analisar a importância da Revolução Russa sobre os artistas que passaram a se inspirar no proletariado e no campesinato registrando, tanto suas vidas, quanto suas dificuldades.

    A obra apresenta uma introdução ao tema e, desta maneira, não tem como escopo esgotá-lo, dado que além de complexo é também abrangente. Oportuniza tanto uma iniciação ao tema para o leitor que ainda não o conhece quanto uma complementação teórica para aquele que deseja se aprofundar no assunto.

    O método utilizado é o da Pesquisa Bibliográfica, através do qual foram realizados o levantamento e a análise criteriosa e sistemática de livros, artigos ou outros trabalhos acadêmicos relacionados a arte moderna e a relação do Marxismo-Leninismo com a arte.

    Dessa maneira, o Marxismo-Leninismo serve tanto para fundamentar quanto de um guia para a ação de todos os profissionais e artistas da sociedade em que estamos inseridos, conforme Afanássiev (1985, p. 6) explica:

    Ao cientista, a filosofia marxista indica a via correta nas suas pesquisas científicas. Ao escritor ou artista, indica uma meta certa no seu trabalho criador, ajuda a refletir, de forma mais profunda e clara, nas suas obras artísticas (...).

    Por fim, este livro traz os elementos fundamentais no Marxismo-Leninismo no que concerne a sua relação com a arte moderna, dado que os marxistas-leninistas entendem que todos os aspectos da sociedade, bem como as suas artes coexistem mutuamente, em razão de serem determinados tanto pela economia política quanto pelo modo de produção que sobressai nesta fase peculiar do corpo social (Egbert, 1981).

    CAPÍTULO 1

    MARX, ENGELS E LENIN: ARTE, POLÍTICA E IDEOLOGIA

    1.1 A Origem da Arte

    Desde os primórdios do homem na Terra se nota a presença da arte que se caracteriza como uma forma de trabalho exercida pelo homem, visto que o homem através do trabalho domina e transforma a natureza, conforme Marx (1988, p. 202) na obra O Capital – livro 1, volume1 - entende o trabalho como: um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano com sua própria ação, impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza, e, consequentemente os nossos antepassados adaptaram paulatinamente as suas mãos durante milênios.

    Os primitivos mais atrasados apresentavam um retrocesso em suas formas corporais até o momento em que o primeiro pedaço de sílica pela mão do homem fosse transformado numa faca e consequentemente a mão humana adquiriu novas habilidades as quais foram melhoradas com o decorrer do tempo (Engels, 2000).

    Com efeito, a mão é tanto um órgão de trabalho quanto produto do mesmo. Assim através do trabalho e suas consequentes adaptações e aperfeiçoamentos de geração em geração, a mão humana alcançou esse alto grau de perfeição por meio do qual lhe foi possível realizar a magia dos quadros de Rafael, das estátuas de Thorwaldsen, da música de Paganini (Engels, 2000, p. 217).

    O homem aperfeiçoou seu trabalho através das ferramentas, dado que não há ferramentas sem homem e vice-versa, visto que ambos sempre estiveram associados:

    Um organismo vivo relativamente muito desenvolvido tornou-se homem trabalhando com objetos naturais; e, por terem sido utilizados pelo trabalho humano, estes objetos naturais tornaram-se ferramentas. (Fischer, 1966, p. 22)

    O trabalhador para fazer um bom trabalho necessita tanto de sua habilidade quanto de suas ferramentas, conforme Karl Marx (1988, p. 392) explica:

    Ferramentas da mesma espécie, como facas, perfuradores, verrumas, martelos etc., são utilizadas em diferentes processos de trabalho, e a mesma ferramenta se presta para realizar operações diferentes no mesmo processo de trabalho.

    Assim, a metodologia marxista se baseia fundamentalmente no desenvolvimento histórico que leva o homem a criar e a se desenvolver distinguindo-se dos outros animais por meio de seu trabalho, bem como de suas características, níveis de desenvolvimento etc., são determinados pelos fatores objetivos, naturais ou sociais, sendo que esta maneira de entender a evolução histórica se faz existente tanto na concepção marxista de sociedade quanto na estética marxista, conforme Georgy Lukács na Introdução aos Escritos Estéticos de Marx e Engels presente na obra Cultura, Arte e Literatura: textos escolhidos de Karl Marx e Friedrich Engels (2012, p. 14) destaca que Marx num texto ressalta que: a música suscita no homem o senso musical; e essa concepção, igualmente, é uma parte da concepção geral do marxismo no que concerne a todo o desenvolvimento social.

    1.2 O Conceito de Arte

    A arte é conceituada por Azárov et al. (1975, p. 21) no Diccionario Marxista de Filosofia como:

    Atividade criadora orientada a elaborar imagens artísticas, quer dizer, representações concreto-sensíveis que refletem a realidade e que personificam uma atitude estética do homem em relação a ela.

    Em sentido complementar, L. G. Iudáchev (1982, p. 78) observa que: A arte representa um conjunto de obras artísticas criadas em determinadas épocas históricas.

    A arte socialista é uma ferramenta importante para a educação comunista; o que se dá em razão da sua natureza concreta, sensorial, à sua força criadora, à sua ação sobre a vida emotiva e à sua fácil apreensão. Não foi por acaso que Máximo Gorki chamou à literatura e à arte a ciência do homem e apontou aos escritores e artistas plásticos a tarefa de educarem o homem socialista (Afanassiev, 1977, p. 365).

    1.3 As Diversas Modalidades de Arte

    As diversas modalidades de arte se diferenciam através da disposição da sua respectiva forma de reprodução artística, dado que umas tratam dos fatos que acontecem no cotidiano das pessoas, tais como: (pintura, escultura, gráfica, literatura artística, teatro, cinema) (Azárov et al., 1975, p. 21); ao passo que outras abordam sobre a posição emotiva-ideológica do artista originados dos fatos notados, como, por exemplo: música, coreografia, arte decorativa aplicada e industrial, arquitetura (Azárov et al., 1975, p. 21).

    A arte - para L. G. Iudáchev (1982, p. 78) - tem diversas espécies:

    (literatura, pintura, música, cinematografia etc.), em épocas históricas (arte primitiva, medieval, renascentista, etc.), em tendências (por exemplo, barroco, rococó, classicismo, romantismo, realismo crítico, etc.), em estilos, escolas e gêneros. Distinguimos também a arte de diferentes países e povos.

    Por fim, a arte reflete tanto a consciência social do artista quanto dos indivíduos que a criticam, dado que na sociedade capitalista dividida em classes, a arte assume caráter partidário diante dos respectivos interesses de classe, mesmo que os envolvidos não tenham consciência disto, conforme Azárov et al. (1975, p. 21) explicam: A influência que na criação artística exercem as distintas classes, como o mostra a história da arte, não foi igualmente valiosa e fecunda.

    1.4 O Método Marxista da História Social da Arte

    De fato, o método marxista da História Social da Arte, é de fundamental importância para a Arte/Educação, dado que o marxismo é uma doutrina estudada em diversas ciências: Sociologia, Economia, História etc.; e, ainda, a abordagem marxista faz parte de uma das 5 principais da História da Arte, conforme Xavier Barral I Altet (1990, p. 30) explica:

    Durante as últimas décadas a História da arte pôde extrair de toda sua história passada cinco orientações metodológicas principais: formalista, marxista, sociológica, iconológica e semiológica ou estruturalista.

    O método marxista da História Social da Arte se fundamenta na base política e econômica, bem como no contexto das técnicas, sobretudo, das que tratam da exposição visual, dado que o progresso econômico e tecnológico produz determinadas tendências estéticas. Assim, o contexto artístico na concepção marxista deve ser interpretado com base na economia, conforme Boris Röhrl (2019, p. 85) explica: A biografia do artista importa pouco. Se alguns dados biográficos forem usados para a análise, servem para ilustrar em geral a condição de vida da época.

    Dessa maneira, o método marxista da arte, é o materialismo histórico, que de modo análogo as outras formas de consciência social, é uma superestrutura da base econômica da sociedade e seu desenvolvimento se sujeita as transformações que são oriundas da base material, conforme entende Engels citado por Zimenko e Sitnik (1961, p. 75): O desenvolvimento político, jurídico, filosófico, religioso, literário, artístico, etc., se baseia no econômico.

    A estética materialista analisa a importância da arte na sociedade constituindo-se numa ferramenta para a educação e desenvolvimento da filosofia materialista na história da arte, bem como o método dialético para se pesquisar as questões referentes a estética: "Sua

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