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Livro na borogodança
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E-book170 páginas2 horas

Livro na borogodança

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Sobre este e-book

O Livro na Borogodança é um exercício de pensar e ir além do pensamento de um modo genuinamente brasileiro, sem negar as influências estrangeiras. Desdobrando uma pesquisa e vivências que confluem humanidades, ciência, espiritualidade e afins, a borogodança expressa-se em um livro para dançar, um borogodó cósmico.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de abr. de 2024
ISBN9786586911602
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    Livro na borogodança - Nelson Job

    Capa_borogodanca_ocre.jpg

    LIVRO NA borogodança

    Nelson Job

    livro na

    Logo da editora Fólio Digital

    Copyright © 2024 do autor

    Copyright © 2024 desta edição, Letra e Imagem Editora.

    Todos os direitos reservados.

    A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação de direitos autorais. (Lei 9.610/98)

    Grafia atualizada respeitando o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

    Revisão: Patrícia Porto, Ana Lúcia Oliveira e Mônica Ramalho

    Capa: Dayana Romeiro

    Imagem da capa: Weerachai Khamfu | Shutterstock.com

    CONSELHO EDITORIAL

    Felipe Trotta (PPG em Comunicação e Departamento de Estudos Culturais e Mídia/UFF)

    João Paulo Macedo e Castro (Departamento de Filosofia e Ciências Sociais/Unirio)

    Ladislau Dowbor (Departamento de pós-graduação da FEA/PUC-SP)

    Leonardo De Marchi (Faculdade de Comunicação/UFRJ)

    Luana Pinho (Faculdade de Oceanografia/Uerj)

    Marta de Azevedo Irving (Instituto de Psicologia/UFRJ)

    Marcel Bursztyn (Centro de Desenvolvimento Sustentável/UNB)

    Micael Herschmann (Escola de Comunicação/UFRJ)

    Pablo Alabarces (Falculdad de Ciencias Sociales/Universidad de Buenos Aires)

    Roberto dos Santos Bartholo Junior (COPPE/UFRJ)

    DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) DE ACORDO COM ISBD

    J621 Job, Nelson

    Livro na borogodança [recurso eletrônico] / Nelson Job. – Rio de Janeiro : Fólio Digital, 2024.

    120 p. ; ePUB ; 2MB.

    Inclui bibliografia.

    ISBN 978-65-86911-60-2 (Ebook)

    1. Filosofia. I. Título.

    CDD 100

    CDU 1

    2024-288

    Elaborado por Odilio Hilario Moreira Junior - CRB-8/9949

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Filosofia 100

    2. Filosofia 1

    Fólio Digital é um selo da editora Letra e Imagem

    tel (21) 3580-6504

    contato@foliodigital.com.br

    foliodigital.com.br

    Sumário

    Prefácio

    Fausto Fawcett

    Aconchego

    CAPÍTULO 1

    Peia

    CAPÍTULO 2

    Pororocar

    CAPÍTULO 3

    Borogodança

    Abismar-se

    Notas

    Referências

    Sobre o autor

    Outros títulos do autor

    Mergulhamos na totalidade do cosmos: fazemos parte desse cosmos, vulneráveis por todos os lados: o alto e o baixo, o direito e o esquerdo, enfim, o bem e o mal – todos os conceitos se transformam.

    lygia clark

    Nos fundos do quintal era muito riquíssimo o nosso dessaber.

    manuel de barros

    O âmago sensível. E vibra-me esse it. Estou viva.

    clarice lispector

    PREFÁCIO

    Nelson Job é uma dessas raras pessoas que têm, correndo no sangue, um princípio ativo de inquietação mental, social, espiritual, intelectual, holística corporal, sensitiva, uma espécie de Anarkidiol que guia sua existência rumo à aventura obsessiva de escancarar as portas da percepção (ou da apreensão cósmica, como ele gosta de dizer), de achar atalhos, intersecções que liguem o visível ao invisível, o que se pode pensar com o que não se pode pensar, (ou aquilo que nos pensa na grande imensidão sem início, sem meio, sem fim do Caos que está consignado em todos nós), a aventura de estudar, pesquisar, se embrenhar pelas mutações, metamorfoses, amálgamas, misturas, atravessamentos de todos os conhecimentos, que vão desde uma habilidade culinária advinda de algum ritual erótico viajando na vulgaridade do Tempo até alquímicas experimentações biológicas feitas a partir da leitura – evocação, invocação de Grimoriuns, livros de cura e morte pela potência da fala. Antropologias sendo cutucadas por obras musicais saídas de sintetizadores empilhados, abandonados em lixões – esconderijos de sucata industrial do entretenimento mundial. Lixões antropológicos revelando gambiarras de sobrevivência, criatividade e visões de mundo desconcertantes. Entrelinhas de intersecções entre descobertas paleontológicas, teses neurológicas, pesquisas da inteligência algorítmica, experimentos yogues, invenções do improviso pra sobrevivência em lugares ermos e socialmente fudidos do planeta. Inovações da engenharia molecular, lançamentos da robótica espacial e da Neurociência linkados com o último ponto de exclamação da Física sobre o ainda assim chamado Cosmos, influenciando artistas que mexem com paisagens, que mexem com seus corpos repletos de tatuagens que se movem, artistas que se autoamputam para receberem adendos cibernéticos, visando melhoramento corporal. Entrelinhas de intersecções entre estudos de batucadas feitas com motores de Fórmula 1 obsoletos e pesquisas sobre os efeitos de certas sonoridades no metabolismo de um povoado que se mostrou imune a certas doenças. E por aí vai o afeto de aventura espiritual, mental, vibracional de Nelson em relação às encruzilhadas dos zilhões de saberes transfigurados num transe de trânsitos cognitivos desde que o primata demiurgo começou a simbolizar, começou a desenvolver engenharias, a se autoconscientizar, desejar sentir o Infinito na palma da mão. Para Nelson, a iminência da Imanência é que é o barato, a mais potente expectativa, pois a qualquer momento ela vai acontecer numa pessoa, qualquer pessoa, independente dos embotamentos, das distrações, opressões, depressões, incompreensões que atormentam todos a todo instante. Independente até das asceses ou dos exercícios espirituais que nos permitem flertar com o Indescritível, Indefinível camuflado na nossa matéria humana, orgânica, por assim dizer ectoplásmica, provocando a famosa comunhão cósmica, essa amorosa, alucinante e terrível sensação de pertencer a um Absoluto Inominável. Dissolver o ego na matéria mineral, na matéria líquida, na matéria sólida, na matéria atmosférica, na matéria ígnea. Isso porque Job trabalha com a perspectiva Vórtex da Vida, da Morte, dos níveis de vibração da Consciência na multidão de existências. Uma perspectiva / apreensão ampla, geral e irrestrita dos redemoinhos, das transmutações de ondas de energia que fazem pulsar o âmago de tudo que constitui o assim chamado Universo ou Cosmos ou Caos. Vibrações em contínuo fluxo de criação, destruição, mutação, explosão, implosão... Nalgum detalhe cotidiano o Caos pode se manifestar. Poética da Imanência como resposta à Transcendência encarada como a arma de Poder político mais eficiente, contundente através das épocas humanas, pois, com o surgimento do intermediário, o traficante de espiritualidade – assim como hoje existem traficantes de ancestralidade identitária – na forma de sacerdotes, reis etc. a Imanência, aquela ligação cotidiana com a Volúpia Cósmica presente em todos nós, na Natureza e no Escambau Ontológico, essa plenitude existencial sentida e alimentada cotidianamente por todos foi sequestrada e transformada em moeda de troca anímica, virou Transcendência oculta e distante num certo ponto egípcio da tal história humana segundo pesquisadores, instituindo o pedágio espiritual e colocando em cena o teatro das hierarquias, ou seja, todos serão sempre, nalguma medida ou até que alguma má criação ou revolta agite tudo, reféns de alguma religiosidade distante, alguma organização social piramidal, algum conhecimento mantido num curral intelectual a serviço de certa ordem. Essa é, como se diz hoje em dia, a narrativa mais divulgada e cheia de evidências que circula por aí e está presente na obra de Nelson. Mas existem nuances, ambiguidades e paradoxos na história desse Poder. Daqui a pouco dou uma rasante nesse aspecto. Imanência. O que deve ser dito é que o rigor dos estudos e experiências de Job com a perspectiva vótex da vida é que ele não cai, nem nos oferece a armadilha da Imanência confundida com Transcendência naquele papo pseudomístico tradicional há muito vulgarizado, banalizado, que é a popular viagem de conhecimento para dentro de si e que desemboca invariavelmente em autoajudas que podem ir das potências nietzschianas às platitudes new age. Enganações que são às vezes até divertidas, mas não têm nada a ver com a força de Alegria da Borogodança. Aliás, essa viagem ao interior de si mesmo é encarada como um dos últimos territórios a serem comercializados pelo hipersistema de serviços capitalistas, juntamente com os territórios abissais dos oceanos e de certas profundidades terrestres. O ser humano enquanto commoditie anímica, espiritual, sinestésica, comunal. Meio humano, meio algoritmo. Endocapitalismo. Anarkidiol. Atravessamento de conhecimentos, transe de saberes em trânsito, mandíbulas cognitivas mastigando metamorfoses. Princípio ativo da inquietação guiando Nelson para a aventura obsessiva de descobrir zonas autônomas extravagantes, com excêntricos arranjos sociais advindos de pactos sexuais, exotéricos, científicos vilarejos de experimentação e descondicionamento comportamental, visando não ser atropelado pela densidade da vibração espiritual terrestre – capitalista – de consumo, pela densidade da vibração espiritual de pseudossocialismos autoritários, pelo baixo nível de vibração espiritual de pseudodemocracias feitas de tribalismos identitários, do sinistro nível de vibração espiritual do mundo gângster-cão que promove em cada megacidade o existencialismo sensacionalista. Se tudo neste mundo virou fenômeno extremo, eu também vou virar, sou livre pra me tornar um Absurdo Brutal, criar uma catastrófica situação-limite e provocar a Náusea purificadora em todos vocês – diz o existencialista sensacionalista varado de niilismo, programas e séries policiais e hashtags. Princípio ativo que leva Nelson a se aventurar por seitas de quinze dias formadas por CEOs de fundos de investimentos, que ocupam com prostitutas mediúnicas túneis medievais cujas paredes são cheias de pedras touch scream e frestas, onde se pode ouvir falas de mil anos atrás. Ecos e ressonâncias convivendo. Aventura de descobrir territórios paralelos a tudo habitados por gente que quer da vida, da morte, da pulsação magnética, social, atômica, vibracional da existência outra coisa, querem outra coisa. É dessa outra coisa que o princípio ativo presente no sangue de Nelson Job é feito. Borogodança. Anarkidiol.

    Vórtice, transaberes e, agora, Borogodança é a potente trindade do imaginário / apreensão desse autodenominado atrator que criou um campo de estudos filosóficos e de experiências vibracionais, sensoriais, mentais, que funciona como campo de força – atalho para alcançar brechas de enlevo na paisagem do ambiente externo e do ambiente dito mental, para escapar ou pelo menos não ser engolido e conseguir domar, lidar com as ininterruptas ondas mentais de perturbação social e excitação midiática que estão a toda em todo lugar. Fora a mediocridade acadêmica.

    Borogodança é, como ele mesmo diz, uma ata festiva da criação, da aventura de gerar o tal campo de força filosófico experimental chamado transaberes a partir da Perspectiva Vórtex do Cosmos, da Vida Total e Infinita. Perspectiva presente nos nossos corpos, em volta, em torno, acima, abaixo, além, aquém. Sem limites, essa a intenção de Nelson Job desde sempre. Arrastar fronteiras e desmistificar limites, honrando uma tradição exotérica de fornecer ferramentas, oferecer possibilidades cognitivas, mediúnicas, espirituais, sensoriais, para que possamos atingir alguma Plenitude Existencial a partir de uma consciência cósmica obtida com exercícios, com experiências de conscientização da Imanência para domínio/modulação da mesma, que estão aí há muito tempo. Todos sabemos que o que é muito antigo ninguém segura e o passado, ressoando ou ecoando no presente fugidio, está cada vez mais surpreendente e inóspito, deixando o futuro, essa bobagem juvenil, cada dia mais pra trás... Plenitude Existencial que pode resultar nalguma novidade gregária inscrita na tradição dos arranjos temporários, conjunturas sociais mutantes, sociedades viralizantes, ou, para usar a maravilhosa expressão de Jean Paul Sartre sobre levantes e comunidades anárquicas e temporárias (antes de Hakin Bey), – grupos em fusão. Profusão de repentinas conjunções sociais de curta duração. Plena. Tradição. Disputopia.

    Borogodança é o livro-ata do atrator Nelson Job, complementando a trilogia que começou com Ontologia Onírica: confluências entre magia, filosofia, ciência e arte e Vórtex: modulações na Unidade Dinâmica. No meio disso tudo, a ficção Druam.

    RÁPIDO REGISTRO

    Mas antes de dar um voo de comentário rasante sobre cada capítulo, me interessa dizer neste prefácio que, quando conheci Nelson e começamos a conversar, reconheci, é claro, o tal princípio ativo, mas outro ponto me chamou a atenção, acionando um gatilho de similaridades e conexões através das décadas, e me refiro à expressão cunhada por Timothy Leary, o professor de Harvard que, nos anos sessenta, ficou conhecido como o papa do LSD pelas suas experimentações lisérgicas de abertura da mente. Acabou preso por isso. A frase-slogan radical: Turn on, Tune in, Drop out. "Se ligue, sintonize, caia fora. Ei, cara, se ligue, amplie sua visão, seus sentidos, liberte seu corpo, que é espírito de ondas concentradas porque você está condicionado, enjaulado, diminuído nas suas capacidades e sendo usado para consumir e ser consumido e não para existir. Sintonize um método, foque

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