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O Caminho Para a Paz
O Caminho Para a Paz
O Caminho Para a Paz
E-book327 páginas3 horas

O Caminho Para a Paz

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Sobre este e-book

Em alguns momentos, a vida se mostra tão estável, cômoda e perfeita.

 

Carlos, um rico empresário, desfruta de tudo isso em sua vida. Ele tem acesso a tudo aquilo que deseja ter, não lhe falta absolutamente nada. No entanto, sua vida em família não segue essa mesma perfeição.

 

Ele está casado, mas é como se não estivesse, não há diálogo, nem amor, nem romantismo. Ele tem uma filha adulta, mas sabe pouco sobre ela e sua vida.

 

Mas um dia, tudo muda radicalmente, Carlos recebe uma notícia que mudaria sua vida para sempre, ele tem um câncer. Carlos fica sem rumo. Ele se aproxima de sua família, buscando a reconciliação. O medo da morte o faz mudar seu comportamento.

 

O medo e desespero são enormes. Carlos inclusive se lembra de buscar uma cura em Deus, mas ele descobre que seu dinheiro não pode comprar tudo…

IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de abr. de 2024
ISBN9798224280438
O Caminho Para a Paz
Autor

Rafael Lima

Brazil, 1989 Associate Degree in Administration and M.B.A. in Strategic Project Management by Centro Universitário UNA. Christian by the grace of God. Passionate about writing (English, Portuguese, Spanish), poet and novelist. A poet and writer who shares his thoughts through verses of poems, and through chapters of novels. I also write in English and Spanish, for my writing reach more people in more places.  In my spare time, I like video games, movies, and series. I thought about the day that one of my books would be the basis for one of these productions…

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    O Caminho Para a Paz - Rafael Lima

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    Copyright © 2020 Rafael Henrique dos Santos Lima e RL Produções literárias

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida sob quaisquer meios existentes sem a autorização do autor deste livro.

    Para autorizações contate: rafael50001@hotmail.com / rafaelhsts@gmail.com

    Esta é uma história fictícia com pessoas e eventos fictícios, quaisquer semelhanças de nomes, lugares, fatos ou pessoas são meras coincidências.

    Esta é uma obra de ficção baseada na livre criação artística e não possui compromisso com a realidade.

    Referências bíblicas

    Texto bíblico extraído da Bíblia Nova Versão Internacional® NVI®.  Copyright © 1973, 1978, 1984, 2011 por Biblica, Inc.™

    Usado com permissão. Todos os direitos reservados mundialmente.

    Prefácio

    Os bons momentos da vida passam despercebidos quando estamos bem. Tudo passa a ser parte de nossa rotina, não conseguimos ver como a vida é maravilhosa quando tudo está bem.

    Mas no dia em que descobrimos que algo não está bem, tudo muda. Pensamos em tudo o que perderemos e não aproveitaremos devido à nova condição.

    Essa é uma situação comum para pessoas que têm grandes mudanças em suas vidas, especialmente em casos de doenças graves que deixam o paciente desanimado e sem esperanças.

    Estes sentimentos são mais fortes em pessoas que sofrem com doenças terminais. Algumas delas têm uma expectativa de vida determinada e os doentes consideram que este é o tempo que os separa da morte.

    Aprender a lidar com esta nova realidade é um grande desafio para qualquer pessoa, pois ninguém está preparado para uma notícia tão impactante e tão definitiva. Mas, assim como tudo na vida, há um caminho a ser percorrido até que seja encontrada a verdadeira paz em meio às incertezas...

    Índice

    Um dia qualquer

    Uma noite divertida!

    Novidades

    Preciso ter certeza

    O que enfrentarei?

    De volta à normalidade

    Um novo começo

    A reviravolta

    Encontrando um novo caminho

    Por essa eu não esperava

    Prazer em conhecê-lo

    Eu não aguento mais

    A vida continua

    A história da minha vida

    O início da mudança

    Quero acreditar

    Seguindo na fé

    Novos passos

    Tudo tem um propósito

    Hoje você estará comigo no paraíso

    O resultado do tratamento

    O caminho para a paz

    Um dia qualquer

    Aquele seria mais um dia como outro qualquer na vida de Carlos, quarenta e seis anos. Ele já estava com sua vida bem tranquila. Era dono de uma indústria de cosméticos e seu negócio estava muito bem, com muitas vendas no Brasil e em outros países. Carlos morava em uma mansão em um dos bairros mais luxuosos da cidade, o Atlântico. Ao seu lado estava Suzana, com quarenta e cinco anos, era sua esposa e sócia na indústria. Ambos aproveitavam bastante todos os prazeres que seu dinheiro podia comprar, festas, viagens, carros, etc.

    Carlos acordou por volta das onze da manhã com muita dor de cabeça. Na noite anterior ele havia ficado em uma festa até a madrugada e nem sabia como havia chegado em casa. Ele estava tomando seu café na cozinha. Ele era um homem branco com pele clara, cabelo preto um pouco grande, olhos castanho-claro e barba por fazer. Ele tinha altura e peso médios. Seu celular tocou, era Suzana:

    — Acordou, bela adormecida? — disse Suzana em tom de ironia.

    Carlos respondeu rudemente:

    — Claro! Como eu iria te atender se estivesse dormindo?

    Suzana também respondeu rudemente:

    — Acordou nervoso! Você deveria ser um pouco mais grato pelo que fiz!

    Carlos pensou por um instante, tentando se lembrar do que aconteceu e como não se lembrou, decidiu perguntar:

    — O que você fez?

    Suzana fala novamente com ironia:

    — Agora a bela adormecida está com amnésia?

    — Suzana fala logo o que aconteceu! — Carlos ficou impaciente com as insinuações de sua mulher.

    — Falo sim. Ontem você foi àquela festa com suas amiguinhas, ficou bêbado, tentou beijar uma mulher casada e me ligaram para te tirar de lá sem fazer confusão, pois o marido da mulher queria brigar com você.

    Ao ouvir, Carlos pensou:

    Que merda! A bebida acaba comigo.

    Ao perceber o silêncio de Carlos, Suzana prosseguiu com as acusações:

    — Ficou sem saber o que dizer? Pode começar com obrigado.

    — Está bem, Suzana. Obrigado por me ajudar. Prometo que isso não vai mais acontecer.

    Suzana deu uma gargalhada e disse:

    — Uma promessa? Vou fingir que acredito.

    Carlos retrucou, afirmando em tom sério:

    — É sério, não farei mais isso.

    — Carlos, pare de fazer promessas que você não pode cumprir. Toda vez é a mesma coisa. Você sempre sai, se diverte, bebe muito, me trai e depois diz não vou mais fazer isso. Carlos, me poupe! Já passamos dessa fase.

    Ao ouvir estas palavras, Carlos fez uma rápida reflexão e percebeu que realmente era sempre a mesma promessa. Ele tentou se defender acusando Suzana:

    — E você Suzana faz a mesma...

    Suzana interrompeu:

    — Não vamos falar sobre isso agora! Vem logo pra empresa, pois tem um cliente te esperando.

    Carlos falou em tom de preocupação:

    — É verdade! Havia me esquecido. Onde eu que estava com a cabeça!

    — Sua cabeça estava no corpo de alguma mulher. Você só pensa nisso!

    Carlos ficou irritado com a afirmação de Suzana e disse:

    — Chega de acusações! Ao menos por enquanto. Vou desligar e vou para a empresa imediatamente.

    Carlos foi para a empresa. Ao chegar, foi para sua sala, chamou Suzana. Ela era uma mulher branca com pele clara, cabelo liso preto até o meio das costas e olhos verdes. Ela tinha altura e peso médios. Os dois foram para a reunião com o cliente e pareciam ser outro casal, foram gentis entre si. Carlos contou um pouco da história da fundação da empresa para o cliente:

    — Há alguns anos, após terminar a faculdade de química, tínhamos o sonho de ter a nossa própria fábrica de cosméticos, fazendo produtos de qualidade que pudessem atender às necessidades das pessoas. Começamos com algo pequeno em casa, tivemos muitas dificuldades, mas sempre mantivemos nosso sonho...

    Suzana teve uma vívida lembrança de como foi o início do negócio com Carlos. Eles estavam em sua primeira casa, era pequena. Carlos trabalhava em seu laboratório na garagem. Suzana chegou à porta e o chamou:

    — Meu amor, nosso jantar está pronto! Venha!

    Carlos foi até ela, abraçou e a beijou. Ele disse em tom romântico:

    — Você é o amor da minha vida! Eu te amo muito.

    E Suzana respondeu da mesma forma:

    — Você também é o amor da minha vida. Eu te amo tanto.

    Carlos se abaixou e falou com sua barriga de grávida:

    — Você já é o amor de nossas vidas. Faremos tudo para te fazer feliz.

    Os dois demonstravam muito amor e carinho, e trabalhavam juntos para terem uma vida melhor.

    Suzana pensou:

    Como foi que nosso casamento chegou ao ponto que está hoje? Onde nos perdermos? O que será que fizemos de errado?

    Ela percebeu que estava prestes a soltar uma lágrima e foi ao banheiro. Suzana se olhou no espelho e pensou em seu casamento de antes. Ela não resistiu e começou a chorar. Ela dizia:

    — Eu só quero que tudo volte a ser como antes! Eu só quero ser feliz de novo!

    Ela ficou alguns minutos assim. Depois, se lembrou das responsabilidades, enxugou as lágrimas e voltou para onde o seu marido e o cliente estavam.

    Após mais alguns momentos de conversa, o cliente foi embora. Suzana e Carlos estavam em pé na sala de reunião. Ele disse:

    — Suzana, o que aconteceu agora há pouco?

    — Eu me lembrei de como era nossa vida antigamente.

    — Éramos pobres e não tínhamos quase nada!

    Suzana respondeu com alguém que sentia falta daquele tempo:

    — Mas tínhamos o principal, o amor.

    — Mas hoje também temos amor.

    — Amor? Só se for pela nossa filha, a Liza.

    — Suzana, estamos juntos até hoje. Isso significa que ainda temos amor.

    Suzana disse em tom sério:

    — Carlos, nós nem nos respeitamos mais! Como pode ter amor nisso?

    Carlos pensou por um instante e disse:

    — É verdade, não temos nem o respeito. Cada um faz aquilo que quer, sem se importar com o outro.

    Carlos se aproximou dela, pegou suas mãos e disse em tom calmo:

    — Será que tem algo que possamos fazer para mudar isso?

    — Carlos, bem eu gostaria de fazer algo, mas não sei o quê.

    — Terapia de casal? Ou aconselhamento?

    Suzana suspirou, soltou as mãos de Carlos e disse em tom sério:

    — Carlos, sinceramente. Acho que a nossa melhor opção seria o divórcio.

    Carlos ficou assustado com as palavras de Suzana, pois para ele, por mais que estivesse ruim, ainda havia esperança. Ele respondeu:

    — Calma, Suzana! As coisas não são assim. Precisamos pensar com mais calma.

    — Pensar no quê? Sabemos que nosso casamento não está funcionando há bastante tempo.

    — É verdade. Mas antes de tomar qualquer decisão, vamos pensar bem, pois esta decisão é muito séria.

    Suzana não tinha esperanças de mudança, mas decidiu concordar:

    — Tudo bem, se você acha melhor assim, faremos dessa forma.

    — Obrigado, Suzana.

    Suzana saiu da sala e seguiu com suas atividades de trabalho. Ele fez o mesmo.

    À noite naquele mesmo dia, os dois estavam em casa quando chegou Elizabete, a filha do casal. Ela era uma jovem muito bonita. Ela tinha altura e peso médios. Pele branca clara, cabelo preto até o meio das costas e olhos verdes. Suzana estava sentada na sala de estar e assim que viu sua filha, disse em tom de desaprovação:

    — Até que enfim!

    — Mãe, por favor, não comece com isso de novo!

    — Vou começar! Você é nossa filha e ficamos preocupados com você.

    — Mas mãe, eu já sou adulta! — disse Elizabete tentando se impor.

    Suzana respondeu com ironia:

    — É adulta! Mas se comporta como criança.

    — Mãe, nem vem com essa! Sou responsável!

    Suzana fez uma expressão de dúvida e disse:

    — Tem certeza?

    — Sim! — respondeu com firmeza.

    — Certeza?

    — Claro!

    Elizabete pensou por um instante e disse brandamente:

    — Quer dizer, eu acho.

    — Vamos ver. Você começou a faculdade há três anos, e já deveria estar no sexto período, porém ainda está no terceiro. O que me diz sobre isso?

    Elizabete não tinha resposta e disse a primeira coisa que pensou:

    — Ah, isso é porque as matérias são muito difíceis.

    — Difíceis? — questionou Suzana com ar de dúvida. — Você tem certeza de que é isso mesmo?

    — É claro mãe! Tento, mas não consigo. — Ela tentava se justificar.

    — Liza, vamos ser sinceras. Você sempre se sai bem em todas as provas e trabalhos, sua reprovação é devido à sua frequência. Você quase não vai à faculdade!

    — Mas mãe! A culpa não é minha!

    — Se não é sua, então, de quem é? Minha?

    — Olha mãe, é o seguinte. Sou jovem, são muitos eventos e festas para ir. E às vezes, esses eventos duram até tarde e eu fico sem graça de ir embora cedo.

    — Hum. — Suzana sabia que sua filha estava tentando ludibriá-la.

    — É verdade mãe! E depois dessas festas e eventos fica difícil ir à faculdade, eu fico muito cansada!

    — Liza, vamos pensar juntas.

    — Sim, mãe.

    — Você é jovem, muito bonita, e tem uma vida social agitada. Mas você precisa saber se organizar e dar prioridade às coisas importantes.

    — Como assim mãe?

    — Veja bem, você já perdeu um ano e meio de faculdade, se tivesse estudado corretamente, só faltaria mais dois anos para terminar. Mas como não fez isso, ainda faltam três anos e meio, isso se você mudar seu estilo de vida. E se não mudar, só Deus sabe mais quanto tempo você vai demorar.

    Elizabete ficou pensativa e disse:

    — É verdade mãe, acho que estou perdendo tempo.

    — Eu já fui estudante e sei como as coisas funcionam. Ficamos muito empolgadas, achamos que tudo será festa, mas não é. Temos que ter momentos de dedicação ao estudo. Se não, você ficará eternamente na faculdade.

    — Entendi, mãe. Acredite, eu vou mudar!

    — Vai mesmo? — Suzana não acreditava que ela realmente fosse mudar, pois já havia tido aquela conversa outras vezes.

    — Sim senhora! Pode deixar!

    — Quero ver!

    — Eu vou conseguir! Confie em mim.

    — Vou confiar, só espero não me arrepender.

    Elizabete estava saindo e perguntou à Suzana:

    — Onde está meu pai?

    — Deve estar no escritório trabalhando.

    Suzana disse que seu marido estava trabalhando, porém, ela desconfiava que ele estava no escritório fazendo outra coisa...

    — Vou falar com ele.

    Elizabete saiu e foi até o escritório, ela tentou abrir a porta e percebeu que estava trancada. Ela bateu e chamou Carlos:

    — Pai, sou eu, o senhor pode abrir?

    — Já vou abrir, só um instante.

    Carlos estava vendo pornografia no computador, ele fechou tudo, abriu uma planilha e colocou alguns papéis na mesa, para dar a impressão que estava trabalhando. Ele se levantou e abriu a porta.

    Elizabete o abraçou e disse:

    — Por que a porta estava trancada?

    — É porque mais cedo eu fiz uma ligação importante e não queria ser interrompido, mas depois de terminar, me esqueci de destrancar.

    — Ah sim, entendi. Pai preciso da sua ajuda.

    Carlos já sabia que essas palavras significam: preciso de mais dinheiro.

    — Como posso te ajudar minha filha?

    Elizabete fez um tom mais brando e disse com amabilidade:

    — Sexta-feira vai ter uma festa na casa de uma amiga. Preciso do seu cartão para fazer compras. Já estourei meu limite.

    Carlos sorriu e disse:

    — Você está usando seu limite cada vez mais rápido.

    Ela sorriu e disse:

    — Pai, você sabe como é a vida.

    Carlos foi até sua mesa, pegou um cartão de crédito e o entregou à Elizabete, quando ela estava saindo, disse-lhe:

    — Use o cartão com sabedoria.

    Ela fez um sinal de positivo com as mãos.

    Carlos voltou para o notebook para continuar vendo pornografia, antes de retornar ao site, olhou para uma foto na mesa, nela estava Elizabete dormindo com uma boneca. Ele se lembrou de como foi possível dar a ela aquele presente...

    Elizabete estava com três anos e a produção de cosméticos do casal ainda não havia crescido tanto. Os dois conseguiram montar sua primeira linha de produção, onde eles mesmos fabricavam e vendiam.

    O dinheiro recebido ainda não era muito e eles tinham de economizar em tudo. Certo dia, eles haviam saído com Elizabete e ela havia visto a boneca em uma loja, a menina ficou encantada e pediu a seus pais:

    — Mamãe! Papai! Compra pra mim?

    Os dois se olharam e sabiam que não seria possível comprar naquele momento. Carlos então falou:

    — Minha filhinha, hoje não tem como porque o papai e a mamãe não trouxeram a bolsa que guardamos o dinheiro.

    Os olhos de Elizabete encheram de lágrimas e ela disse aos prantos:

    — Mas quero agora!

    Suzana abraçou Elizabete e disse:

    — Não chora meu bebê! Outro dia nós voltaremos aqui e comprar pra você. Nós prometemos.

    Elizabete chorou por mais alguns instantes e depois do consolo dos seus pais, parou.

    Ao chegarem em casa, eles se sentaram e fizeram as contas sobre seu negócio. Suzana disse:

    — É. Para comprar essa boneca teremos que vender para mais clientes.

    Carlos disse em tom desanimado:

    — Já está difícil vender para os que temos atualmente, ter mais clientes será mais difícil.

    — Meu amor, não podemos nos entregar assim! Precisamos lutar para alcançar nossos sonhos e os de nossa filha! — disse Suzana com empolgação.

    Após essas palavras, Carlos teve um novo ânimo. Ele disse:

    — Vamos fazer um plano para aumentar o número de clientes.

    — Vamos! — Suzana disse com muito entusiasmo.

    Os dois elaboraram uma estratégia para mostrar seus produtos para mais clientes e assim conseguirem mais vendas.

    No dia seguinte, iniciaram seu plano e após alguns dias, vieram os primeiros resultados. Novos clientes compraram e eles conseguiram o dinheiro para a boneca.

    No dia da compra, Elizabete saiu da loja abraçada com boneca e dormiu com ela, mostrando o quanto ela se importava com o presente. No dia seguinte seus pais tiraram a foto antes que ela acordasse.

    Voltando à realidade, Carlos ficou triste e pensou:

    O que aconteceu com a nossa família? Onde está aquela felicidade nas coisas simples? E onde está aquele amor?

    Carlos olhou para seu site pornográfico e disse:

    — Que merda estou fazendo aqui?

    E assim foi um dia normal na vida da família de Carlos.

    Uma noite divertida !

    Na sexta-feira à noite, Carlos passou próximo ao quarto e viu que Suzana estava deslumbrante. Ela estava com maquiagem, roupas elegantes e sapato de salto alto. Ele pensou:

    Uau! Que mulher incrível eu tenho!

    Ela percebeu que ele estava olhando e ficou muito contente, pois havia muito tempo que Carlos não a olhava dessa forma. Ela disse:

    — É isso tudo que você está deixando em casa quando decide sair com as outras.

    Ele tentou se justificar:

    — Mas não faço nada com ninguém, é só diversão, bebidas, essas coisas.

    — Carlos, conta outra! Sei o que você faz — disse Suzana em tom de ironia.

    — Só você que sabe. Não sei de nada disso. — Carlos tentou dissimular.

    — Tudo bem. Seja como for, hoje sou eu que vou me divertir!

    — Como assim? — estranhou Carlos.

    — Sairei com minhas amigas.

    — Para onde vão?

    — Não sei. Só sei que hoje teremos muita diversão! — Suzana estava muito empolgada.

    Carlos disse em tom triste:

    — E ficarei aqui sozinho?

    — Se ficará sozinho eu não sei, isso fica a seu critério.

    — Mas você não pode fazer isso comigo! — Carlos continuou no mesmo tom.

    — Carlos, você faz isso comigo o tempo todo e agora você é a vítima? Para com isso!

    — Mas as coisas no casamento não podem funcionar na base da vingança!

    Suzana disse em voz alta e tom nervoso:

    — Carlos, por favor! Sabemos que não existe um casamento verdadeiro aqui. Vamos deixar cada um fazer aquilo que quer. Será melhor assim.

    Carlos percebeu que sua mulher estava determinada e desistiu de tentar argumentar, antes de se sair, ele disse:

    — Divirta-se!

    — Obrigado. Pretendo me divertir.

    Carlos saiu e alguns minutos depois, Suzana saiu de casa.

    Ela foi para a casa de sua amiga Denise, elas já se conheciam há bastante tempo, Denise tinha aproximadamente a mesma idade de Suzana. Denise era branca com pele bronzeada, alta e com um longo cabelo castanho-claro.

    As duas foram para a sala de estar. Suzana disse com empolgação:

    — Denise! Há quanto tempo não nos vemos pessoalmente! Tudo bem?

    — Tudo ótimo, Suzana! — Denise respondeu com empolgação. — E com você?

    Suzana respondeu com desânimo:

    — Ah, eu também estou bem.

    Denise percebeu o desânimo de sua amiga e disse:

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