Movimento e Brincadeira nos Primeiros Anos de Vida
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Sobre este e-book
Rita Cordovil
Rita Cordovil é professora na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa. Licenciada em Educação Física, mestre em Psicologia do Desporto e doutorada em Ciências da Motricidade. Foi professora de Educação Física durante 15 anos. Tem várias publicações nacionais e internacionais nas áreas do desenvolvimento motor, competência motora, perceção e ação, independência de mobilidade, importância de brincar, risco e segurança infantil.
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Movimento e Brincadeira nos Primeiros Anos de Vida - Rita Cordovil
Pela Sua Saúde — Atividade Física e Bem-Estar
Porque são tão importantes o movimento e a brincadeira nos primeiros anos de vida? O que é ser fisicamente ativo ou inativo? Qual é o real contributo da atividade física para o bem-estar das pessoas idosas? E para a prevenção e tratamento das perturbações mentais? Como motivar-se para ter uma vida mais ativa?
Esta coleção oferece informação acessível, objetiva e com bases científicas sobre o papel da atividade física, exercício e desporto na promoção da saúde física e mental e do desenvolvimento humano, ao longo do ciclo de vida. Aborda e contextualiza métodos e técnicas pare ser mais ativo e fornece dicas práticas, aplicadas a vários escalões etários, para um maior e melhor entendimento da importância da adoção de um estilo de vida mais ativo para a saúde individual e a saúde pública. A mensagem clara para cada leitor é que todos os passos contam e podem fazer a diferença na saúde, bem-estar e fruição plena da vida.
Movimento e Brincadeira nos Primeiros Anos de Vida
Por que motivo devemos incentivar as crianças a correr, saltar, rebolar na relva, simular lutas, explorar caminhos e locais desconhecidos e, pasme-se, sujar a roupa e esfolar os joelhos? Entre a aversão parental ao risco e a atração pelos écrans, ainda saberão as crianças brincar?
Este livro destaca a importância de brincadeiras ativas e desafiantes para a saúde, o bem-estar, a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. Destina-se a pais e educadores, mas também a responsáveis pelas cidades e espaços públicos, alertando para a diminuição drástica, nas últimas gerações, do movimento ao ar livre, bem como do tempo, espaço e autonomia das brincadeiras. Por fim, apontam-se causas e sugerem-se intervenções possíveis, com bases científicas. Porque brincar é explorar, errar e aprender; em suma, crescer.
Rita Cordovil
Professora na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa. Licenciada em Educação Física, mestre em Psicologia do Desporto e doutorada em Ciências da Motricidade. Foi professora de Educação Física durante 15 anos. Tem várias publicações nacionais e internacionais nas áreas do desenvolvimento motor, competência motora, perceção e ação, independência de mobilidade, importância de brincar, risco e segurança infantil.
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Rita Cordovil
Movimento e Brincadeira nos Primeiros Anos de Vida
logo.jpglogo.jpgLargo Monterroio Mascarenhas, n.º 1, 7.º piso
1099-081 Lisboa,
Telf: 21 001 58 00
ffms@ffms.pt
Diretor de publicações: António Araújo
Título: Movimento e Brincadeira nos Primeiros Anos de Vida
Autora: Rita Cordovil
Revisão de texto: João Pedro Vala
Validação de conteúdos e suportes digitais: Regateles Consultoria Lda
Design: Inês Sena
Paginação e ilustrações: Guidesign
© Fundação Francisco Manuel dos Santos e Rita Cordovil
Maio de 2024
As opiniões expressas nesta edição são da exclusiva responsabilidade da autora e não vinculam a Fundação Francisco Manuel dos Santos.
A autorização para reprodução total ou parcial dos conteúdos desta obra deve ser solicitada à autora e ao editor.
Edição eBook: Guidesign
ISBN 978-989-9153-66-0
Conheça todos os projectos da Fundação em www.ffms.pt
/ Introdução
I / O fim dos joelhos esfolados: Estamos a brincar com a saúde das crianças?
II / Em desenvolvimento não há receitas
III / Ser pai ou mãe dá trabalho — mas não é um trabalho
IV / O nosso desenvolvimento é lento — mas isso é bom, podemos brincar, arriscar e errar
V / Entre o livro e o tablet, as crianças ainda sabem brincar?
VI / Promover a autonomia: Cidades pensadas para as pessoas (não para os carros)
VII / O que esperar do futuro?
/ Para saber mais
/ Introdução
Este breve ensaio pretende realçar a importância de permitir que as crianças brinquem, um instrumento fundamental para a adoção de um estilo de vida saudável, tanto de um prisma individual como coletivo. Destina-se a pais e educadores, mas também a todos os que têm responsabilidades na organização das cidades e dos espaços públicos.
O crescente sedentarismo da vida contemporânea, aliado a uma dependência cada vez mais precoce dos vários ecrãs que dominam as nossas vidas, tem limitado perigosamente o direito das crianças ao acesso a ambientes e a condições que favoreçam o seu desenvolvimento equilibrado. Atualmente, há muitas crianças privadas de experiências fundamentais para o seu desenvolvimento, tidas por naturais em gerações anteriores. A maioria dessas experiências ocorria geralmente no espaço exterior, onde as crianças brincavam com o corpo em movimento, testando os seus limites e correndo riscos, num processo de experimentação e descoberta que construía progressivamente a sua segurança e autonomia.
Nas últimas gerações, a reorganização dos contextos familiar, escolar, laboral e social levou à diminuição drástica do tempo, espaço e liberdade concedidos às crianças para brincar. As famílias ficaram mais pequenas, o número de filhos únicos aumentou e muitas crianças não têm irmãos com quem brincar. O tempo das crianças passou a ser ainda mais organizado pelos adultos, sendo transportadas entre atividades, a um ritmo acelerado, para se prepararem para um futuro que ninguém sabe ao certo qual será.
Os tempos livres foram praticamente eliminados, privando as crianças da