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Ser diálogo: um caminho possível num mundo polarizado
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E-book272 páginas3 horas

Ser diálogo: um caminho possível num mundo polarizado

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Sobre este e-book

Que o diálogo é um desafio, não é novidade. Mas são muitos os indícios de que uma discussão harmoniosa e construtiva tem se tornado cada vez mais rara, especialmente quando se trata de política, religião, comportamento. Existe uma metodologia que nos ajude a dialogar de forma construtiva, mesmo quando temos ideias e visões diferentes, ou até mesmo opostas, sobre determinado assunto? Com o propósito de ajudar a responder essa e outras questões semelhantes, Vera Araújo escreveu os textos que compõem este livro, organizado por Anna Carletti e Lucas Galindo. Os textos são uma síntese do percurso cultural internacional da autora, permeado de uma experiência profundamente enraizada no Carisma da Unidade e de uma convivência constante com Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares. Essa luz que inspirou a autora em sua busca de promover um mundo melhor e mais unido é o fio condutor que perpassa todo o conteúdo desta coletânea.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de jun. de 2024
ISBN9786588624340
Ser diálogo: um caminho possível num mundo polarizado

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    Ser diálogo - Vera Araújo

    Introdução

    Anna Carletti e Lucas Galindo

    Em 10 de junho de 1961, a revista Cidade Nova italiana publicou um artigo assinado por Paola Romana¹ intitulado Fascínio Equatorial (Fascino Equatoriale). Tratava-se do diário da primeira viagem que Chiara Lubich realizou fora da Europa e cujo destino foi o Brasil. Na última página do artigo, Chiara conta ter conhecido entre tantas criaturas ricas e pobres, mas agora feitas todas riquíssimas pelo Senhor, uma moça, que lhe contou sua história.

    Era Vera Araújo, autora dos discursos apresentados nessa obra, descrita assim por Chiara: Uma morena com a pele levemente colorida de chocolate, bonita e muito viva. A história dessa moreninha deve ter impressionado positivamente Chiara, que decidiu transcrever no artigo o relato de como Vera havia conhecido o Movimento dos Focolares e o impacto dessa descoberta na vida dela.

    "Pela educação religiosa desde pequena, pensei em me consagrar a Deus; aliás, no dia da minha Primeira Comunhão, foi isso que prometi ao Senhor. E foi um dia de alegria indescritível, uma alegria que me preenchia completamente e que eu nunca havia encontrado antes.

    Ao redor dos quinze anos, comecei a descobrir e entender as dores da humanidade, e fiquei tão impressionada que quase esqueci que Deus tinha me chamado. A humanidade chagada e oprimida estava se tornando o meu único interesse e por ela decidi estudar e trabalhar. Queria levar minha contribuição para ajudá-la a se libertar das misérias e das opressões que percebia em todos os cantos de minha terra. Por isso, me inscrevi mais tarde na Faculdade de Direito. E enquanto me afastava sempre mais de Deus, mais forte crescia uma luta dentro de mim: dois mundos contrastavam: o desejo da união com Deus, que eu não tinha conseguido esquecer, e a paixão pela humanidade, que tinha me fascinado.

    Um dia, porém, Deus me ajudou, quando menos esperava. Aconteceu algo que colocou ordem dentro de mim. Foi a vida simples de alguns italianos católicos que desembarcaram na minha terra; foi a vida deles, foram as palavras deles que entraram como um bálsamo na alma, uma verdade tão simples que apenas com a inteligência eu não teria conseguido colher: era preciso só me doar a Deus para me doar à humanidade; porque ‘quem comigo não recolhe, dispersa’. Deus e a humanidade, duas realidades que na minha vida se excluíam, de repente, se unificaram, e me percebi parte de uma harmonia nova, divina, que unia Céu e Terra.

    Em uma noite inesquecível, caminhando na praia, enquanto o ocea­no batia as ondas violentamente contra a areia, disse sim a Deus, que por meio de quem me acompanhava tinha se manifestado." (Fascino Equatoriale. Città Nuova, 10/06/1961, p. 1-6). Impulsionada por aquele sim, começava a aventura dinâmica de Vera no âmbito do Movimento dos Focolares.

    Vera já tinha encontrado Chiara na Itália, quando, no verão de 1959, com seu irmão Luiz Carlos e mais quatro brasileiras, Marlusa, Inês, Miriam e Lilu, participou de um dos grandes encontros anuais do Movimento dos Focolares, chamados Mariápolis, que se realizava na região das Dolomitas, no Norte da Itália. E foi na Mariápolis que, ao manifestar a Chiara seu desejo de entrar no focolare, deixando tudo por Deus como ela via que as focolarinas e focolarinos haviam feito, estando pronta a deixar até os estudos que tanto amava desde sua adolescência, ela recebeu inesperadamente de Chiara o convite a continuar a estudar. Dessa vez não tanto porque era sua paixão, nem por querer fazer grandes coisas, mas estudar "por Deus, pela humanidade, pela Obra²".

    Em 1961, Vera é convidada por Chiara a passar o verão na Itália para descansar um pouco. Os planos mudaram, e Vera permaneceu trabalhando ao lado de Chiara por mais de 50 anos. Na Itália, retomou os estudos. Formou-se primeiro em Teologia, na Universidade Maria Assunta, na época o único instituto universitário de Teologia que aceitava mulheres. Em seguida, na Espanha, onde Vera passou cerca de quatro anos, completou os estudos de Direito iniciados na Universidade Federal de Recife.

    Em 1967, Vera voltou para a Itália e começou a lecionar no Instituto Internacional Mysticis Corporis, em Loppiano, perto de Florença. Trata-se da primeira cidadela do Movimento dos Focolares, que surgiu em 1965, e é o local onde os focolarinos e focolarinas transcorrem dois anos de escola como formação em sua vida de focolare.

    Nesse período, Vera foi convidada por Chiara e dom Pasquale Foresi a estudar Sociologia. Eram os anos de contestação no mundo inteiro: havia greves, e as aulas nas universidades estavam suspensas. No entanto, isso não impediu Vera de frequentar a universidade, procurando um professor e depois outro que, praticamente não podendo dar aula para a turma, lhe davam aula particular. Completou então a graduação em Sociologia na Faculdade de Ciência Política da Universidade de Florença, tendo tido a possibilidade de ampliar seus conhecimentos.

    Desde sua adolescência, Vera gostava de ler. Durante o Ensino Médio, aproximou-se da literatura brasileira e estrangeira, sobretudo francesa, russa e inglesa. Entre os autores brasileiros preferidos estavam Machado de Assis e os nordestinos Ariano Suassuna e João Cabral de Melo Neto. Foi, sobretudo, Josué de Castro que, com sua obra Geografia da Fome, ajudou Vera Araújo a descobrir o Nordeste de um ponto de vista sistêmico, estrutural. Na escola administrada pelas Irmãs Benedetinas, eram oferecidas leituras como Teillard de Chardin, Jacques Maritain e Léon Bloy.

    Agora em Florença, ela reencontrava as obras de Marx, das quais tinha se aproximado durante a vida universitária em Recife, e conhecia as obras de Rosa Luxemburgo, Che Guevara, Mao Zedong, Ho Chi Minh, Tito, esses últimos protagonistas das novas experiências marxistas que estavam acontecendo nas várias partes do mundo. Porém, diferentemente da leitura feita em Recife, nesse período Vera lia essas obras com as lentes do Carisma da Unidade e de acordo com a vida dinâmica do trabalho com Chiara. Lembrando-se dessa fase particularmente rica de sua vida, Vera assim a descreve: Para mim foi quase um redescobrir Marx, nos seus aportes extraordinários, nas suas falhas. O que procurava na minha mente, no meu coração, tudo isso ia se coordenando. Havia uma sinergia em contato com Chiara, os trabalhos que fazíamos para ela, os contatos com ela, os subsídios, as pesquisas, tudo isso me dava uma nova visão do mundo, da história social que tinha como foco o Ideal"³ mas que era enriquecido de todos esses aportes e, na medida que eles entravam na minha história, na minha visão, eu devia transmitir esses conhecimentos com simplicidade nas aulas que ministrava em Loppiano"⁴.

    Vera lecionou, por 30 anos, diferentes disciplinas como História da Igreja, Elementos Sociais do Cristianismo, Doutrina Social da Igreja e por último, sob o convite expresso de dom Foresi, Elementos do Marxismo. Ao lado do ensinamento direcionado às focolarinas e aos focolarinos provenientes de todo canto do mundo, Vera trabalhou durante esses anos com Chiara no Centro Estudos de Rocca di Papa, acompanhando-a em várias viagens ao redor do mundo e oferecendo-lhe seus conhecimentos.

    Em 1991, na sua viagem ao Brasil, Chiara Lubich lançou a Economia de Comunhão. Vera tinha permanecido na Itália, mas acompanhou de longe a revolução que esse projeto provocou no mundo inteiro. Ao retornar à Itália, Chiara convidou Vera para que ela apresentasse esse projeto começando pela Argentina, seguindo para as comunidades do Movimento espalhadas no mundo e para muitas universidades da Europa e da Ásia.

    Em 1998, por ocasião da viagem de Chiara Lubich à Argentina e ao Brasil, nasce o diálogo com a cultura, que Chiara Lubich chamou de Inundações. Nesse contexto, no dia 7 de maio daquele ano, na Mariapolis Ginetta, Chiara escreveu uma carta dirigida ao Movimento inteiro na qual ela convidava a fazer nascer uma cultura nova, capaz, uma vez formulada e consolidada, de se colocar em diálogo com a sociedade contemporânea⁵. O termo Inundações foi inspirado por uma analogia de João Crisóstomo que fala da luz do Espírito Santo como um rio que transborda lentamente inundando beneficamente as realidades humanas.

    Em 1999, Chiara, explicando essa realidade das Inundações, dizia: E eu pensei em nosso tempo atual, no qual o Ideal está chegando a todo lugar, na política, na arte, na psicologia, na economia, é como uma inundação mesmo⁶. No ano seguinte, em 2000, Chiara convida Vera a deixar Loppiano para se dedicar completamente a essa nova realidade. Assim, ela se transferiu para Rocca di Papa e trabalhou na realidade das Inundações até voltar ao Brasil em 2015.

    Cabe destacar ainda duas importantes contribuições oferecidas por Vera nessas últimas duas décadas na Itália. A primeira é no âmbito das Inundações, em que a encontramos entre os iniciadores da inundação da sociologia, conhecida como Social One e hoje composta de um grupo internacional de sociólogos e estudiosos de Serviço Social que quer levar para frente uma experiência de vida, de estudo e de confronto por meio de uma dinâmica dialógica de escuta e reciproca abertura. (SOCIAL ONE, 2021)

    A segunda contribuição foi na Escola Abba, um centro de estudos interdisciplinares formado por cerca de trinta especialistas, ao qual Vera ingressou em 1995, permanecendo como responsável da disciplina de Sociologia até 2014. Tal centro, fundado por Chiara Lubich, desenvolveu-se com a contribuição do bispo Klaus Hemmerle, teólogo e filósofo, e de alguns focolarinos e focolarinas professores, com o objetivo de aprofundar a experiência mística de Chiara e o Carisma da Unidade sob vários pontos de vista.

    Chiara Lubich, que participou da criação da Escola Abba de 1990 até 2004, assim a descreveu: Desde os primeiros tempos do nosso Movimento, sempre houve a consciência de que o Carisma da Unidade é portador de uma cultura própria, que é, ao mesmo tempo, filha da tradição cristã e nova pela luz que o carisma traz. Mas foi o crescimento do povo da unidade, a propagação do Ideal para além das próprias estruturas do Movimento dos Focolares, que evidenciou a especificidade dessa cultura e que demonstrou ser necessário não apenas o seu aprofundamento doutrinal, teológico, mas também filosófico, político, econômico, psicológico, sociológico, artístico etc. É o que está fazendo aquela que denominamos ‘Escola Abba’ (LUBICH, 2000).

    Após tantos anos de trabalho e dedicação, em 2015, Vera decidiu voltar ao Brasil, onde até hoje continua trabalhando e transmitindo a experiência de vida orientada pela sabedoria. Todo este tempo, em que foram construídos sólidos alicerces enraizados no percurso humano e em uma notável formação acadêmica multidisciplinar, e o permanente diálogo com Chiara Lubich – uma dentre as mais notáveis mentes dos últimos séculos – desembocou em uma impressionante fecundidade de temas abordados de modo profundamente humanístico e ao mesmo tempo marcados pelo pioneirismo que nasce da Luz da Unidade.

    Há traços comuns a todos os escritos: a humanidade vista e abordada pela realidade objetiva, todavia iluminada pelas perspectivas da Unidade e da relacionalidade que substanciam a natureza mais profunda do ser humano que é o amor gratuito e, portanto, temas fortes como o conflito ou a diversidade humana são abordados com base em uma inclusão verdadeira e na construção da unidade e da paz...

    Os textos reportados na presente obra trazem uma perspectiva poliédrica e multidisciplinar da realidade. Foram preparados para as mais diversas ocasiões na dialogia típica da Unidade verdadeira e expressos nas mais diversas coordenadas espaço-temporais: das numerosas ocasiões em várias cidades pelo continente europeu até o grande continente africano, da conferência em um parlamento do continente asiático aos discursos com sindicalistas e ativistas, das alocuções apresentadas para leigos aos temas para as conferências episcopais. Foram destinatários do pensamento expresso nos textos aqui recolhidos: comunidades leigas, comunidades religiosas, universidades, escolas de cidadania, congressos de pessoas empenhadas nos mais variados campos profissionais e do saber: da Medicina à Ecologia, do Direito à Arte, da Economia à Sociologia e assim por diante, compondo um magnífico mosaico vivo no qual, pela perspectiva inclusiva da Unidade e na Unidade, a diversidade revela-se como enriquecimento recíproco e tudo se ilumina, no reconhecimento sempre mais consciente dos desafios existentes na realidade objetiva e, ao mesmo tempo, permanentemente colocando os interlocutores diante de horizontes infinitos que se abrem e apontam para a construção de uma nova humanidade, um mundo melhor e mais unido para todas as pessoas, em harmonia com toda a natureza em direção a um desenvolvimento sustentável que encontra suas raízes e sua expressão na harmonia da Unidade que coliga o conjunto multíplice da Vida.

    Ler cada um dos textos contidos nessa primeira colheita gera reflexão, constrói conhecimento no sentido mais profundo e, espontaneamente, inspira a vida, levando o leitor-interlocutor a apreciar estas cartas vivas e a esperançar na atitude que surge da percepção de ser parte de um todo vivo e em permanente caminho.

    Certamente o melhor modo de concluir esta singela introdução é fazer eco às palavras de Vera Araújo expressas em 2010 a um grupo de pessoas empenhadas na construção de um mundo melhor e mais unido:

    Este é o tempo da esperança, aquela esperança que também nos pode devolver com serenidade algo mais profundo porque maduro: a alegria de viver na nossa casa, neste nosso mundo, com os nossos irmãos na humanidade.

    Reconhecendo e abraçando as dores do momento presente, no diálogo estabelecido pela leitura dos textos aqui presentes, olhemos para a realidade a partir do olhar compartilhado por Chiara Lubich e Vera Araújo e assim, esperançando unidos, sigamos construindo − a cada dia, em cada gesto, recomeçando e buscando melhorar sempre − uma nova primavera de humanismo que expressa Céu e Terra como uma única realidade, para que tudo e todos sejam Um.


    1 Paola Romana era o pseudônimo usado por Chiara Lubich nos seus escritos quando ainda o Movimento estava sendo estudado pela Congregação do Santo Ofício, atualmente Congregação da Doutrina da Fé.

    2 Obra de Maria, o nome oficial do Movimento dos Focolares.

    3 Por Ideal se entende todas aquelas ideias que pensamos terem sido sugeridas pelo Espírito Santo para a fundação e vida da Obra de Maria, também conhecida com o nome de Movimento dos Focolares.

    4 Entrevista a Vera Araújo (Arquivo pessoal de Anna Carletti), 9 de abril de 2021.

    5 Artigo de Città Nuova, 31/01/2020. Disponível em:

    =007>. Acesso em: 19 jul. 2021.

    6 Artigo de Città Nuova, 26/08/2020. Disponível em: Acesso em: 19 jul. 2021.

    Construtores da democracia

    Angola, 5 de março de 2005

    É uma grande honra, para mim, representar neste Congresso promovido pela Conferência Episcopal Angolana, a senhora Chiara Lubich, fundadora e presidente do Movimento dos Focolares. Por motivos de saúde, ela não pode estar presente nessa linda terra africana.

    Com este meu discurso, farei de tudo para ser uma intérprete, menos indigna possível, dos conteúdos espirituais do carisma de Chiara, já conhecido universalmente por meio do Movimento por ela fundado e da Espiritualidade da Unidade.

    Nestes dias, abordamos as várias facetas da democracia nas suas diversas dimensões e nos seus multiformes conteúdos. Relatórios muito competentes e interessantes nos introduziram nos mecanismos de uma realidade que não é só política, mas também social e ética.

    Justamente por isso acho útil e necessário penetrar na raiz do discurso, tomar um caminho que pode dar a impressão, no primeiro momento, de estar distante dos debates cotidianos que a democracia cria e alimenta, mas que, ao invés, encerra e ao mesmo tempo revela de que modo a democracia pode ter um êxito mais positivo.

    A democracia demanda pluralismo, diversidade de opiniões, pontos de vista diferenciados, opções diversificadas. Tudo isso pressupõe liberdade e igualdade não como categorias ideológicas ou abstratas, mas como aplicações políticas e sociais dos direitos e dos deveres dos cidadãos.

    O próprio Estado torna-se pluralista ao acolher as diversidades dos centros de poderes e no alargamento do poder em si aos assim chamados corpos intermediários (associações, sindicatos, grupos sociais e de voluntariado etc.).

    O discurso sobre corpos intermediários adquire uma particular relevância, porque a sua vitalidade é certamente um dos fatores mais incisivos – se não for o único – para impedir o risco da fragmentação, do esfacelamento e da pulverização do

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