Vida Louca

De Pet Torres

Em um mundo marcado por escolhas erradas e corações endurecidos, Colero viveu uma vida de crimes, traições e violência. Sem esperança, ele acreditava que a redenção era algo inalcançável — até que cruzou o caminho de Eline, uma jovem frágil, mas com uma força interior inabalável.  

 

Mesmo carregando a dor de uma doença crônica, Eline vê algo em Colero que ele mesmo não consegue enxergar: a capacidade de mudar, de ser melhor. Entre olhares, diálogos intensos e momentos inesperados, os dois constroem um vínculo improvável, marcado por compaixão, fé e descobertas profundas.  

 

Mas o destino, cruel em sua natureza, separa os dois de forma abrupta, deixando Colero à beira do abismo emocional. Com apenas um terço branco como lembrança de Eline, ele embarca em uma jornada de transformação, lutando contra os fantasmas de seu passado para honrar a memória de quem acreditou nele quando ninguém mais acreditava.  

 

"Vida Louca" é uma história de amor, redenção e esperança. Um romance emocionante que nos lembra que, mesmo nos momentos mais sombrios, é possível encontrar luz — e que um coração tocado pela fé pode mudar vidas para sempre.  

 

Indicado para leitores que buscam uma narrativa intensa, com temas de superação, fé e recomeços emocionantes.
 

• Idioma: Português
• Editora: Pet TorreS
• Data de lançamento: 25 de jul. de 2025
• ISBN: 9798231101146

Pet Torres

Pet TorreS is the pseudonym created by the author with the initials of her real name and surname. The author is a young woman who was born in the interior of Rio de Janeiro. She attended the Fashion Design faculty. However, Pet TorreS has been writing novels since she was 10 years old. In 2008 alone, she decided to pursue her career as a self-published author and expose to the world her beautiful love stories. One of your dreams is to be eternalized by her works. Pet TorreS is also a porter of Rheumatoid Arthritis and Lupus. She came to discover it just a few years ago and these illnesses have shaken up her daily routine to continue writing beautiful novels.

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Dedicatória

Para todas as pessoas Lúpicas e portadoras de Artrite Reumatóide.

Para todas as pessoas que entraram para a Vida Louca, mas souberam sair dela enquanto era tempo.

Vida Louca é um romance que relata a água e o azeite que podem estar no mesmo recipiente mais de fato nunca se misturam.

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Pet TorreS

Copyright © 2024 by Pet Torres books

Copyright © 2024 by Pet Torres

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Para mais informações

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Esse é um trabalho de ficção. Os nomes, lugares, personagens e incidentes são produtos da imaginação do autor e tem sido usado na ficção e não para ser construídos como reais.  Alguma relembrança de personagens, vivos ou mortos, eventos atuais, locais e organizações são inteiramente uma consciência.

Todos os direitos estão reservados. Nenhuma parte desse livro deve ser usada e reproduzida de alguma maneira sem a permissão do autor e Pet Torres books.

Agradecimentos

Querido(a) PettieS, 

Ao chegar ao final dessa história, quero expressar minha mais profunda gratidão por você ter embarcado nessa jornada ao lado de Colero e Eline. Cada página deste romance foi escrita com o coração, pensando em tocar almas, provocar reflexões e, acima de tudo, mostrar que sempre há uma chance de recomeçar, mesmo quando tudo parece perdido. 

Espero que a força de Eline, a transformação de Colero e o poder da fé tenham encontrado um espaço especial em seu coração, assim como eles encontraram no meu. 

Este livro não é apenas uma história; é uma homenagem a todas as pessoas que, em meio às adversidades, encontram coragem para mudar, amar e acreditar no melhor de si mesmas e dos outros. 

Obrigado(a) por dedicar seu tempo, suas emoções e sua atenção a essas páginas. Você, leitor(a), é parte essencial deste projeto, pois dá vida às palavras que aqui foram escritas. 

Se esta história te emocionou, te inspirou ou te fez refletir, saiba que ela já cumpriu seu propósito. 

Com gratidão, 

Pet TorreS

Sinopse

Em um mundo marcado por escolhas erradas e corações endurecidos, Colero viveu uma vida de crimes, traições e violência. Sem esperança, ele acreditava que a redenção era algo inalcançável — até que cruzou o caminho de Eline, uma jovem frágil, mas com uma força interior inabalável. 

Mesmo carregando a dor de uma doença crônica, Eline vê algo em Colero que ele mesmo não consegue enxergar: a capacidade de mudar, de ser melhor. Entre olhares, diálogos intensos e momentos inesperados, os dois constroem um vínculo improvável, marcado por compaixão, fé e descobertas profundas. 

Mas o destino, cruel em sua natureza, separa os dois de forma abrupta, deixando Colero à beira do abismo emocional. Com apenas um terço branco como lembrança de Eline, ele embarca em uma jornada de transformação, lutando contra os fantasmas de seu passado para honrar a memória de quem acreditou nele quando ninguém mais acreditava. 

Vida Louca é uma história de amor, redenção e esperança. Um romance emocionante que nos lembra que, mesmo nos momentos mais sombrios, é possível encontrar luz — e que um coração tocado pela fé pode mudar vidas para sempre. 

Indicado para leitores que buscam uma narrativa intensa, com temas de superação, fé e recomeços emocionantes.

Prólogo: Um Começo no Fim

O céu estava cinza naquele dia, como se o próprio mundo lamentasse. O vento soprava suave, carregando consigo o aroma de terra úmida e folhas secas. Colero estava parado em frente a uma lápide simples, as mãos nos bolsos de sua jaqueta escura. 

Não havia multidão, nem palavras eloquentes sendo ditas. Apenas ele, o silêncio e as memórias. 

O nome gravado na pedra parecia brilhar, destacando-se contra o mármore frio:Eline Rodrigues. Abaixo, uma simples frase que ele mesmo insistira em incluir: 

*Ela acreditou na bondade mesmo quando tudo parecia perdido.* 

Colero olhou para o terço branco em sua mão. Era o mesmo que Eline lhe entregara, aquele pequeno símbolo de fé que, de alguma forma, continuava a mantê-lo de pé. Ele nunca fora um homem religioso, mas aquele objeto havia se tornado um amuleto, uma conexão com ela. 

— Eu nunca pensei que você seria a pessoa que mudaria minha vida — disse ele em voz baixa, como se estivesse falando diretamente com ela. — Mas você foi. 

Ele se lembrou do primeiro encontro, aquele olhar dela na padaria, misto de curiosidade e inocência. Lembrou-se de como ela se movia com fragilidade, mas carregava uma força que ele nunca conseguira entender completamente. 

E depois, veio a lembrança da última vez que a viu no hospital. Mesmo fraca, ela o havia encarado com os olhos brilhando, segurando firme o terço antes de colocá-lo em suas mãos. 

Seja forte, ela havia sussurrado. 

E agora, ali estava ele, tentando cumprir aquele pedido. 

*

A vida de Colero fora uma sucessão de erros, de escolhas feitas por impulso ou pela necessidade de sobreviver. Ele já havia carregado armas, roubado, traído, e se perdido tantas vezes que perdera a conta. Mas Eline havia aparecido como uma luz em meio à escuridão, mostrando a ele que havia mais na vida do que o caos e o vazio. 

— Eu ainda sou um homem quebrado — murmurou, abaixando a cabeça. — Mas estou tentando, Eline. Por você. 

O vento soprou mais forte, e ele sentiu como se fosse um toque invisível, um lembrete de que ela nunca realmente o deixara. 

Com um último olhar para a lápide, Colero virou-se e caminhou para longe. O terço ainda estava em sua mão, e ele o colocou cuidadosamente no bolso da jaqueta. 

A estrada diante dele era longa, incerta, mas pela primeira vez, ele sentia que havia uma razão para seguir em frente. 

Porque às vezes, o começo de uma vida nova surge no fim de outra. 

Capítulo 1: O Início da Vida Louca

O calor era avassalador, os 40 graus do sol pareciam derreter tudo ao redor. No interior de uma pequena cidade, o som abafado de cassetetes contra o concreto era acompanhado de gritos e murmúrios de uma multidão que se aglomerava ao redor de uma quadra esportiva. Ali, um jovem de aparência franzina e cabelos ruivos, escondidos sob um boné escuro, apanhava de dois policiais sem piedade. A cada golpe, ele se encolhia mais, mas permanecia em silêncio.

A vizinhança, como espectadores de um espetáculo grotesco, observava sem intervir. Alguns cochichavam sobre o motivo da agressão — drogas, diziam. Outros apenas olhavam, paralisados pelo choque ou pelo medo. Entre os curiosos, uma jovem se destacava. De olhar profundo, ela encarava a cena com uma mistura de indignação e compaixão. Seu coração batia acelerado, mas suas pernas pareciam presas ao chão, incapazes de agir.

— Covardes... — murmurou para si mesma, as mãos trêmulas de frustração. 

Os policiais, indiferentes à presença do público, continuavam a bater no jovem. Ele mantinha a cabeça baixa, uma estratégia para evitar os olhares alheios e, talvez, esconder o orgulho ferido. Pequenas gotas de sangue pingavam do nariz, manchando o chão da quadra.

— Fala logo, moleque! — um dos policiais gritou, o cassetete erguido para mais um golpe. 

Mas o rapaz não respondeu. Nem uma palavra saiu de seus lábios finos e ressecados. Sua resistência silenciosa parecia enfurecer ainda mais os agentes, que finalmente desistiram. Resmungando entre si, guardaram os cassetetes, entraram na viatura e deixaram o local.

O jovem permaneceu sentado, o rosto sujo de sangue e poeira. A multidão começou a se dispersar, alguns ainda lançando olhares curiosos. Foi então que uma mulher atravessou o espaço com passos decididos. Era sua mãe.

— Colero! — ela exclamou, o tom misturando raiva e desespero. — Você não toma jeito! Vem, vamos para casa agora! O que você estava fazendo aqui? Não deveria estar na escola? 

Ela se abaixou e puxou o rapaz pelo braço. Ele relutou por um momento, mas a expressão dela não deixava espaço para discussões. Com a ajuda dela, ele se levantou, esfregando o rosto com o antebraço para limpar o sangue.

A jovem, que ainda observava em silêncio, sentiu uma onda de alívio e curiosidade. Ela fixou os olhos no rapaz enquanto ele se afastava, apoiado na mãe. Algo na cena a intrigava. Apesar de toda a brutalidade e humilhação, havia uma firmeza em Colero. Ele não parecia derrotado, apenas distante, como se aquele episódio fosse apenas mais um em uma longa sequência de desventuras. 

*

Enquanto mãe e filho caminhavam, o calor parecia aumentar, tornando o trajeto mais penoso. A mãe de Colero, uma mulher de traços simples e pele queimada pelo sol, continuava a repreendê-lo. 

— Você só me dá desgosto! Desde pequeno, só sabe me trazer problemas. O que você tem na cabeça? É isso que quer para sua vida? 

— Não quero nada — ele respondeu com a voz rouca, quase um sussurro. 

Ela parou por um instante, olhando para o filho com uma mistura de cansaço e tristeza. 

— Isso é pior ainda, Colero. Nem querer nada você quer? 

Ele não respondeu. O silêncio entre eles tornou o ambiente ainda mais sufocante.

Chegando em casa, uma construção modesta no bairro periférico, Colero foi direto para o pequeno banheiro. Lavou o rosto com a água fria da torneira, sentindo o ardor dos cortes e hematomas. O reflexo no espelho mostrou mais do que feridas: revelou olhos cansados e um vazio que ele tentava ignorar. 

— Até quando? — murmurou para si mesmo, antes de jogar o boné em um canto e sair do banheiro. 

Sua mãe estava na cozinha, revirando panelas como se cozinhar fosse sua única válvula de escape. Ela falava sozinha, reclamando da vida e dos erros do filho, mas sua voz tremia, denunciando o medo de perdê-lo para o caminho errado. 

Colero não a respondeu. Sentou-se em um canto da sala e acendeu um cigarro que havia escondido no bolso. Tragou profundamente, deixando a fumaça preencher os pulmões antes de soltá-la em um longo suspiro. Era como se o ato aliviasse, mesmo que temporariamente, o peso em seus ombros.

*

Enquanto isso, a jovem que testemunhara tudo na quadra ainda não conseguia esquecer o que vira. Sentada na varanda de sua casa, ela olhava para o horizonte, perdida em pensamentos.

— Quem era ele? — murmurou para si mesma. 

Ela não sabia seu nome, mas os olhos amêndoa e o cabelo ruivo do rapaz estavam gravados em sua memória. Havia algo nele que parecia diferente, algo que a atraía e repelava ao mesmo tempo.

— Água e azeite... — disse em voz baixa, repetindo um ditado que sua tia costumava dizer. Era exatamente isso que aquele rapaz e ela eram. Incompatíveis. Mas por