Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Casada com A Fera
Casada com A Fera
Casada com A Fera
E-book369 páginas5 horas

Casada com A Fera

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Ela foi obrigada a casar com um homem que nunca viu, mas acredita realmente que pode ser sua chance de ter uma vida feliz e esquecer o inferno que viveu nesses últimos dez anos em que viveu sobre a tutela dos seus tios.
Só não sabia que estava sendo entregue a uma fera, o milionário que vivia recluso na montanha escondendo de todos o seu rosto deformado.
Ele precisa de um herdeiro e sabia que ninguém se apaixonaria por alguém como ele, um monstro por dentro e por fora, mas está disposto a pagar uma mulher para se casar e ter o seu filho.
Só não esperava que fossem lhe mandar uma garota inocente, linda e tão doce que seria capaz de despertar seu coração.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de fev. de 2023
Casada com A Fera

Leia mais títulos de Pop Novel

Autores relacionados

Relacionado a Casada com A Fera

Ebooks relacionados

Romance dos Bilionários para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Casada com A Fera

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Casada com A Fera - PopNovel

    ÍNDICE

    Chapter1  Prologo

    Chapter2  I - Sophie

    Chapter3  II - Patrick

    Chapter4  III - Sophie

    Chapter5  IV - Patrick

    Chapter6  V - Sophie

    Chapter7  VI - Patrick

    Chapter8  VII - Sophie

    Chapter9  VIII - Patrick

    Chapter10  IX - Sophie

    Chapter11  X - Patrick

    Chapter12  XI - Sophie

    Chapter13  XII - Patrick

    Chapter14  XIII - Sophie

    Chapter15  XIV - Patrick

    Chapter16  XV - Sophie

    Chapter17  XVI - Patrick

    Chapter18  XVII - Sophie

    Chapter19  XVIII - Patrick

    Chapter20  XIX - Sophie

    Chapter21  XX - Patrick

    Chapter22  XXI - Sophie

    Chapter23  XXII - Patrick

    Chapter24  XXIII - Sophie

    Chapter25  XXIV - Patrick

    Chapter26  XXV - Sophie

    Chapter27  XXVI - Patrick

    Chapter28  XXVII - Sophie

    Chapter29  XXVIII - Patrick

    Chapter30  XXIX - Sophie

    Chapter31  XXX - Patrick

    Chapter32  XXXI - Sophie

    Chapter33  XXXII - Patrick

    Chapter34  XXXIII - Sophie

    Chapter35  XXXIV - Patrick

    Chapter36  XXXV - Sophie

    Chapter37  XXXVI - Patrick

    Chapter38  XXXVII - Sophie

    Chapter39  XXXVIII - Patrick

    Chapter40  XXXIX - Sophie

    Chapter41  XL - Patrick

    Chapter42  XLI - Sophie

    Chapter43  XLII - Patrick

    Chapter44  XLIII -Sophie

    Chapter45  XLIV - Patrick

    Chapter46  XLV - Sophie

    Chapter47  XLVI - Patrick

    Chapter48  XLVII - Sophie

    Chapter49  XLVIII - Patrick

    Chapter50  Epílogo

    Chapter51  Bônus Patrick

    Chapter52  Bônus Sophie

    Chapter53  Bônus Sophie - Parte 2

    Chapter1  Prologo

    Eu já estava pronta, enquanto esperava meu tio Charles conversando com o seu advogado, ficava olhando meu primo brincando do lado de fora da casa, Louis corria gritando e rindo com os amigos que eu não conhecia, fazia muito tempo que eu não os via, meu pai tinha brigado com tio Charles e mesmo ele sendo irmão da mamãe nunca mais nos vimos.

    Estava ali sendo entregue ao tio Charles, para que ele fosse meu guardião até eu completar vinte e um anos. E tudo isso porque meus pais tinham morrido em um acidente de barco. Era difícil acreditar que eles haviam partido para sempre, há uma semana eles tinham saído de férias para a Europa, pra comemorar o aniversário de casamento e eu fiquei com minha babá.

    Eles achavam que eu ainda não entendia o que estava acontecendo ali, o porquê me levaram pra casa do meu tio, mas eu tinha escutado as conversas, uma criança de nove anos escuta muita coisa, disso eu tenho certeza.

    — Sophie querida, você tem que comer um pouco. — minha babá chegou insistindo pela decima vez para que eu comesse, mas eu detestava peixe e tudo o que tinha para o almoço era frutos do mar.

    — Porque meus pais tinham que morrer, Jenny?

    — Ai minha querida, eu lamento muito pelo que aconteceu aos seus pais. Mas foi um acidente e acidentes acontecem, isso pode acontecer com qualquer um. — ela tentou me confortar, mas não conseguiu.

    — Mas não aconteceu com qualquer um, aconteceu comigo.

    — Você ainda é uma menina de muita sorte, seu tio Charles vai cuidar de você agora, até que possa tomar conta das empresas do seu pai. — eu queria gritar, dizer que não queria meu tio, queria meus pais, mas ao invés disso baixei a cabeça concordando com ela.

    Eu não tinha muitas lembranças do tio Charles, ou do porque o filho dele não chamava a tia Magie de mãe, mas agora teríamos que aprender a conviver já que eu estaria presa ali.

    — Querida, porque não vai brincar com seu primo? — ergui a cabeça olhando pra ela novamente. — Talvez você aprenda a gostar daqui.

    Eu duvidava muito, mas para ser uma boa menina como ela tinha repetido várias vezes eu me levantei e fui até o gramado. Eles estavam atirando uma bola de futebol americano, que caiu bem perto de onde eu estava.

    — Joga a bola pirralha! — um dos meninos que estavam com meu primo gritou sorrindo.

    — Posso brincar com vocês? — perguntei acanhada quando peguei a bola, estava tentando como Jenny falou, tudo começa com um primeiro passo.

    — Não! Porque você é menina e meninas são chatas e fracas! — foi meu primo que gritou enquanto seu amigo correu até onde eu estava.

    — Vai brincar de bonecas sua idiota! — ele puxou a bola das minhas mãos com força e por pouco eu não parti pra bater nele.

    Os outros começaram a rir e no mesmo instante eu corri para os braços de Jenny, me escondendo no único lugar que ainda era familiar para mim.

    Mas ali era só o começo do meu inferno pessoal, o começo do meu tormento.

    Patrick

    Estava terminando de arrumar minha gravata borboleta quando Cris surgiu atrás de mim no reflexo do espelho.

    — Você tem certeza que quer fazer isso? Ainda posso te ajudar a fugir cara, de verdade, tenho um carro nos fundo só esperando sua ordem e te tiramos daqui.

    Empurrei meu melhor amigo pra longe dando risada de sua insistência em me fazer desistir do casamento.

    — Emily é a melhor garota que eu podia conhecer, linda, rica, gostosa, vem de uma boa família como a minha. O que mais eu podia querer?

    — Sei lá cara, quem sabe esperar uns dez anos mais? Você só tem vinte e cinco anos, tem uma vida toda pela frente!

    — Uma vida que eu quero dividir com a mulher mais perfeita que eu conheci. — ele revirou os olhos se afastando e eu não consegui deixar de rir da expressão idiota em seu rosto. — Um dia você vai entender Cris, te garanto.

    Ele fez o sinal da cruz se afastando em busca das alianças, que estavam na cômoda.

    — Te garanto que isso não vai acontecer. Mas não vou mais insistir que fuja dessa loucura enquanto é tempo, já que você está meloso de mais pro meu gosto, vai acabar dizendo mais bobagens românticas.

    Me voltei para a janela encarando as pessoas no jardim, tudo ali tinha sido escolha da minha futura esposa, ela não pediu minha opinião em nada, mas acredito que todas as mulheres são assim, afinal é o dia delas.

    Nunca imaginei que poderia ser tão feliz, não até esse dia, até o momento em que colocaria o anel no dedo dela e declararia para o mundo que ela é só minha!

    — Vamos, está na hora. — foi a voz do meu pai que invadiu o quarto me tirando do transe. — Ainda está certo disso filho? Tenho certeza que ela ainda te esperaria daqui há um ano ou mais.

    — Até você pai? — perguntei conferindo minha aparência uma última vez no espelho. — Estou mais do que certo, ela é a mulher que eu amo e não quero perder mais nenhum dia sem tê-la como minha mulher.

    Eu só não tinha ideia que estava cometendo o maior erro da minha vida naquele dia.

    Chapter2  I - Sophie

    — Você vai casar com o senhor Carter e não tem mais discussão, Sophie! — aquela era a palavra final de Charles.

    Eu já deveria ter desistido de discutir e tentar convencê-lo do contrário, mas não podia desistir tão facilmente, era minha vida e eles já tinham destruído ela todos esses onze anos.

    — Mas eu não posso me casar com um homem que nem conheço! Não sei nem quem são os Carter’s.

    — Isso só mostra o quanto você é desinformada queridinha. — Magie a esposa do meu tio falou com puro deboche, jogando o cabelo loiro para trás. — Eles são simplesmente a família mais rica do país, as joias deles vendem ao redor do mundo todo.

    — Porque um homem assim iria querer se casar comigo? Ele pode ter qualquer mulher no mundo, tem que ter outra forma de fechar esse acordo! — bati o pé e Charles deu a volta na mesa ficando de frente para mim.

    Eu tinha aprendido a temer o homem com o passar dos anos, aprendi a baixar a cabeça e engolir as coisas que ele falava, pois isso significava menos surras e castigos.

    — Escuta aqui fedelha, te criamos esses onze anos mesmo depois que aqueles seus pais ladrões fugiram e morreram no processo, te demos de tudo, então agora é hora de você retribuir! — engoli em seco, querendo gritar que não acreditava em suas palavras sobre meus pais, mas fiquei quieta. — Vai casar com Patrick Carter, dar todos os herdeiros que ele quiser e vai fazer isso sorrindo!

    Justo agora quando faltava apenas um ano para que eu conseguisse minha independência isso não podia acontecer, logo quando eu finalmente me veria livre daquele inferno, daquelas pessoas sem coração, agora eu seria jogada nos braços de um homem que eu nem conhecia.

    — Sim senhor. — respondi a contragosto.

    — Se anima priminha. — Louis disse rindo do sofá enquanto virava mais um copo de whisky. — Ouvi dizer que ele é um deformado, que vive recluso em uma casa nas montanhas, tenho certeza que vai ser como nos seus livros bobos.

    Queria socar e xingar, ou arranhar a cara daquele desgraçado como fiz anos atrás, mas só de lembras as marcas em minhas costas um arrepio gelado subia por minha coluna, me lembrando que manter a boca fechada ali era questão de sobrevivência.

    — O casamento é amanhã, o tabelião virá até aqui e você vai assinar os papéis, depois disso eu e o pai dele resolveremos o restante dos detalhes.

    — Ele não vai vir? Não vamos casar na igreja? — perguntei perplexa que até mesmo isso estivessem tirando de mim.

    Meu sonho de entrar na igreja de véu e usando o vestido da minha estava mesmo indo por água a baixo e eu nem podia fazer nada.

    — Não seja tola garota! Isso não é um casamento cheio de bobagens e frescura, isso aqui é uma transação comercial.

    Meus olhos se encheram de lágrimas com a constatação que eu era uma mercadoria de troca, eles levavam uma mulher para dar herdeiros ao filho e meu tio levava muito dinheiro para a empresa.

    — Odeio vocês! — juntei toda minha raiva e joguei para cima a ideia de ser uma boa menina, se ele estava me vendendo não tinha porque continuar com aquilo.

    Charles ergueu a mão pronto para me bater, mas Magie gritou o parando.

    — O casamento é amanhã, quer mesmo que ela tenha o rosto marcado e eles desistam do acordo?

    — Tem razão linda, bem lembrado. — ele olhou para ela comendo a com os olhos, antes de me dispensar com um aceno de mão. — Vá para o seu quarto e não saia de lá até a hora de assinar os papéis, não quero ver essa sua cara mais!

    Sai de lá pisando duro deixando que as lágrimas escorressem por meu rosto e me tranquei no meu quarto.

    Chorei por muito tempo, até pegar no sono, tinha me acostumado a passar os dias trancada dentro do quarto e dormir para esquecer a fome, eles sentiam prazer em me dar aquele tipo de castigo.

    Uma batida na porta me acordou e eu peguei a pequena faca que deixava em baixo do meu travesseiro, tinha sido assim desde o dia que acordei com meu primo em cima de mim me tocando.

    — Quem é?

    — Sou eu menina, a Rosa, abre aqui. — suspirei aliviada quando ouvi a voz familiar de uma das minhas pessoas preferidas naquele mundo. — Rápido, fecha rápido pra ninguém me ver.

    A mulher baixinha e rechonchuda entrou carregando uma bandeja com o que deveria ser meu jantar.

    — Não deveria ter feito isso Rosa, não quero você se colocando em problemas por minha causa. — lembrei a ela, mas já fui me sentando pra comer. — O que vai ser de mim se eles te colocarem pra fora?

    — Acho que agora não faz mais diferença, não é menina? Hugo me contou tudo que ouviu os patrões conversando. — engoli rápido a comida que ainda estava quente só pra responder.

    — Vai ser meu fim Rosa, estou tentando nem pensar nisso.

    Ela deu uns tapinhas na minha mão e sorriu de forma solidaria. Então se levantou e abriu o guarda roupa começando a tirar as poucas roupas que eu tinha.

    — Porque não tenta ver isso de outra forma minha filha? — franzi a testa em confusão. — Você finalmente está saindo dessa casa maldita, vai poder ter sua vida, fazer o que quiser...

    — Você não sabe como as coisas vão, não sei nem como é esse homem. — mas boa coisa não deve ser, já que quer pagar para se casar comigo e nem mesmo vai aparecer aqui para assinar os papéis.

    — Tem que tentar ser feliz pela primeira na vida, apenas isso. — Rosa fechou a mala e a colocou ao lado da cama, então se sentou novamente e segurou minha mão. — Eu posso não conhecer esse homem, mas conheço você, sei que é doce e capaz de tocar corações, tenho a certeza que não vai se dar por vencida e deixar que ele te trate como bem quer. Quero que me prometa que vai lá e vai conquistar o coração daquele homem!

    Meus olhos se encheram lágrimas com as palavras dela, mesmo sabendo que tudo poderia piorar ela estava me animando. Ela era minha única figura materna desde que eu tinha dez anos e meus tios mandaram Jenny embora.

    — Rosa, eu te amo. — me agarrei a ela sentindo que podia ser a última vez.

    Acordei no outro dia decidida a fazer o que ela me disse, eu conquistaria meu marido, mesmo que esse casamento estivesse começando da forma errada eu faria dar certo.

    Coloquei o vestido que Magie tinha escolhido, era horrível e não me valorizava, nem mesmo em um tom branco aquela mulher foi capaz de comprar.

    Só me deixaram descer quando o tabelião chegou, então eu tinha certeza que os pais do meu futuro marido também já estavam ali. Entrei na sala de jantar, meu tio, o tabelião e um homem alto de cabelos brancos me esperava na ponta da mesa.

    — Você é linda! — uma mulher exclamou surgindo a minha frente. — Ai me desculpe querida, sou Audrey Carter, sua sogra.

    — É um prazer conhecer a senhora. — murmurei ainda sem jeito, não esperava uma pessoa tão animada e calorosa já que o acordo com meu tio com certeza envolvia uma grande quantia em dinheiro.

    — Oh linda, me chame de Audrey, logo seremos família.

    Abri um sorriso maior tentando ser educada e entender toda aquela situação.

    — Viu só o que lhe falei, ela é uma menina calma, saudável e nova. — Magie falou se aproximando, eu quis lhe dar um tapa e mostrar que não tinha nada de calma como ela falava, mas não ia estragar minha chance de ficar livre dela. — Sophie vai te dar muitos herdeiros.

    — Tenho certeza de que vamos nos dar muito bem. — Audrey envolveu meu ombro com o braço e me levou para longe daquela nojenta. — Esse aqui é meu marido, James Carter.

    O homem alto e de cabelos brancos, com mais rugas do que eu poderia contar, abriu um sorriso largo, os olhos castanhos me encararam e ele se curvou abraçando meu corpo me surpreendendo ainda mais.

    — Olha, não me disseram que era tão bela essa menina. Estou muito feliz em conhecê-la e mais ainda com essa união, tenho certeza que você e meu filho serão muito felizes juntos.

    Eu não queria nem pensar em como era seu filho de verdade, porque eles estavam parecendo empenhados de mais em serem legais comigo.

    — Estou ansiosa pra conhecer ele. Porque mesmo Patrick não veio?

    — Não liguem pra curiosidade da minha sobrinha, ela vai ter tempo de conversar tudo isso com o marido quando se encontrarem!

    É claro que meu tio iria intervir e tentar adiantar a cerimônia só para poder assinar esse acordo. Assinei o papel, notando que a parte de Patrick já tinha sido assinado, pelo visto ele não saia de casa mesmo.

    Depois disso eles conversaram e almoçamos juntos, mas antes que eu pudesse voltar ao meu quarto meu tio me mandou pegar minha mala, pois o carro que Patrick mandou para me buscar tinha chegado.

    Segui sem reclamar, como uma ovelha indo para o matadouro. Foi uma viagem de três horas até que eu alcançasse a cidadezinha e mais uma até o topo da montanha onde ficava a mansão dele.

    Parei na frente da casa sentindo o vento gelado me arrepiar inteira, a casa era linda, cercada de flores e árvores, mas tinha algo de triste ali e eu podia ver. Olhei para cima e avistei alguém na janela, mas antes que pudesse ver melhor a pessoa se afastou.

    Chapter3  II - Patrick

    Eu precisava de um herdeiro. Na verdade meus pais precisavam de um, a empresa da família tinha que ser mantida nas nossas mãos e foi por isso que deixei que eles seguissem em frente e me arrumassem uma esposa.

    Meus pais tentaram me animar com a ideia, minha mãe em especial, ficou falando sobre a beleza da garota, o quanto era educada e doce. Mas não podia ser boa pessoa, já que estava se vendendo para ser uma incubadora ambulante.

    Que tipo de mulher aceita se casar com um homem que não conhece e assina um contrato dizendo que vai ter todos os filhos que esse homem quisesse? Lhe respondo, um tipo interesseiro!

    Desde o meu acidente de carro minha vida não foi a mesma, meu rosto foi destruído, ou ao menos parte dele foi. Nem mesmo o cirurgião mais caro foi capaz de concertar o que minha ex esposa causou, agora eu era um homem deformado, ou como já ouvi dizerem: Uma Fera.

    Quando o carro entrou na propriedade eu estava olhando a foto que minha nova esposa havia tirado com meus pais no almoço mais cedo. O vestido que ela usava não combinava com a ideia que formei sobre ela, não a valorizava em nada. Talvez por isso meus pais tenham se iludido com ela, o rosto bonito e uma conversa suave e eles estavam caindo na enganação.

    Me ergui e fui até a janela esperando vê-la mais de perto e quando ela parou em frente a casa, observando a enorme construção pude ver sua cara de fascínio com tudo, ela era apenas mais uma interesseira.

    — Sophie. — testei o nome dela em meus lábios e isso pareceu atraí-la direto para mim.

    Seu rosto se ergueu focando na janela do meu quarto e eu tive um rápido vislumbre dos olhos castanhos curiosos, antes de me esconder nas sombras.

    Me sentei em frente ao computador e comecei a mexer no sistema de câmeras, espiando onde ela estava e podendo ver de perto cada reação dela ao conhecer o resto da casa.

    Vi Holly, a governanta da casa mostrar tudo para ela, as duas conversaram como se já se conhecessem e a garota continuou com o teatro de boa moça, mantendo as aparências, fazendo Holly cair na sua farsa assim como os meus pais.

    Mas quando notei que estavam em frente a porta do meu quarto eu rosnei e me levantei, colocando a mascara em meu rosto e indo até a porta.

    — Chefe! — ouvi a voz da mulher que praticamente me viu crescer, junto com as batidas. — Sophie Carter já está aqui.

    — Oh não, por favor, me chame só de Sophie.

    A voz doce me alcançou, mas meu sangue ferveu quando me dei conta de que ela não queria ser chamada pelo meu sobrenome. Claro, o meu dinheiro servia, mas o meu nome não.

    — Boa tarde Senhora Carte! — rosnei as palavras quando abri a porta rapidamente.

    Os olhos surpresos dela se concentraram em meu rosto, provavelmente se perguntando o que eu estaria escondendo por trás da máscara.

    — Boa tarde, hã... acho que podemos pular a parte do senhor e senhora, já que somos marido e mulher agora. — ela falou com um sorriso largo no rosto, que vacilou quando viu que eu não iria lhe responder. — É muito bom conhecê-lo, seus pais me falaram muito de você.

    Encarei a mão que ela estendeu para mim pensando seriamente em recusar, mas Holly pigarreou mostrando sua indignação com meu comportamento e eu cedi.

    Deslizei minha mão sobre a sua, a pele macia e sedosa se arrepiou com meu toque, comparada a mim Sophie parecia estar congelando. Encarei nossas mãos me dando conta do quão pequena ela era, pequena em todos os sentidos.

    — O jantar é servido as sete em ponto, não se atrase! — rosnei tirando minha mão de perto dela. — E vista algo mais quente, ou vai congelar.

    Fechei a porta sem me importar em ser educado ou cordial, precisava tirar meus olhos dela.

    Retirei a máscara e encarei o objeto na minha mão, mesmo que apenas metade do meu rosto estivessem destruídos, eu usava uma máscara que o cobria por inteiro, mas apenas colocava quando era necessário, meus funcionários já estavam acostumados com meu rosto e não ficavam me encarando, porém agora com Sophie em casa eu teria que passar longos períodos com aquilo.

    Tomei um banho e coloquei um terno caro, assim como os sapatos italianos. Não costumava usar aquilo em casa e como raramente saia, todas aquelas coisas estavam intocadas no meu closet.

    — Holly, onde está aquela garota? — rosnei quando cheguei a mesa no horário certo e ela não estava lá.

    — Pelo amor de Deus Patrick. Fale direito da menina, ela é sua esposa e é um doce de garota. — revirei os olhos com aquela fala, sabendo que já era algo esperado. — Não gostei de como a tratou mais cedo, sei que tem seus receios, mas abra o seu coração e de a Sophie uma chance.

    Bufei com as palavras dela, Holly não podia estar mais equivocada.

    — Ela aceitou se casar comigo para ter meus filhos e apenas isso, não comece a criar ideias românticas. — me sentei a cabeceira da mesa e Holly arregalou os olhos. — Não há nada de romance nesse casamento!

    Quando a mulher a minha frente balançou a cama pra mim, eu entendi o porque ela tinha arregalado, Sophie estava bem atrás de mim.

    — Boa noite Holly, boa noite Senhor Carter. — ela falou andando tensa até a cadeira ao meu lado. — Desculpem o atraso.

    — Já íamos começar sem você. — respondi mesmo que ela parecesse desconfortável, não era minha função fazê-la se sentir bem.

    — Hoje eu não vou jantar com vocês. — Holly murmurou servindo a mesa e chamando minha atenção, ela sempre jantava comigo. — Vou deixar que se conheçam melhor. Tenham uma boa noite.

    Semicerrei os olhos acompanhando os passos rápidos da senhora que estava na minha vida há muitos anos. Assim como meus pais, ela torcia para que eu fosse feliz no casamento.

    Ela mordeu os lábios, incerta e eu não pude refrear o desejo de tomar sua boca e sentir seu gosto quando deslizasse minha língua naqueles lábios que pareciam tão macios.

    — Humm... e então o que gosta de fazer Senhor Carter?

    Comecei a comer ignorando a pergunta e logo ela se juntou a mim, comendo sem dizer nada, mas enquanto ela ficava de cabeça baixa eu observava cada pequena coisa em seu corpo.

    Sophie estava com um vestido apertado de lã, mas ainda sim vi seus mamilos endurecerem sobre o tecido quando John abriu a porta que dava para o jardim.

    — Boa noite Senhor. — ele colocou um relatório ao meu lado, geralmente sentaríamos e beberíamos algo conversando, mas hoje eu só queria que ele saísse dali antes que visse os mamilos marcados dela.

    — Boa noite John, obrigado. — como esperava ele sem nem me responder. — Pensei ter dito pra usar algo quente, estamos em uma montanha, aqui o vento é gelado até mesmo no verão. — praticamente rosnei as palavras e Sophie pareceu surpresa que eu estivesse falando com ela.

    — Não tenho muitas roupas de frio, era o vestido ou um suéter.

    — Deveria ter colocado o suéter!

    Vi ela engolir em seco com minhas palavras, mas era a única que receberia de mim, se estava esperando ganhar mais dinheiro para compras estava muito enganada, tinha arrancado uma bela quantia de mim com esse acordo de casamento.

    — Você é sempre assim, tão calado assim?

    — Detesto jogar conversa fora...

    — Isso só é novidade pra mim, nunca tive um namorado ou coisa parecida, mas acho que se vamos ficar casados deveríamos ao menos tentar nos conhecer melhor!

    Finalmente ela estava mostrando as garrinhas, deixando claro que não era a doce imaculada e boba que todos estavam pensando.

    — Não leu o contrato? Você se casou comigo para me dar herdeiros, não para me conhecer melhor e tentar ser minha amiga. — Sophie ergueu o rosto e trincou os dentes parecendo prestes a me bater. — Se quiser me agradar pode aprender o que eu gosto na cama.

    Sem que eu esperasse ela atirou todo o vinho de sua taça em minha cara, por sorte a máscara e meu terno foram os únicos atingidos.

    — Não sou uma prostituta! E se quisesse uma barriga de aluguel teria contratado uma. — ela bateu as mãos na mesa e se levantou. — Mas você quis uma esposa, um casamento, então eu acho melhor aprendermos a conviver.

    Meu sangue ferveu com a raiva por tudo, mas também pela excitação que ela fez correr por minhas veias. Eu não consegui controlar o desejo de calar aquela boca, minha vontade era segurá-la contra uma parede e só soltar quando tudo o que ela fizesse era gemer.

    Sem pensar em nada eu apertei o botão no meu relógio que apagava todas as luzes, arranquei minha máscara e a puxei pela cintura até que seu corpo estivesse totalmente colado ao meu e tomei aquela boca esperta na minha.

    Sophie deixou escapar um suspiro fora de controle e eu deslizei a língua sobre seus lábios exigindo passagem, assim que ela os separou minha língua invadiu o interior de sua boca. O beijo se tornou ainda mais quente quando ela se entrelaçou comigo, suas mãos seguraram meus bíceps enquanto eu a devorava.

    Eu não me contive e apertei sua cintura puxando ela mais perto e senti meu membro latejar de desejo. Um gemido baixo saiu de sua boca e eu só pensei em jogá-la naquela mesa e me enterrar dentro dela.

    Chapter4  III - Sophie

    Eu não conseguia acreditar que ele estava me beijando, em um segundo estava gritando com ele e no outro tudo escureceu e ele me agarrou.

    Sua boca devorava a minha e a cada volta que nossas línguas davam ele parecia ainda mais faminto. Subi meus dedos por suas costas, apertando ele contra mim e sentindo o calor que emanava de seu corpo, mesmo com toda aquela roupa.

    Ele segurou minha nuca, tombando minha cabeça e aprofundando ainda mais nosso beijo enquanto a outra mão desceu até minha bunda, meu vestido deixava cada uma das minhas curvas marcadas e eu lembrei o que ele falou da minha roupa mais cedo, uma fagulha ardeu em meu peito com o pensamento de que ele já estava olhando meu corpo com lúxuria.

    Um gemido escapou de minha garganta quando ele sugou minha língua e eu desviei meus lábios em busca de ar, meu coração estava disparado meu sangue fervia com um desejo que nunca senti antes. A boca dele grudou em meu pescoço e eu gemi sentindo ele beijar minha pele, subindo até o lóbulo da minha orelha.

    — Por Deus, garota! — ele falou com a voz áspera e sua respiração bateu contra mim. — Se não pararmos agora vou jogá-la nessa mesa.

    Me lembrei do lugar onde estávamos, a qualquer momento alguém poderia aparecer e nos pegar daquele jeito, pior seria se ele me colocasse sobre a mesa e fizesse o que sua voz prometia.

    Foi a primeira vez que perdi a noção de tudo à minha volta e segurei seu pescoço voltando a beijar sua boca, me sentia bêbado com a sensação de nossas línguas se tocando uma necessidade dentro de mim aumentando a cada segundo.

    Ele apertou minha bunda e eu segurei seu pulso que estava em meu pescoço, foi ai que as

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1