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Do American Dream De Sofia E Outras Coisas
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E-book92 páginas1 hora

Do American Dream De Sofia E Outras Coisas

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Sobre este e-book

Uma jovem mulher guatemalteca à procura de um sonho inexistente, anos depois regressa a casa arrastando o pior dos pesadelos.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento29 de out. de 2014
ISBN9781633396319
Do American Dream De Sofia E Outras Coisas

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    Do American Dream De Sofia E Outras Coisas - RonyFer

    DEDICATÓRIA:

    ––––––––

    À María Elena, minha irmãzinha adorada.

    Serena beleza, olhar doce, passagem lenta do tempo.

    CONTEÚDO

    «Ela lutava como uma fera, cravava-lhe as unhas na cara com força, com ódio, puxava-lhe o cabelo e a besta apenas gemia de dor, sacudia a longa cabeleira e continuava a devorar a sua presa, sem misericórdia.

    Rogava-lhe, suplicava-lhe enquanto chorava de raiva, de impotência e frustração.

    Como pôde, conseguiu por fim alcançar o seu sapato perdido e, com toda a força que ainda lhe restava, cravou o salto alto com ponta de agulha na cabeça do seu agressor».

    PRÓLOGO:

    PALAVRAS PRELIMINARES ACERCA DO AMERICAN DREAM

    ––––––––

    Uma menina que se transforma numa linda mulher, cujo carácter forte é cuidadosamente talhado como uma obra de ourivesaria pelas sábias mãos de um avô militar, todo ele orgulho e dignidade e cuja atitude perante a vida familiar e social é exemplo de sólidos e autênticos princípios numa época em que o amor se revela uma epopeia, é a protagonista desta narrativa arquétipo de um dos melhores livros escritos em língua hispana acerca de uma família paradigmática de um país da América central.

    História fabulosamente traçada, desenhada, concebida e contada com um estilo minucioso, como uma fina e sublime obra esculpida ao pormenor – onde nada falta e nada sobra – na qual o escritor guatemalteco RonyFer González, estabelecido em Montreal, Canadá, relata as peculiaridades da sociedade e de uma classe social acomodada no seu país natal.

    Através do coronel, personagem estoica, severa, drástica, garbosa, elegante e galante, com o temperamento próprio dos caracteres formados pela disciplina inflexível da vida militar, vemos desfilar os dias e as noites de uma vida difícil e sofrida, mascarada debaixo da turgescência de um amor vulnerável, um calcanhar de Aquiles que espreita a debilidade suprema e sublime do amor filial – a sua neta – história que flui e corre perante os olhos do leitor que se deleita ao sabor de uma excelente narrativa contada sob a rúbrica de um amante do seu ofício que sabe do domínio exato para encantar. Nesta delicada e sábia forma como o autor nos conta, vamos conhecendo o modo de vida da Guatemala, Quauhtemallan: Terra de árvores. Uhatezmala: Montanha que lança fogo.

    Com um amplo conhecimento de causa que embeleza a lírica narrativa, o escritor põe nas nossas mãos uma obra cativante, não apenas pela história de amor e desamor que conta, mas pela forma intimista como a narra, onde cada detalhe ocupa exatamente o lugar que deve ocupar, cada frase medida com a devida exatidão, cada oração bem escrita e cada parágrafo expressando adequadamente o rico sentido da carga semântica que tem explícita e implícita, o que transforma o livro num delicioso exercício de aprendizagem e deleite no melhor sentido da palavra.

    As personagens ganham vida própria sob o traço certeiro do autor, ou melhor dir-se-ia  que o obrigaram a escrever eles mesmos, ditando-lhe passo a passo cada detalhe da sua não existência, não lhe deixando – digo eu – tempo para descansar até esgotar a história de tão válido compromisso no tempo. Ao longo da história da literatura mundial em muitas ocasiões as personagens ganham tanta força e vida que impelem os escritores a pegar em caneta e papel, hoje computador, para ir narrando um amplo número de episódios que depois dão corpo a uma obra completa.

    Por estranhos desígnios de Deus ou por esse bizarro sortilégio ao qual chamamos azar, esta jovem mulher moldada e esculpida sob a vigilância senhorial do avô, está destinada a um acontecimento que irá embaciar a sua felicidade e semeará para sempre a mais intensa dor na sua fiel Ama, que a viu crescer com amor sob o seu estrito cuidado maternal. Não me cabe mim contar a sinopse do livro, nem sequer dar um leve adiantamento da história, só me é permitido exaltar os valores do mesmo e ponderar a segurança e o domínio de quem possui a cativante arte de narrar. Não obstante, tomo a liberdade de pegar textualmente numa frase que me toca o coração quando a ama sente que ...foi-se indo devagar, muito devagar, aquela que iluminou os seus olhos e a sua vida num preâmbulo de eterno adeus.

    Espero que com estas Palavras preliminares acerca do America Dream, do escritor guatemalteco RonyFer González, o leitor tenha ficado com a informação necessária para se decidir e adquirir uma obra que de todos os pontos de vista será um verdadeiro deleite literário e um autêntico enriquecimento pessoal no seu âmbito cultural.

    ––––––––

    ─Mercedes Eleine González─.

    1.- A Ama

    ─ Mas, diz-me minha pequenina, o que tens? Que te fizeram os infames?

    ─ Nada Ama! Nada para além do mesmo de sempre, do que me mata, do que me queima e me devora, do que me martiriza e me destroça. A vida escorrega-me por entre os dedos, a vida esvai-se-me como a noite dos meus dias, cada dia vivido é para mim, logo à partida, um dia morto.

    ─ Vou curar-te com arruda e mangericão queimados no fogão em brasas,  com madeira de pinho e limões partidos em cruz. Vou rezar-te as sete preces, dos sete espíritos, dos sete templos.

    ─Isto não se cura com nada, Ama. Nem com os milagrosos

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