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Génesis 6 em Santa María de Villa Hermosa
Génesis 6 em Santa María de Villa Hermosa
Génesis 6 em Santa María de Villa Hermosa
E-book73 páginas49 minutos

Génesis 6 em Santa María de Villa Hermosa

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Sobre este e-book

Gênesis 6 em Santa María de Villa Hermosa é acima de tudo uma mensagem de esperança. RonyFer conta uma história que toca religião e ficção, para alertar os leitores sobre uma possível unificação da humanidade através do amor, compreensão, solidariedade e pode ser uma realidade, se olharmos para o mundo de outra perspectiva e se agirmos de outra forma o desconhecido e, fundamentalmente, para o nosso vizinho.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento9 de mai. de 2015
ISBN9781507107447
Génesis 6 em Santa María de Villa Hermosa

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    Génesis 6 em Santa María de Villa Hermosa - RonyFer

    GÉNESIS 6 EM SANTA MARÍA DE VILLA HERMOSA

    ––––––––

    RonyFer

    Copyright © 2012 RonyFer

    All rights reserved.

    ––––––––

    A meus netos e bisneta, o meu maior tesouro.

    E a todos os meninos do mundo, para que a luz de um novo amanhecer ilumine as suas vidas.

    Que os Camawines Tepeu e Kukulkán, nossos deuses criadores e Senhores do Coração do Céu e Tzacol, o criador e Formador guiem os seus passos e os levem por caminhos harmoniosos que conduzam à paz.

    «6:1 Aconteceu quando os homens começaram a multiplicar-se à face da terra e lhes nasceram filhas.

    6:2 Os filhos de Deus vendo que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas para si, escolhendo as que mais lhes agradaram.

    6:4 Naquele tempo havia gigantes na terra e também depois quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens e estas lhe deram filhos.

    Estes foram os valentes que desde a antiguidade foram varões de renome».

    ─ A Biblia, Génesis 6 ─

    Ao padre da aldeia pareceu mais que curioso esse detalhe: aqueles dois meninos de sexo diferente eram iguais quais duas gotas de água. E ainda que tivesse décadas de pastorado naquela região nunca teve conhecimento de casos de nascimento de gémeos – e menos ainda de sexos diferentes – pensava no seu íntimo que afinal de contas podia acontecer, de facto, que a natureza tivesse premiado aquela comunidade indígena do alto da montanha com a vinda ao mundo de gémeos[1] idênticos.

    Enquanto celebrava a cerimónia da Primeira Comunhão, não podia afastar o olhar daqueles meninos que, no máximo, tinham 10 a 12 anos, com o seu olhar solene e o pensamento sabe-se lá onde.

    Eles tinham algo esquisito que não condizia com o resto do grupo que tinha descido a montanha para receber A Sagrada Comunhão pela primeira vez. Diferiam do resto do grupo, isso era mais que evidente, já que não se assemelhavam aos traços indígenas característicos de toda a região.

    No seu olhar podia ver-se um resplendor fora do comum. Uma curiosa forma de observar com profundidade tudo ao seu redor. Como se os seus olhos absorvessem todo o conhecimento que se apresentava ao seu redor para imediatamente o armazenar em alguma parte recôndita do seu cérebro. O seu porte não correspondia à altura normal do resto da comunidade nem à de nenhuma etnia indígena descendente dos mayas, já que os nativos da região, regra geral, são de baixa estatura.

    À medida que se aproximavam para receber a Eucaristia, para o padre era mais que evidente aquela enorme brecha racial. Ao sacerdote da aldeia pareceu mais que curioso esse detalhe. Eram de tez branca; no entanto, não se podia dizer que eram tonatiuh – que na língua local significa filhos do Sol –, como eles chamavam aos albinos e aos de raça branca.

    A cor da sua pele diferia da dos demais. O seu rosto pálido, com uma brancura que não se assemelhava nada aquela gente, aos nativos do lugar, era um pouco amarelada, parecida com pólen de girassol.

    À primeira vista podia-se defini-los como errata nature. Um nariz arrebitado e umas cavidades nasais muito particulares com orifícios que não correspondiam no seu tamanho aos narizes dos outros, que eram diminutas. E essa era  apenas parte do seu traço distintivo. A sua curiosidade por saber mais sobre aquelas criaturas estranhas de rosto angelical, crescia.

    Ao terminar os serviços eclesiásticos esperava à porta pelos paroquianos, especialmente pelo grupo composto pelos que mais recentemente comungavam a fé cristã. Até que os viu finalmente, conduzidos por António Xocop, o cawachin[2] mais velho da aldeia e toda a sua comitiva, que eram os últimos a sair.

    Aproximou-se precipitadamente, estendeu-lhe a mão e este, com o sombrero apertado contra o peito, beijou-lha em sinal de respeito.

    ─ António, tenho de falar contigo com urgência. Podes passar na sacristia um momento, por favor? – perguntou.

    Este, com tom imperativo e sereno mandou a sua comitiva esperá-lo debaixo da ceiba[3] que coroava a praça.

    Já na casa paroquial esperava-o o sacerdote com um café fumegante.

    ─ Há muito tempo que não te vemos lá na aldeia, tata – foi a maneira mais simples que encontrou

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