Génesis 6 em Santa María de Villa Hermosa
De RonyFer
()
Sobre este e-book
Gênesis 6 em Santa María de Villa Hermosa é acima de tudo uma mensagem de esperança. RonyFer conta uma história que toca religião e ficção, para alertar os leitores sobre uma possível unificação da humanidade através do amor, compreensão, solidariedade e pode ser uma realidade, se olharmos para o mundo de outra perspectiva e se agirmos de outra forma o desconhecido e, fundamentalmente, para o nosso vizinho.
Leia mais títulos de Rony Fer
Os Inimigos de Deus Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Glória Compartilhada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDo American Dream De Sofia E Outras Coisas Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Génesis 6 em Santa María de Villa Hermosa
Ebooks relacionados
In Nomine Patris Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO ouvido do bode preto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Karaíba: Uma história do pré-Brasil Nota: 5 de 5 estrelas5/5Naho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Imortal Kalymor - Sobre Vampiros e Cristãos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Contos Para Rir e Assustar 2ª Volume: 2ª Volume Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSacerdotiza Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemórias De Um Preto Velho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória De Fé E Vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Padre E A Política Elo Do Bem E Do Mal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCastro Laboreiro, entre brandas e inverneiras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLilith: um romance Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAlentejo prometido Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCandomblé da Bahia: Resistência e identidade de um povo de fé Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCebolim Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAruanda: Um romance espírita sobre pais-velhos, elementais e caboclos Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Livro Dos Fantasmas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Morgadinha dos Cannaviaes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCarmilla: A Vampira de Karnstein Nota: 4 de 5 estrelas4/5Irina do Pará Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA gruta das orquídeas Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Espanhol Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Inveja - O Seculário de um Judeu Errante (Livro 1) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCausos E Contos Do Nenê Melo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO céu não me interessa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Martelo Das Bruxas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMorri. E Agora? - Parte Iv Nota: 0 de 5 estrelas0 notasArco Do Horizonte Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSangue Dos Inocentes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOra Pro Nobis Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ficção Científica para você
Guerra Mundial Z: Uma história oral da guerra dos zumbis Nota: 4 de 5 estrelas4/5O homem invisível Nota: 0 de 5 estrelas0 notasÉden Nota: 3 de 5 estrelas3/5A marca da besta Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Máquina do Tempo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Skyward: Conquiste as estrelas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Box - A ficção científica de H. G. Wells Nota: 5 de 5 estrelas5/5Vinte mil léguas submarinas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInterestelar Nota: 4 de 5 estrelas4/5O médico e o monstro Nota: 3 de 5 estrelas3/5A Ilha do Dr. Moreau Nota: 4 de 5 estrelas4/5Mundos apocalípticos Nota: 4 de 5 estrelas4/5Senhores da escuridão Nota: 5 de 5 estrelas5/5Batman - o cavaleiro de Arkham: O lance do Charada Nota: 5 de 5 estrelas5/5Braço De Órion Nota: 5 de 5 estrelas5/5As águas-vivas não sabem de si Nota: 4 de 5 estrelas4/5Planeta Estranho: Os seres mais queridos do Instagram vão pousar no Brasil! Nota: 5 de 5 estrelas5/5Um Grito De Honra (Livro #4 Da Série: O Anel Do Feiticeiro) Nota: 5 de 5 estrelas5/5Um Reinado De Aço (Livro N 11 Da Série O Anel Do Feiticeiro) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasStarsight: Veja além das estrelas Nota: 5 de 5 estrelas5/5O último homem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Realidade de Madhu Nota: 5 de 5 estrelas5/5A realidade dos sete Nota: 4 de 5 estrelas4/5Um Reino de Sombras (Reis e Feiticeiros – Livro n 5) Nota: 3 de 5 estrelas3/5Quando as estrelas caem Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sertãopunk Nota: 4 de 5 estrelas4/5Em Busca de Heróis (Livro #1 O Anel Do Feiticeiro) Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Era Interestelar: A Trilogia Completa Nota: 4 de 5 estrelas4/5Raízes do amanhã: 8 contos afrofuturistas Nota: 0 de 5 estrelas0 notas3020 - A Conspiração de Atlântida Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Génesis 6 em Santa María de Villa Hermosa
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Génesis 6 em Santa María de Villa Hermosa - RonyFer
GÉNESIS 6 EM SANTA MARÍA DE VILLA HERMOSA
––––––––
RonyFer
Copyright © 2012 RonyFer
All rights reserved.
––––––––
A meus netos e bisneta, o meu maior tesouro.
E a todos os meninos do mundo, para que a luz de um novo amanhecer ilumine as suas vidas.
Que os Camawines Tepeu e Kukulkán, nossos deuses criadores e Senhores do Coração do Céu e Tzacol, o criador e Formador guiem os seus passos e os levem por caminhos harmoniosos que conduzam à paz.
«6:1 Aconteceu quando os homens começaram a multiplicar-se à face da terra e lhes nasceram filhas.
6:2 Os filhos de Deus vendo que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas para si, escolhendo as que mais lhes agradaram.
6:4 Naquele tempo havia gigantes na terra e também depois quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens e estas lhe deram filhos.
Estes foram os valentes que desde a antiguidade foram varões de renome».
─ A Biblia, Génesis 6 ─
Ao padre da aldeia pareceu mais que curioso esse detalhe: aqueles dois meninos de sexo diferente eram iguais quais duas gotas de água. E ainda que tivesse décadas de pastorado naquela região nunca teve conhecimento de casos de nascimento de gémeos – e menos ainda de sexos diferentes – pensava no seu íntimo que afinal de contas podia acontecer, de facto, que a natureza tivesse premiado aquela comunidade indígena do alto da montanha com a vinda ao mundo de gémeos[1] idênticos.
Enquanto celebrava a cerimónia da Primeira Comunhão, não podia afastar o olhar daqueles meninos que, no máximo, tinham 10 a 12 anos, com o seu olhar solene e o pensamento sabe-se lá onde.
Eles tinham algo esquisito que não condizia com o resto do grupo que tinha descido a montanha para receber A Sagrada Comunhão pela primeira vez. Diferiam do resto do grupo, isso era mais que evidente, já que não se assemelhavam aos traços indígenas característicos de toda a região.
No seu olhar podia ver-se um resplendor fora do comum. Uma curiosa forma de observar com profundidade tudo ao seu redor. Como se os seus olhos absorvessem todo o conhecimento que se apresentava ao seu redor para imediatamente o armazenar em alguma parte recôndita do seu cérebro. O seu porte não correspondia à altura normal do resto da comunidade nem à de nenhuma etnia indígena descendente dos mayas, já que os nativos da região, regra geral, são de baixa estatura.
À medida que se aproximavam para receber a Eucaristia, para o padre era mais que evidente aquela enorme brecha racial. Ao sacerdote da aldeia pareceu mais que curioso esse detalhe. Eram de tez branca; no entanto, não se podia dizer que eram tonatiuh – que na língua local significa filhos do Sol
–, como eles chamavam aos albinos e aos de raça branca.
A cor da sua pele diferia da dos demais. O seu rosto pálido, com uma brancura que não se assemelhava nada aquela gente, aos nativos do lugar, era um pouco amarelada, parecida com pólen de girassol.
À primeira vista podia-se defini-los como errata nature. Um nariz arrebitado e umas cavidades nasais muito particulares com orifícios que não correspondiam no seu tamanho aos narizes dos outros, que eram diminutas. E essa era apenas parte do seu traço distintivo. A sua curiosidade por saber mais sobre aquelas criaturas estranhas de rosto angelical, crescia.
Ao terminar os serviços eclesiásticos esperava à porta pelos paroquianos, especialmente pelo grupo composto pelos que mais recentemente comungavam a fé cristã. Até que os viu finalmente, conduzidos por António Xocop, o cawachin[2] mais velho da aldeia e toda a sua comitiva, que eram os últimos a sair.
Aproximou-se precipitadamente, estendeu-lhe a mão e este, com o sombrero apertado contra o peito, beijou-lha em sinal de respeito.
─ António, tenho de falar contigo com urgência. Podes passar na sacristia um momento, por favor? – perguntou.
Este, com tom imperativo e sereno mandou a sua comitiva esperá-lo debaixo da ceiba[3] que coroava a praça.
Já na casa paroquial esperava-o o sacerdote com um café fumegante.
─ Há muito tempo que não te vemos lá na aldeia, tata – foi a maneira mais simples que encontrou