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Para o destino
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E-book161 páginas3 horas

Para o destino

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Sobre este e-book

Uma semana antes não tinha família… nem era um príncipe!

Nem o pior campo de batalha poderia ter preparado o soldado Joe Tanner para ser um pai solteiro, mas Joe estava disposto a fazer qualquer coisa para conservar a sua pequena Mei, por isso não teve outra solução senão confiar na bela loira Kelly Vrosis, que estava ansiosa por ajudá-lo.
Kelly Vrosis tinha ido à procura de Joe para lhe comunicar que era um dos príncipes perdidos de Ambria. A custódia partilhada de Mei permitiu que florescesse uma atração entre eles. Mas, poderia Kelly sonhar em ter um futuro com o príncipe depois de ele reclamar o seu título?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de jun. de 2012
ISBN9788468703046
Para o destino
Autor

Raye Morgan

Raye Morgan also writes under Helen Conrad and Jena Hunt and has written over fifty books for Mills & Boon. She grew up in Holland, Guam, and California, and spent a few years in Washington, D.C. as well. She has a Bachelor of Arts in English Literature. Raye says that “writing helps keep me in touch with the romance that weaves through the everyday lives we all live.” She lives in Los Angeles with her geologist/computer scientist husband and the rest of her family.

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    Pré-visualização do livro

    Para o destino - Raye Morgan

    Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

    © 2010 Helen Conrad. Todos os direitos reservados.

    PARA O DESTINO, N.º 14 - Junho 2012

    Título original: Single Father, Surprise Prince!

    Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

    Publicado em portugués em 2012

    Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

    Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

    ® Harlequin, logotipo Harlequin e Bianca são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

    ® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    I.S.B.N.: 978-84-687-0304-6

    Editor responsável: Luis Pugni

    Conversion ebook: MT Color & Diseño

    www.mtcolor.es

    Capítulo 1

    Alguém o vigiava. Joe Tanner soltou um palavrão em voz baixa, levantou o rosto para o sol da Califórnia e fechou os olhos. Um perseguidor. Sentia o olhar fixo nas costas.

    Depois de vários anos como comando nas selvas do sudeste asiático, a evitar franco-atiradores, sabia quando o vigiavam. Uma vez desenvolvido aquele sexto sentido, nunca se esquecia.

    – É como andar de bicicleta – murmurou, enquanto abria os olhos e se virava para tentar descobrir a pessoa que o vigiava.

    Apercebera-se no dia anterior de que tinha despertado o interesse de alguém, certamente hostil, mas não lhe prestara muita atenção. Joe era alto, de pele bronzeada e bastante atraente. O seu cabelo castanho espesso clareava com o sol e raramente passava despercebido. Tinha-o tranquilizado pensar que se trataria de um caso básico de vigilância. Passava o dia quase todo apenas de bermudas e estava habituado a que o seu corpo despertasse a curiosidade dos estranhos. Também era consciente de como as suas cicatrizes eram interessantes.

    Além disso, tinha outras coisas na cabeça. Esperava ver uma pessoa naquela noite, alguém da sua antiga vida, embora nunca a tivesse visto. Fora por isso que ignorara o que se passava à sua volta. Estava nervoso e mais atento às mudanças que se aproximavam na sua vida.

    Mas, de repente, começara a sentir o arrepio familiar na coluna. Quando sentia um arrepio na nuca era sinal de que devia dar a devida importância à situação. Mais valia prevenir do que remediar.

    Percorreu a praia de San Diego com o olhar. Apesar da neblina que ameaçava chegar à costa, o ar era relativamente quente e os suspeitos eram os habituais: surfistas, mães atrás dos filhos e alguns sem-abrigo. As raparigas à procura de conquistas também estavam presentes e, naquele momento, havia três que lhe sorriam nervosamente. Existira uma altura em que lhes teria devolvido a saudação, mas esses dias tinham acabado.

    «Pelo menos, podias ser amável», recriminou-o uma vozinha na sua cabeça. Ignorou-a. Que sentido tinha? Apenas as incitaria e não tinha nada para lhes oferecer. Nada de nada.

    Assentiu secamente e transferiu a sua atenção para o outro lado da praia: a banca de gelados, a loja de t-shirts para turistas e o estacionamento, onde um casal jovem de fato de banho se abraçava apaixonadamente, apoiados num carro desportivo, como se o mundo estivesse prestes a acabar e tivessem de dar todos os beijos antes.

    Amor de juventude. De repente, sentiu o impulso de lhes advertir que não confiassem um no outro, nem em ninguém. Na vida, cada um dependia de si mesmo. As promessas e os planos não serviam de nada. Só existia a lei de Murphy: se algo pudesse correr mal, correria mal. Nisso, sim, podia confiar-se. O melhor era estar preparado.

    No entanto, decidiu judiciosamente privar o casal da vantagem de conhecer em primeira mão as suas experiências infelizes. De qualquer forma, não se aprendia com os outros. Toda a gente parecia ter de aprender do modo mais difícil.

    Continuava sem saber qual era a causa do arrepio na nuca. O mendigo cego da camisa havaiana debotada, sentado junto do seu cão num banco de madeira? Pouco provável. O agente de polícia a patrulhar o passeio marítimo de bicicleta? Não, vigiava toda a gente de uma forma muito profissional, como sempre. A senhora que atirava migalhas de pão às gaivotas? O adolescente que fazia acrobacias com o skate?

    Não. Não era nenhum deles.

    Reparou numa pessoa e, pelo modo como o seu pulso acelerou, soube que tinha acertado. Rondava o muro que separava o passeio marítimo da areia. Joe pôs os óculos de sol para poder observar o vigilante sem que se desse conta. O suspeito usava um casaco grosso com capuz e umas calças de ganga húmidas e sujas de areia nas pernas. Ao princípio, não soube identificar se se tratava de um homem ou de uma mulher, mas apercebeu-se em poucos segundos: era uma mulher que fingia ser um homem.

    A certeza fez com que lhe aumentasse a sensação de perigo. A experiência militar ensinara-lhe que a maioria das ameaças letais chegava frequentemente nas embalagens mais atraentes. Nunca podia fiar-se numa mulher bonita ou numa criança adorável.

    Enquanto fingia observar o porto, continuou a olhar para ela pelo canto do olho. A mulher sentou-se no muro, tirou um pequeno bloco de notas do bolso do casaco e anotou algo antes de o guardar novamente.

    Sim. Sem dúvida, era ela. E estava a anotar alguma coisa. O que devia fazer?

    Considerou as alternativas. O confronto direto costumava ser contraproducente. Ela poderia negar que tivesse algum interesse nele e escapulir-se.

    Quem quer que a tivesse enviado, enviaria outra pessoa. Seria outro caso típico de tratar os sintomas em vez da causa. Despertada a sua curiosidade, queria saber o que havia por detrás de tudo aquilo e porquê.

    A única maneira de chegar ao fundo da questão era abordá-la, talvez conquistar a sua confiança. Fazer com que falasse. Mas, primeiro, teria de a obrigar a sair do seu esconderijo, a fazer alguma coisa que mostrasse as suas intenções.

    Porque não? Não tinha nada melhor para fazer durante a hora seguinte.

    Joe encolheu os ombros e agachou-se para pegar na prancha de surfe e encaminhar-se para o molhe. Estava em obras e havia placas que advertiam as pessoas que se mantivessem afastadas da zona. Agradável e discreto, longe da multidão, seria o lugar perfeito.

    Caminhou pela areia, exagerando o ligeiro coxear de que ainda padecia na perna, a qual começava a recuperar depois de quase um ano.

    Nem sequer se virou para verificar se o seguia. Assumiu que o faria. As pessoas que costumavam meter-se na sua vida eram quase todas parecidas e não tinha a mínima dúvida de que ela faria o mesmo.

    Kelly Vrosis mordeu o lábio, enquanto o homem de nome Joe Tanner começava a andar. Viu que se afastava e o coração disparou-lhe. Deveria segui-lo? Teria de o fazer para cumprir a sua missão, não era?

    Só dispunha de uma semana e já tinha perdido um dia e meio sem se atrever a fazer algo realmente importante. Ou documentava todas as atividades de Joe Tanner e descobria se era quem pensava que era ou não o fazia. Já tinha perdido demasiado tempo e credibilidade em perseguições inúteis. Respirou fundo, tocou na pequena máquina fotográfica digital que levava no bolso e levantou-se lentamente, disposta a fazer o que fosse necessário.

    – Vamos lá... – murmurou, enquanto caminhava perto das montras das lojas, tentando passar despercebida, mas sem perder de vista o homem alto e atlético.

    Tinha a certeza de que não a vira. Não era o tipo de rapariga que se destacasse na multidão e tinha escolhido uma roupa que a mantinha no anonimato.

    No dia anterior, depois de sair do aeroporto e instalar-se no quarto de um motel próximo da morada que tinha de Joe, tinha caminhado até à pequena casa de praia, tão nervosa que mal conseguira respirar ao passar diante da sua porta. Não tinha ideia do que faria se se encontrasse cara a cara com o homem que andava a investigar há meses. Aquele assunto tinha-se tornado ridiculamente emotivo para ela. E se desmaiasse?

    Não que pensasse fazê-lo, mas havia algo naquele homem que fazia com que o coração lhe pulsasse com mais força, embora jamais o tivesse reconhecido diante dos seus colegas de trabalho, que tinham tentado dissuadi-la de fazer aquela viagem.

    Trabalhava como analista na agência noticiosa de Ambria em Cleveland, no Ohio. Os seus pais eram de Ambria e começava a tornar-se perita em tudo o que tivesse a ver com aquele país. A pequena ilha não era muito conhecida, sobretudo, desde que estava sob o regime xenófobo que a governava. A sua área de especialização eram os filhos da monarquia que fora deposta há vinte e cinco anos.

    Oficialmente, todos tinham sido assassinados na noite do golpe, juntamente com os seus pais, o rei e a rainha. Mas, ultimamente, havia certos rumores de que alguns poderiam ter sobrevivido. E, um ano antes, quando vira num jornal a fotografia de Joe Tanner, herói de guerra que regressava a casa, dera um salto.

    – Meu Deus! É igualzinho a... Não pode ser! Mas, certamente, parece-se com...

    Aquilo era uma loucura e todos os seus colegas de trabalho tinham concordado.

    De modo que tinha investigado a vida de Joe Tanner empregando todos os recursos disponíveis na agência. E, no decorrer das suas investigações, tornara-se uma verdadeira perita nos filhos da monarquia. Sabia tudo o que se conhecia sobre eles e inclusive coisas que se desconhecia. E estava cada vez mais obcecada.

    E ali estava, a verificar a sua teoria ao vivo e a cores. Morta de medo perante a perspetiva de falar com aquele homem.

    Não era próprio dela comportar-se como uma criança. Tinha crescido com dois irmãos e, normalmente, era-lhe fácil lidar com homens, mas, desde que vira a fotografia de Joe no jornal, tinha-o incluído numa categoria especial. Pelo que tinha lido dele, tratava-se de um homem extraordinário. Fizera coisas e sobrevivera a perigos que mais ninguém conseguira. Como reagiria quando descobrisse que estivera a espiá-lo?

    – Kelly, não podes fazê-lo – advertira-a Jim Hawker, o seu chefe e colega mais velho da agência, ao saber os seus planos. – Estás a permitir que a tua obsessão domine o teu bom senso. Viste essa fotografia e a tua imaginação hiperativa idealizou uma conspiração gigantesca à sua volta.

    – Mas e se tiver razão? – tinha insistido ela, com paixão. – Tenho de ir à Califórnia e tentar descobrir. Disponho de duas semanas de férias. Tenho de ir.

    – Kelly, vais incomodar um homem que fez coisas com as mãos que nem sequer imaginarias nos teus piores pesadelos – Jim fizera uma careta. – Se for realmente quem pensas que é, achas que se alegrará por o teres descoberto? Esquece-o. De qualquer forma, a tua teoria é uma loucura.

    – Não é. Admito que pode ser um pouco fraca, mas não é nenhuma loucura. Pensa em como seria importante para a comunidade de Ambria se tivesse razão.

    – Mesmo que tivesses razão, estarias a cutucar um tigre com um palito. Sem o apoio da agência, estarás sozinha – abanara a cabeça. – Não, Kelly, não o faças. Vai para as Bermudas. Faz um cruzeiro. Mas mantém-te longe da Califórnia.

    No entanto, ela não podia manter-se afastada da Califórnia. Tinha de verificar se tinha razão. Tinha prometido a Jim que teria muito cuidado e que não abordaria aquele homem enquanto não tivesse a certeza de como ia reagir.

    No entanto, uma vez ali, tudo era mais complicado do que tinha previsto. Tinha-o reconhecido

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