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Laços Rompidos
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E-book126 páginas1 hora

Laços Rompidos

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Sobre este e-book

"Não havia nada de incomum na noite em que tudo mudou. Não haviam luzes piscando no céu, nenhum fogo abrasador em minha barriga; não havia nenhum sinal que sugerisse a mudança que estava por vir... Nora Brice conseguia fazer com que eu sentisse coisas estranhas. Coisas estranhas e terríveis..."

Paul Colt tem um problema, e não é um do tipo que a maioria dos garotos adolescentes enfrenta. Sim, ele gosta de uma garota; uma por quem ele certamente faria coisas idiotas, se tivesse a oportunidade. Mas ele não pode correr atrás dela — ou de nenhuma outra garota, para dizer a verdade. É isso o que ele ganha por ser um Dissuasor, forçado a andar na linha pelo bem da vida coletiva. Ele sabe que existem algumas regras que ele pode ignorar, assim como existem algumas que não devem jamais ser quebradas. E a mais grave de todas elas?

Não se apaixone.

Jamais.

Esta é a história de como Paul quebra esta regra.

Este prelúdio da Série dos Mentalistas pode ser lido antes ou depois de Dissuasão, Livro um da Série dos Mentalistas.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento12 de mai. de 2016
ISBN9781507140789
Laços Rompidos
Autor

Kenechi Udogu

Kenechi lives in London and enjoys writing fantasy fiction and short stories (some of which she posts on her blog). She also hates the cold and hopes to one day figure out how to hibernate in winter.

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    Laços Rompidos - Kenechi Udogu

    Laços Rompidos

    Kenechi Udogu

    ––––––––

    Traduzido por Nathalia Carvalho 

    Laços Rompidos

    Escrito por Kenechi Udogu

    Copyright © 2016 Kenechi Udogu

    Todos os direitos reservados

    Distribuído por Babelcube, Inc.

    www.babelcube.com

    Traduzido por Nathalia Carvalho

    Babelcube Books e Babelcube são marcas comerciais da Babelcube Inc.

    Outros títulos por Kenechi Udogu

    The Other Slipper

    The Summer of Brian

    The Altercation of Vira

    The Yam Po Club

    Aversion: Book One of The Mentalist Series

    Sentient: Book Two of The Mentalist Series

    Tradução para o português brasileiro

    Nathalia Carvalho

    AGRADECIMENTOS

    Sou extremamente grata a Neso, Okey, Mamãe, Chizoba, Pi-lin, Donna, Dumebi, Triona, e minhas novas leitoras-beta — Lisa Catanese e Chelsea Hunter. A devoção inabalável de vocês a esta série jamais será esquecida. Eu também devo um enorme agradecimento a Ana Redding, Farzy Rassid e Jose Serranito, por lerem essa tradução para o português e por serem incrivelmente pacientes, além de generosos com seus horários.

    Este livro foi escrito para os fãs da Série dos Mentalistas. Obrigada por me lembrarem de compartilhar a história de Paul com vocês.

    E por último, mas não menos importante, Nathalia, você é demais!

    Contents

    UM

    DOIS

    TRÊS

    QUATRO

    CINCO

    SEIS

    SETE

    OITO

    NOVE

    DEZ

    ONZE

    UM

    Paul

    Alguma vez você já se sentiu preso à sua própria existência? Sabendo que nada que você faça ou diga poderá mudar esta péssima situação? E ainda assim, sabendo que a mudança que você tanto deseja levará apenas a dor e perda. É uma situação muito pior que a descrita; e uma vez que o sentimento bate, é difícil de se desfazer dele.

    Normalmente, não sou tão dramático assim.

    Risque isso.

    Eu nunca sou dramático. A verdade é que não posso me permitir ser assim em relação a vida, conhecendo o destino que sei que me aguarda. Mas, algumas vezes, há sentimentos mais delicados que nos apanham de surpresa, e aí um cara não consegue manter sua cabeça erguida como ele sabe que deveria manter.

    Como da primeira vez em que eu tive um vislumbre do meu futuro. Eu tinha seis anos de idade quando meu pai e eu tivemos aquela conversa completamente constrangedora sobre a origem da vida. Provavelmente, eu era um pouco jovem demais para uma conversa tão gráfica e detalhada, mas quando você não é uma pessoa normal, certas coisas precisam ser abordadas antes de outras. Assim eu não teria a opção de sonhar em ter uma vida que eu nunca poderia ter.

    Após meu desespero inicial, ao perceber que nunca poderia casar com minha vizinha sardentinha de sete anos de idade, Susan Riley, comecei a desenvolver minhas habilidades em uma velocidade espantosa. Dez anos após aquela conversa que me abriu os olhos, eu evitava imaginar o que poderia ter acontecido (ajudou muito o fato de que Susan me trocou por outro cara assim que comecei a ignorá-la), ou pensar no que eu ainda iria perder no resto da minha vida.

    Esta era a proeza mais difícil. Quem é que quer viver a vida sabendo que cada detalhezinho dela já foi previamente planejado? Por viver em uma cidade grande, eu observava garotas lindas o tempo todo (era impossível não observar); mas com meu pai me metralhando, ano após ano, com princípios de olhe-mas-não-toque, eu acabei me saindo muito bem.

    Mais ou menos.

    Como eu já havia dito, esta não era uma tarefa fácil.

    Lembro-me do momento em que comecei a pensar em minha vida como se ela fosse uma carga que eu estivesse levando em direção a um beco sem saída. Beco o qual eu atingiria dentro de cinco anos, quando então faria vinte e um anos de idade e teria de assumir minhas reais responsabilidades. Eu não tinha medo do que estava por vir. Ter um filho com uma estranha para assim manter a linhagem de sangue intacta não era uma prática incomum. A realeza vinha fazendo isso por séculos, e ninguém parecia lutar contra a ideia; portanto, não havia nada de estranho em nossa espécie tentar preservar seu legado.

    Não havia nada de incomum na noite em que tudo mudou. Não haviam luzes piscando no céu, nenhum fogo abrasador em minha barriga; não havia nenhum sinal que sugerisse a mudança que estava por vir. Estávamos no fim do mês de maio; o verão já estava acenando e o céu estava claro, apesar de já ser noite. Eu havia acabado de terminar um longo turno descarregando entregas no supermercado local. Ficar levantando caixas não era divertido, mas era melhor que a alternativa, que seria a realização de etiquetagem junto com o meu pai, no seu trabalho de faz-tudo pela metade do dinheiro. Não é que eu não gostasse de ficar com o meu pai – é só que eu não era tão bom com as ferramentas quanto ele era.

    No meu caminho para casa, eu sempre fazia uma parada para esvaziar a cabeça nos degraus traseiros do edifício do tribunal que a câmara municipal havia fechado alguns anos atrás. Três horas de caminhada corredor abaixo de prateleiras lotadas era quase tão ruim quanto um dia inteiro na escola. Eu havia tido um dia muito bom, já que ninguém havia precisado de nenhuma das minhas ajudinhas especiais. Eu não me importava muito com o que eu tinha que fazer com as minhas habilidades, eu simplesmente não tinha saco para realizar minhas obrigações quando eu já estava exausto e irritado do trabalho.

    Dando uma longa tragada em um dos cigarros que eu havia roubado do esconderijo do meu pai, assisti a brisa da noite reduzir os tufos de fumaça cinza que eu exalava para o nada. Em um segundo, fumaça; no próximo, não havia nada. Apesar de já há muito tempo eu ter aceitado o meu destino, ocasionalmente, eu me permitia ter o vão pensamento de que um dia eu também poderia desaparecer no nada. Apenas flutuar e deixar-me ser carregado pelo vento. Talvez eu não dissipasse como a fumaça; em vez disso, eu seria levado a um lugar onde nada disso importaria. Um lugar bem longe da minha realidade, um lugar onde ninguém precisasse ser salvo de suas próprias ações.

    Esta seria a única maneira de escapar do que eu era. Do que eu tinha que fazer.

    — Quantas vezes eu tenho que dizer isso, Brandon? Eu não estou interessada em passar a tarde toda com você. Ou qualquer parte do dia, se quiser saber.

    — Vamos lá, Nora. Você não pode estar falando sério. Eu já percebi como você me olha quando eu estou no campo.

    As vozes vinham de trás de alguns arbustos altos e eu me levantei, esmagando a ponta do cigarro com o meu calcanhar, pronto para fugir caso eles viessem em minha direção. Eu havia escolhido aquele lugar como meu refúgio porque as pessoas raramente passavam por ali; o caminho que passava por trás do prédio levava somente à Oswald Close. Você teria de ser um de seus poucos moradores para passar por essa rua.

    — Isso se chama assistir ao jogo, seu idiota. Eu olho para todos que estão jogando, não só você. Cai na real.

    — Nora...

    — Além disso, não importa o que você quer, porque eu estou saindo com outra pessoa.

    Silêncio.

    — Tá bom! — O cara zombou.

    Mas então eu entendi de quem era a conversa que eu estava involuntariamente escutando, e desejei que estivesse em qualquer outro lugar, menos ali. Ainda havia uma chance de que eu pudesse escapar antes que eles entrassem no meu campo de visão. Levantando-me o mais silenciosamente possível, desci os degraus nas pontas dos pés e tentei escapar.

    Mas eu devo ter calculado mal a proximidade deles, porque eu mal dei dois passos quando Nora apareceu. Ela parou de andar quando me viu, dando um passo para trás, já que, evidentemente, ela não esperava que ninguém estivesse à espreita por ali. Uma sombra passou pelo seu rosto, mas ela foi rapidamente substituída por um sorriso, provavelmente por ela ter me reconhecido de nossa aula de física. É melhor se deparar com um estudante estranho do que com um mascarado com uma faca, certo?

    — Oi, Paul — ela andou até a mim e colocou sua mão suavemente sobre o meu braço. Seu sorriso aumentou.

    Seu vestido de verão, na cor azul-claro, balançou com a brisa que, um minuto atrás, tinha toda a minha atenção.

    Por que ela estava agindo como se não houvesse nada de estranho no fato de eu estar sentado aqui sozinho? Espere, o que eu estava dizendo? Por que raios ela estava me tocando? Agindo como se fôssemos velhos amigos?

    — Me leve para casa — ela se esticou para sussurrar próximo à minha orelha. Neste processo, seu corpo se pressionou contra o meu, e sua respiração quente fez cócegas na minha bochecha. Um leve odor de morangos preencheu o ar ao meu redor.

    Eu me senti estremecer.

    — Oi?

    Eu estava falhando em minha tentativa de não parecer um completo idiota.

    — Não precisa ser o caminho todo, apenas o bastante para despistar o Brandon. Eu moro ali na esquina.

    Seus olhos me imploravam quase tão avidamente quanto sua voz. Como eu poderia dizer não?

    — Tudo bem. — Eu me ouvi responder a ela. Era só até a esquina, certo? Nenhum dano seria causado,

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