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Sherlock Holmes - Obras Extracanônicas
Sherlock Holmes - Obras Extracanônicas
Sherlock Holmes - Obras Extracanônicas
E-book65 páginas1 hora

Sherlock Holmes - Obras Extracanônicas

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Sobre este e-book

Esta edição contém cinco obras extracanônicas com Sherlock Holmes. Sherlock Holmes é um detetive fictício criado pelo autor e físico escocês Sir Arthur Conan Doyle, diplomado pela University of Edinburgh Medical School. Um detetive que vive em Londres cujas habilidades beiram o sobrenatural, Holmes é conhecido pelo seu astuto raciocínio lógico, sua habilidade para adotar praticamente qualquer disfarce e o uso das ciências forenses para solucionar casos difíceis.

Conteúdo do livro:
- O Bazar
- O Trem Desaparecido
- O Caso dos Relógios
- As Aventuras do Homem Alto
- Watson Aprende o Truque

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento12 de jun. de 2016
ISBN9781507143827
Sherlock Holmes - Obras Extracanônicas
Autor

Sir Arthur Conan Doyle

Arthur Conan Doyle (1859-1930) was a Scottish author best known for his classic detective fiction, although he wrote in many other genres including dramatic work, plays, and poetry. He began writing stories while studying medicine and published his first story in 1887. His Sherlock Holmes character is one of the most popular inventions of English literature, and has inspired films, stage adaptions, and literary adaptations for over 100 years.

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    Sherlock Holmes - Obras Extracanônicas - Sir Arthur Conan Doyle

    O Bazar

    Eu certamente o faria, disse Sherlock Holmes.

    Comecei a interromper, já que a minha companhia tinha estado a comer seu café da manhã com a atenção completamente centrada no papel apoiado pelo bule de café. Olhei-o e encontrei seu olhar fixado sobre mim com a expressão meio-divertida, meio-interrogativa que ele geralmente assume quando sente que fez um apontamento intelectual.

    Faria o quê?, perguntei.

    Ele sorriu enquanto pegava seu chinelo da lareira e retirava dali tabaco suficiente para encher o velho cachimbo de barro com o qual, invariavelmente, terminava seu café da manhã.

    Uma pergunta mais que característica sua, Watson, ele disse. Tenho certeza que não ficará ofendido se eu disser que qualquer reputação de perspicácia que eu possa desfrutar tenha sido inteiramente ganha pela admirável figura que você fez de mim. Já não soube de debutantes que insistiam na distinção de seus acompanhantes? Há uma certa analogia.

    Nossa longa amizade nos cômodos da Baker Street tinha nos deixado nesses termos fáceis de intimidade em que se pode dizer muito sem ofensas. E ainda assim reconheci que estava irritado com seu comentário.

    Posso ser muito obtuso, eu disse, mas confesso que não consigo ver como conseguiu saber que eu fui... fui...

    Solicitado para ajudar no Bazar da Universidade de Edimburgo...

    Precisamente. A carta tinha acabado de chegar às minhas mãos e eu não havia lhe falado desde então.

    Apesar disso disse Holmes, reclinando-se na sua poltrona e unindo a ponta dos dedos, até me aventuraria em sugerir que o objetivo do bazar é aumentar o campo de críquete da Universidade.

    Eu o olhei com tamanha desorientação que ele vibrou com uma risada silenciosa.

    O fato é, meu caro Watson, que você é um excelente sujeito ele disse. Você nunca está satisfeito. Responde instantaneamente a qualquer estímulo externo. Seu processamento mental pode ser lento, mas nunca são obscuros e eu percebi, durante o café da manhã, que você era uma leitura mais fácil que o título do Times à minha frente.

    Eu deveria ficar contente em saber como chegou às suas conclusões, falei.

    Temo que minha boa natureza em dar explicações tenha comprometido seriamente a minha reputação disse Holmes. Mas, nesse caso, a via de raciocínio baseia-se em fatos tão óbvios que não posso reivindicar nenhum crédito por isso. Você entrou na sala com uma expressão pensativa, a expressão de um homem que está discutindo algo em sua mente. Na sua mão, segurava uma carta solitária. Agora, à noite passada você se reitrou no melhor dos ânimos, então era claro que foi esta carta na sua mão que lhe causou a mudança.

    Isso é óbvio.

    É óbvio quando é explicado. Naturalmente, eu me perguntei o que a carta poderia conter que teria esse efeito sobre si. Enquanto andava, você segurou o lado da aba do envelope voltado para mim e eu vi, sobre ela, o mesmo instrumento em forma de escudo que tinha observado no seu antigo boné do uniforme de críquete da Universidade. Quando chegou à mesa, você deitou a carta ao lado do seu prato com o endereço para cima e atravessou a sala para olhar na fotografia emoldurada acima do lado esquerdo da lareira.

    Impressionou-me ver a precisão com que ele tinha observado meus movimentos. E então?, perguntei.

    Comecei dando uma olhada no endereço e eu poderia dizer, mesmo a dois metros de distância, que era uma comunicação não-oficial. Isso eu presumi pelo uso da palavra Doutor acima do endereço, à qual, como bacharel em Medicina, você não tem direito legal. Sei que oficiais acadêmicos são pedantes no uso correto dos títulos e, assim, era capaz de dizer com certeza que sua carta não era oficial. Quando retornou à mesa, você virou a carta e me permitiu perceber que o invólucro era impresso, a ideia de um bazar me ocorreu primeiro. Eu já tinha ponderado a possibilidade de ser um comunicado político, mas pareceu improvável nas presentes condições estagnadas da política.

    "Quando você voltou para a mesa, seu rosto mantinha a mesma expressão e era evidente que seu exame da fotografia não tinha mudado o curso dos seus pensamentos. Nesse caso, ela própria deveria referir sobre o assunto em questão. Tornei minha atenção para a fotografia, portanto, e vi, imediatamente, que era você como membro do Edinburgh University Eleven, com o pavilhão e o campo de críquete ao fundo. Minha pequena experiência de clubes de críquetes me ensinou que, seguindo às igrejas e insígnias de cavalaria, eles são os mais endividados da face da terra. Quando voltou, eu o vi tirar sua caneta e desenhar linhas sobre o envelope, eu estava convencido

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