Desmascarando as Teorias da Negação do Holocausto
De James Morcan e Lance Morcan
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Sobre este e-book
Desmascarando as Teorias da Negação do Holocausto, por James Morcan e Lance Morcan com prefácio da sobrevivente do Holocausto, Hetty E. Verolme, visa acabar com o negacionismo de uma vez por todas ao abordar tal fenômeno absurdo.
Escrito em estreita consulta com sobreviventes do Holocausto e historiadores da Segunda Guerra Mundial, aqui nenhuma pedra é poupada ao ser meticulosamente verificado os fatos históricos do genocídio. James e Lance Morcan apresentam uma vasta gama de fontes incluindo documentação nazista, relatos de testemunhas oculares, relatórios científicos e provas fotográficas chocantes para calar o debate que os negacionistas desejam criar.
Um por um, dos vários argumentos que os negacionistas do Holocausto usam para tentar desacreditar os registros de guerra são cuidadosamente desmantelados e em seguida sistematicamente desmascarados. Entre as teorias a serem desmascaradas incluem: que o número de seis milhões de mortos é um exagero; extermínios câmaras de gás são fictícios; Adolf Hitler e o Terceiro Reich são indevidamente difamados; a análise de registros do Holocausto sendo um tabu devido a leis específicas na Europa que criminalizam os negacionistas; os "Sionistas do Mal" e Israel sendo tão poderosa, que eles podem censurar a história.
O Holocausto é mostrado nas páginas deste livro como um dos mais bem documentados e historicamente mais comprovado crime do século XX. No processo, muitos dos mais famosos negacionistas do mundo, incluindo o desonrado historiador britânico David Irving e o ex-Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, são revelados de serem nada mais do que antissemitas procurando denegrir, minar e desmoralizar a população judaica do mundo.
Nesta esclarecedora leitura que cobre mais de dois milénios de história mundial, o antissemitismo é mostrado não apenas de ser a raiz de cada forma de negação do Holocausto, mas também a razão para a perseguição implacável dos judeus desde os tempos bíblicos. Os autores citam textualmente as muitas vezes repugnantes e sempre infundadas observações dos reis, imperadores, políticos, papas, bispos e muftis sobre os judeus e o porquê eles escolheram cometer contra eles numerosos genocídios ao longo dos séculos. Estas cotações históricas provam ser assustadoramente semelhantes às declarações antissemitas proferidas pelos que negam o Holocausto nos dias de hoje…
Se você deseja saber mais sobre a Segunda Guerra Mundial e campos de extermínio nazistas, se estiver confuso com todas as complicadas teorias da conspiração que circulam na Internet sobre o Holocausto, ou se você atualmente é um negacionista, Desmascarando as Teorias da Negação do Holocausto é uma leitura obrigatória.
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Desmascarando as Teorias da Negação do Holocausto - James Morcan
James e Lance
MORCAN
Dedicado a todos os supremacistas brancos, neonazistas, fanáticos religiosos e outros tipos de antissemitas que nos enviaram mensagens de ódio ou tentaram em vão nos converter à suas crenças deturpadas sobre o Holocausto. Este livro nunca teria sido escrito não fosse pela aproximação de todos vocês...
Você tem direito a suas próprias opiniões, mas não a seus próprios fatos.
- Daniel Patrick Moynihan
Agradecimentos
Desejamos agradecer aos seguintes amigos que nos iluminaram durante a pesquisa, por e pela escrita deste título:
Peter Kubicek – por compartilhar vívidas memórias sobre como era a vida dentro dos campos de concentração. Por responder a um milhão de perguntas de um par de goys
(ou deveria ser 'goyim´?). Fazendo com humildade saída do ventre da sua experiência de vida e sabedoria. Por ser um bom 'mensch' e por ensinar um pouco de iídiche e hebraico ao longo do processo!
Marc Radomsky – por documentar o Holocausto incansavelmente, e como um cineasta ‘cidadão do mundo´ incentivar outros a buscar pela reivindicação da memória
. Por conceder tempo como colaborador artístico para explicar as razões atuais e históricas do antissemitismo.
––––––––
Pam Blevins – por buscar e ser solidário no que diz respeito a um ensaio que escrevemos sobre este assunto e que eventualmente evoluiu neste livro. Por tomar uma posição contra os que procuram minar a história.
Nik Krasno – por proporcionar a visão Israelense e perspectivas do Leste Europeu.
Lisa Norris – por ler os primeiros esboços deste livro e fornecer feedback inteligente que nos obrigou a repensar algumas coisas.
Gil Ben-Moshe – por compartilhar histórias de antissemitismo, tanto pessoais como incidentes no mundo todo.
Professor Richard B. Spence – por explicar ao longo da história as várias formas que a paranoia foi transformada em genocídios e outros crimes contra a humanidade.
Zvi Spielmann – por inadvertidamente plantar sementes de ativismo contra aqueles que negam o Holocausto, e quando os nossos caminhos se cruzaram numa noite em Los Angeles há muito tempo atrás.
Prefácio
Este livro foi escrito para aqueles que acreditam que o Holocausto é uma fábula. Este trabalho foi excelentemente pesquisado pelos autores James e Lance Morcan, que têm provado além de qualquer dúvida que o Holocausto existiu.
Aqueles que negam o Holocausto não só são mal informados, mas a sua resistência à aceitação de um fato bem estabelecido vem de um profundo ódio do povo judeu. Em outras palavras, eles são antissemitas.
Sem sombra de dúvida, os nazistas cometeram este crime hediondo e o povo alemão – este o principal por serem cientes das atrocidades, mas preferiram guardar silêncio - portanto são culpados por associação.
SEIS MILHÕES de judeus foram assassinados de uma forma que pode ser dificilmente imaginada exceto pelas mentes perversas dos nazistas que planejaram concretizar A Solução Final
– quase alcançada por eles. No total, eles assassinaram sem misericórdia mais de 11.000.000 de pessoas inocentes e nesta cifra não estão incluídas as mortes resultantes de batalhas de guerra.
Como uma sobrevivente do Holocausto eu posso falar sobre a minha experiência de quinze longos meses sob condições terríveis no campo de concentração Bergen-Belsen. Recordo vivamente as horas da chamada, parada na fila, debaixo de neve, chuvas pesadas, ondas de calor e tempestades. Não podíamos sentar no chão e se o fizéssemos, como consequência perderíamos nossas rações de comida por dois dias.
Eles nos contavam, mas a SS sempre achava que dois ou três estavam faltando, mesmo isso nunca sendo o caso porque não havia jeito de ninguém escapar do campo com as torres de vigilância por toda a parte e com a patrulha constante dos homens da SS com os seus cães. Durante a chamada, muitas vezes eles nos obrigavam a ficar de pé durante três ou quatro horas, e por vezes até nove horas. Jovens e velhos eram alvos desta crueldade mental e física.
A comida era 4 cm de pão preto velho de semanas. A SS colocava vinagre no pão para que não crescesse bolor nele. Também recebíamos três quartos de um litro de sopa escura e aguada com um pedaço de cenoura ou rabanete flutuando nela. Essas eram as nossas rações, dia após dia a cada 24 horas.
Os espancamentos, os terrores, os sofrimentos indizíveis, a privação de água e a falta de proteção contra as duras condições meteorológicas, e estar vestido de algodão cinza e branco (as cores de um trabalhador escravo), era tudo parte de uma combinação para tirar nossas identidades. Éramos apenas conhecidos por um número. O meu número era 10564.
Eu tinha 13 anos e eram 4 horas da manhã quando fomos tirados de nossa casa em Amsterdam. Juntamente com os meus pais e dois irmãos pequenos fomos deportados para o campo de trânsito Westerborg onde ficamos por quatro meses. Durante este tempo vimos muitos, e muitos partirem para Auschwitz. Os pais de meu pai foram levados em um desses trens diretamente para a câmara de gás.
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Acima: Hetty E. Verolme-Werkendam durante a II Guerra Mundial
Foto (cortesia) de Hetty E. Verolme.
––––––––
Os nazistas eram indescritivelmente cruéis. Eles disseram para o povo holandês que os detidos seriam simplesmente colocados para trabalhar na Alemanha para apoiar a indústria bélica. Os nazistas também disseram aos holandeses que seria dada uma casa para os detidos e que o pai de cada família iria trabalhar em uma fábrica e a mãe ficaria em casa para cuidar dos filhos. E assim foi a forma como os nazistas conseguiram orquestrar com calma e ordem o transporte de 105,000 pessoas dos Países Baixos.
Em 1 de fevereiro de 1944 estávamos no trem indo para Bergen Belsen onde por dez meses estivemos juntos com os meus pais. Depois de ser finalmente separada de meus pais, a minha tarefa era de cuidar de meus irmãos e também de outras 40 crianças mais jovens. Com a ajuda de duas enfermeiras polacas conseguimos permanecer vivos como um grupo e fomos libertados pelo exército inglês no dia 15 de abril de 1945.
No dia 1 de janeiro de 1945 havia 60.000 pessoas em Belsen, em uma área não muito maior do que três campos de futebol juntos. Até o dia 15 de abril de 1945, cerca de 40.000 morreram de desnutrição e febre tifo e nos meses seguintes da libertação outras 17.000 morreram.
Das 105.000 pessoas deportadas da Holanda, apenas 5.000 voltaram vivas dos campos.
É muito importante que o Holocausto seja lembrado. Esperamos que este livro contribua para isso.
Hetty E. Verolme-Werkendam
Autora dos livros: A casa das crianças de Belsen e Hetty: Uma história verdadeira.
The Children's House of Belsen and Hetty: A True Story.
3 de junho de 2016.
Acima: Hetty E.Verolme-Werkendam hoje.
Foto (cortesia) de Hetty E. Verolme.
Introdução
Este livro é o resultado da evolução preocupante dentro de alguns setores da sociedade em negar, diminuir ou minar a historicidade do Holocausto – este evento catastrófico que viu o extermínio de cerca de seis milhões de judeus (como um grupo étnico religioso de pessoas) pelos nazistas antes e durante a Segunda Guerra Mundial.
Além de óbvios grupos tais como os supremacistas brancos, neonazistas e elementos das comunidades fundamentalistas islâmicas e cristãs, existe talvez um grupo no século XXI mais responsável por perpetuar o mito de que o Holocausto nunca aconteceu ou tem sido amplamente exagerado: os teóricos da conspiração.
Podemos falar com alguma autoridade sobre isto, como além de sermos cineastas e novelistas, temos escrito uma série de controversos livros não-ficção, o que nos levou a ser vagamente rotulados de teóricos da conspiração. Isto apesar do fato de que os títulos de não-ficção focam principalmente sobre tópicos factuais os quais chamamos de "the underground knowledge" - eventos, estratégias, campanhas de vendas e programas que têm sido ignorados ou subestimados pela mídia tradicional.
Como fundador do site WikiLeaks´, Julian Assange, sucintamente colocou: Há conspirações por todo o lado. Existem também teorias da conspiração que são absurdas. É importante não confundir estas duas.
Geralmente nós investigamos e escrevemos sobre tópicos apoiados por fortes evidências fundamentadas em processos judiciais, affidavits, arquivos desclassificados do governo e em vez de pura especulação. Questões importantes como: fraude bancária e crimes de alta finança, que arrasam comunidades mundiais; manipulação da mídia, que governos e corporações estão envolvidos descaradamente e que por vezes conduz a guerras desnecessárias; corrupção médica, a indústria farmacêutica, a pobreza do Terceiro Mundo, a guerra contra as drogas, o complexo industrial militar ... e a lista continua.
Muitas vezes, as questões acima mencionadas - e um poucos mais além - são de fato conspiração ou conspiração da realidade, ao invés de teoria. Acreditamos que é fundamental que as pessoas saibam sobre estas questões e compreendam neste contexto a diferença entre o fato e a teoria.
Então, nós ouvimos você perguntar o que é que isto tem a ver com a negação, diminuição ou qualquer outra forma de minar a historicidade do Holocausto?
Bem, como os autores que se concentram em desenterrar e promover o underground knowledge (conhecimento clandestino), por vezes somos abordados por certos tipos de indivíduos que de forma coletiva são um elemento perigoso na sociedade. Normalmente, esses indivíduos podem ser teóricos da conspiração; muitas vezes eles são investigadores amadores e às vezes eles são apenas leitores casuais. A única coisa que eles têm em comum é que eles estão predispostos a ruminar suas ideias através de uma fonte online e debater eventos comprovados historicamente - eventos como o Holocausto - como se ele estivesse em debate.
Evidentemente, a internet é o meio perfeito para fanáticos capturarem mentes ingênuas e impressionáveis. Frequentemente, aqueles que compram as mentiras e desinformação desses extremistas são jovens, mas nem sempre.
Temos escrito extensivamente sobre o Holocausto e o seu legado obscuro. Isto sem dúvida explica o porquê, nos últimos anos, temos recebido frequentemente e-mails de pessoas - alguns dos quais são sempre dos mesmos autores que perguntam se o Holocausto ocorreu de acordo com os livros de história e frequentemente recebemos cartas dos antissemitas carregadas de ódio
Se você está se perguntando se a negação do Holocausto é realmente um grande problema que sai fora das franjas de uma sociedade lunática, gostaríamos de exortar você a pensar dentro de um contexto mais vasto. Provavelmente seja verdade que os números oficiais de neonazistas e negacionistas ferozes não seja uma ameaça direta ao pensamento racional ou à historicidade do Holocausto, porem muitas pessoas - como uma grande fatia da população mundial como os estudos revelam - suportam esse tipo de pensamento silenciosamente, e assim compram essa sinistra marca clandestina do antissemitismo. Essas pessoas geralmente guardam suas crenças só para si próprio a menos que estejam perto de mentes que eles acreditam que não são politicamente corretas
para falar da verdadeira natureza
dos judeus e da sua assim chamada indústria do Holocausto.
É a nossa avaliação que dá suporte à essas versões alternativas do Holocausto que é muito mais forte e até mesmo mais assustadora do que as estatísticas mostram. Para cada neonazista ou antissemita loquaz, na nossa estimativa, existem pelo menos 100 adeptos silenciosos que foram acidentalmente tragados por crenças distorcidas, como aqui já foi mencionado.
Muitas vezes estes adeptos silenciosos são jovens confusos que possuem uma má compreensão da história e que tenham sido especificamente atingidos por esses negacionistas que conhecem quem é mais ingênuo e mais fácil para fazer uma lavagem cerebral, e como regra geral, os jovens da sociedade.
Esta estratégia de ir atrás dos jovens foi revelada pelo infame negacionista, Bradley R. Smith, fundador da Comissão Para Debate Aberto Sobre o Holocausto (CODOH), em uma palestra que deu em agosto de 1987, conforme o relato da Liga Antidifamação (ADL). Em sua fala, Smith simplesmente afirmou: Eu não quero gastar mais tempo com adultos, quero ir para os alunos. Eles são superficiais. Eles são vasos vazios para ser enchidos.
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Acima:O negacionista Bradley R. Smith.
Foto via Wikimedia Commons
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Smith, refere à sua tática como CODOH - Projeto de Campus Universitário, também disse em um discurso que proferiu em Sacramento na conferência no Instituto para Revisão Histórica em 2004, Eu queria ter três ou quatro ideias estabelecidas para que os alunos pudessem se interessar e que pudesse move-los a pensar ou ter dúvidas sobre as coisas. Eu queria que isso fosse o mais simples possível para configurar de tal forma que não pudesse ser realmente debatido.
Surpreendentemente, ou de forma alarmante, o CODOH nem sempre tem sido impedido de promover