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Deus é uma Mulher
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E-book128 páginas1 hora

Deus é uma Mulher

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Sobre este e-book

Uma história corajosa sobre amor e redenção


Price Jones é um jovem, bonito e já em decadência em um mar de álcool. Ele escolhe o sexo como sua libertação, indiscriminada e abundante, e por isso ele pagou o preço de várias maneiras. O jovem escritor carrega o peso do mundo em seus ombros e não quer nada além de ser amado e o calor do toque de uma mulher.

Depois de perder sua mãe para uma overdose de heroína Price encontra-se em uma situação precária de amar duas mulheres bonitas ao mesmo tempo. Uma situação que ele deve resolver antes que a vida fique mais confusa do que já é.

O Price pode finalmente aprender a respeitar a si mesmo? Será que ele finalmente abrirá suas asas e voará? Iris é a musa que ele precisa para alimentar sua necessidade criativa e profunda de ser um bom homem? Ela será o vento sob suas asas? Ou será Benu a mulher que despertará a luz em sua alma? Ou o trauma de sua infância afastará Price de aceitar o amar de todos?

DEUS É UMA MULHER é um conto sincero da jornada de um homem rumo à autodestruição que só poderia ser interrompida por uma mulher especial. A história prova como uma mulher pode ser a força motriz para o crescimento pessoal de um homem. E como a natureza divina de uma mulher pode fornecer a substância ao coração e crença de um homem.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento5 de set. de 2017
ISBN9781507187715
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    Deus é uma Mulher - Michael Patterson

    AGRADECIMENTOS

    Deus, mãe, pai e minhas duas irmãs.

    Ela Era de Ouro

    Lá estava eu sozinho no balcão do bar, bebendo o terceiro copo de gim até sentir, através do canudo, o gosto do último cubo de gelo meio derretido, com pensamentos suicidas entrando violentamente pelo meu cérebro. Aos vinte e três anos de idade, eu estava sozinho e arruinado. Eu tive um sonho que muitas vezes parecia impossível realizar, e eu de alguma maneira consegui me afastar dos meus velhos amigos e familiares. Eu estava quebrado e não tinha intenção de ser consertado.

    Era sexta-feira à noite e todos estavam em seus melhores trajes, intoxicados de felicidade com os amigos ou outras pessoas queridas. Algumas pessoas estavam comemorando: amor, sucesso ou simplesmente apreciando a vida, enquanto eu estava chafurdando em auto compaixão, porque eu tinha publicado meu terceiro romance e mal tinha vendido cento e cinquenta cópias. Quinze a mais do que meu segundo título e sessenta a mais do que meu primeiro.

    Falando com otimismo, eu estava em ascensão.  No entanto, sendo realista, eu era a porra de um fracasso. Depois de todas as noites mal dormidas, me promovendo implacavelmente, blogando e me estressando, eu tinha vendido apenas duzentos e vinte e cinco livros.

    Antes da publicação do livro, meus amigos do Facebook, seguidores no Twitter e conhecidos da vida real eram muito comprometidos e encorajadores. Eu calculei que venderia pelo menos mil cópias. Infelizmente, uma vez que o livro estava nas lojas e sites, as pessoas pararam de se importar. Os retweets, os likes e até mesmo as mensagens de texto desapareceram. Era como se eu tivesse morrido ou pior, como se eu nunca tivesse existido.

    Em São Petersburgo, Flórida, as pessoas fingem se importar e mostram um apoio de meia-boca, mas se tornam fãs incondicionais uma vez que você os faz. Além disso, eu tenho muito azar com as mulheres, daí o porquê de eu estar sozinho e meio bêbado em uma noite de sexta-feira.

    Eu levantei a cabeça encarando meu copo vazio e fiz sinal para a atendente do bar. LaLa, mais uma, por favor. Eu disparei.

    Ok, mas vou fechar sua conta depois dessa, meu bem. Ela respondeu.

    Por quê? Não tô dirigindo, eu disse a ela.

    Não quero que você fique bêbado a ponto de não conseguir ao menos chamar um Uber. Ela disse.

    Uber? Pensei que eu ia embora com você. Estendi a mão para ela.

    Hoje não, baby. Ela deu de ombros e sorriu levemente para amenizar o corte que tinha me dado.

    Eu notei que seu dente da frente estava borrado com o batom cereja que usava. Eu deveria ter dito alguma coisa, mas não disse. Ela colocou a bebida na minha frente. Eu tomei um bom gole, depois outro, depois outro, e outro. Eu comecei a estremecer enquanto o álcool vagarosamente queimava minhas entranhas. Esse era o tipo de dor que me dava prazer. Eu quase me engasguei com um pedaço de gelo que deslizava pela minha garganta. LaLa ficou lá olhando para ver se eu estava bem o suficiente para cuidar de mim mesmo.

    Tudo bem, querido, é hora de encerrar. Disse ela.

    Ainda me restam algumas rodadas. Eu disse.

    Ninguém conhece seus limites tão bem quanto eu, e eu digo que por hoje chega. Ela deslizou a conta na minha direção.

    Como quiser. Arrastei-me, entregando-lhe uma nota de cinquenta. Mesmo que minha verba estivesse baixa, meu orgulho não me permitiria receber o troco. Fica com a gorjeta

    Obrigada. Te vejo mais tarde, baby. Ela virou para atender o próximo cliente.

    Eu não queria mais perder tempo então tomei minha bebida depressa e me engasguei com a saliva. Bati o copo vazio com força no balcão e comecei a observar a área. Minhas pernas ainda estavam funcionando, mas o chão fazia eu me sentir como se estivesse de pé num desses pula-pulas infláveis de festa infantil. Eu esbarrei e empurrei algumas pessoas que estavam no bar enquanto caminhava até a saída.

    Cuidado por onde anda, seu otário. Um senhor magricela gritou.

    Legal mesmo, ô Fonzie[1]de cabelo seco. Eu o insultei e continuei em direção à saída.

    Uma mão delicada gentilmente pousou no meu peito enquanto eu tentava chegar à porta. A jovem mulher surgiu de um grupo que estava por perto.

    Ei, você é o Price, Price Jones. Ela disse. Eu disparei um largo sorriso quando seus olhos ciganos encontraram os meus. Você é muito mais alto do que eu esperava, acrescentou.

    Bem, sabe como é, eu cresci. Dei de ombros.

    Ela tinha cerca de 1,60m de altura, com uma pele morena intensa, e cabelos ondulados curtos. Seu pequeno quadro foi complementado com curvas lascivas. Ela parecia não ter sinais de estresse, decepção ou dificuldade.

    E v-v-você é? Gaguejei.

    Be-

    Belíssima? Interrompi. Acertei? Foi uma cantada barata que eu logo me arrependi de ter usado.

    Não, bobo. Revirou os olhos. É Benu. Empurrou-me. Ela tinha um olhar muito penetrante; do tipo que poderia ver através da sua alma. Era como se ela não fizesse ideia do quanto ela era linda. Durante cinco minutos meu coração bateu acelerado. Não sabia dizer se era a bebida ou ela quem tinha causado o pico de adrenalina, mas o álcool nunca fez eu me sentir tão bem assim antes.

    Oh, o pássaro egípcio, Eu disse.

    Gostei. Pisquei.

    Os lábios dela se curvaram no sorriso mais fofo.

    Mas você pode me chamar de Bee, ela respondeu.

    Ela pulou e exclamou, Eu amo essa música!.

    Eu também. Mas é meio estranho eles estarem tocando isso bem agora, Respondi.

    Ela se inclinou pra perto de mim. E por quê? Perguntou.

    Não me entenda mal. ‘Every Breath You Take’ é bonita, mas é a última música que eu quero ouvir quando estou enchendo a cara, Eu disse.

    Ela riu e colocou sua mão na minha.

    Você é engraçado. Vem conhecer meus amigos.

    Eu a segui enquanto nos aproximávamos dos amigos dela que estavam a alguns metros de distância. Alguns momentos antes eu senti como se estivesse andando de cabeça pra baixo, mas ela fez eu me sentir sóbrio. Nada me deixava sóbrio mais rápido do que um rosto bonito. Eu nunca quis ser o cara que vomita em si próprio na frente de uma mulher. Então eu sempre fui o bêbado perfeito.

    Ei, pessoal, conheçam o Price, ela disse. Eu acenei. Ele é o escritor de quem eu tenho falado pra vocês.

    Prazer em te conhecer, estranho. O amigo dela apontou para mim. Eu sou Cam, ele disse. Eu me aproximei para apertar sua mão enquanto ele estendia o braço para um toque de punhos. Depois de três tentativas sem sucesso nossas mãos finalmente se conectaram em um aperto de mão apropriado. Eu rapidamente retirei minha mão de sua húmida palma quente.

    Prazer em te conhecer também. Eu limpei a mão no cós da minha calça.

    Cam era alguns centímetros mais alto que eu. Ele vestia uma camisa fishnet e uma calça jeans bem justa que teria deixado o Patrick Swayze orgulhoso. Seu cabelo era estilizado em uma estética bagunçada e oleosa. Começamos a conversar sobre esportes e filmes. Nós dois gostávamos do Lakers e dos Cowboys assim como qualquer coisa do Will Farrel. Outra amiga deles nos interrompeu para se apresentar. Era delicada e pálida.

    Oi, sou a Melanie. Pode me chamar de Mel. Ela sorriu, expondo seus dentes estranhamente espaçados. Inclinei-me para um abraço e ela me abraçou de volta. Meu nariz se contorceu quando eu senti o cheiro podre de seu corpo. Ela cheirava como se tivesse tomado banho com a água do cano de esgoto. Ela era uma mulher animada e parecia ser o tipo de pessoa que fica chapada só por estar viva.

    "Então você gosta de Queen, né?" Eu acenei com a cabeça na direção da camisa dela e ela olhou para baixo.

    Quem?

    "Queen, a banda, na sua camisa."

    Ah, eu não conheço nenhuma música deles, pra falar a verdade. Ela riu. Mas é uma camisa fantástica.

    Eu balancei a cabeça. Nada parece mais pretencioso do que usar a camisa de uma banda que você não sabe nada a respeito. Eu virei para Benu, e senti um pouquinho de ciúme quando a vi interagindo com outro cara a uns metros de distância. Pela cara dele, a conversa estava indo bem. O corpo magro dela estava nada menos do que perfeito em um vestido vermelho apertado. Comecei a imaginar as coisas que gostaria de fazer com ela.

    Melanie estava falando comigo, mas não ouvi

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