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Calor Afegão: operações SAS no Afeganistão
Calor Afegão: operações SAS no Afeganistão
Calor Afegão: operações SAS no Afeganistão
E-book153 páginas3 horas

Calor Afegão: operações SAS no Afeganistão

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Sobre este e-book

Calor Afegão é a história ficcional, porém baseada em relatos reais, de um operador do SAS desde seu processo de seleção até suas atividades nos campos de batalha do Afeganistão. O livro acompanha operações individuais nas quais as Forças Especiais, aeronaves e as mais recentes tecnologias de reconhecimento trabalham juntas para capturar figuras importantes ou simplesmente tomar de assalto uma posição inimiga.

O relato do livro é direto e gráfico, tal como os contados do SAS contra forças muito superiores em uma nação hostil, guerreiros endurecidos por décadas de experiência lutando contra forças de ocupação estrangeiras. Mesmo esses soldados de elite com armamento moderno e imenso suporte à disposição são colocados no limite de suas habilidades e de sua coragem. 

Para cada cópia de "Calor Afegão" vendida uma doação será feita para a instituição "Help for Heroes".

Publicado e editado pela Digital Dreams Publishing

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento8 de mar. de 2018
ISBN9781547519279
Calor Afegão: operações SAS no Afeganistão

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    Pré-visualização do livro

    Calor Afegão - Steve Stone

    Sumário

    PREFÁCIO

    PRÓLOGO

    CAPÍTULO UM – O INÍCIO

    CAPÍTULO DOIS – SELEÇÃO

    CAPÍTULO TRÊS – BATER E CORRER

    CAPÍTULO QUATRO – LUTANDO NA CIDADE GRANDE

    CAPÍTULO CINCO – VEXAME

    CAPÍTULO SEIS – INDUSTRIALIZADO

    CAPÍTULO SETE – DESASTRE AÉREO

    CAPÍTULO OITO – TIROTEIO DO INFERNO

    CAPÍTULO NOVE – HOMEM-BOMBA

    CAPÍTULO DEZ – CAMPO TALIBAN

    CAPÍTULO ONZE – ENSINAR PARA APRENDER

    CAPÍTULO DOZE – NAS CAVERNAS

    CAPÍTULO TREZE – O DIA DO CHACAL

    CAPÍTULO CATORZE – EMBOSCADA

    CAPÍTULO QUINZE – TALIBAN

    CAPÍTULO DEZESSEIS – RESGATE DE REFÉNS

    CAPÍTULO DEZESSETE – IMITADORES

    CAPÍTULO DEZOITO – MUNDO CIVIL

    CAPÍTULO DEZENOVE – OPERAÇÃO TRENT

    GLOSSÁRIO

    BILIOGRAFIA

    Prefácio

    Frequentemente o SAS tem demonstrado uma variedade de habilidades e de níveis de bravura pessoal que não somente deixaram o mundo com inveja, mas também atingiram resultados espetaculares. Desde sua criação o SAS operou pelo mundo pelas selvas de Belize, na Irlanda do Norte, no Oriente Médio, no Irã e no Iraque, assim como em diversas localidades exóticas. Calor Afegão acompanha o SAS proporcionando uma visão íntima de como é combater um inimigo endurecido pela guerra em um ambiente hostil – o Taliban não é um inimigo fácil de pressionar, combate sempre de forma resoluta e destemida para recuperar seu poder e se livrar das forças da coalizão.

    O SAS fez parte de um desdobramento da coalizão, contra o que o antigo comandante da OTAN, o general americano David Petraeus, descreveu como uma insurgência de força industrial. As habilidades do SAS estiveram em constante demanda desde 2001, quando dois esquadrões desdobraram para o Afeganistão na Operação Liberdade Duradoura para derrotar o Taliban, como parte da guerra ao terror. Durante os primeiros anos de seu envolvimento nessa guerra, eles estiveram frequentemente com seus recursos insuficientes.

    Esse livro é baseado em operações reais, com as ações rápidas sendo demonstradas de forma dura e gráfica, às vezes, como a própria luta do SAS realizada contra todas as probabilidades e em território hostil, combatendo um inimigo endurecido pela guerra e com anos de experiência contra forças de ocupação. Mesmo esses soldados de elite com armamentos avançados e imenso suporte à disposição são colocados em seu teste mais extremo de habilidade e bravura, lutando no Istão. A história deixa de lado as horas de espera antes de uma operação, ou qualquer outra coisa que fizesse tudo começar. A frase o treino é difícil para que o combate seja fácil é um pilar na doutrina do SAS e do Exército Britânico, mas embora a superpreparação seja uma dádiva em um mundo ideal, operacionalmente não acontece bem assim. Dados de inteligência podem mudar de um minuto para o outro, uma troca de tiros pode mudar a situação em segundos, e todas essas situações são treinadas pelo SAS ainda que a improvisação seja tudo que o militar possa ter numa situação tática. Para cada 10 minutos de ação, muitas horas passam em tediosas esperas, em longas observações em postos avançados, ou ainda em uma das bases no Afeganistão preparando-se para a próxima operação.

    O SAS, assim como as demais forças Aliadas no Afeganistão, precisa lidar diariamente com o horror da guerra – e fora do campo de batalha muitos heróis desconhecidos passam por nós pelas ruas, alguns dos quais ainda lutando contra traumas físicos e mentais.

    Um homem que é bom o suficiente para derramar seu sangue pelo seu país é bom o suficiente para receber um tratamento justo depois.

    Theodore Roosevelt

    4 de julho de 1903

    O SAS está envolvido atualmente em operações por todo o planeta. O 22º Regimento é a unidade regular fixa, mas há também o 21º Regimento, formado por soldados na reserva, e o 23º, formado a partir da renomeação da unidade de Reconhecimento da Reserva. O quartel-general regimental do 22º SAS localiza-se em Stirling Lines, nas cercanias de Hereford. É um complexo moderno, que acomoda os cinco esquadrões regimentais – quatro sabre (ou combatentes) e um relativamente novo utilizado em operações de vigilância – assim como os esquadrões de reconhecimento e sinalização das Forças Especiais. Também ficam lá instaladas algumas unidades do recém-formado Grupo de Suporte de Forças Especiais (SFSG), elementos normalmente alocados no Regimento de Paraquedistas.

    O 22º Regimento SAS é formado por quatro esquadrões operacionais (A, B, D, G) e, desde 2005, pelo Esquadrão E que trabalha de forma dissimulada junto ao Mi6. Cada um desses esquadrões é comporto por cerca de 60 homens e é comandado por um major. O esquadrão então é dividido em quatro pelotões, cada um comandado por um capitão e formado por 16 homens. A menor unidade é a patrulha, composta por quatro homens. Em cada Esquadrão estão presentes quatro especialidades – Embarcações, Montanha, Ar e Mobilidade – cada uma com especialidades que incluem manutenção de veículos, paraquedismo, mergulho e combate em ambiente ártico. A base de Hereford é completamente autônoma e intencionalmente é mantida a distância de outras unidades das Forças Armadas, podendo acionar sua própria frota de helicópteros, assim como aeronaves C-130 Hércules especialmente adaptadas que ficam permanentemente à disposição na unidade da RAF Brize Norton, em Oxfordshire. O Regimento tem ainda orçamento próprio, utilizado para a aquisição dos mais avançados equipamentos de vigilância e comunicação, assim como armamentos de ponta. O SAS ainda treina seus próprios pastores alemães, lançados de paraquedas em ambientes hostis, conduzindo buscas com elevada efetividade no Afeganistão.

    Ahmad Shah Durrani foi o fundador do Afeganistão, após unir as tribos Pashtun em 1747, e sua nação serviu como estado-amortecedor nas tensões entre o Império Russo e o Império Britânico até que conseguiu sua plena independência do controle inglês em 1919. Uma rápida experiência democrática terminou em um golpe no ano de 1973 e em um contragolpe comunista em 1978. Em 1979 a União Soviética invadiu o território afegão para apoiar o regime comunista recém-instalado que lutava para se manter no poder, atitude que gerou uma longa guerra. No ano de 1989 a União Soviética recuou sob a pressão inflexível das forças anticomunistas, os Mujahideens, apoiadas internacionalmente. Uma série de guerras civis substituiu o grande conflito, terminando com a queda de Kabul, em 1996, para o Taliban – um movimento patrocinado pelo Paquistão, que emergiu em 1994 para colocar fim à guerra civil e à anarquia entre as diversas facções, trazendo o país à lei islâmica. Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a Aliança do Norte foi formada por forças locais contrárias ao Taliban, Estados Unidos e seus aliados, a fim de derrubar os talibans por auxiliarem na proteção de Osama bin Laden, posteriormente morto pelo SEAL Team Six em 2 de maio de 2011. A conferência de Bonn, patrocinada pela ONU em 2001, foi realizada para estabelecer um processo de reconstrução política para o Afeganistão, que incluía a adoção de uma nova constituição e uma eleição presidencial em 2004, seguida por uma eleição para a Assembleia Nacional em 2005. Em dezembro de 2004, Hamid Karzai tornou-se o primeiro presidente democraticamente eleito do Afeganistão, a Assembleia Nacional foi inaugurada em dezembro do ano seguinte e em agosto de 2009 Karzai foi reeleito para um segundo mandato. Apesar dos avanços na construção de um governo central estável, um renovado Taliban permaneceu incitando instabilidades políticas – principalmente nas províncias do sul e do leste do país – e isso permanece como um grande desafio ao governo afegão. As tropas Aliadas têm previsão para deixar o Afeganistão em 2010, entregando o controle total do país ao governo local.

    Com uma população de cerca de 30.419.928 pessoas, as diferenças religiosas compreendem 80% de muçulmanos sunitas, 19% de muçulmanos shiitas e 1% de todas as outras religiões somadas. As línguas locais são o persa afegão – ou dari – com 50% de presença, pashto com 35%, línguas de base turca 11% (predominantemente uzbeque e turcomeno) e 4% de outras línguas, sendo as mais relevantes o balochi e o pashai. Grande parte da população é bilíngue, porém o dari funciona como língua franca.

    A cultura do Afeganistão foi influenciada pelos países vizinhos e, em menor peso, pelas nações que ocuparam o território durante a história, principalmente nas regiões leste e sul do país – historicamente a porção ocidental do Paquistão também fazia parte do Afeganistão. O povo pashtun tem sua própria cultura, seguindo princípios cujo conjunto forma o Pashtunwali, e embora populações vizinhas tenham adotado o modo de vida dos pashtuns (pashtunização, ou afeganização), o caminho cultural inverso também ocorreu (persianização). As porções oeste, central e norte do Afeganistão são majoritariamente influenciadas pelas culturas centro-asiáticas e persa. Os afegãos que vivem nas cidades maiores, como Kabul, são ainda influenciados em algum grau pela cultura indiana por meio da música e dos filmes de Bollywood.

    O Afeganistão é um país montanhoso, fazendo suas fronteiras com o Paquistão, Tajiquistão, Irã, Turcomenistão, Uzbequistão e China. A cordilheira do Hindu Kush, que corre de nordeste a sudoeste do país, divide-o em três principais regiões: os planaltos centrais, que fazem parte do Himalaia e compreendem quase dois terços da área nacional; o planalto sudoeste, que corresponde a 25% do território; e as planícies do norte, que são as regiões com o solo mais fértil.

    As operações das Forças Especiais britânicas no sul do Afeganistão focaram em convencer os líderes intermediários do Taliban de que seria melhor para eles se trabalhassem de acordo com o governo afegão, e isso incluiu uma mistura de prisões temporárias – operações rápidas para prender líderes talibans e extrair informações relevantes – e ações ofensivas, nas quais os líderes eram mortos. Essas operações aconteceram diariamente, em uma mescla constante de operações de larga escala, ações ofensivas e prisões temporárias, todo o conjunto impactando o funcionamento da liderança Taliban. O SAS continua ainda hoje a operar ações de pequena escala, assim como auxilia as Forças Especiais afegãs.

    Os esquadrões Sabre do SBS e SAS têm sua base no quartel-general do grupo tático em Kandahar, mas diferentemente do que acontecia no Iraque – onde o SAS tinha o papel de liderança – o Afeganistão presenciou um aumento significativo nas operações conduzidas pelo SBS, que teve seu orçamento elevado de 17 milhões de Libras em 2001 para 160 milhões de Libras em 2010. O treinamento em táticas em ambiente ártico realizado a partir do inverno de 2010 pelo SBS permitiu a essa tropa rastrear e perseguir comandantes talibans nas altitudes nevadas do Hindu Kush.

    Ao lado do SAS, também operavam no Afeganistão o SAS australiano, os US Navy SEALs e membros da Delta Force americana, que igualmente conduziram operações impressionantes. Uma que vale mencionar é o confronto entre o SAS australiano em Shah Wali Kot, que será comentada mais a frente neste livro. Há também o resgate de Helen Johnston em 2012, uma operação combinada entre membros do SAS e Delta Force.

    O SAS lutou uma guerra dura, assim como as demais forças armadas em solo afegão, por ser o Afeganistão um ambiente hostil, repleto dos mais diversos perigos – desde temperaturas extremas a inimigos endurecidos pela guerra que têm a capacidade de manter o

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