Nada a Perder - As Aventuras do Capitão Nada

De Steve Vernon

Você acha que conhece tudo sobre super-heróis? Esses caras de capa e roupa apertada de lycra suavemente colada no corpo. Saltando de grandes edifícios e sempre conseguindo a garota no final. 

Você não conhece nada.

Junte-se a Steve Vernon, o escritor de horror mais barra pesada de Nova Escócia, em uma jornada pelo mundo do incrível Capitão Nada. Um mundo sem esperança, um lugar frio e sombrio como o coração de um proprietário de imovéis, cujo aluguel está atrasado há três dias. Um mundo que deixaria o Batman rolando em sua cama com crises de pesadelos. NADA A PERDER é uma coletânea de histórias que irão mostrar o lado mais sombrio da bravura. Revelarão as trevas que habitam as profundezas do coração de um herói. 

Vá em frente. Te desafio a olhar mais de perto.

Você não tem nada a perder.

"Se Harlan Ellison, Richard Matheson e Robert Bloch fizessem sexo a três em uma banheira de hidromassagem, e então uma equipe de cientistas entrasse, filtrasse toda a água e misturasse as sobras de DNA em um tubo de ensaio, o resultado do experimento genético provavelmente seria Steve Vernon." – Bookgasm

• Idioma: Português
• Editora: BadPress
• Data de lançamento: 28 de fev. de 2018
• ISBN: 9781547519521

Pré-visualização do livro

NADA A PERDER

As

Aventuras

do

Capitão Nada

Volume 1

––––––––

Por Steve Vernon

STARK RAVEN PRESS

Outubro de 2016

O Que As Pessoas Falam Sobre Steve Vernon

Se Harlan Ellison, Richard Matheson e Robert Bloch fizessem sexo a três em uma banheira de hidromassagem, e então uma equipe de cientistas entrasse, filtrasse toda a água e misturasse as sobras de DNA em um tubo de ensaio, o resultado do experimento genético provavelmente seria Steve Vernon. – Bookgasm

Steve Vernon é uma espécie de anomalia no mundo da literatura de horror. Ele é uma das mais novas vozes no gênero, embora sua carreira já tenha vinte anos. Escrevendo com uma rara arrogância e confiança, Steve Vernon guiar seus leitores através de uma vasta gama de emoções, desde puro medo e repulsa até risos e compaixão. - Cemetery Dance

Armado com um bizarro senso de humor, uma enorme quantia de originalidade, uma queda por correr riscos e um firme toque de caracterização – Steve é um talento nato. - Dark Discoveries

Steve Vernon é um escritor difícil de definir. E isso é algo bom. – Dark Scribe Magazine

Esse gênero precisa de sangue novo e Steve Vernon é uma transfusão e tanto. –Edward Lee, autor de FLESH GOTHIC e CITY INFERNAL

Steve Vernon é um dos melhores novos talentos de horror e humor negro - Owl Goingback, autor de CROTA

Steve Vernon nasceu para ser escritor. É o cara ideal e temos sorte em tê-lo. - Richard Chizmar

Dedicatória

Agradecimentos ao Batman e The Spirit

Ao Cavaleiro Solitário e O Sombra

Por espreitar nas sombras

E becos da minha imaginação.

Agradecimentos ao meu Tio Glen

Por me apresentar O Executor de autoria de Don Pendleton.

Agradecimentos ao meu Vô Hanlan

Que sempre guardou uma pilha de livros de caras durões ao lado da sua cama.

E eternos agradecimentos à minha esposa Belinda,

A garota mais durona que eu poderia conhecer.

Steve Vernon

Janeiro de 2011

O BRILHO DA LUA EM CACOS DE VIDRO

É meia-noite na pior parte da cidade. A máscara está coçando, como sempre. A extremidade rasgada da minha capa encontra-semergulhada em uma poça de algo que eu não faço questão de saber o que é. Estou abaixado atrás de uma lata de lixo derrubada, feita de alumínio. O local fede a carne podre e mijo de bêbados.

Me sinto em casa.

Observo os dois enquanto arrastam a mulher até o beco. Espero eles levantarem seu vestido, sua calcinha está toda contorcida. Espero até ter certeza de que um deles está com suas calças abertas e firmemente dentro dela, penetrando com força.

Ei, eu posso usar capa, mas isso não me torna um herói.

Me aproximo por trás do que está em pé assistindo tudo. É o mais fácil de derrubar. É o menor, precisa esperar seu turno. Não perco tempo e ele não me escuta chegar. Está ocupado demais delirando com a visão dos seios e com o traseiro de seu comparsa batendo contra ela, ocupado demais preenchendo os ouvidos com seus gritos.

Estou feliz que ela esteja gritando. Apenas facilita para que eu me aproxime sorrateiramente entre os três. Não há muito risco de os gritos chamarem a atenção de alguém. Não nesta parte da cidade, onde as pessoas se preocupam apenas com a própria miséria, ocupadas demais para se incomodar com os problemas dos outros.

Consigo ver seu rosto, afiado ao luar e ao filtro dos sonhos de beco. Eu vejo raiva e medo, transformando e transfigurando-a, uma dona de casa apressada para chegar em casa após fazer compras, em uma vadia cheia de ódio e fome. Ela deseja ser maior; deseja tornar-se um monstro, independente do preço, apenas tempo o bastante para estraçalhar esses vermes e transformá-los em poças de molho quente.

Eu ataco o voyeur com metade de um tijolo, forte o suficiente para abrir a parte de trás do seu crânio e deixar o líquido correr para fora. Ele cai como quem não quer mais levantar. O outro cara percebe a minha presença, afinal o voyeur caiu com o rosto direto em sua bunda. O sujeito fica ocupado tentando livrar-se da mulher e do peso morto do parceiro.

Preciso dar crédito. Está pendurada no outro cara como se fosse