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Duquesa Por Engano: House of Haverstock, Livro 2
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E-book326 páginas5 horas

Duquesa Por Engano: House of Haverstock, Livro 2

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Sobre este e-book

Outra das clássicas estórias de casamento por conveniência escrita por Cheryl Bolen

Uma inocente visita ao Duque de Aldridge para pedir uma doação para suas viúvas de guerra, coloca Lady Elizabeth Upton no meio de um enorme escândalo...


O Duque de Aldridge pede a mão de Lady Elizabeth Upton, irmã de seu melhor amigo, depois que uma confusão a envia para seu quarto de dormir – bem quando ele está saindo de seu banho. Ela certamente não quer forçar o duque a esse casamento, mas como ela pode suportar a vergonha que seu comportamento escandaloso lançou sobre seu querido irmão, o Marquês de Haverstock?
 
Uma vez que ela concorda em se casar com seu ídolo e galã de infância, Elizabeth percebe que ela não quer nada além de conquistar o amor de seu marido. Mas capturar seu coração não é uma tarefa fácil quando antigos amores ameaçam destruir os frágeis laços de seu casamento.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento2 de jun. de 2020
ISBN9781547571512
Duquesa Por Engano: House of Haverstock, Livro 2

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    Duquesa Por Engano - Cheryl Bolen

    Livros Escritos por Cheryl Bolen

    Romances Históricos:

    Série House of Haverstock

    Dama Por Acaso

    Duquesa Por Engano

    Countess by Coincidence

    Série Noivas Audaciosas:

    Counterfeit Countess

    One Golden Ring

    Oh What A (Wedding) Night due in 2016

    Série As Noivas de Bath:

    The Bride Wore Blue

    With His Ring

    The Bride’s Secret

    To Take This Lord

    Love In The Library

    A Christmas in Bath

    Série The Regent Mysteries:

    With His Lady's Assistance

    A Most Discreet Inquiry

    The Theft Before Christmas

    An Egyptian Affair

    The Earl's Bargain

    My Lord Wicked

    His Lordship's Vow

    Christmas Brides (Three Regency Novellas)

    Marriage of Inconvenience

    A Duke Deceived

    Suspense Romântico:

    Falling For Frederick

    Série As Heroínas do Texas:

    Protecting Britannia

    Murder at Veranda House

    A Cry In The Night

    Capitol Offense

    Romance da Segunda Guerra Mundial:

    It Had to Be You (Previously titled Nisei)

    Romance Histórico Americano:

    A Summer To Remember (3 American Romances)

    Duquesa por Engano

    (House of Haverstock, Livro 2)

    Cheryl Bolen

    Copyright © 2015 por Cheryl Bolen

    Duquesa por Engano é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produtos da imaginação do autor ou são usados ​​ficticiamente. Qualquer semelhança com locais, pessoas reais, vivas ou mortas, é total e simplesmente uma coincidência.

    ––––––––

    Todos os direitos reservados. 

    ––––––––

    Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, incluindo armazenamento de informações e sistemas de recuperação, sem permissão por escrito do autor.

    DEDICATÓRIA

    ––––––––

    Para minha irmã Suzi, uma amante de livros durante toda a sua vida, por toda a ajuda que ela tem me dado ao longo dos anos.

    Prólogo

    ––––––––

    Charles Upton, Marquês de Haverstock, olhou através da mesa do café da manhã para Anna. Finalmente, a cor tinha voltado ao seu rosto depois de meses de luto pelo bebê que eles perderam assim que nasceu. Apesar de estarem casados ​por quase dois anos, ele nunca conseguiu se cansar de olhar para a beleza de Anna.

    Ele tinha sido informado de que ela era a imagem de sua mãe, uma nobre francesa espetacularmente bela que capturou corações de homens tão facilmente quanto podia estalar os dedos das mãos. Quão afortunado Haverstock foi por ter se casado com sua jovem Anna antes dela ter seduzido outros homens com apenas um único olhar. E quão profundamente grato ele era por ter sido o primeiro e único homem a quem ela jamais tinha dado seu amor.

    Um dos criados apareceu silenciosamente ao seu lado e entregou-lhe uma carta. A caligrafia parecia vagamente familiar. Por Deus, parecia muito com a de Aldridge! Como podia ser? A carta parecia ter sido trazida em mãos, não tinha marcas de ter passado pelo correio. Ele tinha retornado da Itália, onde estava por quase cinco anos?

    Haverstock abaixou o olhar e virou a carta. Ele viu que o desenho do selo era uma espada, o símbolo do Duque de Aldridge. Haverstock sorriu e abriu a carta que trazia o emblema do duque.

    Meu querido Haverstock,

    Estou postando essa carta em Dover e espero que chegue a Londres antes de mim. Estou ansioso para ver essa beleza notável com quem você se casou, e confesso ter passado um grande tempo imaginando uma sensata Lydia se unindo a Morgie. Esses meus olhos anseiam por ver meu querido amigo depois de ter estado tanto tempo ausente.

    Aldridge

    Você não vai acreditar quem está de volta à cidade, Haverstock disse à sua esposa.

    Permita-me tentar. Ela largou o jornal e olhou para ele com seus lindos e reluzentes olhos castanhos. Um amigo seu?

    Ele assentiu.

    Alguém que eu ainda não conheci?

    Correto novamente.

    Será que o Duque de Aldridge retornou da Itália?

    Você me conhece muito bem, meu amor. Ele pegou sua mão e lhe deu um beijo.

    Eu me pergunto se ele vai trazer a Contessa com ele?

    Parece que me lembro de ter ouvido que ela tinha voltado para o marido.

    Os longos cílios de Anna baixaram. Seu amigo duque é realmente muito travesso.

    Mas eu tenho certeza de que você vai gostar muito dele. As mulheres sempre gostam dele. Ele é muito charmoso — mesmo sendo um devasso. O casamento dele com Anna era bastante sólido. Ele não precisava ter medo de que ela pudesse olhar para outro homem.

    Nem mesmo para Aldridge, a quem as mulheres achavam irresistível.

    Eu certamente espero que ele não tente corromper meu honesto e fiel marido.

    Somos muito diferentes. Especialmente agora. Haverstock queria somente duas coisas agora: ser um homem de família e fazer o que pudesse para derrotar os franceses.

    O criado voltou à sala ao mesmo tempo em que a irmã de Haverstock se instalou na mesa. Outra carta para você, meu senhor.

    Ele e Anna cumprimentaram Cynthia, que ultimamente era chamada de Elizabeth, seu nome do meio, em homenagem a uma tia recentemente falecida. Ele lançou um olhar para a carta que o criado lhe entregou e reconheceu facilmente a letra perfeita de Morgie. Até recentemente, Morgie teria entrado para falar com Haverstock, mas desde que Lydia, sua irmã favorita estava de cama, Morgie preferia ficar ao lado dela como um maldito cachorrinho de estimação. Haverstock podia ter procurado por todo o mundo e nunca teria encontrado um marido melhor para sua irmã do que Morgie era para Lydia.

    Abrindo a carta, ele leu.

    Toda a cidade já está sabendo. Aldridge está de volta!

    Com um olhar travesso no rosto, ele olhou para sua esposa. Você já tinha ouvido sobre Aldridge, não tinha?

    Ela riu quando assentiu.

    Ouvido o que? Elizabeth perguntou com o bule parado no ar.

    Ele olhou para a irmã. O Duque de Aldridge finalmente retornou à Inglaterra.

    Capítulo 1

    Por todos os deuses como tantas pessoas tinham descoberto que ele estava de volta à Inglaterra, Philip Ponsby, o 5º Duque de Aldridge, ficou imaginando enquanto examinava a pilha de correspondência sobre sua mesa. Ele tinha contado apenas para uma pessoa e sabia que, sem dúvida, Haverstock não era de fazer fofoca. Os criados! Ele os tinha mandado de volta antes dele para que preparassem a casa para sua chegada. A cadeia de comunicação dos servos era muito superior à de seus senhores, embora ele não compreendesse seus métodos.

    Felizmente, Aldridge House não cheirava a mofo, embora ele tivesse ficado fora por cinco anos. Essa era uma das vantagens de ser o mais velho dos oito filhos. Seus irmãos costumavam usar a casa de Londres, quando queriam ir ao teatro ou para encontrar pretendentes elegíveis no Almack (1). Tinha sido sua ideia — por causa da interminável procissão de moçoilas elegíveis que desejavam unir-se ao Duque de Aldridge — fazer as malas e permanecer uma longa temporada longe da Inglaterra.

    No entanto, ele tinha que admitir que era diabolicamente bom estar de volta ao país em que tinha nascido. Até ver os penhascos brancos de Dover e a torre da Abadia de Westminster, ele não tinha percebido o quanto sentira falta de seu país, do seu céu sombrio e de tudo ligado a sua amada ilha.  

    Assim que aquele vil Napoleão tinha imposto sua própria família usurpadora no trono de Nápoles, Aldridge percebera quão grave era a ameaça do monstro da Córsega ao seu próprio país. Se Napoleão podia roubar e saquear a Europa, o que o impediria de invadir as Ilhas Britânicas?

    Aldridge era apenas um. Não havia nada que ele pudesse fazer para impedir que isso acontecesse. Mas antes da semana acabar, ele se apresentaria no Ministério das Relações Exteriores e ofereceria seus serviços à Coroa.

    Na pilha de cartas, uma caligrafia totalmente feminina chamou sua atenção. Ele esteve longe da Inglaterra por tanto tempo que não mais conseguia se lembrar da letra de nenhuma dama. Curioso, ele abriu a carta. Tinha apenas uma página. Uma frase, na verdade. De Belle. Annabelle Evans. Cinco anos atrás, ela era a cortesã mais bonita de toda Londres. A última vez que ele ouviu algo sobre ela, ela se encontrava sob a proteção do Duque de Benson.

    Aldridge,

    Eu preciso lhe encontrar esta tarde, é uma questão de extrema importância.

    Seu olhar foi para o relógio em cima da lareira. Duas horas. Ele realmente não estava disposto a ver ninguém depois de uma longa e desconfortável viagem, mas ele não podia se recusar a ver Belle. Ela há muito tempo lhe prestara ótimos serviços. Sem dúvida, ela agora queria ser reembolsada. Será que ela tinha perdido sua boa aparência? Ela estava desamparada? Ela ia lhe pedir dinheiro? Ele encolheu os ombros. Ele era um homem muito rico. Se a mulher estivesse em necessidade, ele teria prazer em ajudá-la.

    Ele chamou um criado e, quando um jovem de pernas compridas e ombros largos apareceu, o duque pediu para ele lhe preparar um banho em seu quarto de dormir. Maldição, mas ele estava cansado. E ele sentia como se toda a poeira e sujeira da estrada de Dover para Londres estivesse cobrindo seu corpo.

    Enquanto a água estava sendo aquecida e levada para a banheira, ele examinou as demais cartas. Depois de examinar todas — e adiar a resposta de qualquer uma delas — ele subiu a ampla escadaria de mármore até seus aposentos particulares, satisfeito por encontrar seu banho pronto. Com a ajuda de Lawford, ele tirou a roupa e se acomodou na banheira em frente à lareira.

    A propósito, Lawford, instrua Barrow que, se uma senhora chegar, ele deve trazê-la aqui.

    Muito bem, meu senhor. Tendo estado com Aldridge desde que saíra de Oxford, Lawford estava acostumado com as damas que seu patrão recebia em seus aposentos privados.

    * * *

    Lady Elizabeth Upton diria que foi certamente a intervenção Divina que a enviou para o modesto alojamento na Rua Miser, naquele dia. Mas, na realidade, foi a bondade de seu irmão James. Oficial na Península (2) e o irmão mais próximo a ela em idade e afeto, James lhe escrevera uma carta pedindo-lhe para confirmar o bem-estar de uma jovem viúva de um soldado assassinado que servira sob seu comando.

    James tinha escrito: Eu sabia que os laços de casamento entre Harry Hudson — um dos melhores soldados do Exército de Sua Majestade — e sua esposa eram extremamente fortes. Ele sempre enfatizou que, se algo acontecesse, desejava que eu tivesse a certeza de que ela e sua filhinha fossem muito bem cuidadas. Obviamente, eu não posso fazer isso aqui da Espanha, mas sei que posso contar com minha irmã favorita para realizar essa missão em meu lugar. Obviamente, eu quero fazer tudo o que puder para ajudar a viúva e sua filha.

    Não havia nada que Elizabeth não fizesse pelo irmão. Armada com o endereço da viúva, Elizabeth se valeu da carruagem de seu irmão mais velho para visitar a Sra. Hudson. Quando a carruagem entrou na Rua Miser, perto de Covent Garden, o olhar de Elizabeth se fixou na mais desolada mulher que estava parada na rua. Ela pensou que a mulher devia ter uns vinte anos. Uma mão segurava a mão de sua filha, que Elizabeth achou que devia ter uns três anos; a outra segurava uma grande mala, muito parecida com a de Elizabeth, mas muito mais danificada.

    Sem sequer procurar o número 12, Elizabeth teve certeza de que encontrara a viúva de James. Ela pediu ao cocheiro para parar e abriu a janela. Sra. Hudson? ela perguntou.

    A mulher parou e se virou para Elizabeth, uma sobrancelha erguida em dúvida. Sim?

    Você me permitiria levá-la ao seu destino? Parece que meu irmão, Capitão James Upton, serviu com seu marido e tem uma elevada consideração por ele.

    Lágrimas saltaram dos olhos verdes da bela mulher. Meu Harry era um homem muito bom. Enquanto ela enxugava uma lágrima, Elizabeth notou que a jovem viúva ainda usava uma aliança de ouro simples. Ela notou também que o vestido limpo de musselina da mulher estava remendado. O coração de Elizabeth começou a doer pela dor da mulher. Harry me escreveu sobre o quanto ele admirava o Capitão Upton. A mulher possuía uma voz gentil.

    A essa altura, o cocheiro já estava abrindo a porta da carruagem. O que era bom para a Sra. Hudson porque a chuva estava começando a cair. Por favor, venha se sentar comigo, disse Elizabeth.

    A mulher e a filha subiram e sentaram-se à sua frente. Elizabeth percebeu, pelo olhar curioso da menininha, que aquela devia ser a primeira vez em que ela entrava em uma carruagem. Eu sou Lady Elizabeth. Qual é o seu nome? Elizabeth perguntou a criança com um rosto de anjo e tranças cor de cobre.

    Louisa.

    Elizabeth olhou para a mãe. Sua filha é adorável.

    Os olhos da Sra. Hudson ainda estavam embaçados. Ela se parece com o meu marido.

    Quão triste devia ter sido para esta mulher perder o marido que ela obviamente adorava. O olhar de Elizabeth foi para a bolsa da mulher. Você está indo a algum lugar?

    A Sra. Hudson começou a chorar. Acabamos de ser despejadas... A Sra. Hudson tentou se acalmar o suficiente para não preocupar sua filha. Está tudo bem, meu amorzinho. Mamãe está bem.

    Ocorreu a Elizabeth que ela devia ter sido despejada por falta do pagamento do aluguel. O que significava que ela provavelmente não tinha para onde ir. Onde você vai morar?

    A mulher sacudiu a cabeça. Eu não sei o que vamos fazer. Uma nova onda de lágrimas tomou conta dela.

    Elizabeth bateu no teto da carruagem. Parecia um milagre que ela tivesse ido à Miser Street no exato momento em que a Sra. Hudson tinha sido despejada. Por favor, não se preocupe. É por isso que eu vim até aqui hoje. O Capitão Upton quer garantir que você e Louisa sejam bem cuidadas. Elizabeth não tinha a menor noção de que tipo de quantia seria necessária para pagar o aluguel da mulher, mas achava que o dinheiro em sua bolsa deveria dar para alguns dias. Quanto dinheiro você precisa para voltar para o seu quarto?

    Eu preciso de dezoito guinéus — e isso sem contar este mês.

    Permita-me ir falar com a... proprietária. Elizabeth desembarcou da carruagem e correu pela calçada até o número 12.

    Embora a Sra. Hudson e sua filhinha fossem limpas e impecáveis, esse não era o caso do local onde elas moravam — com um tremendo mau cheiro. No primeiro andar, Elizabeth, respingada pela chuva, conheceu a Sra. Preble, uma mulher de meia-idade, aparentemente bem alimentada, que usava uma touca de viúva. Elizabeth explicou a situação da desafortunada Sra. Hudson.

    É uma moeda no meu bolso que coloca comida na mesa, não um coração mole. Havia dureza no rosto da mulher.

    Se você permitir que a Sra. Hudson fique aqui até o final do mês, eu lhe pagarei vinte libras, o que inclui o que ela lhe deve — e todo o dinheiro que tenho agora em minhas mãos. Na semana que vem, Elizabeth esperava conseguir alojamentos em um bairro decente para a Sra. Hudson. A área ao redor de Covent Garden não era lugar para uma mulher decente e uma criança meiga e gentil.

    Os olhos da Sra. Preble se iluminaram. Então elas podem ficar até o final do mês. Seu olhar correu para a bolsa que Elizabeth estava abrindo. Ela despejou todo o conteúdo na mesa. Moedas de variados tons de metal formaram uma pequena montanha. Parecia muito mais dinheiro do que Elizabeth suponha que tinha.

    Aqui deve ter vinte libras, disse Elizabeth.

    * * *

    Enquanto o cocheiro atravessava a cidade sempre atarefada e cheia, uma sensação de alegria percorreu seu corpo. Ajudar a Sra. Hudson e sua querida filha deram a Elizabeth mais alegria do que qualquer coisa que ela podia imaginar. Ser voluntária na escola de costura de Anna a fazia se sentir útil, mas não como hoje.

    Já há algum tempo ela andava cansada da Grande Caça a um Marido. Ela estava resignada a ser solteirona. Afinal, ela acabaria sendo a tia solteira como sua homônima, Tia Elizabeth. Só uma vez Elizabeth se imaginara apaixonada e ele não lhe demonstrara amor e nem tinha pedido sua mão em casamento.

    Não, ela não ia fazer o mesmo erro duas vezes, ela pensou. Quando muito jovem, ela tinha tido uma paixonite pelo amigo de seu irmão que, naquele dia, tinha retornado à Inglaterra após uma ausência de cinco anos. Desde os doze anos até o ano de sua apresentação a sociedade, ela sonhara em conseguir capturar o coração do belo duque. Uma vez que tinha uma diferença de idade de onze anos entre ela e Aldridge, ele se interessar pela irmã de 12 anos de seu amigo era tão impossível quanto uma primavera escocesa seca. Talvez se ele estivesse na Inglaterra no ano em que ela tinha sido apresentada a corte...

    Não faria bem a ela insistir no que tinha acontecido e não podia ser desfeito. Ela não acreditava mais que marido e família fossem necessários para sua felicidade. Sua alegria viria de ajudar viúvas de guerra como a Sra. Hudson.

    Durante o passeio de carruagem, ela começou a formar um plano. Ela ia ler todas as cartas de James para identificar aqueles que tinham morrido e, com a ajuda do nome Haverstocks, ela iria ao Ministério da Guerra e buscaria a direção de cada uma das viúvas.

    Mas primeiro ela devia encontrar uma maneira de conseguir uma casa grande em um bairro respeitável. Sua casa para as viúvas de guerra e seus filhos poderia ajudar a iluminar a vida dessas famílias, assim como a escola de costura de Anna tinha feito muito para melhorar as vidas de mulheres e crianças no East End.

    * * *

    Cheguei à conclusão de que nunca me casarei. Elizabeth falou para a sua linda cunhada quando os duas se sentaram no estúdio escarlate de Lady Haverstock naquela tarde.

    Anna ergueu os olhos da escrivaninha dourada. Você não pode estar falando sério. Você tem apenas vinte e um anos de idade. Ainda há muito tempo para você encontrar alguém que você ame tanto quanto eu amo Charles.

    Era bom que Anna não soubesse de seu amor pelo Capitão Smythe. Parecia que Elizabeth tinha sido a última a descobrir que o arrojado capitão não tinha a menor intenção de comprometer sua vida com a dela — depois de roubar seu coração e voltar para à Península. O único homem que eu já me apaixonei não retribuiu meu afeto, e até hoje eu não conheci ninguém que me faça tentar desistir da vida com a qual eu sou feliz.

    Aquele homem não era digno de você. Minha querida, se você for paciente, encontrará um grande amor.

    Acho que não. Nas últimas semanas escolhi imitar Charlotte e tentar ajudar ao próximo

    Tem uma diferença significativa entre você e Charlotte. Ela tem um marido com quem é casada e feliz.

    Elizabeth encolheu os ombros. Não preciso de um marido para ter uma vida plena e recompensadora a serviço dos menos afortunados.

    Não posso dizer que não tenha notado quanto tempo você tem passado na escola de costura.

    Elizabeth encolheu os ombros. Alguém tinha que ajudar essas pobres e desafortunadas almas enquanto Lydia estava amamentando. Doía para Elizabeth falar com Anna sobre o recente confinamento de sua irmã, pois ela sabia o quanto Anna estava arrasada com a perda de seu próprio bebê.

    Você fez muito bem em ajudar, disse Anna.

    Eu pretendo fazer muito mais. Não lhe ocorreu que há muitas viúvas de oficiais que ficaram desamparadas? Muitas delas perderam não apenas seus amados maridos, mas também seus lares.

    Anna assentiu com tristeza. Como você pode aliviar um problema tão grave? Você é apenas uma pessoa. Uma pessoa muito jovem — e sem fortuna.

    Era verdade que Elizabeth não tinha fortuna. A querida Anna estava pegando de sua própria fortuna para fornecer dotes para cada uma das irmãs de Charles. Eu pensei muito sobre isso. Posso não ter fortuna, mas em virtude do meu nascimento, tenho acesso a muitos nobres com bolsos cheios e pretendo usar essa força para o que pretendo fazer.

    O que você tem em mente?

    Esta tarde, localizei uma casa grande em um bairro respeitável. Ela pode facilmente acomodar dez famílias — desde que as crianças dividam os quartos com as suas mães.

    E como você propõe pagar por isso?

    Ela pertence ao Duque de Aldridge, e eu vou pedir a ele para usá-la. Afinal, ele é o amigo mais antigo de Charles e como o conheço toda a minha vida, acredito que posso persuadi-lo a ajudar. Apesar de sua devassidão, ele é conhecido por sua generosidade. E não podemos esquecer que ele é um dos homens mais ricos do reino.

    As sobrancelhas escuras de Anna baixaram. Tenho certeza que ele não é realmente depravado. Se fosse esse o caso, eu não acho que Charles gostaria tanto dele como gosta.

    Talvez eu tenha usado uma palavra muito forte. Qualquer homem privilegiado se comporta de uma maneira escandalosa.

    Anna assentiu. Estou ansiosa para conhecê-lo. Ela mergulhou a caneta no pote de tinta. Diga-me, esta casa é como a dele em Mayfair?

    Oh, não. Nada tão elegante. Ela fica em Bloomsbury. As casas na Praça Trent pertencem aos Duques de Aldridge há gerações. Fiquei sabendo que o último ocupante da casa número 7 morreu recentemente e ela está desocupada.

    Que excelente, então, que o duque retornou a Londres.

    De fato era. Elizabeth não precisava contar a Anna que planejava procurar o duque. Anna se oporia. Resignada a ser uma solteirona, Elizabeth não tinha vontade de continuar agindo como uma das senhoritas no Mercado de Casamento. Ela era uma mulher agora, e ela estava embarcando em um novo capítulo de sua vida. Sozinha. Elizabeth assumiria a responsabilidade exclusiva por esse trabalho, e ela se recusava a solicitar o dinheiro de Anna para esse empreendimento.

    Anna olhou para o relógio em cima da lareira e depois se levantou. Eu disse a Lydia que eu ia visitar o bebê esta tarde. Você vem comigo?

    Apesar de Anna ter perdido peso por causa de sua tristeza por ter perdido seu bebê, Elizabeth pensou que nunca tinha visto uma mulher mais bonita que a esposa de seu irmão. Enormes olhos castanhos, franjados por cílios extraordinários, emolduravam um rosto oval impecável. Cada detalhe era tão impressionante quanto os enormes olhos dela e a brancura de seus dentes perfeitos.

    A pobre Anna já estava apegada a Morgie e ao filho pequeno de Lydia. Era uma pena que ela ainda não tivesse um bebê. Ela seria uma mãe tão maravilhosa quanto Lydia estava provando ser. "Eu

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