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Ava - Romance Dark
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E-book483 páginas9 horas

Ava - Romance Dark

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Sobre este e-book

Aviso Importante o Livro a seguir tem cenas de relacionamento Abusivo e cenas de violência Por quanto tempo uma pessoa é capaz de guardar os seus segredos?Ava tentou de todos os modos fugir da sua realidade quando a dor e o luto pela perda do marido, com um bebê recém-nascidos nos braços ela foge, deixando todo aquele mundo impuro e imundo que nunca respeitavam as vontades de uma mulher, principalmente uma na sua posição. E por poucos meses ela teve o privilégio de descobrir o como era delicioso ser livre, sem ter de seguir regras esdrúxulas ou obedecer às ordens de um homem, sua única e verdadeira preocupação era com o bem-estar do seu lindo e precioso bebê.Mas, ninguém consegui fugir do seu passado e ninguém nunca fugia dos Ferretti ou fazia Hector de bobo.Quando a sua convivência com o seu filho é colocada em perigo, ela se vê obrigada a seguir as suas obrigações com aquela maldita família e só então ela vai perceber que a dor que ela sentiu com a perda do seu marido era fichinha no que ela estava por sofrer nas mãos daquele miserável homem.Afinal, o diabo não tem pena de almas bondosas. Porque Hector Ferretti iria ter!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de mar. de 2022
ISBN9781526052810
Ava - Romance Dark

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    Ava - Romance Dark - Nadine Lima da Silva

    Capítulo Um

    Ava Bianchi:

    O tempo ameno de dezembro me deixa confortável, no México as temperaturas não eram tão gélidas quanto nos EUA e eu estava me acostumando bem, já se passavam cinco meses desde que eu fugi de Nova York e me refugiei na pequena cidade de Culiacán, sobre a proteção do temido chefe do quartel de Sinaloa, eu não me orgulhava daquilo, mas, era o único jeito de despistar os meus rastros e conseguir viver sem ter medo deles me acharem, tinha certeza que a temida família Ferretti nunca me deixaria em paz se soubessem onde eu estava e eu não queria que Ethan meu lindo o sorridente bebê crescesse naquele antro de luxo, recebendo maus exemplos de seus tios, sendo mimado pelos seus avos e eu tenho certeza que meu Jeremy iria concordar comigo, ele era o único que não tinha sido seduzido pela fortuna da família e virado um playboy egocêntrico ou um maldito perseguidor. Lembrar de Jerry fazia com que o meu coração doesse, eu ainda tinha pesadelos sobre o acidente, das horas no hospital e daquela notícia que me tirou o chão e a vontade de viver e no meio daquela furacão, as acusações de que eu seria responsável pelo acidente me devastaram, com um bebê recém-nascido nos braços, um marido morto e uma família que me odiava, tudo que eu poderia fazer era fugir para longe, esconder os meus rastros e começar uma nova vida bem longe daquela inferno e daquelas pessoas toxicas, que queriam apenas o mal das pessoas.

    Balancei a cabeça negativamente e suspirei enquanto encarava Ethan brincando com a pelúcia enquanto estava sentado no cercadinho, com seis meses ele era o bebê mais lindo e esperto do mundo, tão parecido com o pai e era a única pessoa que fazia com que eu quisesse continuar vivendo, se não o tivesse em minha vida, já teria feito uma loucura e tirado minha própria vida.

    — Você está brigando com o senhor Leon? – Perguntei quando ele jogou a pelúcia longe e fez um beicinho fofo, fazendo com que eu o pegasse no colo e beijasse as suas bochechas repetidas vezes. — O que ele fez de tão errado para merecer esse tratamento? Conte para a mamãe.

    Ele riu e escondeu a sua cabecinha no meu ombro, eu conhecia aquela manha, ele estava querendo dormir, mas, era mimado como qualquer homem da família Ferretti. Andei pela sala cantando uma antiga cantina de ninar que vovó cantava comigo para mim quando eu era pequena, enquanto terminava os últimos preparativos para a minha pequena recepção, as festas se aproximavam e todos estavam confraternizando com os seus amigos e apesar de estar a pouco tempo ali, eu tinha feito alguns amigos que mereciam aquele mimo.

    — Luzes e arvore, pensei que iria encontrar algo bem diferente. – Afirmou Maria quando eu abri a porta, ela era minha amiga do trabalho, uma das primeiros de quem eu consegui me aproximar quando me mudei, ela era alegre e espontânea e fazia com que eu me sentisse melhor. — Mas, estou vendo que o preto continua, meu bem, precisa abandonar esse luto ou irá se afundar nele. Trouxe tacos, espero que você tenha comprado tequila, pois, uma reunião de garotas sem tequila não vinga e quem sabe eu não consiga arrancar todos os seus segredos.

    — A melhor que tinha, pelo menos foi isso que o atendente me garantiu. – Avisei vendo-a rir. — Coloque os tacos na cozinha e sinta-se em casa, tem vinho se quiser uma taça antes das garotas chegarem, irei colocar Ethan no berço e desço para lhe fazer companhia.

    Maria concordou e eu segui pelo corredor escuro, coloquei meu filho no berço e acendi o abajur e peguei a babá eletrônica, colocando-a ao meu lado na sala. Peguei uma taça de vinho enquanto recebia as garotas, era divertido estar com elas, principalmente porque ninguém me perguntava sobre o passado, eu não precisava falar com Jeremy ou a família Ferretti. Eu era apenas a viúva que resolveu voltar para a sua cidade natal e recomeçar a vida, tudo simples e descomplicado, eu tinha apenas que beber meu vinho, acompanhá-las nas risadas e me divertir como qualquer mulher de 26 anos.

    — Lídia. – Chamou Hope tocando a minha perna e fazendo com que eu a encarasse, ainda era um pouco difícil responder as pessoas quando elas não me chamavam pelo meu nome, mas, Ava Bianchi tinha morrido junto com o seu passado, eu era apenas Lídia Hernandes. — Chamei você três vezes, está tudo bem?

    — Desculpe-me, estou um pouco distraída, é o primeiro natal sem meu marido vai ser diferente. – Respondi sorrindo e apertando a sua mão delicadamente. — Mas, hoje é dia de comemoração, não deveria estar pensando nessas coisas. Maria, onde está a tequila? Você me prometeu uma bebedeira que eu me esqueceria de tudo.

    Maria gargalhou e fui buscar a tequila enquanto elas voltavam a falar ao mesmo tempo sobre todos os planos que tinham para aquele final de ano.

    — Estamos esperando mais alguém? – Perguntou Maria quando a campainha tocou e eu me levantei. — Pensei que você tivesse dito que isso era algo discreto e íntimo, mas, não vou me opor se você contratou gogo boys musculosos e cheios de testosterona.

    Gargalhei e balancei a minha cabeça negativamente enquanto pedia licença, para o meu azar elas estavam na sala que era um pouco distante da porta de entrada, já que eu fiz algumas modificações na casa quando me mudei para ela. Abri a porta esperando ser uma das garotas que tinham outro compromisso, mas, conseguiram chegar a tempo para a nossa festinha, porém, o meu sangue gelou quando eu vi quem estava na soleira da porta, alto e imponente, o rosto másculo e duro e os olhos, aqueles olhos que conseguia intimidar qualquer pessoa.

    — Hello Ava. – Saudou alto e claro fazendo com que eu desse um passo para trás, querendo me refugiar dentro de casa, mas, é claro que Hector Ferretti nunca iria deixar com que eu fugisse dele, não depois de todos aqueles meses, suas mãos puxaram a porta com força a fechando em um estrondo e eu tinha certeza de que isso acordaria Ethan e chamaria a atenção das garotas. — Ou deveria a chamar de Lídia? Na verdade, eu prefiro lhe chamar de vadia, já que é isso que você, uma excelente vadia.

    — Como? – Perguntei estremecendo quando ele se aproximou mais de mim, segurando a minha mandíbula com força enquanto me prensava na porta, prendi a respiração quando o seu rosto se aproximou do meu, de todos os Ferretti, Hector era o mais perigoso e eu sabia que nunca deveria brincar com ele. — O que faz aqui?

    — Como? Com muito trabalho, mas, acho que lá no fundo você sabia que eu iria encontrá-la, não poderia deixar a assassina do meu irmão viver em paz, achei que me conhecesse melhor Ava, porém, devo ressaltar que não foi fácil encontra-la, mas, com o dinheiro que a minha família tem, não foi difícil pagar as pessoas certas para lhe encontrarem. – Respondeu ele abrindo um sorriso sinistro e eu me encolhi, deixando claro o quanto eu estava apavorada com a sua visita, eu conhecia Hector, sabia que ele era o demônio, todos se mantinham o mais distante possível dele e Jeremy mesmo que amasse o irmão sempre me orientou a me afastar o máximo que podia dele. — Foi esperto pedir a ajuda do cartel, eles são fieis as pessoas que lhe pedem proteção, com certeza você deve ter dado para alguém para conseguir isso, já que era isso que você fazia antes de conhecer Jeremy, naquele bordel imundo de Seattle. Mas, irei lhe informar algo, essas pessoas gostam mais de dinheiro do que de uma boa buceta.

    Minha mão acertou o seu rosto com fúria, não deixaria com que ele me ofendesse daquela maneira, eu poderia trabalhar em um bordel, mas, eu apenas dançava, nunca fiz um único programa, mesmo que passasse fome, eu tinha a minha dignidade e não seria aquele playboy nojento que iria me humilhar daquela maneira.

    — Irá se arrepender disso pequena Ava. – Afirmou ele pegando-me pelo pescoço e enforcando-me fazendo com que eu começasse a sufocar. — Nenhuma mulher nunca me bateu desta maneira e apenas por sua ousadia eu não quebrarei todos os seus dentes nesse momento, tenho outros planos e preciso do seu rosto intacto, mas, tenha a certeza de que eu não irei me esquecer nesse tapa. Acho que ainda lhe devo uma resposta, não vim por sua causa, por mim nunca mais olharia para essa sua cara de santa do pau oco ou me infectaria com seu sangue imundo, mas, meus pais querem conviver com o neto, eles sentem a falta de Jeremy e você nunca deveria ter os privado do conviveu de Ethan, mas, isso apenas prova o quão vadia você é, já que apesar de tudo eles ficaram ao seu lado e você abandona o barco como o rato imundo que é. Então eu fui designado com a tarefa de lhe encontrar e levar Ethan para a casa, pois, ele tem o sobrenome Ferretti e irá ser criado como tal.

    — Você não encostará um dedo em meu filho. – Rosnei livrando-me das suas mãos, não deixaria com que ele tocasse em um fio de cabelo de Ethan, não me importava com os seus xingamentos ou ameaças, mas, ele não mexeria com o meu filho. — Não deixarei com que você coloque os seus olhos sobre ele, não me importo com a quantidade de dinheiro que você tem ou com quantas pessoas você pode pagar, mas, fugi da sua família uma vez e posso passar a vida inteira fazendo isso para protegê-lo de vocês.

    — Você não é burra o bastante para fazer isso Ava, pois, me conhece e sabe do que eu sou capaz para ter aquilo que quero. – Falou ele mansamente e isso fez com que eu me arrepiasse, aquela voz tinha várias ameaças contidas e ele não era o tipo que ameaçava se não fosse para cumpri-las. — Qualquer juiz daria a guarda dele aos meus pais, posso provar o qual desequilibrada você é para cuidar de uma criança, já que fugiu depois da morte do seu marido, se envolveu com o Cartel de Sinaloa. Acha que algum juiz daria a guarda para você? E sem falar que podemos comprar todos os juízes até a suprema corte, você nunca mais colocaria os seus olhos em Ethan e não duvidaria que acabasse em uma penitenciaria por associação ao crime organizado, isso seria maravilhoso, já que assim eu não teria mais que olhar para essa sua cara de sofrimento, pois, ela me enoja.

    — O que você quer? – Perguntei sabendo que eu iria me arrepender daquela pergunta assim que ele me mostrou os seus dentes em um sorriso malicioso e se afastou rapidamente como se estivesse prevendo algo.

    — Não aqui. – Respondeu ele. — Irá me encontrar amanhã, na praça em frente à igreja, não irei me encontrar com você em um local que não seja público, pode tentar me matar e não tente fugir novamente Ava, pois, eu não confio em uma vadia como você e sabia que eu tenho olhos em você e não chegará a lugar nenhum sem que eu saiba. Sorria, uma de suas amigas abrirá essa porta em questão de segundos e não queremos que ela tenha que conhecer o seu passado nojento desta maneira, tenho certeza que ela não merece uma amiga como você.

    Maria abriu a porta assim que ele fechou a boca e se afastou parando nos primeiros degraus da escada, ela estava com um Ethan inquieto no seu colo o que fez com que o meu coração parasse algumas batidas naquele momento, meu filho se jogou na minha direção assim que me viu.

    — Desculpe-me, não sabia mais o que fazer, ele acordou assustado e você estava demorando demais aqui. – Desculpou-se ela encarando Hector que abriu o seu sorriso mais sedutor, ele era o diabo e não tinha nenhum imperfeição e era lindo de doer, ninguém desconfiaria daqueles olhos cinzas e brilhantes mesmo que da maneira errada encantariam qualquer mulher. — Está acontecendo alguma coisa?

    — Sua amiga apenas foi muito gentil em me dar uma explicação, sou novo no bairro e estou um pouco perdido. – Respondeu ele sorrindo. — Obrigado pelas informações senhorita Lídia e desculpe-me incomodá-la tão tarde, não foi a minha intenção deixá-la assustada.

    Ele se afastou a passos rápidos e seguiu o seu caminho a pé, mas, eu tinha a certeza que um carro de luxo o esperaria no final da rua, não era do feitio de Hector andar desacompanhado dos seus seguranças e principalmente, ele nunca gastaria a sola dos seus sapatos italianos caríssimos atoa, mesmo que fosse para manter o seu teatro de bom vizinho para confundir a cabeça já alterada de minha amiga, abri a porta e deixei com que ela entrasse antes de olhar para todos os lados, Hector tinha afirmado que tinha olhos em mim e eu iria desconfiar de qualquer pessoa depois daquela visita.

    Capítulo Dois

    Ava Bianchi:

    — Seu novo vizinho é um gostoso! – Exclamou Maria rindo e me cutucando enquanto eu fechava a porta com desconfiança. — Você deveria ter convidado ele para entrar, tomar uma tequila conosco, quem sabe tirar as teias que estão se formando nas suas partes intimas, aquele homem deve ser um furacão na cama.

    — Também pode ser um matador de aluguel. – Falei acalentando Ethan que estava mais calmo, mas, ainda choramingava por ter sido acordado do seu sono. — Volte para a sala com as meninas, irei colocar Ethan no quarto dele e já me juntarei a vocês, precisarei daquela tequila que você falou mais cedo.

    Maria concordou e eu segui para o quarto do meu filho, acho que ele percebia o quão nervosa eu estava, já que demorou para pegar no sono, me juntar as garotas foi difícil depois daquela conversa com Hector, minha cabeça fervilhava com as possibilidades de fuga, Hector poderia ter olhos sobre mim, mas, eu já tinha me livrado daquela família uma vez, poderia fazer aquilo novamente, eu tinha outros contatos, trabalhar em um bordel não é todo ruim, você conhece pessoas importantes, consegue conexões e não seria difícil conhecer uma nova identidade, uma cidade pequena em algum país desconhecido, Ásia ou Oceania, nada muito visado por turistas e onde eu poderia viver em paz com meu filho sem chamar a atenção das pessoas. As garotas já estavam bêbadas quando eu voltei, então ninguém notaria a minha aflição, preferi não beber, apenas voltei a segurar a minha taça como se a minha vida dependesse daquilo.

    Já era de madrugada quando eu me despedi de Maria que foi a última a sair, a rua estava deserta então aquele era o momento perfeito para uma fuga rápida, apenas algumas mudas de roupa, sairia do México por meios pouco tradicionais, poderia dirigir até a cidade vizinha, de lá pegaria um ônibus até a capital ou uma cidade próxima e então eu acionaria os meus contatos, viajaria para qualquer país da América do Sul, Argentina ou Brasil e então seguiria para o meu destino, até o dia seguinte eu estaria longe e Hector iria precisar me caçar até o fim do mundo, pois, eu não deixaria com que ele ou a sua família colocassem as garras sobre o meu filho.

    Joguei algumas roupas dentro de uma mochila e arrumei uma pequena mala para Ethan sem esquecer do seu leão, compraria coisas novas quando chegasse ao meu novo destino, ainda tinha algum dinheiro na minha conta bancária e poderia trabalhar assim que me acomodasse.

    — Desculpe-me por isso filho. – Pedi quando o coloquei na cadeirinha e beijei a sua testa com carinho. — Mas, estou apenas fazendo o meu melhor para salvar você daquela família, por mais que eles sejam seus parentes, seu pai faria as mesmas escolhas que eu nesse momento se as coisas fossem diferentes.

    Entrei no carro e me certifiquei que todos os documentos estavam ali e deu partida no carro, mas, não cheguei a sair da garagem quando dois brutamontes se colocaram no meu caminho, atrapalhando a minha passagem.

    — Acho melhor saírem da minha frente ou passarei por cima dos dois. – Avisei abrindo o vidro e os encarando. — Não me importo de deixar os dois mortos no caminho.

    — Isso não vai acontecer senhora Ferretti. – Indagou um deles fazendo com que eu começasse a sentir o meu sangue ferver nas minhas veias, eles não deveriam contrariar uma mulher decidida, eu não tinha problemas em passar por cima deles. — O senhor Hector nos deu uma única tarefa, foi não deixar com que a senhora saia de nossas vistas e com certeza temos mais medo do que ele pode nos fazer se não cumprimos as suas ordens do que da senhora. Então, lhe aconselho a voltar para dentro, pois, não queremos ter de usar a força.

    Eu iria pisar no acelerador quando ele me mostrou a arma n sua cintura e não duvidaria que eles as usariam se tivessem de me deter e se estivesse sozinha não iria me render, mas, algo poderia acontecer a Ethan e eu não me perdoaria se colocasse a vida de meu filho em risco, eles não passariam a noite inteira de campana e eu precisa apenas de uma oportunidade para escapar deles. Deu a ré no carro e voltei para a garagem a fechando e voltei para dentro.

    Dormir não era uma alternativa, fiquei de campana na sala, esperando a oportunidade perfeita, mas, Hector tinha contratado monstros, pois, eles sequer se mexeram da porta da minha garagem e eu acabei cochilando no sofá depois de passar quase toda a noite de campana. Arrumei Ethan para ir a creche, na minha ideia seria mais fácil de escapar se eles pensassem que eu estava seguindo a minha rotina, coloquei o meu uniforme e saí, eles tinham desaparecido, mas, o carro negro me seguiu durante todo o caminho, deixei meu filho e segui para o trabalho, aquele era o último dia antes das férias coletivas de final do ano e isso me daria mais chances de fugir, já que eles não conseguiriam ficar de olhos em mim no meio da confusão que era a saída naquele dia.

    Coloquei a minha bolsa sobre a mesa e revirei os olhos quando vi o buque de rosas vermelhas sobre a mesa, eu odiava rosas vermelhas e sabia muito bem de quem elas eram e por mais que eu quisesse fazer com que ele comesse todas aquelas malditas rosas, não iria fazer aquilo com as pobres flores, pois, elas não mereciam acabar dentro de um monstro com Hector. Coloque-as em um vaso que encontrei na cozinha e tirei o cartão que estava entre elas, esperando não vomitar sobre os documentos que estavam sobre a minha mesa quando terminasse de lê-lo.

    Você é tão previsível pequena Ava, não achou que eu fosse deixar você sozinha quando sabia que iria fugir, não subestime a minha inteligência, você pode ser inteligente, mas, nunca conseguirá me superar.

    Apareça no maldito encontro que marcamos na noite passada ou irá se arrepender das suas ações. Meio-dia na praça central da cidade, não irá querer um escândalo no seu trabalho, eu não iria me opor a falar a verdade sobre você para todos, isso seria engraçado, ver a sua cara quando todos descobrissem o quão falsa você é ou sobre os crimes que já cometeu.

    Espero que goste das rosas que lhe mandei, elas têm espinhos como você.

    H. Ferretti

    Rasguei o maldito cartão jogando-o no lixo e sentei-me, todas as vezes que eu encarava aquelas rosas a raiva subia até a minha cabeça, se ele estava achando que iria ganhar, estava muito enganado, pois, eu ainda não tinha jogado a toalha e nem iria fazer aquilo, pois, meu filho precisava de mim e eu faria tudo que estivesse ao meu alcance para que ele tivesse a melhor criação do mundo e com as pessoas que eu achava descentes para conviver com eles.

    — Alguém ganhou rosas vermelhas! – Exclamou Maria parando na minha mesa e tocando delicadamente as petadas delicadas das flores. — Vai me falar quem é o admirador secreto ou terei de descobrir sozinha? Eu tenho alguns palpites, pode ser o Jorge da contabilidade, ele está caidinho por você desde o dia que você começou a trabalhar, temos o Carlos do jurídico ele é um gato, mas, já cantou todas as garotas da empresa, fique longe dele ou pode ser também o seu vizinho bonitão que nos atrapalhou na noite passada, bem que eu acabei com a calcinha molhada depois que ele me encarou com aqueles olhos enormes, cinzas e lindos.

    — Foi apenas um engano da floricultura, mas, eu não quis as jogar fora, acho que a pessoa para quem foi mandada não merece receber flores murchas, estou esperando com que o entregador volte para as buscar. – Expliquei vendo-a revirar os olhos. — E eu não irei cair nas cantadas de Carlos ou aceitar os convites de Jorge, ainda não estou preparada para dar esse passo Maria, acho que nós já conversamos sobre isso e deveríamos trabalhar, pois, eu estou cheia de trabalho para terminar e não quero ter que fazer hora extra no último dia de trabalho.

    — Você irá me explicar isso melhor mais tarde. – Avisou ela afastando-se da minha mesa. — E não se esqueça da nossa confraternização de mais tarde, você está proibida de faltar a festa da empresa, essa é a oportunidade perfeita de você conhecer melhor os seus pretendentes, não precisa começar a sair com eles nesse momento Lídia, apenas abrir as possibilidades para um café ou um lanche quando você estiver pronta para conhecer novas pessoas, pois, em um momento isso irá acontecer e tem de estar preparada para isso minha amiga, pois, seu coração precisará ser cativo por outra pessoa além de Ethan.

    Suspirei e sorri, aquela festa era a oportunidade que eu estava esperando, tinha me esquecido dela, mas, todos os olhos estariam voltados para o chefe e as promoções que ele tinha para dar naquela noite e eu conseguiria escapar sem chamar a atenção das pessoas e ainda conseguiria me livrar daqueles dois brutamontes que Hector tinha colocado na minha cola.

    Quanto mais se aproximava do horário marcado mais as coisas ficavam bagunçadas na minha cabeça, não podia deixar com que ele me desestruturasse daquela maneira, era isso que Hector queria, me corromper por dentro, me deixar abalada e fazer com que todas as minhas barreiras fossem destruídas e então ele conseguiria o que queria quando me seguiu até Culiacán com aquela ideia de levar o meu filho de mim, como se eu fosse permitir que ele fizesse isso sem lutar.

    — Não irá almoçar conosco? – Perguntou Maria quando eu peguei a minha bolsa para sair do escritório no horário do almoço. — Está brava comigo por causa das minhas indiretas de mais cedo?

    — Não. – Respondi abraçando-a carinhosamente. — Apenas ligaram da creche de Ethan, ele está com um pouco de febre e eu preciso ir até lá para verificar isso, mas, não se preocupe comigo, estarei de volta antes do final do horário de almoço.

    — Me ligue se precisar de alguma coisa. – Pediu ela sorrindo. — Cuide-se Lídia.

    Sorri e concordei sem olhar para trás, sabia que seria difícil a deixar para trás, pois, ela tinha sido uma ótima confidente naqueles meses que nos conhecíamos a eu iria sentir saudades das nossas conversas, mas, eu precisava fazer aquilo pelo meu filho, ele era a pessoa mais importante da minha vida e faria qualquer coisa por ele.

    Resolvi ir andando até a praça, não era muito longe do prédio onde eu trabalhava e para a minha sorte a chuva que tinha caído durante toda a manhã tinha finalmente passado e o frio estava ficando mais severo. Apertei o meu casaco e me aproximei dele, que estava sentada em um dos bancos, usando um dos seus ternos caros e parecia impaciente.

    — Sente-se vadia. – Mandou-o quando parei ao seu lado. — Iremos ter uma conversa definitiva e irei lhe dar a única opção de você ficar com Ethan e não acabar voltando para as ruas para viver como a prostituta que você é. E por favor, não tente fugir novamente, estou cansado de caçá-la e não seria tão paciente se tentar alguma gracinha, acho que Ethan merece ter a mãe por perto, mesmo que ela seja você.

    Encarei-o com raiva, mas, fiz o que ele mandou, fugir do diabo era algo impossível e ele me caçaria até o final do mundo apenas para conseguir a sua vitória e me ter em suas mãos.

    Capítulo Três

    Ava Bianchi:

    — O que diabos você quer Hector? – Perguntei cansando daquele jogo, não iria deixar com que ele destruísse o meu psicológico frágil. — Sempre deixou claro que não concordava com as escolhas do seu irmão, assim como toda a sua família preconceituosa, fez da minha vida um inferno quando teve a oportunidade e quando finalmente se ver livre de mim como sempre sonhou, gasta todos os seus recursos para me achar, indo contra todos os seus valores. O que você quer?

    — Não se iluda, eu não me preocuparia se estava morrendo de fome ou se tinha voltado a rodar bolsinha na rua, mas, infelizmente Jeremy escolheu uma vadiazinha burra para ser a mãe do seu filho e com a sua morte, ele se tornou minha responsabilidade, já que eu sou o chefe da família. – Respondeu ele rindo e eu me remexi inquieta ao seu lado, minha vontade era o jogar na frente de um carro. — Ethan tem o sobrenome Ferretti na sua certidão de nascimento, ele precisa aprender desde cedo o peso do seu sobrenome, pois, afinal um dia ele será o dono de tudo e nem você ou ninguém poderá impedir isso. E meus pais estão sofrendo e querem pelo menos ter o balsamo de ver o neto crescer no seio da nossa família, minha querida Ava, eles não me pediram para encontrar você, eles me mandaram encontrar Ethan e levá-lo para casa, pouco se importam com a sua existência, afinal as melhores babás podem ser contratadas, ele nem sentiria a sua falta e quando tiver idade suficiente será mandado para um ótimo colégio interno na Suíça e se alguma ocasião sentisse saudades de você, seria dito que morreu no mesmo acidente que vitimou o seu amado pai, mas, ninguém sentiria falta de um ser desprezível, seria até melhor para ele crescer sem a sua presença, assim não mexeria com o psicológico do menino, falando sobre essas baboseiras de amor.

    — Você é um monstro. – Sussurrei com os olhos arregalados, meus olhos estavam ardendo e as lagrimas não demorariam para começar a cair, mas, eu tinha a minha dignidade e não permitiria que Hector visse uma delas. — Como pode falar essas coisas, Ethan é apenas um bebê e precisa do amor da sua mãe.

    — Minha mãe não é tipo amorosa a criou cinco filhos, entre eles o bastardo que era o seu amancebado. – Ironizou ele me deixando ainda mais perplexa. — Não me venha com esse papinho irritante de amor Ava, sou um homem pragmático e sério, não acredito em uma palavra sobre isso. Fatos e estatísticas é nisso que eu acredito, não nesse amor infinito e irracional que foi criado para vender livros para tolos apaixonadas e pelo comércio para lucrarem com datas comemorativas. Agora, voltando ao fatos que nos trouxeram até aqui, não preciso de você, é uma peça descartável no xadrez que estamos jogando, apenas um peão que já cumpriu a sua missão protegendo o rei.

    — Como você pode ser tão insensível? – Perguntei perplexa, eu pensava que nada mais naquele homem me deixaria abismada, mas, todas as vezes que ele abria a boca as coisas pioraram. — Você algum dia amou a mulher com que se casou? Que tipo de homem é você?

    — Um homem que sabe o que quer, sem se importar com os meios que o levaram até o topo. – Respondeu ele voltando os seus olhos cinzas e gélidos para mim me deixando ainda mais assustada. — Meu casamento com Isobel não é da sua conta, mas, era apenas um contrato entre famílias, eles conseguiram se ressurgir do fundo do poço com o apoio dos Ferretti e ela era a esposa perfeita para alguém como eu, refinada, educada e estudada, muito diferente de você que apenas fez com que a minha família passasse vergonha em todas as suas aparições públicas e não deveria falar dos falecidos, posso começar a listar os defeitos de Jeremy e acho que isso não iria gostar do que eu tenho a dizer. E essa conversa está se estendendo demais e a sua voz irritante está me deixando irritado. Vamos a proposta que eu tenho para você, já faz mais de um ano que Isobel morreu e eu não voltei a me casar e isso está deixando a minha imagem enfraquecida no mundo dos negócios.

    — E o que eu tenho a ver com isso? – Perguntei dando de ombros, tudo que eu não precisava era ficar ouvindo as histórias de Hector, meu horário de almoço acabaria em poucos minutos e aquela conversa já tinha se estendido demais e estava deixando irritada e com as ideias bagunçadas. — Sem enrolações Hector, você nunca foi o tipo e o meu horário de almoço está acabando e infelizmente eu irei ter que deixar você falando sozinho.

    A risada que ele deu me deixou ainda mais nervosa, algo não estava certo e toda aquela conversa estava me deixando sem uma miséria escapatória, eu deveria estar planejando a minha fuga e não perdendo o meu tempo com aquela conversa fiada de Hector, que queria apenas me desestabilizar.

    — Sua única chance de ver o seu filho crescer, é casando-se comigo. – Falou ele fazendo com que eu risse até que a minha barriga doesse, ele só podia estar brincando com a minha cara, eu nunca iria fazer aquilo na minha vida, preferia me jogar na frente de um caminhão e morrer do que ter que viver com aquele homem terrível e preconceituoso. — Não entendo o motivo das risadas, essa é a proposta mais generosa que você irá receber da minha família, já que seu amado Jeremy nunca se casou oficialmente com você, eram apenas amancebados, morando naquele muquifo que chamavam de casa e viviam de amor, isso é tão enjoativo que me faz perder o apetite. Acho que sabe que eu não sou um homem paciente, mas, deixarei com que pense na minha proposta até o final do dia, quero sair desse país subdesenvolvido o mais rápido que conseguir e de preferência nem levando a poeira em meus seus sapatos.

    — Eu nunca me casarei com você, prefiro cortar os pulsos a fazer isso. – Avisei levantando-me e vendo que a expressão dele não se alterou e isso não era normal, pois, os Ferretti não gostavam de serem rejeitados daquela maneira, principalmente alguém tão egocêntrico quanto Hector. — Isso não acontecerá Hector, em nenhum momento da minha vida me casarei com alguém como você, nem sobre ameaça.

    — Então acho melhor começar a se despedir de Ethan, pois, ele voltará para Nova York comigo ainda está noite. – Informou ele levantando-se e deixando-me perplexa assim que passou por mim, ele não tinha aquele poder. — Não achou que eu viria até esse fim do mundo sem ter a lei ao meu lado Ava, não sou um homem que saí de casa sem garantias, meus advogados estão nesse momento trabalhando para me conseguir a guarda de Ethan, até o final do dia ela será minha, já que nenhum juiz daria a guarda de uma criança a uma mulher desequilibrada como você, já que fugiu da sua cidade, criou uma identidade falsa e colocou a vida de um bebê em risco a se associar ao cartel mais perigoso do México, claro que ainda precisará se explicar aos policiais, espero que consiga um bom advogado ou será depenada por eles. Foi ótimo rever você Ava, há e não tente fugir com o meu sobrinho, meus homens continuaram seguindo todos os seus passos e não irá querer sequestro na sua lista de crimes, ela já está bastante extensa.

    — Você não pode estar falando sério. – Falei segurando o seu braço e vendo uma sobrancelha se erguer encarando a minha mão como se eu estivesse imunda e manchando o seu terno caro. — Você nunca me suportou Hector e sempre deixou isso muito claro para todos. Por que diabos está fazendo isso?

    — Simplesmente porque eu quero. – Respondeu ele puxando o seu braço e segurando o meu queixo com força. — Durante todos esses anos Jeremy foi o centro das atenções, o filho prodigo, aquele que nunca cometeu um único erro e ele nem ao menos era o primogênito, mas, então você apareceu na sua vida e ele deixou tudo de lado por você e acabou morto no caminho e a culpa disso é inteiramente sua. Quero vingança Ava, irei fazer da sua vida um inferno, você casando-se ou não comigo, irei fazer com que pague pela morte de meu irmão e tirar Ethan de você é apenas o começo. Você tem até o final o dia Ava, pense bem na minha proposta, pode ter uma vida ao lado do seu filho.

    Ele saiu deixando-me perplexa para trás, eu sabia que ele iria jogar baixo, mas, aquilo era cruel até mesmo para um homem como Hector, ameaçar separar um filho de uma mãe era quase como se cometer um crime, ele me mataria, pois, o meu coração não bateria se eu perdesse Ethan, estaria ainda mais perdida do que quando recebi a notícia de que Jeremy tinha morrido, as lagrimas desciam pelo meu rosto sem que eu percebesse e o caminho até o escritório foi confuso, eu só conseguia pensar em como eu iria viver sem o meu filho ao meu lado e todas as cenas que se passavam pela minha cabeça era ainda pior do que ter de conviver com Hector e deixar com que ele fizesse da minha vida um inferno, pois, meu filho era a única pessoa com quem eu verdadeiramente me importava na minha vida.

    — Você está bem? – Perguntou Maria sentando-se ao meu lado, ela parecia estar percebendo que eu não estava bem. — Chegou estranha do seu horário de almoço, não falou nada durante toda a tarde e está aérea. Por favor, me fale que o motivo desse silencio é um certo vizinho que lhe deu levou as alturas em um quarto de hotel barato, pois, ninguém acreditou naquela história de que Ethan estava doente, já que se fosse isso você estaria desesperada e estava bem calma quando saiu do escritório.

    — Vamos dizer que eu apenas tive um almoço um pouco conturbado. – Disse sorrindo e apertando a sua mão delicadamente, sentia tantas saudades de Maria, ela era a minha confidente, sabia que poderia contar com ela para o que eu precisasse. — Mas, eu irei ficar bem, não se preocupe com isso, são apenas alguns problemas que precisam ser resolvidos, mas, no final eu irei ficar bem, sempre fico.

    — Sabe que pode contar comigo para o que precisar. – Falou ela apertando o meu ombro delicadamente quando se levantou. — E anime-se, temos uma festa para aproveitarmos mais tarde e por mais que você não queria nada com nenhum desses babacas do escritório, porém, ainda podemos nos divertir com eles.

    Dei um sorriso forçado e deixei com que ela se afastasse e foquei no trabalho, pelo menos isso fazia com que a minha mente fluísse e eu pudesse pensar em uma maneira de sair daquela confusão que eu tinha me metido. O final do expediente demorou mais do que o normal e eu quase voei até o meu carro, a minha sorte Culiacán ser uma cidade pequena e não tinha os engarrafamentos das grandes metrópoles, a movimentação de pais na frente da creche fez com que eu me sentisse um pouco mais tranquila, sabia que ninguém iria entregar o meu filho a um completo desconhecido.

    Porém, parecia que Hector estava sempre a um passo na minha frente o meu coração parou de bater quando eu vi o com Ethan sorridente no seu colo, meu desconfiado filho parecia estar muito descontraído nos braços do tio. Me aproximei deles o mais rápido que consegui, a professora parecia encantada com o homem parado na sua frente.

    — Senhorita Hernandes! – Exclamou ela escandalizada quando me viu, sabendo que tinha feito uma enorme confusão, pois, os seus olhos se arregalaram e ela começou a ficar branca. — Estávamos a sua espera, o seu namorado veio buscar Ethan, mas, eu o informei que não podia permitir que ele saísse sem a sua permissão, por isso eu fiquei com eles até a sua chegada, espero que não se importe com isso.

    — Ela não se importa, não é querida? – Perguntou um Hector sorridente, não me deixando uma alternativa a não ser negar. Brigar com ele naquele momento apenas chamaria atenção desnecessária e eu não queria ser expostas na frente de todas aquelas pessoas e ele era um ator perfeito e conseguia levar qualquer pessoa no papo, principalmente as mulheres que ficavam encantada com a sua beleza, mas, o diaba sempre mostra a sua fase que mais lhe agrada e ele tinha dado a mais bonita para aquele homem. — Obrigado pela atenção senhorita, foi muito gentil da sua parte ficar me acompanhando durante todo esse tempo, eu estava com saudades desse garotinho. Vamos querida, não queremos perder o nosso voo, nossas férias estão nos esperando.

    Me despedi da senhorita Muniz e tentei pegar o meu filho dos braços dele, mas, Hector não era burro o bastante para fazer aquilo, apenas pegou o meu braço com a sua outra mão e me arrastou para o seu carro me jogando no banco de trás como se eu fosse uma das prostitutas que ele estava acostumado a comer e isso apenas me irritou ainda mais, não satisfeito com a maneira que ele me tratou ainda mandou com que os seus seguranças seguissem diretamente para o aeroporto mais próximo que era a três horas dali, sem que eu pudesse pegar nenhuma das minhas coisas ou lhe dar uma resposta sobre a sua proposta.

    Capítulo Quatro

    Ava Bianchi:

    — Abra a boca e eu lhe jogarei desse carro em movimento, estou com os papeis da guarda de Ethan, então embarcarei no meu jatinho e voltarei para Nova York com ele, com ou sem você. – Avisou ele me fazendo engolir a seco e lhe encarar. — Suas alternativas acabaram Ava, você tem a mim ou a cadeia, acho que alguém como você se acostumaria bem fácil daquela imundice, mas, se os jornalistas ficassem sabendo iria manchar o nome da minha família e Ethan não precisa saber quando crescer que a mãe dele é uma presidiria, pois, eu garantirei

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