Biscoitos caseiros:: camp, solidão e homofobia na internet
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Biscoitos caseiros: - Aroldo Santos Fernandes Júnior
Editora Appris Ltda.
1ª Edição – Copyright© 2016 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
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COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS: DIVERSIDADE DE GÊNERO, SEXUAL, ÉTNICO-RACIAL E INCLUSÃO SOCIAL
A Gleide, mãe amada, que me ensinou a ser forte, mas sempre doce.
À alegre memória de meu irmão,
Adriano Couto Fernandes (1978 – 2008),
que me ensina sempre a nunca perder o entusiasmo.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e irmãos, por me incentivarem sempre a nunca desistir.
A Fernando Passos, meu orientador nesta pesquisa.
A Klebson Oliveira in memoriam, meu amigo irmão, meu marigo
, meu agradecimento muito especial.
A Thiago Carvalho, Paulo Pereira, Marcelo Benigno, Laura Campos, Iara Cerqueira e André Bomfim, amigos queridos com seus ouvidos atentos e corações abertos e sinceros.
A Wesley Crane, que, mesmo distante, me trouxe otimismo, delicadeza e afeto para seguir em frente.
A Gessé Araújo, Yuri Trípodi e Shane Mercado, pela coragem, leveza e sensibilidade de sua arte.
Ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC), professores e colegas, pelo efervescente convívio e estimulante debate.
Ao CNPq, que me favoreceu, durante seis meses, com uma bolsa de Estudos para esta pesquisa.
Aos meus amigos e colegas de trabalho e aos meus alunos do Curso de Dança e do Curso de Teatro da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), pela afetividade que conquista e realiza sonhos.
Aos meus professores e aos meus alunos da Escola de Dança da UFBA, que foram tão importantes na minha vida acadêmica.
Os poucos versos que aí vão
Em lugar de outros é que os ponho,
Tu que me lês deixo ao teu sonho,
Imaginar como serão.
Manuel Bandeira (1886-1968)
A crítica, tanto a mais elevada quanto a mais baixa das suas expressões, não passa de uma forma de autobiografia.
Oscar Wilde
(1854-1900)
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PREFÁCIO
AFETIVIDADE - (IN)DIFERENÇAS + (AN)DANÇAS
As discussões em relação a atos violentos, homofobia e a fragilidade das relações sociais na contemporaneidade se apresentam quase que diariamente nas redes sociais, na continuidade esse ambiente digital se tornou um lugar exploratório e inevitável de dizer, ou acessar. Aroldo Fernandes apresenta toda essa discussão em uma Escrita Performativa partindo do movimento corporal das videoperformances e reflete o estranhamento
causado por ser/estar fora do contexto heteronormativo. Sua escrita se constitui de um estudo pormenorizado dessa produção disponibilizada no youtube, na continuação nos apresenta também de forma expositiva seu próprio fazer performativo numa relação de enredamento. Trata-se de um olhar analítico que parte de um corpo experiente e detalhista, como visto em sua apreciação pormenorizada na descrição dessas videoperformances e de suas ações artísticas performáticas.
Ao olhar para as imagens/performances/movimento corporal, assim, tudo junto mesmo, e refletir em relação ao Camp, a Dança e a homofobia, discorrendo a estética comportamental de artistas que se apropriam de sua condição, ele atua como mediador de um assunto que não pode ficar restrito a espaços limitados. Dublagens, paródias e movimento são fatores constitutivos de uma potência performativa na produção de conhecimento, nesse sentido, parece emergir uma estratégia adaptativa afetiva ao nos apresentar uma publicação proposital na desconstrução de discursos hegemônicos e estereotipados. Afinal, sua ação é política, sem cair no politicamente correto. Nesse sentido, o próprio ambiente, que no caso é a internet, se constitui um lugar de fala, de acessos em que a presença se manifesta em vários lugares do mundo, e se configura enquanto corpo que dança/pensa, ou que pensa/dança, pois segundo Helena Katz (2005), Dança é o pensamento do corpo
.
Ao lançar seu olhar crítico e até mesmo espirituoso nas imagens em vídeo, ele propõe uma amplificação da discussão nesse ambiente social complexo e admite essa ação performática como lugar de pertencimento social e de existência. A representatividade de sua discussão referente à opressão sofrida pelos gays, a violência doméstica contra as mulheres e o machismo comumente apresentado em músicas e peças, diz respeito à necessidade de respeitar as diversidades, afinal como cita o professor Jorge de Albuquerque Vieira (2006), A efetiva melhoria de um sistema tão complexo exige um autoconhecimento intenso, no nível individual e na partilha do coletivo
.
Na escrita desse livro compartilho da importância de ser político (posicionamento pessoal) e de sua luta em busca de relações mais profundas entre as pessoas. Susan Sontag (2003) escreveu Diante da dor dos Outros, um livro que potencializa a discussão em relação à banalização das